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ANATOMIA DOS DENTES ANTERIORES • ICS: Única raiz, único canal, curvatura para a vestibular; • ILS: Única raiz, único canal, curvatura para a distal; • CS: Única raiz, único canal, grande comprimento da raiz, porção apical alongada e fina; • ICI: Única raiz, único canal, provável achatamento provocando uma bifurcação total ou parcialmente do canal; • ILI: Única raiz, único canal, provável achatamento provocando uma bifurcação total ou parcialmente do canal; • CI: Única raiz, único canal. ANATOMIA DOS DENTES POSTERIORES • 1° PMS: 2 canais e 2 raízes; • 2° PMS: 1 canal e 2 raízes; • 1° MS: 4 canais e 3 raízes; • 2° MS: 3 ou 4 canais e 3 raízes; • 1° PMI: 1 canal e 1 raiz; • 2° PMI: 1 canal e 1 raiz; • 1° MI: 3 canais e 2 raízes; • 2° MI: 3 canais e 2 raízes; ANATOMIA DO CANAL RADICULAR A entrada dos canais radiculares são orifícios no assoalho da câmara pulpar que levam aos canais. O canal radicular acompanha mais ou menos a forma da raíz, afilando-se progressivamente a partir da câmara pulpar até o ápice radicular, onde se abre suavemente. O canal radicular é dividido, didaticamente, em três porções ou terços: cervical, médio e apical. O orifício de abertura do canal radicular no ápice ou próximo ao ápice radicular chama-se forame apical. Nessa região, o cemento ultrapassa a dentina de maneira que as paredes do forame são formadas por ele. A cavidade pulpar, na sua porção radicular (canal), pode apresentar, com frequência, ramificações ou fusões. PUCCI & REIG (1944) esquematizaram as ramificações e fusões dos canais radiculares e deram as seguintes designações: • CANAL PRINCIPAL- É o mais importante, esse canal passa normalmente pelo eixo dental e pode alcançar sem interrupção o ápice radicular. • CANAL COLATERAL- Esse canal segue um percurso paralelo ao canal principal, podendo alcançar independentemente o ápice. Normalmente é menos calibroso que o canal principal. • CANAL LATERAL- Esse canal liga o canal principal à superfície externa do dente. • CANAL SECUNDÁRIO- Esse canal sai do canal principal na sua porção apical e termina na região peri-apical do dente. • CANAL ACESSÓRIO- É o canal que deriva de um canal secundário e vai até à superfície externa do dente. • INTERCONDUTO OU INTERCANAL- É um canal que coloca em comunicação os canais principais. Esse canal fica localizado em dentina, não atinge a região de cemento. • CANAL RECORRENTE- é aquele que sai do canal principal e a ele volta, o trajeto é feito só em dentina. • CANAIS RETICULARES- É o resultado do entrelaçamento de três ou mais canais que correm quase paralelamente, por meio de ramificações do intercanal, apresentando um aspecto reticulado. Resumo: Paulo David Endodontia 2022 • DELTAS- São múltiplas derivações que se encontram próximas do mesmo ápice e que saem do canal principal para terminar na zona apical. O canal principal, próximo ao ápice radicular, pode dar múltiplas derivações e terminar em forma de delta. Nos dentes molares, tanto inferiores quanto superiores, também pode ser observada uma série de canais que põe em contato a câmara pulpar com o ligamento periodontal, nas regiões de bifurcação e trifurcação. Esses canais recebem o nome de canais Cavo- interradiculares. TRATAMENTO ENDODÔNTICO Acesso Coronário: É o preparo de uma cavidade que inclui a porção da coroa do dente removida para se ter acesso à cavidade pulpar. PLANEJAR O ACESSO! 1. Exame Radiográfico; 2. Inclinação do dente; 3. Cáries; 4. Localização dos cornos pulpares; 5. Calcificação; 6. Relação do teto com a câmara pulpar; 7. Localização da entrada dos canais; 8. Número de canais; 9. Curvaturas do canal; 10. Lesões perirradiculares; 11. Análise da espessura de esmalte e dentina a serem desgastadas; 12. Perfurações; 13. Danos ao assoalho; 14. Avaliar as condições clínicas; ETAPAS OPERATÓRIAS 1. PONTO DE ELEIÇÃO: Local onde se inicia o acesso. • DAS: 1mm abaixo do cíngulo; • DAI: 1mm acima do cíngulo. ✓ Exposição pulpar – Face palatina/lingual: - SUPERIORES: face palatina 1 mm abaixo do cíngulo; - INFERIORES: face lingual 1 mm acima do cíngulo; ✓ Desgaste – Brocas/Pontas diamantadas - Pontas diamantadas: 1012HL, 1013HL, 1014HL e 1016HL. - Pontas inativas: 2082, 2083 e 3082, 3083. 2. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: Direção do desgaste em sentido à câmara pulpar. • 1ª direção: perpendicular ou 45° à linha do longo eixo do dente até chegar na câmara pulpar (exposição da câmara pulpar). Sensação de cair no vazio. • 2ª direção: paralela ao longo eixo do dente, até remover todo o teto e finalizar o desenho do acesso (forma de contorno). RESUMINDO: NA 1ª DIREÇÃO HÁ A EXPOSIÇÃO PULPAR. NA 2ª DIREÇÃO FORMA- SE O DESENHO DO ACESSO E HÁ A REMOÇÃO DE TETO DANDO A FORMA DE CONTORNO DO ACESSO. 3. FORMA DE CONTORNO: Remoção do teto, trabalhando no sentido de dentro pra for a (movimento de varredura), e ao mesmo tempo desenhando o acesso. - INCISIVOS: formato triangular com a base maior para a incisal e arredondado na cervical. - CANINOS: formato ovalado. - Teto da Câmara Pulpar • Conferir com a sonda exploradora; • Facilitar a penetração dos instrumentos; • Evitar a permanência de microrganismos e restos necróticos. IMPORTANTE: REMOVER O TETO COM A TÉCNICA DA SEGUNDA DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO. 4. FORMA DE CONVENIÊNCIA: Remoção do ombro palatino/lingual. • Utilizar brocas de pontas inativas: 2082, 2083, 3082 e 3083. CUIDADO COM O DESGASTE EXCESSIVO!!! • Deve-se ter cuidado, pois o ombro existente pode desviar a lima e acabar fazendo um transporte de forame, ou seja, um desvio de canal. ACESSO CORONÁRIO • Fase inicial do tratamento endodôntico: Abertura da câmara pulpar e remoção completa do teto e do ombro; • Remover todo conteúdo da câmara pulpar; • Permitir acesso reto, visual e mecânico ao assoalho da câmara coronária e orifícios de entrada dos canais; • Acesso livre e direto ao canal radicular, facilitando a instrumentação e obturação. Acidentes em Acessos Como evitar? 