Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Társis Madai – Habilidade Médicas 7 ACLS Hm 7 – Profª Fernanda Sanfront Taquiarritmias Alterações do ritmo cardíaco caracterizado por FC maior igual a 100bpm, com pulso presente Apresentação das taquicardias: assintomáticas, até eventos com instabilidade hemodinâmica que podem ser fatais. 1º pergunta: QRS estreito ou largo? QRS é o complexo mais importante do ecg, significa a despolarização do ventrículo (contração do ventrículo). Estreito -> taqui supraventricular Largo -> taqui ventricular ou supraventricular com condução aberrante 2ª pergunta: Ritmo regular ou irregular? Se o R-R é regular é taquisupraventricular propriamente dita, se é irregular é provavelmente uma FA. 3ª Há onda p visível? (não é se ela existe, é se ela é visível porque as vezes ela está lá mas não é possível de ver) ECG 12 derivações, PA, Oximetria de pulso, oxigênio, acesso venoso Taquicardia sinual Ritmo regular, o rr é regular, estável. QRS estreito (<0,12ms) é uma resposta fisiológica ao estresse físico e ao estresse emocional. Resposta compensatória a determinadas condições (hipovolemia, febre, sepse, anemia, insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, etc). Uso de cocaína, anfetamina e teofilina. QRS estreito (idêntico ao QRS do ritmo sinual), a não ser em caso de bloqueio de ramo associado. Não precisa tratar, mas sim compensar o coração. Tratamento da causa base. Pode até dar betabloqueadores ou antagonistas de cálcio, dependendo da causa, mas o tratamento é para causa base. Arritmias O que divide uma arritmia em estável ou instável? Se o paciente tiver algum desses sinais. Alteração do nível de consciência Desconforto torácico isquêmico Insuficiência cardíaca aguda (dispneia, hipotensão, FA aumentada e etc) Hipotensão com sinais de choque Taquicardia Supraventricular Qualquer arritmia de QRS estreito é chamada assim. Se origina nas câmeras superiores do coração (átrios). Társis Madai – Habilidade Médicas 7 Podem ser secundarias a: atividade elétrica anormal ou circuitos de reentrada (vias acessórias, Wallf – Parkinson ou reentrada nodal). A TSV utiliza as estruturas acima da bifurcação do feixe de HIS para a sua manutenção. O diagnóstico de TSV varia de acordo com a arritmia, 60% são de taquicardias supraventriculares paroxísticas. O nódulo do AV, nesses casos, se apresenta com dupla via de condução AV (via alfa de condução lenta e beta de condução normal ou mais rápida). É taquicardia regular com FC media entre 140- 230bpm. Se for QRS estreito, olha RR regular taquisupraventricular supraparoxistica, se for irregular é FA. As ondas P na maioria dos casos não são visíveis devido a ativação concomitante de átrios e ventrículos. Num percentual menor (35%) a onda P vem após o QRS (intervalo RP’ 70 ms). Em 4% dos casos as ondas P precedem o QRS, simulando uma onda “q” -> Isso aqui é pra cardio, foco no ACLS é QRS e RR. Tratamento – Manobra do seio carotídeo (40% de chance de reversão) pelo ACLS, mas na prática é pouco visto porem como é mandatório do ACLS é feito. Simultaneamente faz manobra e vai pedindo fármacos. – Realiza de 5 a 10s em movimentos circulares Seguido Adenosina 6mg em Flush (de vez), se não rever pode fazer + 12mg SN (flush) Verapamil – 2ª droga de escolha Ataque 2,5 a 5,0mg IV em 2min SN – 5mg após 15-30 min Ou diltiazem 0,25 mg/kg em 2min – pode repetir 0,35mg/kg após 15min PARAOXISTICA SUPRAVENTRICULAR A onda p existe mas não é visível Taquicardia de QRS estreito irregular Pode ser fibrilação atrial ou flutter. Em ambos os casos existe um maior risco para eventos cardioembólicos, então