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Cirugia Vascular

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Cirurgia Vascular 
Introdução 
 Semiologia: arterial, venosa e linfática. 
 Boa anamnese e exame físico. 
Doença Arterial periférica 
 A doença mais prevalente é a de origem 
aterosclerótica. 
 Fatores de risco: idade >50 anos, tabagismo, 
obesidade, diabetes e sedentarismo. 
 Com a evolução das placas de ateroma tem 
estreitamento do lúmen vascular, conforme o 
paciente anda, aumenta demanda metabólica do 
segmento muscular, ele sente dor e precisa parar 
porque o metabolismo anaeróbio geram 
metabolitos que geram dor e fadiga muscular. 
 Claudicação intermitente – Andar, sentir dor, parar, 
melhorar (ciclo) 
 A depender do território que a placa acomete gera 
claudicação e um local -> Infrapoplitea (plantar), 
femoropopliteal (panturrilha), aortailiaca 
(nadegas). Síndrome Leriche -> impotência em 
homens 
 
Lesão dos membros inferiores 
 Lesão isquêmica x lesão infecciosa. 
 Necrose seca, nao purulenta, pele lisa e brilhante, 
sem pilificação – doença arterial crônica 
(isquêmica) 
 Fundo da ferida vermelho, granulado – neuropatia 
motora – área de pressão aumentada até formação 
de ulcera que gera lesão crônica (gera infecciosa) 
Pé diabetico 
 Neuropatia motora – gera deformidade nos pés -> 
provoca alterações biomecânicas 
 Neuropatia sensitiva – perda da sensibilidade 
protetora 
 Neuropatia autonômica – diminui a regulação da 
hidratação do pé, a pele fica ressecada e mais 
predisposta a lesões. 
Assimetria dos membros inferiores 
 Edema assimétrico aguda – a primeira coisa a se 
pensar é na trombose venosa profunda. 
 Nesse caso tem uma oclusão de uma veia que 
prejudica o retorno venoso e fica edemaciado. 
 Edema assimétrico crônico 
Exame físico 
 PALPAÇÃO 
 Abaulamento 
 Frêmitos – sensação de vibração na região que o 
fluxo está turbilhonar. Fluxo de alta velocidade 
 Avaliar temperatura (febre, frialdade (dorso das 
mãos) 
 Pressão arterial; 
 Índice tornozelo-braquial -> É a razão entre as 
pressões sistólicas do membro inferior (tibial 
posterior e anterior) com a pressão sistólica da 
artéria braquial. 
 
 Pacientes que tem índice menor que 0,41 tem risco 
de lesão espontânea. O índice aberrante se da por 
particularidade em pacientes diabéticos 
(predisposição a fazer calcificação da camada 
media das artérias distais -> com a elevação da 
pressão do manguito não consegue fazer a oclusão 
da artéria porque esta calcificada) 
 Pulsos arteriais 
 Avaliação dos pulsos arteriais periféricos 
compreende: frequência, ritmo, amplitude, 
regularidade. 
 O pulso arterial é graduado de zero a quatro cruzes, 
podendo estar normal (4+), diminuído (1 a 3+) ou 
abolido (0) 
 Sempre fazer palpação comparada com artéria 
contralateral ou com outras artérias de calibres 
menores. 
 AUSCULTA 
 Cardíaca e de vasos de grande e médio calibre -> 
sopros 
 COR 
 Palidez, rubor, cianose – Sempre comparando 
membros para ver se são simétricas 
 ALTERAÇÕES TRÓFICAS 
 Queda de pelos, estriação das unhas, micoses 
cutâneos, úlceras, necrose. 
 Descrição adequada da lesão 
 Lesão isquêmica (extensa? não é isquêmica? 
mumificação?) envolvendo (quais regiões?) 
expondo (quais estrutura?) com fundo (amarelado, 
purulento, vermelho?), tem sinais flogisticos? Tem 
sulco delimitando a lesão? Flictena? 
 Lembrar de olhar todo membro, se paciente chega 
com curativo precisa retirar, avaliar o paciente de 
maneira adequada. 
Classificação de Wagner e o pé diabético 
 Grau 0 Nenhuma ulcera evidente, com calosidades 
grossas e cabeças metatársicas proeminentes, 
dedos em garra ou outras anormalidades ósseas. 
 Grau 1 Ulcera superficial sem infecção evidente. 
 Grau 2 Ulcera profunda sem envolvimento ósseo. 
 Grau 3 Ulcera profunda com abcesso e 
envolvimento ósseo (osteomielite). Teste de probe 
– coloca um instrumento metálico na ferida e ela 
toca o osso, pode afirmar que já tem osteomielite. 
 Grau 4 Gangrena localizada 
 Grau 5 Gangrena extensa 
 