1. Avaliar o ponto ou área de eleição; 2. Análise radiográfica; 3. Inclinação e posicionamento do dente no arco dental; 4. Relação coroa/raiz; 5. Espessura do teto da câmara pulpar; 6. Localização e demarcação dos pontos; 7. Estabelecendo o limite da abertura coronária. • Não inclinar a broca no sentido palatino compensando a inclinação dos dentes: DESGASTE DA VESTIBULAR; • Alteração cromática da dentina – incorreta remoção do tecido orgânico dos cornos pulpares e borda incisal: ESCURECIMENTO DENTAL; • Não remoção do ombro palatino/lingual – limas sofrem desvios DESGASTANDO A MAIS a parede vestibular. ACESSO DOS PRÉ-MOLARES E MOLARES PRÉ-MOLARES SUPERIORES - Forma de contorno: formato ovalado, broca esférica fazendo a remoção parcial do teto – movimento de varredura; - Forma de conveniência: Broca 3083 ou 2082 ponta inativa – terminar de remover o teto e dar expulsividade ao acesso; - Exposição pulpar: brocas 1011 ou 1012; - Direção de Trepanação: face oclusal: sulco central, paralelo ao longo eixo do dente com leve inclinação para a face palatina, até expor a polpa. O movimento da broca é no sentido Vestíbulo- Palatino. NÃO AMPLIAR NO SENTINDO MÉSIO- DISTAL. PRÉ-MOLARES INFERIORES - Forma de contorno: formato elíptico ovalado (ovóide) broca esférica fazendo a remoção parcial do teto – movimento de varredura; - Forma de conveniência: Broca 3083 ou 2082 ponta inativa – terminar de remover o teto e dar expulsividade ao acesso; - Exposição pulpar: brocas 1011 ou 1012; - Direção de Trepanação: 1°PMI: face oclusal, vestibularmente ao sulco central (vertente vestibular/ paralelo ao longo eixo do dente com leve inclinação para a face mesial; 2°PMI: face oclusal, vestibularmente ao sulco central, paralelo ao longo eixo do dente, expor a polpa penetrando na câmara pulpar; O movimento da brocaé Vestíbulo-Lingual. CUIDADO COM A INCLINAÇÃO DA COROA PARA A LINGUAL. MOLARES SUPERIORES 1° molar superior - Ponto de eleição: face oclusal, na fosseta central (broca esférica de calibre menor que o volume da câmara); - Direção de Trepanação: paralela ao longo eixo do dente, com ligeira inclinação visando encontrar o corno palatal; - Forma de contorno: é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro pra fora), aproximando-se do contorno externo da coroa (triangular com base vestibular). - Forma de conveniência: paredes lisas e expulsivas para a parede oclusal; preparo das entradas dos canais, removendo constrições e realizando-se desgaste compensatório anticurvatura no canal MV; 2° molar superior - Ponto de eleição: na face oclusão, fosseta central (broca esférica de calibre menor que o volume da câmara); - Direção de Trepanação: paralela ao longo eixo do dente, com ligeira inclinação visando encontrar o corno palatal; - Forma de contorno: é dada pela projeção da câmara pulpar na face oclusal (de dentro pra fora), aproximando-se do contorno externo da coroa (triangular com base vestibular). - Forma de conveniência: paredes lisas e expulsivas para a parede oclusal; preparo das entradas dos canais. - Adaptação do acesso: Para que se encontre o canal DV: trace um reta imaginária que una a entrada do P com o MV: sua metade é o raio de um semi- círculo traçado para a distal. A entrada do canal DV estará em algum ponto da metade vestibular do hemí-círculo. MOLARES INFERIORES - Ponto de eleição: na face oclusal, na fosseta central, com ligeira inclinação para o corno pulpar distal (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo); - Direção de Trepanação: paralelo ao longo eixo do dente; - Forma de contorno: é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro pra fora), aproximando-se do contorno externo da coroa (trapezoidal, com base maior mesial, onde se localizam as entradas dos dois canais da raiz mesial). - Forma de conveniência: paredes lisas e expulsivas para a parede palatal; maior divergência da mesial; preparo das entradas dos canais mesiais com movimentos anticurvatura (brocas próprias e instrumentos preparados). ETAPAS DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO 1. Diagnóstico Exames Clínicos: radiografias + testes de vitalidade pulpar e percussão; 2. Anestesia Bloqueio do nervo, técnica infiltrativa supraperostial, Intraligamentar e Intrapulpar; 3. Isolamento Absoluto Único dente isolado + arco de Ostby dobrável ou não- dobrável; 4. Instrumental Clínico Pinça clínica, espelho clínico, sonda exploradora, sonda OMS, sonda Rhein, escavadores de dentina, carpule, espátula de cimento, placa de vidro e tesoura. 5. Cirurgia de Acesso Brocas esféricas n° 2 e 4, Brocas diamantadas 1011- 1016HL, Brocas diamantadas 2082/2083 e 3082/3083, Broca Endo-Z (alto poder de corte). NÃO ENTRAR COM BROCAS ESFÉRICAS NO CANAL!!! 6. Preparo da Embocadura Broca Largo 2: preparo do terço cervical (entrar metade da ponta ativa na embocadura do canal). Broca Gates 3: preparo do terço cervical e médio (entrar na medida dos 2/3 – 2mm). Broca Gates 2: preparo do terço cervical e médio (entrar na medida dos 2/3). MOVIMENTOS SUAVES DE VAI E VEM (3x). 