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Relatório de Estágio: Família e Escola contra o Bullying

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FACULDADE FUTURA
ANA PAULA FIRMIANO DE OLIVEIRA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 PROJETO PRÁTICO 
EXTREMA 
2022
FACULDADE FUTURA
ANA PAULA FIRMIANO DE OLIVEIRA
PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTERDISCIPLINAR
 FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA FUNDAMENTAL NA LUTA CONTRA O BULLYING ESCOLAR
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, da Faculdade Futura, no Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação.
EXTREMA 
2022
FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA FUNDAMENTAL NA LUTA CONTRA O BULLYING ESCOLAR 
RESUMO
O estágio propõe dialogar sobre a educação nas relações e nos processos de aprendizagem como um direito humano sob a visão de uma ação afirmativa. Tendo em vista, que as escolas podem desenvolver atividades que promovam uma educação que seja ética, voltada para o respeito e convívio harmônico com a diversidade, onde o bullying seja banido do interior das salas de aula e dos muros escolares. Assim, partiremos da temática significativa do ponto de vista ética, para que os alunos e alunas desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de suas próprias raízes históricas que ajudaram a constituir a cultura e a formação da nação brasileira, pois o preconceito, autoritarismo e falta de respeito e diálogo com os alunos são uma das formas de violência e precisam ser desenvolvidas ações que venham reduzir estas atitudes que vão contra a educação. Dessa forma, o trabalho discorre sobre a importância da motivação da família no combate ao bullying e também do olhar afetivo dos professores dentro da temática. É preciso conscientizar os alunos sobre a importância de respeitar as diversidades culturais e conscientizar a população mostrando de como é fundamental o respeito e a aceitação, sendo assim é emergencial que o professor mais do que nunca se posicione perante as diferenças de forma lúdica ética e pedagógica com propostas que vençam o preconceito, a discriminação e o bullying. Para criar um ambiente escolar acolhedor é necessário entender a grandiosidade da afetividade dentro do contexto formativo na qual tem a sublime missão de formar pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com os outros na sociedade de forma saudável e positiva.
Palavras Chaves: Bullying. Respeito. Preconceito. Alunos. Família.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	DESENVOLVIMENTO	6
3. RELATO DE ESTUDO ....................................................................................................................................13
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................................................17
5. REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................18
INTRODUÇÃO
Este estágio tem como foco de estudo a motivação que a família e a escola precisam dar para os filhos e alunos, pois vivemos em uma era muito difícil e complexa, na qual cada vez mais a humanidade tem demonstrado oscilação em seus comportamentos, onde os valores e ética tem sido esquecido pela raça humana, cada vez mais vemos quadros de depressão que tem tomado conta da sociedade principalmente em relação ao bullying.
Quando falamos em bullying, vemos que ele vem de todas as ordens, muitas vezes vem da família, escola, amigos entre outros agravantes que aos poucos vão minando as forças das vítimas.
É preciso se posicionar com urgência diante do bullying, impedindo assim consequências dramáticas na qual muitas vezes desencadeiam uma série de transtornos na vida do ser humano, podendo assim levar infelizmente ao óbito.
Deste modo, o estudo procura ressaltar o seguinte problema: muitas vezes as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos diante o seu processo de escolarização, vem do bullying, e o triste é saber que muitas vezes a família e a escola são responsáveis pelo mesmo que no qual dificulta o processo de aprendizagem das crianças, onde as mesmas apresentam grande dificuldade de aprendizagem e assimilação dos conteúdos de aprendizagem.
 Compreender o quanto os cuidados da família é fundamental para que os alunos se sintam protegidos é muito positivo. Os alunos precisam sentir o carinho das pessoas em suas vidas, pois os professores trabalham com vidas e emoções. Se analisarmos o contexto educacional vemos que são muitas barreiras que dificultam de alguma forma o processo educacional, sendo assim o professor precisa criar uma metodologia de ensino que facilite o trabalho, a motivação e o prazer dos alunos pelos estudos.