Artéria temporal 
 Ponto de palpação: fossa temporal 
 Palpação bimanual com dedos em gancho 
 Dor a palpação em casos de arterite temporal 
Artéria carótida 
 Ponto de palpação – dedos em gancho, colocados 
lateralmente no pescoço entre a laringe e margem 
anterolateral do musculo ECM. É um pulso central 
 Tomar cuidado para não desencadear reflexo vago-
vagal e geral sincope no paciente – Sempre um 
lado de cada vez -> Evitar fazer com polegar. 
Artéria Subclávia 
 Ponto de palpação: meio da clavícula – pode ser 
supra ou infraclavicular 
Artéria Axilar 
 Ponto de palpação: vértice da axial 
Artéria Braquial 
 Ponto de palpação: com dedos na superfície 
medial do terço médio do braço, entre os 
compartimentos musculares anterior e posterior 
Artéria Radial 
 Ponto de palpação: goteira do radio (entre os 
tendões do musculo adutor longo do polegar) 
Artéria Ulnar 
 Ponto de palpação: terço distal do antebraço 
anteriormente, entre o músculo flexor superficial. 
Manobra de allen 
 Avalia perviedade do arco palmar 
 Compara a amplitude de pulso e a dominância ou 
oclusão das artérias radial e ulnar. 
 Decisão para confecção de fistula arteriovenosa 
para hemodiálise ou para cateterismo radial 
Aorta Abdominal 
 Ponto de palpação: palpada bimanual na linha 
media do abdome desde o epigástrio até a região 
infra-umbilical 
 Pacientes obesos não da para fazer avaliação 
adequada, se tiver sentindo o paciente pode está 
em situação de risco, precisa de uma investigação 
mais acurada 
Artéria Femoral 
 Ponto de palpação: trigono femoral – ponto médio 
entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca antero-
superior (trigono femoral – fáscia lata, ligamento 
inguinal, a margem medial do músculo sartório e, 
margem medial do musculo adutor longo). 
Artéria Poplítea 
 Ponto de palpação: flexão do joelho acerca de 90 
graus, coloca os dois polegares na tuberosidade 
tibial e os restantes dedos em gancho na fossa 
poplítea. 
 Outra forma: paciente em decúbito ventral pode 
fazer na região posterior e lateral 
Artéria Tibial anterior e tibial posterior 
 Ponto de palpação TA: palpa-se lateralmente ao 
tendão do extensor longo do halux; 
 Ponto de palpação TP: palpa-se posteriormente ao 
maléolo. 
Oclusão arterial aguda 
 Oclusão súbita de uma artéria – que ocorre por 
fibrilação atrial ou cardiopatia isquêmica (90% dos 
casos). 
 Podem decorrer de embolia, de uma trombose ou 
de um traumatismo arterial. 
 Acometimento neurológico prediz irreversibilidade 
do membro. 
 Avaliar 6P’s da isquemia 
 P – Pain (dor) 
 P – Pulseless (ausência de pulso) 
 P – paresthesia (parestersia) 
 P – Paralysis (paralisia) 
 P – Pailor (palidez) 
 P – Poiquilothermia (poiquilortemia – friadade) 
 Categoria clinica da isquemia arterial 
aguda 
 Avalia: enchimento capilar, empastamento 
muscular, perda de sensibilidade, sinal ao doppler 
arterial, sinal ao doppler venoso 
 Avalia se o membro: viável ou se está em risco 
(marginal, imediato ou irreversível). 
Tromboflebite superficial 
 A flebite superficial acomete veias superficiais. 
 Quando paciente tem internamento prolongado de 
tanto fazer medicação gera uma lesão na parede 
do vaso e gera flebite superficial 
 Pode ser provocada por neoplasias, varizes 
calibrosas. 
Trombose Venosa Profunda 
 Trombo ocorre em veia profunda. 
 Triade de Virchow 
 Sinais: dor a dorsoflexao do pe (sinal de homans), 
panturrilha empastada (sinal da bandeira) 
Varizes dos membros inferiores 
 São veias dilatadas, alongadas, tortuosas e com 
insuficiência valvar, com tendência de 
agravamento com a evolução natural por um longo 
período de tempo, normalmente por vários anos. 
Consenso internacional CEAP 
(evolução normal da insuficiência venosa) 
 CoS – Sensação de pernas pesadas, dor nas 
pernas e prurido, mas na ausência de alterações 
clínicas ou sinais de insuficiênciavenosa. Veias 
reticulares, menores, finas, calimbre <5mm 
 C1 – Telangectasias ou veias reticulares. Varizes 
visíveis e palpaveis 
 C2 – Varizes visíveis e paláveis 
 C3 – Edema venoso – Caracteristicamente no fim 
do dia 
 C4 – Alterações tróficas, pigmentação e dermite 
ocre – hipercromia em bota 
 C5 – Ulcera cicatrizada com lesões tróficas. 
 C6 – Úlcera venosa ativa. 
 
 A válvula danificada perde a capacidade de 
bloquear o refluxo sanguíneo, gerando pressão 
continuamente no sistema venosos, gerando 
estagio inflamatório que predispões ao 
enfraquecimento da parede da veia, que vai 
tornando-se dilatada, alongada, tortuosa. 
 Recruta-se mais macrófagos que fagocitam 
produtos de degradação da hemoglobina, e esses 
produtos dentro do macrófago gera mais 
inflamação e gera a deposição desses produtos de 
degradação de macrófagos na pele – Gerando 
hipercromia em bota, além do edema, equisema, 
varizes, endurecimento. 
Linfedema 
 Aumento do volume de todo ou parte de um 
membro, pelo edema que se segue a alteração na 
circulação da linfa. 
Erisipela (linfangite) 
 Infecção superficial, interdigital, que se dissemina 
pela rede linfática e gera uma infecção ascendente, 
gerando área de hiperemia por todo membro 
associado a febre alta e tremores. Podendo gerar 
descompensação do paciente, principalmente em 
idosos, podendo gerar quadro séptico. 
 Infecção do tecido celular subcutâneo e de sua 
rede linfática com placas de hipertermia e 
hiperemia dolorosa, febre alta e tremores de frio; 
 A infecção é causada normalmente pelo 
estreptococo, mais raramente pelo estafilococo e 
outros. 
Métodos diagnósticos 
 Ultrassonografia com Doppler -> é uma 
ultrassonografia com técnica que avalia a 
movimentação do fluxo sanguíneo, se ele se 
aproxima ou se afasta do transdutor, avaliando o 
fluxo nos vasos.

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