7. Odontometria Utilizar o Localizador Apical Eletrônico com a lima patente no valor do CPT. 8. Irrigação/Aspiração; Cânulas Capillary Tips 14ga. EDTA 17% Soro Fisiológico Hipoclorito de sódio 1% Gel de Clorexidina 2% PROTOCOLO DE IRRIGAÇÃO EASY CLEAN • Lima plástica estéril: 25/04 e de uso único; • Deve ser utilizada no contra-ângulo (baixa rotação); • Calibrar na medida dos 2/3 do canal; • Deve ser utilizada antes da obturação, na etapa de irrigação com EDTA 17%. PROTOCOLO DE IRRIGAÇÃO CLÍNICA-ESCOLA • Irrigar com a solução irrigadora utilizada; • Irrigar 3ml com soro fisiológico e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar com a solução irrigadora utilizada, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Lavagem final com 10 a 15ml de soro fisiológico e aspirar; • Secagem do canal (capillary tips e cone de papel); • Obturação. 9. Instrumentação (limas); Limas promovem a limpeza e desinfecção dos canais. • Numeradas de 10 a 140; • Avanço de 5/5mm até 60 e de 10/10mm até 140; • Série especial: N°6 – rosa; N°8 – cinza; N°10 – lilás; • 1° série: #15, #20, #25, #30, #35 e #40; • 2° série: #45, #50, #55, #60, #70 e #80; • 3° série: #90, #100, #110, #120, #130 e #140; • Aumento da conicidade padrão: 0,02mm por milímetro da parte ativa; • Aumento de diâmetro da ponta ativa (DO) de 0,05mm: limas #10 à #60; • Aumento de diâmetro da ponta ativa (DO) de 0,10mm: limas #60 à #140; • Expressão: DX= Comp. × Conicidade + DO Limas Tipo K - 1°, 2° e 3° série ISO e série especial; - Torção em Aço Inox, espiras compactadas; - Secção quadrangular, rigidez; - Quadrado vazio no cabo; - Movimento de ¼ de volta; - Exploração do canal; - Alargamento do canal; 1° Técnica: ¼ de volta sentido horário + ¼ de volta sentido anti-horário, puxa – MOVIMENTO DE ALARGAMENTO; 2° Técnica: limagem – MOVIMENTO DE VAI E VEM NO CANAL; Limas Hedströem - 1°, 2° e 3° série ISO; - Usinagem em Aço Inox; - Secção em forma de vírgula; - Cabo com círculo; - Não girar: Não pode fazer Movimento de Rotação; - Limagem do canal: pouca flexibilidade; - Alto poder de corte: Movimento de limagem; Indicações: Instrumentação de canais retos e amplos; Regularização das paredes; Remoção de resíduos; Remoção de material obturador (retratamento); 10. Obturação • Cones de Guta percha: cones principais já calibrados e cones acessórios (F, M e FM); • Cones de papel para secagem do canal; • Cimentos Endodônticos (Endofill); • Espátula n°24 ou a Ultrafill; • Espaçador digital; • Condensadores de Paiva n° 1, 2, 3 e 4; • Condensador de Luca. 11. Instrumentação Complementares • Stops de silicone; • Placa de Petrick; • Lentulo; • Porta Limas; • Régua Milimetrada; PRINCÍPIOS DE SCHILDER (1964) • Modelagem: Visa à obtenção de canal radicular cônico contínuo, com menor diâmetro apical e maior em nível coronário. • Sanificação: Consiste na eliminação de irritantes como os subprodutos de microrganismos e tecido PULPAR vivo ou mortificado e outro qualquer componente orgânico ou inorgânico, presente no interior do canal. • Limpeza: Remoção de todo conteúdo do sistema de canal antes e durante a modelagem. Uma lesão cariosa leva ao contato de toxinas e microrganismos com a polpa coronária, resultando em inflamação e infecção. A reação de defesa da polpa dentária ocorre então pela disposição de tecido duro (dentina terciária). Se o agente persistir, o próximo passo pode ser a formação de microabcessos, mudanças na circulação durante a inflamação e por fim a progressão da infecção para dentro do espaço da polpa radicular. Finalmente, lesões ósseas perirradiculares podem se desenvolver se a agressão bacteriana persistir. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DAS LIMAS DETERIORIZAÇÃO DAS LIMAS • Alterações no designer inicial; • Áreas de concentração de stress; • Distorção das espirais; • Enrolamento das espirais; • Deformidade na ponta; • Corrosão. TRATAMENTO ENDODÔNTICO ACESSO>PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO>OBTURAÇÃO O tratamento endodôntico tem por objetivo oferecer condições para que o organismo possa restabelecer a normalidade dos tecidos periapicais.Tais condições são alcançadas através da limpeza e modelagem, obturação e selamento coronário. CLEANING AND SHAPING • Desenvolver uma forma cônico-progressiva; • Manter o canal mais estreito apicalmente; • Obter o preparo cônico em múltiplos planos; • Nunca transportar o forame; • Manter o forame pequeno e limpo; • Remoção de todo conteúdo do sistema de canais radiculares; • Instrumentos; • Solução irrigadora química auxiliar: desinfecção, dissolução, sbistantividade, lubrificação e etc; TÉCNICA CROWN-DOWN (cérvico-apical) • Provoca menos extrusão do que as técnicas convencionais; • Redução significativa da extrusão de material contaminado para fora do canal radicular; PROTOCOLO PARA CANAIS ACHATADOS (PMs e Ms) • Cateterismo inicial com a #10 ou #15 até o CPT (CAD-2 a 3mm); • Instrumentar, sem forçar as limas, os 2/3 do canal com limas convencionais; • A #10 ou #15 vai até o CPT, as limas #20, #25, #30, #35 vão somente até a medida dos 2/3; • Irrigação com substância química auxiliar a cada troca de lima; • Sempre recapitular com a #10 ou #15 até o CPT. - VANTAGENS: • Remoção da contaminação cervical; • Redução na formação de degraus, desvio apical, fratura de instrumentos; • Maior controle sobre a parte ativa da lima; • Facilita a irrigação; • Favorece o refluxo da substância química; • Facilita o preparo de canais curvos; • Facilita a inserção da medicação intra-canal; - POR PARTES: 1. Realizar a limpeza no sentido Cérvico-Apical; 2. Desenvolver um preparo cônico; 3. Manter a patência do canal; 4. Manter o forame com o menor diâmetro possível; 5. Nunca transportar o forame apical. TÉCNICA DE CLARK - Técnica radiográfica para dissociação dos canais. • Cone para a mesial: 1° canal palatino; 2° canal vestibular; • Cone para a distal: 1° canal