a abordagem depende da hora do inicio da arritmia, tratamento antitrombótico prévio e decisão entre reversão do ritmo e controle da frequência. Fibrilação atrial (FA) Obrigatório o ECG para confirmação. Possui intervalo R-R irregular, com ausência de onda p distinta, intervalo entre duas atividades auriculares (quando visíveis) é habitualmente e <200ms Não tem onda P pq não tem contração do átrio, a medida que o átrio está fibrilando. Primeira pergunta: Paciente esta estável? Se sim: Esta com FA aguda (<48h) ou crônica (>48h)? Se ele estiver menor que 48h não tem produção de muitos coágulos ainda, então pode cardioverter esse paciente seja química ou elétrica. Se ele tiver maior de 48h, pode estacheio de coagulo no átrio, então depende: esta anti coagulado? Se tiver anticoagulado então pode cardioverter esse paciente seja química ou elétrica. Se não estiver anticoagulado, deve perguntar se controla a FC ou faz cardioversão? Porque pode haver varias formação de coagulo e pode gerar deslocamento dos coágulos no átrio para qualquer lugar do corpo. Então, se controla a FC enquanto anticoagula, ai quando chega à faixa de coagulação, realiza a cardioversão. 1º Controle da FC -> betabloqueador / antagonistas dos canais de cálcio / digitálicos (não se usa mais) – Busca FC <110bpm em repouso. 2ª Faz ecotransesofagico, acha trombo e encaminha para anticoagulação Anticoagula com o que? Heparina ou Clexane subcutâneo (depende) Társis Madai – Habilidade Médicas 7 Faz cardioversão elétrica ou química porque se não o paciente morre. Avisa a família, explica os riscos e realiza. Flutter atrial FC em torno de 300bpm, presença de onda f. São ondas predominantemente negativas, com aspecto morfológico de serrilhado. Critérios de instabilidade Hipotensão (PAS <90mmHG) ou choque circulatório (alteração da perfusão) Dor precordial anginosa Alteração do nível de consciência Dispneia associada a congestão pulmonar Precisa fazer cardioversão, se não paciente morre. A única arritmia que não cardioverte se instável é taquicardia sinusal porque ai você trata causa base. Cardioversão eletrica Sedação: Midazolam 3-5 mg bolus (repetir até sedação); Etomidato 20mg bolus (2min após fentanil); Propofol* 30-50mg bolus (máximo até 200mg) Como propofol é cardiodepressor não deve-se utilizar em paciente com FE de VE reduzida. Analgesia: Fentanil 1-2µg/kg; Morfina 1-2µg/kg O ACLS diz que é CAB, sempre pensar no C primeiro, mas como a equipe é multidisciplinar a equipe de enfermagem inicia sedação e analgeisa enquanto outra pessoa vai preparando cardioversão. Cardioversão elétrica do Flutter: 1º choque ≥50J, 2º choque 100 J Cardioversão elétrica da FA: 1º choque 120-200J, 2º choque 360 J Desfibrilador monofásico deve ter carga entre 100- 200J; Desfibrilador (cardioversor) bifásico deve variar entre 120-200J – sincronizado no QRS – quem provocou o problema, logo tem chance menor de transformar uma arritmia em uma arritmia maligna, logo se puder escolher a gente escolhe o cardioversor na maioria dos casos. Algumas arritmias são tão desorganizadas como FV e TV polimorficas que o cardioversor não consegue diferenciar o que é QRS para fazer choque, então nesse caso é melhor utilizar o monofásico. Taquiarritmias ventriculares As arritmias ventriculares podem se manifestar como palpitações, síncope ou descompensação de insuficiência cardíaca. A FV é uma desorganização eletromecânica, tão desorganizada, que não consegue diferenciar nada. O ECG é a ferramenta mais simples para confirmar o diagnóstico e a causa mais comum de morte súbita é a FV (metade dos casos ocorre por doenças coronarianas). A