 Os ambientes escolares são extremamente formadores de personalidades de valores e de conhecimento os alunos precisam perceber que há uma troca maravilhosa de saberes entre os grupos de alunos, e todos são importantes e especiais, cada um com seu jeito único de aprender, dessa forma a luta contra o bullying só será vencido se trabalharmos com os alunos conceitos importantes de cidadania e respeito humano. Os alunos precisam ser encorajados através de uma prática educativa pautada nas diretrizes curriculares nacionais de educação, na proposta do projeto político pedagógico da escola (PPP) e também na BNCC, documentos esses que trazem conceitos fundamentais de habilidades humanas focadas na autonomia e na transformação dos mesmos.
CAPÍTULO I
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: INTERAÇÃO FUNDAMENTAL PARA VENCER O BULLYING
Quando nos deparamos com a complexidade da temática sobre o bullying e suas consequências, vemos que o enfoque central desta discussão será a família e a escola dentro de um contexto afetivo como o elemento fundamental na formação psíquico-social da criança. Uma vez que a concepção de família também teve suas mudanças dentro do processo histórico. No passado era possível definir a família como pais, filhos e outros parentes, vivendo num mesmo contexto social, hoje em dia isto mudou, além de muitos pais viverem separados, existem outros aspectos, que devem ser levados em consideração para se compreender a família, como explica Amorim (2010, p. 210): 
A família é um grupo aparentado responsável principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de necessidades básicas. Ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas ou não por um período de tempo indefinido.
A família tem importante contribuição a dar na educação em geral e na aprendizagem de seus filhos; a família tem o profundo conhecimento sobre o desenvolvimento de seu filho, o qual se torna extremamente valioso para a compreensão de suas necessidades educacionais, e esses conhecimentos incluem informações acerca do desenvolvimento da criança no lar, seus interesses, sendo assim é preciso observar como seu filho chega em casa, seu comportamento e principalmente a sua motivação pela escola. 
 A educação é um dever da família e da escola, ambas devem se unir para garantir os direitos da criança nas questões referentes ao ensino, dando-lhes suporte e apoio para o pleno desenvolvimento da aprendizagem. Segundo Malavazi (2000) em seus estudos mostra que compete à família a organização escolar dos filhos, pois esta compete que haja um equilíbrio emocional e afetivo para a formação humana das crianças dentro de um contexto motivador e dialógico.
Para Kaloustian (1998, p.11-12): 
A família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência de desenvolvimento e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo, materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos o valor ético e humanitário, e onde se aprofundam os laços de solidariedade.
A relação família-criança é um dos elementos que determinamum bom rendimento escolar, pois é na família que as crianças encontram os exemplos a serem seguidos e, principalmente, é na família que a criança recebe educação para a vida e tem seus pilares para a construção da sua personalidade humana.
É fundamental ressaltar que a família tem um papel importante no desenvolvimento das pessoas, é com ela que acontecem as aprendizagens básicas, que são necessárias para o desenvolvimento autônomo dentro da sociedade. Apesar de ter muita influência, a família não consegue definir todas as características cognitivas da criança. Algumas são desenvolvidas a partir das experiências vividas pelas crianças, outras dependem da carga hereditária ou de fatores alheios à vontade da família. A família funciona como uma rede de influências recíprocas entre todos que fazem parte dela. O estilo de comportamento dos pais gera efeitos sobre o desenvolvimento social e da personalidade da criança. É fundamental que a família conheça profundamente seu filho.
 De acordo com Chin (1990, p.57) 
A estrutura familiar é um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza as maneiras pelas quais os membros da família interagem. Uma família é um sistema que opera através de padrões transacionais. Transações repetidas estabelecem padrões de como, quando e com quem se relacionar e estes padrões reforçam o sistema.
As famílias devem construir num núcleo duradouro um núcleo afetivo e funcional em que cada um cuide de si e também do outro, compreendendo cada um dos seus membros por inteiro, conseguindo manter-se sempre a família, dessa forma a família quando está intimamente ligada com seu filho consegue notar se ele está sofrendo bullying ou não.