vestibular; 2° canal palatino; FASES CLÍNICAS – LIMAS CONVENCIONAIS 1ª FASE: AMPLIAÇÃO CERVICAL - Canais Amplos e Médios • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2%; • Cateterismo com a #10 ou #15; • Medir o CAD através da radiografia inicial com uma régua milimetrada; • Calcular o CPT (CAD-2mm ou CAD-3mm) • Inserir uma #10 ou #15 para exploração/cateterismo inicial na medida do CPT; • Calcular a medida dos 2/3 (CAD÷3×2); • Irrigação de 3ml de substância química auxiliar; • Calibrar a agulha da seringa na medida dos 2/3; • 1. Largo 2: embocadura do canal- metade da ponta ativa; • Irrigação; • 2. Gates 3: na medida dos 2/3 – 2mm; • Colocar o stop para limitar a entrada no terço cervical; • Irrigação; • 3. Gates 2: na medida dos 2/3 • Irrigação; • Colocar Medicação Intra-Canal - Se a solução química auxiliar for Hipoclorito de sódio a 1%: Hidróxido de cálcio + soro fisiológico; - Se a solução química auxiliar for Gel de Clorexidina a 2%: Hidróxido de Cálcio + Gel de Clorexidina a 2%; • Bolinha de algodão estéril fechando o canal; • Com outra bolinha de algodão limpa a cavidade + soro fisiológico; • Cotosol e CIV – Restauração Provisória. 1ª FASE: AMPLIAÇÃO CERVICAL - Canais Constritos/Atrésicos: As limas #15 e #20 não ficam folgadas no canal, ficam meio justas. • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2%; • Cateterismo com a #10; • Medir o CAD através da radiografia inicial com uma régua milimetrada; • Calcular o CPT (CAD-2mm ou CAD-3mm) • Inserir uma #10 para exploração/cateterismo inicial na medida do CPT; • Calcular a medida dos 2/3 (CAD÷3×2); • Irrigação de 3ml de substância química auxiliar; • Calibrar a agulha da seringa na medida dos 2/3; • Instrumentação com as limas: #15, #20, #25, #30 e #35 - Instrumentar na medida dos 2/3; • Irriga a cada troca de lima; • Recapitular com a #10 no CPT; • 1. Largo 2: embocadura do canal- metade da ponta ativa; • Irrigação; • 2. Gates 3: na medida dos 2/3 – 2mm, (obedecer a anatomia); • Colocar o stop para limitar a entrada no terço cervical; • Irrigação; • Recapitular com a #10 no CPT; • 3. Gates 2: na medida dos 2/3 (obedecer a anatomia); • Irrigação; • Recapitular com a #10 no CPT; • Irrigação; • Secagem do canal com a capillarys tips; • Colocar Medicação Intra-Canal - Com #15 ou #20 ou com Lentulo; - Se a solução química auxiliar for Hipoclorito de sódio a 1%: Hidróxido de cálcio + soro fisiológico; - Se a solução química auxiliar for Gel de Clorexidina a 2%: Hidróxido de Cálcio + Gel de Clorexidina a 2%; • Bolinha de algodão estéril fechando o canal; • Com outra bolinha de algodão limpa a cavidade + soro fisiológico; • Cotosol e CIV – Restauração Provisória. MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS - Movimento de Cateterismo: Avanço + Giro à direita + Giro à esquerda + avanço + recúo. - Movimento de Alargamento: Avanço + ¼ horário + ¼ anti-horário + puxa. - Movimento de Limagem: Avanço + Varredura + recúo. 2ª FASE: ODONTOMETRIA + AMPLIAÇÃO APICAL Objetivo: Encontrar o CT (Comprimento de Trabalho). • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2%; • Lavar a cavidade com soro fisiológico para retirar a MIC; • Recapitulação da patência com a #10 ou #15; • Odontometria - Utilização do Localizador Apical Eletrônico; - Método Radiográfico (cuidado com a posição do grampo para não sobrepor ao ponto de comprometer sua radiografia); • Irrigação; 1ª Etapa: Ampliação Foraminal - Instrumentar 3 a 4 limas acima da DA; - A última lima considera-se a LAF; - Limas na medida do CT (forame); - Recapitulação da DA no CT+1mm; • Colocar a #20 na medida do CT: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Irrigação; • Colocar a #25 na medida do CT: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Irrigação; • Colocar a #30 na medida do CT: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Irrigação; • Colocar a #35 na medida do CT: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Irrigação; OBSERVAÇÃO: A #35 se tornou a LAF. 2ª Etapa: Recúo Progressivo - Instrumentar 3 a 4 limas acima da LAF; - Reduzir: 1mm; 2mm; 3mm; 4mm (respectivamente); - Recapitulação com a DA no CT+1mm; e com a LAF no CT; • Recapitular a DA na medida do CT+1mm; • Irrigação; • Recapitular a LAF na medida do CT; • Irrigação; • Colocar a #40 na medida do CT-1mm: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Recapitular com a LAF na medida do CT; • Irrigação; • Colocar a #45 na medida do CT-2mm: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Recapitular com a LAF na medida do CT; • Irrigação; • Colocar a #50 na medida do CT-3mm: Mov. Alargamento e Mov. Limagem; (Só pula pra outra lima quando a atual estiver folgada no canal); • Irrigação; • Recapitular com a DA na medida do CT+1mm; • Recapitular com a LAF na medida do CT; • Irrigação; 3ª Etapa: Medicação Intra-Canal • Irrigação abundante; • Secagem do canal com a capillarys tips; • Colocar Medicação Intra-Canal - Com #15 ou #20 ou com Lentulo; - Se a solução química auxiliar for Hipoclorito de sódio a 1%: Hidróxido de cálcio + soro fisiológico; - Se a solução química auxiliar for Gel de Clorexidina a 2%:Hidróxido de Cálcio + Gel de Clorexidina a 2%; • Bolinha de algodão estéril fechando o canal; • Com outra bolinha de algodão limpa a cavidade + irrigação com soro fisiológico; • Cotosol e CIV – Restauração Provisória. PATÊNCIA FORAMINAL • Limite CDC; • Constrição apical; • Forame maior; • Forame menor; 3ª FASE: OBTURAÇÃO • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2% + gaze estéril; • Lavar a cavidade com soro fisiológico para retirar a MIC; • Recapitulação da patência com a DA no CT; • Irrigação; • Conometria (Cone 