TV/FV são comuns após IAM e o risco de morte é maior quando ocorrem >48h após IAM (se ocorrem <48h depois, o prognostico também é pior, mas não tanto quanto as tardias). Uma vez documentada a arritmia, o primeiro passo é avaliar se a arritmia é primaria (quando é uma cardiopatia de base) ou se é secundaria (causa comumICFER/miocardiopatia dilatada e isquêmica). Por isso o primeiro exame é um ecocardiograma transtoracico. É importante também realiar avaliação laboratorial, incluindo função renal, eletrólitos com potássio, cálcio e magnésio, bem como função tireoidiana. Os biomarcadores, como BNP e troponina, podem ser solicitados, mas eles marcam apenas o prognóstico cardiovascular e não especificamente o risco de arritmias. Tratamento de ambos casos: CHOQUE. Társis Madai – Habilidade Médicas 7 TV polimórfica: Torsade de Pointes Complexo QRS mudando, com as pontas em disposição helicoidal. Decorre da ação das drogas IA ou outros agentes que prolongam o intervalo QT, além de hipocalemia, hipomagnesemia, etc. A suspensão dos agentes causais é fundamental. Tratamento: Sulfato de magnésio (1-2mg em 5- 60min); Suspender medicações que prolonguem QT; Tratar isquemia se houver suspeita; Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos; Aumentar frequência cardíaca (dopamina / marcapasso transvenoso provisório). Ritmo irregular – instável Na presença de instabilidade hemodinancia não diferencia TSV (taquicardia supraventricular) de TV (taquicardia ventricular); Taquicardia de QRS largo e instáveis hemodicamicamente -> CVE Desfibrilador monofásico deve ter carga entre 100- 200J; Desfibrilador (cardioversor) bifásico deve variar entre 120-200J. Em pacientes não responsivos ou TVSP – desfibrilação 360J (monofásico) ou 200J (bifásico). TVSP Fibrilação ventricular Traçado anárquico Paciente não possui pulso e debito cardíaco = zero, não há complexo QRS de aparência normal, frequência muito rápida e desorganizada demais para contar. Ritmo totalmente irregular, ondas F variam em tamanho e forma, podem ser definidas como grosseira ou fina. TVSP/FV são ritmos de parada cardíaca. Suporte básico e avançado RCP de alta qualidade Revezar o socorrista a cada 2 minutos, se possível. Dois dedos acima do processo xifoide, mao dominante por cima, apoiando região hipotênar da mãos dominante, cotovelos estentidos em um ângulo de 90º com plano horizontal, comprimindo tórax entre 5 a 6cm, permitindo retorno do tórax a posição habitual a cada compressão. Ventilar adequadamente, 2 ventilações após cada ciclo de 30 compressões, minimizar interrupções. Dispender, no máximo, 10 segundo para cada 2 ciclos de ventilação, com duração de 1 segunda cada resgate e volume corrente suficiente apenas para elevar o tórax. Na presença de via aérea avançada, deve-se realizar 1 ventilação a da 6sen, sem sincronia com as compressões. Társis Madai – Habilidade Médicas 7 Pedir DEA -> verificar se o ritmo é chocável ou não chocável. Não chocável – reiniciar rcp por 2min ou ate aviso do DEA para verificação do ritmo. Ritmo chocável – aplicar 1 choque e reiniciar a RPC Seguimento suporte avançado RCP continuas se via aéreas avançadas - Via aérea avançada não é urgência. Usar curva de capnografia – só da pra fazer com paciente intubado. Realizar acesso venoso / intraósseo. Administrar epinepfrina 1mg a cada 3-5min. o 1 ampola = 1mg/1ml Aministrar amiodarona 1ªdose 300mg em bolus após 3º choque Administrar amiodarona 2ª dose 150mg, após 5º choque, deve ser considerada. o Dose: 1 ampola = 150mg=3ml. Após administração de cada droga, aplicar 20ml de soro fisiológico 0,9% e elevar o membro.
Compartilhar