A educação é um dever da família e da escola, ambas devem interagir para melhor gerir as instituições de ensino e garantir os direitos da criança nas questões referentes ao ensino, dando-lhes suporte e apoio para o pleno desenvolvimento da aprendizagem. Convidar os pais para conhecer as instalações e, principalmente, a equipe pedagógica e os funcionários é fundamental para que eles se apropriem do espaço e se sintam à vontade para fazer parte dele, (Santos e Toniosso 2014, p. 131)
 A escola fornece oportunidades de aprendizagens, que não são vivenciadas no seio familiar, dessa forma, ampliando os conhecimentos prévios e fornecendo novos. Para que tais saberes sejam aprofundados e construídos, é necessário que haja um bom relacionamento escola-família. Para tanto, o professor deve conhecer bem o seu aluno e introduzir métodos que facilitem a aquisição de saberes, mas quando isso não acontece, o educando pode enfrentar barreiras na construção do conhecimento (Cury 2013, p.14)
O prazer e o desejo pelo saber são mediados pela família e pela escola. A criança deve se deparar com esses ambientes motivadores, que lhes transmitam confiança e segurança, fazendo-a sentir vontade de aprender. Portanto, se faz necessário que estes espaços estejam em harmonia, favorecendo a aprendizagem, do contrário, quando apenas um possibilita a construção de saberes significativos, pode gerar fatores que dificultam a aprendizagem. (BALTHAZAR, MORETTI e BALTHAZAR, 2006).
O trabalho em questão traz assuntos muito importantes e relevantes sobre o verdadeiro papel da família na aprendizagem dos alunos e dessa forma é muito importante uma interação harmônica entre os professores e família para que juntos possam ajudar os alunos a vencer a questão do bullying e suas consequências impactantes na vida dos mesmos.
 Os alunos precisam confiar em seus professores e se sentirem muito bem no ambiente escolar de forma que seus medos e anseios possam ser vencidos, a boa relação entre professor e aluno é determinante dentro da aquisição do conhecimento e da escolarização dos mesmos a luta contra o bullying é uma luta de todos na verdade essa causa é nobre, pois envolve o sistema complexo das emoções e das aprendizagem, onde contempla as questões emocionais e cognitivas dos mesmos que precisam ser vencidas.
 Cada família educa seus filhos de forma diferente, assim:
Uma educação autoritária, por exemplo, não dialoga, pelo contrário, a criança apenas cumpre o que lhe é ordenado, sem qualquer argumentação. Além disso, há pouca demonstração de afeto, carinho e amor, por parte dos pais, tornando os educandos agressivos e teimosos, como bem esclarece (PILETTI 2006, p. 67).
Este clima agressivo, muitas vezes, é reproduzido no espaço escolar, o que pode atrapalhar que o professor possa demonstrar o carinho, atenção que o aluno não tem em sua casa, infelizmente a agressividade pode ser decorrente de algum bullying que ele vem sofrendo.
 A família e escola precisam estar atenta a esses sinais para ajudar seus alunos e filhos a vencerem o bullying:[footnoteRef:0] [0: ] 
· Machucados sem explicação convincente;
· Roupas sujas ou rasgadas;
· Materiais escolares estragados ou frequentes perdas de objetos;
· Isolamento, medo de sair sozinho ou não querer ir para a escola
· Queda no rendimento escolar.
· Ausência de socialização e amizades;
· Tristeza, solidão, insônia e estresse;
· Perda do apetite;
· Baixa imunidade;
· Pensamentos suicidas.
 Uma boa base familiar pode superar os impasses que a criança tem ao adentrar no ambiente escolar. Assim, a família deve ser vista como o segmento motivador de seus filhos, pois, é num ambiente familiar em que transmite: amor, carinho, confiança e segurança em que tornam as dificuldades de aprendizagem mais fácies de serem superadas, além de construir, através do diálogo com a escola, valores essenciais à sua formação (ALEXANDRE, Galvão e Fernandes (2015, p. 37), dessa forma os valores negativos podem influenciar nessa formação da personalidade humana.