2 diâmetro acima da LAF); - Descontaminação do Cone Principal para prova; - Prova (adaptação) do Cone Principal + Radiografia do cone; - Cone 1mm aquém do forame; - Fazer 3 testes: visível, tátil e radiográfico. PROTOCOLO CLÍNICO DE IRRIGAÇÃO EASY CLEAN • Irrigar com a solução irrigadora utilizada; • Irrigar 3ml com soro fisiológico e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar com a solução irrigadora utilizada, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Lavagem final com 10 a 15ml de soro fisiológico e aspirar; • Secagem do canal (capillary tips e cone de papel); • Obturação. - Cimento Endodôntico: Endofill; - Descontaminação dos cones acessórios e principal; - Manipulação com a espátula n°24, movimento de espatulação com vigor, até chegar a consistência de fio. - Levar o cimento com o cone principal pincelando as paredes. - Condensação Lateral com o espaçador digital; - Cortar o cone nível Medial-Apical; - Condensação Vertical com condensadores quente e frio; - Limpeza da cavidade com bolinha de algodão estéril+álcool 70°; - Radiografia Final. • Selamento da cavidade com cotosol + CIV; • Restauração Definitiva com Resina Composta; • Testar a oclusão com papel carbono. Fases Clínicas – Limas Rotatórias Manuais Easy 1ª FASE: AMPLIAÇÃO CERVICAL - Canais Amplos e Médios • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2%; • Cateterismo com a #10 ou #15; • Medir o CAD através da radiografia inicial com uma régua milimetrada; • Calcular o CPT (CAD-2mm ou CAD-3mm) • Inserir uma #10 ou #15 para exploração/cateterismo inicial na medida do CPT; • Calcular a medida dos 2/3 (CAD÷3×2); • Irrigação de 3ml de substância química auxiliar; • Calibrar a agulha da seringa na medida dos 2/3; • Calibrar as limas Easy na medida dos 2/3; - #25/06: Movimentos Rotatórios até sentir folgado; - Irrigação; - Recapitular a DA no CPT; - Irrigação; - #35/01: Movimentos Rotatórios até sentir folgado; - Irrigação; - Recapitular a DA no CPT; - Irrigação; - #35/06: Movimentos Rotatórios até sentir folgado; - Irrigação; - Recapitular a DA no CPT; • Irrigação; • Secagem do canal com a capillarys tips; • Colocar Medicação Intra-Canal - Se a solução química auxiliar for Hipoclorito de sódio a 1%: Hidróxido de cálcio + soro fisiológico; - Se a solução química auxiliar for Gel de Clorexidina a 2%: Hidróxido de Cálcio + Gel de Clorexidina a 2%; • Bolinha de algodão estéril fechando o canal; • Com outra bolinha de algodão limpa a cavidade + soro fisiológico; • Cotosol e CIV – Restauração Provisória. 2ª FASE: ODONTOMETRIA + AMPLIAÇÃO APICAL Objetivo: Encontrar o CT (Comprimento de Trabalho). • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2% + gaze estéril; • Lavar a cavidade com soro fisiológico para retirar a MIC; • Recapitulação da patência com a #10 ou #15; • Odontometria - Utilização do Localizador Apical Eletrônico; - Método Radiográfico (cuidado com a posição do grampo para não sobrepor ao ponto de comprometer sua radiografia); • Irrigação; 1ª Etapa: Ampliação Foraminal + Recúo Progressivo - A última lima considera-se a LAF; - Limas na medida do CT (forame); - Recapitulação da DA no CT+1mm; - Calibrar as limas na medida do CT; - Movimento Rotatório – Sentido horário; • #25/01 – Movimento de rotação até atingir a patência; • Irrigação; • Recapitular a DA no CT+1mm; • Irrigação; • #15/05 – Atingir a patência com movimento rotatório. • Irrigação; • Recapitular a DA no CT+1mm; • Irrigação; • #25/06 – Atingir a patência com movimento rotatório. • Irrigação; • Recapitular a DA no CT+1mm; • Irrigação; • #35/01 – Atingir a patência com movimento rotatório. • Irrigação; • Recapitular a DA no CT+1mm; • Irrigação; • #35/05 – Atingir a patência com movimento rotatório. • Irrigação; • Recapitular a DA no CT+1mm; • Irrigação; OBSERVAÇÃO: A #35/05 se tornou a LAF. NESSA TÉCNICA NÃO NECESSITA DO RECÚO PROGRESSIVO COM LIMAS CONVENCIONAIS. 2ª Etapa: Medicação Intra-Canal • Irrigação abundante; • Secagem do canal com a capillarys tips; • Colocar Medicação Intra-Canal - Com #15 ou #20 ou com Lentulo; - Se a solução química auxiliar for Hipoclorito de sódio a 1%: Hidróxido de cálcio + soro fisiológico; - Se a solução química auxiliar for Gel de Clorexidina a 2%: Hidróxido de Cálcio + Gel de Clorexidina a 2%; • Bolinha de algodão estéril fechando o canal; • Com outra bolinha de algodão limpa a cavidade + irrigação com soro fisiológico; • Cotosol e CIV – Restauração Provisória. 3ª FASE: OBTURAÇÃO • Anestesia; • Isolamento Absoluto; • Acesso coronário; • Desinfecção do lençol de borracha com gel de clorexidina a 2% + gaze estéril; • Lavar a cavidade com soro fisiológico para retirar a MIC; • Recapitulação da patência com a DA no CT+1mm; • Irrigação; • Conometria (Cone 30 ou 35); - Descontaminação do Cone Principal para prova; - Prova (adaptação) do Cone Principal + Radiografia do cone; - Cone 1mm aquém do forame; - Fazer 3 testes: visível, tátil e radiográfico. PROTOCOLO CLÍNICO DE IRRIGAÇÃO EASY CLEAN • Irrigar com a solução irrigadora utilizada; • Irrigar 3ml com soro fisiológico e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 1ml de EDTA 17%, agitar por 20 segundos; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar com a solução irrigadora utilizada, agitar por 20 segundos e aspirar; • Irrigar 3ml com soro fisiológico, agitar por 20 segundos e aspirar; • Lavagem final com 10 a 15ml de soro fisiológico e aspirar; • Secagem do canal (capillary tips e cone de papel); • Obturação. - Cimento Endodôntico: Endofill; - Descontaminação dos cones acessórios e principal; - Manipulação com a espátula n°24, movimento de espatulação com vigor, até chegar a