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TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM ESTAR

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TÉCNICAS RELATIVAS AO BEM-ESTAR 
DESINFECÇÃO DO LEITO: 
Um ambiente hospitalar que nos atenda e 
transmita confiança, é um ambiente limpo e 
organizado. Isso também auxilia no controle das 
infecções, na prevenção de acidentes e na gestão 
do processo de trabalho. 
Para que a organização aconteça no local e na 
unidade do paciente, alguns preceitos devem ser 
observados: 
 Remover o material desnecessário mantendo o 
suficiente para o período do trabalho; 
O material deve ser organizado e identificado 
em locais apropriados e de fácil acesso; 
Deve-se evitar deixar materiais, roupas e lixo no 
chão; observar a unidade do paciente com 
alinhamento seguro e distância adequada entre o 
mobiliário; 
As roupas de cama devem estar limpas e 
esticadas; 
Os pertences do paciente organizados em local 
apropriado; 
Evitar guarda de sobras de alimentos; 
O piso, parede e superfícies dos mobiliários e 
equipamentos sempre limpos; 
Quando necessário, solicitar ou efetuar a 
limpeza úmida, evitar o uso de panos secos ou 
objetos que promovam a disseminação das 
partículas no ambiente; 
Não misturar sabão com hipoclorito de sódio, 
pois o sabão neutraliza a ação do desinfetante do 
cloro; 
Alguns princípios técnicos devem ser obedecidos, 
tanto para a desinfecção como para com o 
profissional que está realizando a técnica, um 
exemplo é aplicar os princípios de ergonomia na 
mecânica corporal. Já quanto a desinfecção, 
manter distância relativa para evitar contato direto 
com as roupas de cama e mobiliário, sempre 
observando os princípios de movimento 
unidirecional e amplo, e sentido único, iniciando 
da parte mais limpa para a mais suja; 
Deve seguir os seguintes critérios: 
- De cima para baixo e respeitar a sequência da 
limpeza dos mobiliários: 
- Mesa de refeição, 
- Mesa de cabeceira, 
- Poltrona, 
- Cama e escada trocando a água sempre que 
necessário, evitando molhar o chão, atentar para o 
risco de acidentes. 
- Se possível, deixar o leito exposto ao ar e luz 
solar para completa secagem. 
E dependendo da rotina, após a limpeza, aplicar 
álcool 70% nas superfícies. 
Arrumação do leito e técnica utilizada: 
O leito é fundamental para o repouso e conforto do 
paciente, bem como para o sono reparador, 
essencial na recuperação da saúde. 
A arrumação da cama tem por função 
proporcionar conforto e segurança ao paciente e 
boa aparência à unidade. 
Para realizar a arrumação da cama, é necessário 
saber qual o tipo de paciente que vai ser recebido 
na unidade, existe 4 tipos de arrumação de cama: 
1) A cama fechada: é o tipo de cama 
preparada após a limpeza terminal, ela 
permanece fechada até que o novo paciente 
a ocupe. Utiliza-se 2 lençóis, 1 cobertor 
(optativo), 1 lençol móvel, 1 impermeável 
(optativo), 1 colcha, 1 fronha e 1 hamper. 
2) Cama aberta: é aquela ocupada pelo 
paciente que pode locomover-se, ou 
aguarda a chegada informada do novo 
paciente a ser admitido. 
3) Cama aberta ocupada com paciente 
impossibilitado de locomover-se: é feita 
diariamente durante a permanência do 
paciente na unidade e é utilizado o mesmo 
material da cama fechada. Por segurança, a 
cama aberta ocupada com paciente 
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acamado é preparada por dois profissionais, 
um para apoiar o paciente e outro para 
arrumar a cama. 
4) Cama de operado: é preparada para receber 
paciente submetido à cirurgia ou 
procedimento sob anestesia, deve ser 
utilizado o mesmo material da cama 
fechada acrescentando mais um lençol. 
Observações importantes para arrumação de 
camas: 
Evitar o contato das roupas de cama com o 
mobiliário e o uniforme, não arrastar nem colocar 
as roupas de cama no chão, não sacudir as roupas 
e não alisá-las, somente ajeitá-las pelas pontas. 