1.2 DEVER DA ESCOLA: MOTIVAR SEUS ALUNOS E TER UM OLHAR VOLTADO PARA A QUESTÃO DO BULLYING
A escola encontra-se ligada ao sistema educacional que por vezes tem restringido a atuação dos agentes promotores da educação. Pois, muitas vezes, reproduz um ensino homogêneo, em que coloca o aluno frente a uma situação em ele deve aceitar e se adequar no espaço escolar. Fugindo assim, do princípio fundamental da inclusão escolar, em que deve procurar saber as particularidades de seus alunos e não os alunos terem que adaptar-se a ela (SAVIANI, 2008). 
A sala de aula é um meio de constante interação entre professor e aluno. É nesse espaço que diversas maneiras de aprendizagem são construídas, e o método utilizado pelo professor pode fazer essa diferença, de forma que tanto pode facilitar como dificultar a aprendizagem da construção de saberes (SAVIANI, 2008). 
Ao reproduzir saberes sem significados que dificultam a aprendizagem, o professor não utiliza instrumentos diversificados em sua aula, muitas vezes, por não conhecê-los. Assim, é necessário que ele possibilite informações a respeito de teorias e métodos que os ajudem no enfrentamento das dificuldades de aprendizagem. (SAVIANI, 2008), de modo que sejam inseridas as novas tecnologias da informação e comunicação – TIC. Portanto, o professor deve fazer uma formação continuada de modo a ampliar seus conhecimentos a respeito de sua área de atuação. 
1.3 A AFETIVIDADE COMO POSSIBILIDADE DE VENCER OS TRAUMAS CAUSADOS PELO BULLYING
 O afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral. Para PIAGET, há aspectos do afeto que se desenvolvem e ele apresenta várias dimensões, incluindo os sentimentos subjetivos como amor, raiva, depressão e aspectos expressivos (sorrisos, gritos e lágrimas).
 Na visão de PIAGET (apud WADSWORTH, 1995), o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento afetivo são inseparáveis. Assim, quando desenvolvimento cognitivo e afetivo é conceituado separadamente, há claros paralelos entre os dois.
 No estágio operacional concreto, o raciocínio e o pensamento adquirem maior estabilidade em relação ao pensamento pré-operacional. A capacidade para raciocinar torna-se gradativamente lógica e menos sujeita às influências das contradições perceptuais aparentes.A reversibilidade de pensamento e a descentração ajudam a trazer consistência e conservação ao raciocínio operacional concreto da criança.
 Esses fatores não influenciam apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também o afetivo. Durante o estágio operacional concreto, os afetos adquirem uma medida de estabilidade e consistência que não apresentavam antes e as operações reversíveis internalizadas (reversibilidade) se manifestam no julgamento afetivo infantil. Na fase pré-operacional, a origem do afeto era totalmente conservada e o afeto era pré-normativo; no estágio operacional concreto, em virtude dos sentimentos do dia-a-dia poderem ser representados e lembrados, estes passam a ser relacionados com os sentimentos anteriores.
 Em torno dos sete ou oito anos surge a conservação dos sentimentos e dos valores. As crianças tornam-se aptas a coordenar os pensamentos afetivos, de um evento para outro; o passado pode ser transformado em uma parte do raciocínio presente através da capacidade de reverter e de conservar.
 PIAGET sugeriu que a interação social, durante o estágio pré-operacional, encoraja o desenvolvimento da conservação de sentimentos.