consistência de fio. - Levar o cimento com o cone principal pincelando as paredes. - Condensação Lateral com o espaçador digital; - Cortar o cone nível Medial-Apical; - Condensação Vertical com condensadores quente e frio; - Limpeza da cavidade com bolinha de algodão estéril+álcool 70°; - Radiografia Final. • Selamento da cavidade com cotosol + CIV; • Restauração Definitiva com Resina Composta; • Testar a oclusão com papel carbono. *AUSÊNCIA de Batente Apical ou Travamento do cone causa uma SOBREXTENSÃO – Extravasamento do cone: Não é reabsorvido interferindo no reparo periapical. *No extravasamento de cimento há uma reabsorção do cimento, assim não interferindo no reparo periapical. *Nos PMS obturar osdois canais ao mesmo tempo. Soluções Irrigadoras O preparo biomecânico dos canais radiculares é realizado através da instrumentação, complementada pela irrigação e sucção, com soluções anti-sépticas nos casos de necropulpectomias, e/ou com função de limpeza mecânica, nas biopulpectomias. Conclui-se então, que a instrumentação complementada pela irrigação, sucção e inundação de substâncias ou soluções irrigadoras constitui um processo único, simultâneo e contínuo. Quais são os momentos da irrigação? Antes da instrumentação: BIOPULPECTOMIA: penetração mecânica asséptica ao interior do canal radicular. NECROPULPECTOMIA: neutralizar parcialmente produtos tóxicos e restos orgânicos, antes de sua remoção mecânica (penetração desinfectante) Durante a instrumentação: Manter úmidas as paredes do canal, favorecendo a instrumentação. Após a instrumentação: Remover detritos mecânicos, evitando seu acúmulo sobre o coto pulpar ou tecidos periapicais. Objetivos da irrigação: eliminar restos pulpares, sangue e raspas de dentina; eliminar flora bacteriana; umedecer e lubrificar as paredes facilitando a instrumentação; remover a camada residual ou smear layer; diminuir a tensão superficial das paredes do canal radicular Quais são os requisitos para uma solução irrigadora? • Dissolver tecidos; • Poder bactericida; • Permeabilidade dentinária; • Biocompatibilidade; • Hidrossolúvel – limpeza; As soluções mais utilizadas em endodontia são: Compostos halogenados: • Solução de hipoclorito de sódio a 1% (Solução de Milton). • Solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (Solução de Labarraque). • Solução de hipoclorito de sódio a 4-6% (Soda clorada duplamente concentrada). O cloro exerce uma função antibacteriana sob a forma de ácido hipocloroso não dissociado. Em solução neutra ou ácida, o ácido hipocloroso não dissocia, exercendo uma acentuada ação bacteriana. Essa ação ocorre por oxidação da matéria orgânica, aonde o cloro substitui o hidrogênio do grupo das proteínas. • Hipoclorito de Sódio: Detergente, necrolíltica, antitóxica, bactericida, desodorizante, dissolvente e neutralizante. Propriedades: Baixa tensão superficial.; Neutraliza parcialmente os produtos tóxicos; Bactericida.; Favorece a instrumentação; pH alcalino; Dissolvente; Desidrata e solubiliza as substâncias protéicas; Ação rápida; Dupla ação detergente; Não irritante. Indicações Soluções de hipoclorito de sódio a 2,5% • Neutralização parcial dos produtos possibilitando penetração imediata aos canais radiculares, em casos de necro II. • Durante o desbridamento foraminal (“patência apical”) em casos de necro II. • Como coadjuvante do preparo biomecânico dos canais radiculares de dentes despolpados e infectados em casos de necro II. • Durante a remoção de obturações parciais do canal radicular. Soluções de hipoclorito de sódio a 0,5% (Dakin) e/ou 1,0% (Milton) • Na neutralização do conteúdo séptico pulpar, nos casos de necro I; • Como coadjuvante do preparo biomecânico; • Nos casos de desbridamento foraminal em dentes despopados com processos periapicais agudos. Solução de Clorexidina A solução de clorexidina (CHX), em diferentes concentrações, na forma de sal, seja gluconato, acetato ou hidrocloreto, vem sendo utilizada como anti-séptico bucal, em forma de bochechos, irrigação sub-gengival, géis, dentifrícios ou chicletes, desde a década de 505. Foi utilizada pela primeira vez em Odontologia em 1959, sob a forma de bochechos de gluconato de clorexidina. Propriedades: Ação complementar ao uso do hipoclorito de sódio; Reduz a quantidade de S.mutans, altamente sensíveis a este agente; Pode ser usada por longos períodos, sem que ocorrammudanças nos parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue; Graus extremamente baixos de toxicidade, tanto local quanto sistêmica; Amplo espectro de ação contra bactérias G+ e G-; Capacidade de adsorção aos tecidos bucais e superfícies mucosas. Liberação gradual, prolongada e em níveis terapêuticos (substantividade), de até 72 horas após o preparo biomecânico, quando é utilizado o gluconato de clorexidina a 2% como solução irrigadora. Biocompatibilidade: A grande afinidade da clorexidina a 2% pelas bactérias, provavelmente deve-se ao fato de uma interação eletrostática entre a molécula da mesma, que é carregada positivamente, e a parede celular bacteriana, com grupos carregados negativamente. Isso faz aumentar a permeabilidade da parede celular bacteriana, permitindo a penetração da clorexidina no citoplasma do microrganismo, ocasionando sua morte. Detergentes sintéticos: São substâncias químicas semelhantes ao sabão e, portanto, baixam a tensão superficial dos líquidos. Desempenham a ação de limpeza, penetrando em todas as reentrâncias e canalículos do canal radicular, fazendo com que os restos orgânicos e microrganismo fiquem suspensos e sejam removidos por nova irrigação e sucção. Indicações: Indicados somente em casos de biopulpectomia, pois