Disponibilizar as peças na cadeira na sequência 
de uso; 
O cobertor e a colcha são opcionais na 
arrumação de cama; 
Ao dispor o lençol na cama, estendê-lo sobre o 
meio do colchão, de modo que a dobra fique 
centralizada no meio da cama; 
A borda do lençol deve ficar na parte da 
cabeceira da cama; 
O travesseiro deverá ser posicionado sobre a 
cama, com a abertura da fronha no lado oposto à 
porta de entrada da unidade; 
Arrumar um lado da cama e depois o outro, a 
fim de economizar tempo e movimentos; 
No preparo de cama com duas pessoas, cada 
uma deverá se colocar de um lado da cama e 
proceder à arrumação com movimentos 
coordenados, com cada pessoa realizando-a no 
seu lado correspondente. 
Hábitos de Higiene: 
Os hábitos de higiene pessoal podem variar de um 
indivíduo para o outro, por isso é preciso ter muito 
cuidado na abordagem ao paciente e respeitar a 
privacidade. 
Diversos fatores podem influenciar na preferência 
de um paciente quanto a higiene. Portanto deve-se 
individualizar o cuidado respeitando as práticas de 
higiene e as preferências. 
Quando os pacientes se submetem à cirurgia, 
sofrem doenças ou alguma alteração no estado 
funcional, a imagem corporal se altera de maneira 
drástica, por isso é importante empreender 
esforços adicionais para promover o conforto e a 
aparência higiênica do paciente. 
Para o enfermeiro prescrever o banho no leito, é 
importante que avalie as condições físicas do 
paciente. Por exemplo: 
- Paciente que passou por um procedimento 
cirúrgico e que ainda está sob efeito da anestesia, 
às vezes não apresenta clareza mental ou 
coordenação para executar o autocuidado; 
- Pacientes inconscientes ou com doenças crônicas 
como cardiopatia, câncer, distúrbios neurológicos 
e determinadas patologias psiquiátricas, 
frequentemente estão incapacitados para 
realizarem sua higienização. 
Neste momento, o profissional pode aproveitar e 
realizar o exame físico, que as vezes o paciente fica 
constrangido em permitir o exame das áreas 
íntimas na entrevista. Pode-se avaliar a pele, se o 
paciente apresenta alguma alteração em relação ao 
esforço, como dispneia (falta de ar), cianose (cor 
azulada na pele). 
Independente do banho, deve-se fornecer 
privacidade, fechando portas, cortinas ou 
utilizando biombos. Expor somente a área que será 
higienizada. Manter as grades do leito elevadas 
quando longe, manter aquecimento do quarto, 
prover a independência incentivando o paciente a 
participar o máximo possível do banho. 
O banho é o momento de maior aproximação e de 
maior invasão do corpo do outro, é o momento de 
troca e de detecção de problemas reais, potenciais 
e subjetivos. 
Enquanto é realizado o banho e o paciente está 
consciente, pode-se aprofundar a anamnese e 
levantar mais informações. Se está inconsciente, 
conversar assim mesmo, não se sabe o quanto o 
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paciente nos ouve, devemos aproveitar a 
oportunidade para falar sobre as finalidades do 
banho, como está o dia, é uma forma de trazê-lo 
para a realidade da vida. 
Devemos avaliar se o paciente é fisicamente capaz 
de tolerar um banho, visto que a mudança de 
posição aumenta a demanda e o consumo de 
oxigênio. Durante e após o banho deve-se medir a 
frequência cardíaca do paciente. 
O paciente deve fazer parte do plano de cuidado, 
pois propicia a inclusão de suas preferências em 
relação ao cuidado de higiene. 
A higiene oral deve ser realizada, pois ajuda a 
manter a saúde da boca, dentes, gengivas e lábios. 
O cuidado oral inadequado, juntamente com a 
condição física geral do paciente e medicamentos, 
como anti-hipertensivos, antidepressivos e 
diuréticos, diminuem a produção de saliva, 
reduzindo a capacidade da cavidade oral de 
combater os efeitos dos patógenos. 
A escovação limpa os dentes de partículas de 
alimentos, placa bacteriana e bactérias, também 
massageia as gengivas e alivia o desconforto 
resultante de sabores e odores desagradáveis. 
As alterações da flora microbiana oral aumentam o 
risco para o cuidado de infecções associadas, por 
causa da colonização de patógenos na orofaringe;Este é um risco particularmente alto para pacientes 
sob ventilação mecânica e aqueles que estão 
imunossuprimidos. 
A higiene oral não consiste apenas em uma 
fórmula para todos, e não deve ser realizada com 
rapidez ou não ser feita, as medidas de higiene 
devem ser individualizadas para as necessidades, 
nível de saúde e funcional, e condição patológica 
do paciente.