[...] a vida social requer que o pensamento adquira uma certa permanência. Para que isto ocorra, a atividade mental não pode mais ser representada em termos de símbolos pessoais, tais como as fantasias dos jogos simbólicos, mas deverá ser expressa em termos de significados universais, tais como os signos linguísticos (linguagem). A uniformidade e a consistência da expressão reforçada pela vida social desempenham, entretanto, uma grande parte no desenvolvimento das estruturas intelectuais com suas conservações e invariâncias; e ela irá conduzir a transformações análogas no domínio das emoções. Com efeito, a permanência, obviamente isenta de sentimentos espontâneos, irá assemelhar-se com os sentimentos sociais e, especialmente, os morais [...] o gostar de outra pessoa é um sentimento que varia na medida em que ele é espontâneo e ligado a situações particulares. Ele torna-se duradouro e confiável quando sentimentos de semi-obrigação são adicionados. (PIAGET, 1980, apud WADSWORTH, 1995, p.99)
Na adolescência, caracteriza-se o desenvolvimento afetivo por dois fatores principais: o desenvolvimento dos sentimentos idealistas e a continuação da formação da personalidade. Com o desenvolvimento das operações formais, surge a capacidade de raciocinar sobre o hipotético (o futuro) e de refletir sobre o próprio pensamento. É o advento do sentimento idealista. Segundo PIAGET (apud WADSWORTH, 1995, p. 121), “Daqui em diante a inteligência será capaz de operar não apenas sobre os objetos e situações concretas, mas também sobre hipóteses e, por isso, sobre o possível tanto quanto sobre o real.
Quando motivados a refletirem e munidos do conteúdo necessário, adolescentes através do raciocínio formal, podem raciocinar de forma tão lógica quanto adultos, pois os instrumentos para avaliação dos argumentos intelectuais estão formados e funcionam plenamente.
E, para que esse processo seja efetivado, o professor deve levar em conta não somente a aprendizagem do aluno, mas, também, sua própria aprendizagem, pois só assim ele poderá estimular e encorajar o aluno como sujeito ativo durante o processo ensino aprendizagem. 
Quando se trata do bem estar do ser humano, todos precisam estar atentos, famílias, professores e sociedade só assim vão criar planos de intervenção e prevenção contra qualquer atitude preconceituosa, de violência e de discriminação que leva ao bullying, infelizmente pesquisas trazem que grande porcentagem dos suicídios entre jovens nos dias atuais são decorrentes do mesmo.
 
 O autor Lopes Neto diz que:
O termo violência escolar diz respeito a todos os comportamentos agressivos e antissociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, etc. Trata-se de comportamentos agressivos que ocorrem nas escolas e que são tradicionalmente admitidos como naturais, sendo habitualmente ignorados ou não valorizados, tanto por professores quanto pelos pais (LOPES NETO, 2005, p. 165)
 A temática bullying é muito relevante para os dias atuais principalmente por fazer parte marcante nas redes sociais e nos grupos de interação de adolescentes, sendo assim mais do que nunca faz com que famílias e escola esteja atenta a esse grande problema que assola nossas crianças e jovens com posturas de intervenção e prevenção para ajudar as vítimas a denunciar esses atos abomináveis de violência seja ele de qualquer ordem.
Para tanto, os saberes pedagógicos que conduzem ao saber fazer do aluno, pode estreitar essa relação professor-aluno e facilitar a aprendizagem em sala de aula, em outras palavras o ‘saber ensinar’ e ensinar’ torna-se essencial a qualquer proposta de ensino. Pois, no momento em o professor propicia situações que possam favorecer nessa aprendizagem, observa a importância da relação dele com o aluno e o faz forte para vencer as marcas sofridas pelo bullying.
Infelizmente o bullying é muito forte, pois quantas cicatrizes as suas vítimas trazem na alma e na mente devido a essas marcas negativas que com certeza vem mudando realidades, como educadores precisamos estar atentos ao comportamento de nossos alunos, pois muitos deles sofrem calados preconceitos e discriminação, uns falam outros preferem ficar calados com medo de expor suas reais situações. Hoje vivemos o momento ápice das diversidades e é preciso mostrar o respeito aos nossos alunos.