além de serem inócuos aos tecidos vivos, preservam a vitalidade do coto periodontal apicais e remanescentes laterais, que se constituirão na matriz de uma possível mineralização. Quelantes Os quelantes apresentam radicais livres na extremidade de suas moléculas que se unem aos íons metálicos do complexo molecular ao qual se encontram entrelaçados, fixando-os por união coordenada que se denomina quelação. A quelação é, portanto um fenômeno físico- químico pelos quais certos íons metálicos são seqüestrados dos complexos de que fazem parte sem constituir numa união química com a substância quelante, mas sim numa combinação. Este processo repete-se até se esgotar a ação quelante. O ácido etilenodiaminotetracético, o EDTA, é um quelante específico para o íon cálcio e, consequentemente, para dentina. Indicações: As soluções quelantes são indicadas como auxiliares no preparo biomecânico de canais atresiados ou calcificados, não sendo indicadas como solução irrigadora. Inócuos aos tecidos periapicais, os quelantes são indicados tanto em casos de biopulpectomia como necropulpectomia, sendo utilizado como toilete final com o objetivo de remover a camada residual (“smear layer”). Quando a solução de EDTA foi deixada por 1 minuto, associado ao NaOCl a 5%, houve remoção da camada residual, não interferindo na estrutura dentinária. Porém, quando deixada por 10 minutos, a solução de EDTA, associada ao NaOCl a 5%, além de remover a camada residual, promoveu uma erosão peritubular e intertubular, acarretando num aumento do diâmetro do túbulos dentinários.” Çalt et al. 2002. PATOLOGIA DA POLPA Diagnóstico da Polpa – Sintomatologia - Aparecimento da Dor: Provocada ou Espontânea; - Duração da dor: Declínio rápido ou lento; - Frequência da dor: Intermitente ou contínua; - Localização da dor: Localizada ou difusa (fazer técnica da anestesia) - Intensidade da dor: Intensa, Moderada ou Suave; Testes clínicos: Palpação e percussão; Inspeção; Radiografias; Testes de sensibilidade pulpar; teste de mobilidade; Rastreamento de fístula; Teste de anestesia; Transluminação; Exploração cirurgíca. - Inspeção: verificar a presença de cáries, restaurações, cor do dente, exposição pulpar. - Sensibilidade pulpar: Estímulo frio (mais recomendado começar pelo dente contralateral, fazer isolamento relativo; Estímulo quente (não recomendado, guta percha aquecida); ➢ Nenhuma resposta: (-) resposta negativa: Necrose pulpar/Falso negativo; ➢ Dor transitória, leve a moderada e cessa rápido: (+) resposta positiva: Polpa normal, vitalidade dentro da normalidade; ➢ Dor um pouco mais acentuada e cessa rápido: (++) resposta positiva: Pulpite Reversível, vitalidade dentro da normalidade; ➢ Dor acentuada, longa duração; (+++) resposta positiva muito intensa e demora a passar: Pulpite Irreversível, polpa com vitalidade, porém com um grau de inflamaçãoe dano tecidual irreversível; ➢ Casos de falso negativo: Calcificações, Trauma e Ápice aberto. - Teste da Anestesia: o paciente não sabe qual dente está doendo, indicado por uma dor difusa e reflexa; Anestesiar um dos hemi-arcos; Anestesia Intraligamentar. - Teste de percussão, mobilidade e palpação: sintomas de dor à mastigação implica a presença de inflamação nos tecidos perirradiculares, resultante de uma inflamação na fibras do LP, ou degeneração e necrose pulpar. ➢ Percussão: (+) resposta positiva significa inflamação nos tecidos periapicais – algum agente agressor está causando a inflamação. (-) resposta negativa significa sem inflamação nos tecidos periapicais. ➢ Palpação: (+) Resposta positiva significa inflamação na cortical óssea, provável concentração de pus na cortical. (-) Resposta negativa significa sem informação na cortical óssea, não há presença de pus naquela região da cortical. IMPORTANTE: INICIAR O TESTE NO DENTE CONTRALATERAL. Como fazer o Rastreamento da Fístula? Introduz se um cone de guta percha secundário MF (fino) ou cone principal #25 na fístula, com auxílio de uma pinça clínica, sob isolamento relativo, até encontrar resistência normalmente a anestesia é dispensada. Patologia Pulpar ▪ Complexo Dentino-Pulpar - Mesma origem embrionária (odontoblastos); - Mesma natureza fisiológica; - Relação de Harmonia; - Íntimo contato; - Dependência biológica: ❖ Quanto mais próximo a polpa maior é o número de túbulos dentinários, consequentemente maior permeabilidade; ❖ Número de canalículos: próximo a polpa: 45- 65.000/mm; centro da dentina: 30-35.000/mm; próximo ao esmalte: 15-20.000/mm; ❖ Volume ocupado pelos túbulos: 4% na junção amelo-dentinária e 28% na área próxima a polpa; ▪ Mecanismos de defesa da Polpa - Células Mesenquimais (se transformam em qualquer outra célula odontoblástica). 1. Após a agressão - Aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade dos vasos; - Aumento da pressão do fluxo dentinário; - Aumento do conteúdo protéico (albumina, fibrina e IgA); - Aumento da viscosidade do líquido pulpar; 2. Agressão com lesão dos Odontoblastos Primários: - Formação de Dentina Esclerótica Patológica: Dentina Terciária Reacional; - Deposição de mineral intertubular: obliteração; 3. Agressão com morte dos Odontoblastos Primários: - Formação de Dentina Terciária Reparadora; - Diferenciação das Células Mesenquimais indiferenciadas em Odontoblastos Secundários; - Menos mineralizada; - Poucos túbulos ou Atubular. 