RELATO DE ESTUDO
 Mediante a toda a dificuldade que os professores enfrentam no dia a dia em relação à questão do bullying foi desenvolvido e aplicado o Projeto “A Importância da Diversidade para a Formação Humana. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Professora Dona Elmira com os alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental, com idade aproximadamente de 10 anos, sendo a única escola pública de Ensino Médio do município, pude observar algumas dificuldades apresentadas pelos alunos no momento de interpretar e refletir os textos lidos e trabalhados pela professora sobre as diversidades culturais, onde os alunos apresentavam desinteresse na qual geram a falta de respeito com o próximo, principalmente às características alheias.
 A professora regente Luciana Lúcia da Silva trabalha com os alunos textos impressos bastante interessantes retirados da Folha de São Paulo, com intuito de despertar o interesse dos alunos, permitindo assim que os mesmos conheçam as contribuições positivas que as manchetes de jornais trazem para o nosso cotidiano.
 A aplicação desse projeto aconteceu no ano corrente, tendo duração de duas horas e cinquenta minutos. Neste texto apresentamos a análise dos resultados obtidos. Antes da discussão dos resultados, apresentamos as condições e planejamento do projeto de intervenção. As conclusões gerais sobre a aplicação do projeto estão contidas ao fim desse relatório. 
 Ao desenvolver o projeto de intervenção fez se necessário aplicar a todos os alunos devido à falta de respeito entre os mesmos no que se referia às individualidades dos alunos da sala. Mediante a esta intervenção foi necessário criar aulas dinâmicas onde o interesse dos alunos fossem aguçados, tornando assim, o ensino mais atraente e os conteúdos mais interessantes para uma aprendizagem mais significativa, com intuito de novas posturas em relação à pessoa do outro.
	De início o professor usará de uma dinâmica de socialização com os alunos para quebrar algumas resistências que possam estar dentro de cada aluno. Na verdade, o professor criará vários momentos diferentes voltados para o tema central.
 Todo professor ao traçar seu caminho de intervenção pedagógica espera o sucesso do mesmo e os seus objetivos alcançados, portanto podemos considerar que todo o projeto de intervenção ocorrerá de acordo com a aprendizagem e interesse do aluno, daí a importância da flexibilidade do educador em traçar novos caminhos de intervenção casoseja necessário a eles.
 Como vemos a aprendizagem pode ser caracterizada como o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas. Considerando a abordagem sociointeracionista, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo.
 	De acordo com Vygotsky, a aprendizagem acontece inicialmente de forma interpsíquica, isto é, no coletivo, para depois haver a construção intrapsíquica. Partindo-se do pressuposto que o conhecimento é construído pelas interações do sujeito com os outros indivíduos, essas interações sociais são as principais desencadeadoras do aprendizado. Portanto, existe um percurso de desenvolvimento, em parte definido pelo processo de maturação do organismo individual, pertencente à espécie humana, mas é o aprendizado que possibilita o despertar de processos internos de desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo ambiente cultural, não ocorreriam.
 É muito importante que a família acompanhe os passos de seus filhos e auxilie nas tarefas em casa. A família tem o seu valor na vida e no desenvolvimento dos alunos, por isso precisa caminhar junto com a escola para o sucesso escolar dos mesmos.
Intervenção Na Prática (Projeto de Intervenção que poderá ser realizada na Prática dentro da sala de aula)
	1 I. TEMA- O respeito EM SALA DE AULA “PRODUÇÃO DE TEXTO COLETIVA”
	II-Objetivos específico
· Mostrar para os alunos a importância da ética em sala de aula, o quanto é fundamental respeitar a individualidade do outro, as diversidades existentes e também saber se posicionar diante dos acontecimentos com serenidade, equilíbrio e compromisso com o bem estar dos outros.
Específicos:
· Ensinar os alunos a respeitarem as diversas crenças existentes;
· Ensinar os alunos a se comportarem como de forma crítica diante dos fatos;
	 III-Conteúdo
· DIVERSIDADE CULTURAL
· VALORIZAÇÃO ESCOLAR
· DIGA NÃO AO BULLYING
	IV. Metodologia
· O professor trabalhará vários conceitos importantes de amor, respeito e ética através de um vídeo.
· No segundo momento o professor trabalhará uma dinâmica sobre os conceitos básicos da ética, procurando assim trabalhar os valores individuais de cada um.
	V. Recursos
DVD
Músicas
Gravuras
Cartolina
Pincéis coloridos
Giz de cera
Folhas sulfites
	VI. Avaliação
A avaliação é fundamental dentro do processo de aprendizagem, portanto precisa ser feita com bastante responsabilidade, avaliação acontecerá de acordo com a desenvoltura dos alunos no decorrer da aula, enfatizando o interesse e participação durante os momentos de aprendizagem vivenciados pelos alunos no decorrer da aula trabalhada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio foi de fundamental importância para a minha formação acadêmica e pessoal, a demonstração de amor e carinho por parte de professores constrói um vínculo de confiança que se torna necessário para um bom relacionamento entre professor e aluno. Para tanto, é preciso que os professores adquiram maneiras que melhorem sua metodologia em sala de aula de forma que seu aluno possa superar seus medos e anseios.
E, para que esse processo seja efetivado, o professor deve levar em conta não somente a aprendizagem do aluno, mas, também, sua própria aprendizagem, pois só assim ele poderá estimular e encorajar o mesmo como sujeito ativo durante o processo ensino aprendizagem. 
 Cabe aos profissionais zelar pelo seu ambiente de trabalho de forma emocionalmente equilibrada e saber resolver seus conflitos de forma pacificadora para que as relações existentes sejam cada vez mais fortalecidas.
Para criar um ambiente escolar acolhedor é necessário entender o que é afetividade e porque ela é fundamental na formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com os outros na sociedade na qual estão inseridas.
 Para melhor conhecer a realidade dos alunos, um dos métodos é conhecer as suas emoções e sentimentos que são demonstrados através do diálogo, pois sua atuação expressa, tanto na organização como na execução de suas vivências em sala de aula e no convívio familiar.
 Diante da diversidade real a escola desenvolve e promove a construção do conhecimento, da autonomia, da cidadania através de um processo de prática pedagógica dialética, contextualizada e inclusiva como forma de aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem, contribuindo para que o aluno possa exercer sua cidadania de direito com a participação consciente e ativa de todos no processo solidário de convivência e trabalho, buscando soluções para o bem comum, que recupere o sentido do conhecimento como conhecer para compreender, usufruir e/ou transformar este mundo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Cloves Antonio de Amissis. Estudos sobre bullying em dissertações e teses brasileiras no período de 2000 a 2009. 2012. 96f. Mestrado Acadêmico em Educação ― Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 2012.
BALTAZAR, José Antonio; MORETTI, Lúcia Helena Tiosso; BALTAZAR, Maria Cecília. Família e escola: um espaço interativo e de conflitos. São Paulo: Arte e Ciência, 2006.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente/ ECA Lei Federal n° 8069, de 13 de julho de. 1990.
CAVALCANTI, Meire. Como criar uma escola acolhedora. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 180, p.52-57, 2005.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes: A educação inteligente formando jovens pensadores e felizes. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
LEITEL, Sérgio Antônio da Silva; TAGLIAFERRO, Ariane Roberta. A afetividade na sala de aula: um professor inesquecível. Psicologia Escolar e Educacional, v. 9, n. 2, p. 247-260, 2005.
MARCHESI, Alvaro. Os alunos com pouca motivação para aprender. In: COLL, Cesar;
PESTALOZZI, E. Inteligência e Afetividade da criança dentro de uma prática construtivista . 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1995.
PILETTI, Allan L. Proteja seu filho do Bullying. Impeça que ele maltrate os colegas ou seja maltratado por eles. 2. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2006.
VIGOTSCK, Lev Semenovisch. Interação entre aprendizagem e desenvolvimento. In: A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento de Processos Psicológicos Superiores. 7ª Ed. São Paulo, Martins Fontes, 2000.
WADSWORTH, 1995. Concepção de professores sobre bullying na escola: estudo de caso. 1995.

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