4. Dentina Reacional ➢ Estímulos suaves; ➢ Leve inflamação da polpa; ➢ Estímulos mais intensos (cáries ou preparo cavitário); ➢ Lesão superficial dos prolongamentos odontoblásticos da área afetada; 5. Dentina Reparadora ➢ Estímulo de alta intensidade e frequência (cáries, preparo cavitário); ➢ Degeneração dos processos odontoblásticos e morte celular; ➢ Formação de dentina Reparadora pela células Mesenquimais indiferenciadas; 6. Inflamação pulpar ➢ Agressão ultrapassa o limiar da tolerância fisiológica da polpa; ➢ Células de defesa, dilatação provocando dor; ➢ Ruptura da homeostasia; ➢ Mobilidade de substâncias e células; Pulpite Reversível ➢ Definição: fase inicial da inflamação pulpar, em que a reparação tecidual ocorre após a retirada do agente agressor; ➢ Etiologia: Cáries; Dentina exposta; Procedimentos recentes; Restaurações defeituosas; Trauma Oclusal. ➢ Sinais e sintomas: Dor aguda, provocada, rápida e localizada; Hipersensibilidade Dentinária ➢ Estímulo externo, desequilíbrio de eletrólitos e PH da polpa; ➢ Ácidos; Condimentos; e Alterações térmicas; Teoria Hidrodinâmica da dor ➢ A nível dentinário: movimento rápido do fluido dentinário para a periferia; ➢ Estimulação nervosa; ➢ A nível pulpar: Aumenta o fluxo sanguíneo, levando a hiperemia pulpar; ➢ Aumento da pressão tecidual intersticial; ➢ Filtração do fluido dentinário para a periferia; ➢ Provoca expansão do líquido tubular; Células tipo A; Odontoblastos ligados a fibras nervosas. ➢ Fibras tipo A- periferia: ligando ao odontoblastos-INFLAMAÇÃO; ➢ Fibras tipo C- meio à polpa: morte da polpa; Pulpagia Hiper-reativa ➢ Dor de origem dentinária; ➢ Fibras tipo Delta-A (mielinicas); ➢ Clinicamente: Pulpite Reversível; ➢ Histologicamente: Hiperemia Pulpar; ➢ 1. Preparos cavitários; ➢ 2. Cáries; ➢ 3. Agentes químicos-físicos; ➢ Dor Provocada que cessa ao remover o estímulo; Hiperemia Pulpar ➢ Presença de congestão sanguínea: aumento do fluxo sanguíneo das arteríolas e vênulas; ➢ Estado inflamatório reacional: Não há desorganização tecidual do tecido pulpar; ➢ Não é uma doença pulpar e sim um sintoma; ➢ Estado reversível da polpa; Pulpite Irreversível Sintomática Definição: Processo inflamatório irreversível com progressão para necrose pulpar. Etiologia: Evolução de uma pulpite reversível; Restaurações extensas; Exposição pulpar; Capeamento pulpar direto ou indireto; Trauma Oclusal crônico; Lesões periodontais crônicas. Sinais e sintomas: -Sintomática: Dor Intermitente ou Espontânea; Dor intensa ou prolongada; Dor Pulsátil; - Assintomática: pode ocorrer dependendo da resposta do paciente ao processo inflamatório; Dor a mastigação. Pulpite Irreversível Aguda ➢ Dor: espontânea, exacerbada de calor, contínua, difusa, assumem um caráter nevralgiforme – irradiada; ➢ Não cessa ao remover o estímulo; ➢ Inicia com estímulos mínimos; Pulpite Irreversível Aguda Serosa ➢ Exarcebada por estímulos mínimos – FRIO; ➢ Células de defesa exarcebada; ➢ Processo inflamatório irreversível; ➢ Edema; ➢ Exame Radiogáfico: Normal/Espessamento do LP; Pulpite Irreversível Aguda Purulenta ➢ Presença de neutrófilos- fagocitam as bactérias; ➢ Sofrem lise celular – PUS; ➢ Saída de mais fluídos plasmáticos; ➢ Microabcessos na polpa; ➢ Desorganização tecidual; ➢ Exudato Purulenta; Pulpite Irreversível Assintomática ➢ Pulpite Irreversível Crônica Ulcerada sem pólipo; ➢ Pulpite Irreversível Crônica Hiperplásica com pólipo; - Comum em pacientes jovens; - Polpa exposta sem sintomas; - Dor provocada por compressão de alimentos ou objetos; - Resposta positiva aos testes térmicos (vital); - Raio-X: Comunicação direta com a cavidade bucal; - Rizogênese Incompleta; Necrose Pulpar Definição: Coalescência de focos localizados do tecido necrosado. Etiologia: Evolução de uma pulpite irreversível, e pode ocorrer silenciosamente. Sinais e sintomas: Descoloração da coroa; Assintomático; ou, Sintomático: Patologia do Periápice; ➢ Teste pulpar – frio: Negativo; ➢ Teste periapicais – percussão: Assintomático/Sintomático; palpação: negativo; ➢ Exame radiográfico: Periápice: normal/Espessamento; Imagem radiolucida (Patologia de Periápice); ➢ Agressão>Inflamação>Necrose>Infecção; ➢ Liquefação ou Isquêmica: Trauma dental; Assintomática: Sensação de dente crescido; TVP: Negativo; Cor alterada, acinzentada; RX: Periápice com espessamento do LP ou presença de lesão periapical; ➢ Na presença de dor à percussão: inflamação das fibras do ligamento periodontal; Desequilíbrio entre o organismo e as bactérias: Produção de gases; ➢ Pulpite Reversível > Pulpite Irreversível > Necrose Pulpar; ➢ Necrose Pulpar > Periodontite Apical Aguda > Periodontite Apical Crônica > Abcessos periapicais; Etapas do diagnóstico da dor ➢ Dor odontogênica: Não-endodôntica, Endodôntica e Alterações pulpares e periapicais; - Tratamento Endodôntico ou não; ➢ Dor não-odontogenica: Sinusite, Nevralgia do Trigêmeo e Disfunção na ATM; - Psicologia Aplicada a Odontologia, Encaminhamento para especialistas miofaciais (Bucomaxilofacial); Tratamento de Urgência: Pulpite Reversível ✓ Proteção pulpar; ✓ Restauração provisória/definitiva; ✓ Medicação: Dipirona 500mg, 4/4h, por 24 horas; ou, Paracetamol 750mg, 6/6h, por 24 horas; ou, Ibuprofeno 200mg, 6/6h,por 24 horas; Tratamento de Urgência: Hipersensibilidade Dentinária ✓ Gel de oxalato de potássio; Adesivos dentinários; Cimento de Ionômero de Vidro; Dessensibilizantes; Tratamento de Urgência: Pulpite Irreversível ✓ Controle da ansiedade, caso necessite: Midazolam 7,8mg; Alprazolam 9,5mg; Avaliar a necessidade do uso de ansiolíticos; ✓ Anestesia local infiltrativa; ✓ Remoção da cárie/restauração; ✓ Acesso coronário; ✓ Limpeza e irrigação da câmara pulpar; ✓ Ampliação dos dois terços cervical e médio; **Se não houver tempo, escolher o mais volumoso**; ✓ Medicação intracanal: Hidróxido de Cálcio; Clorexidina gel 2%; ✓ Selamento coronário e ajuste oclusal: Resina composta/CIV; ✓ Terapêutica medicamentosa: Dipirona 500mg, 4/4h, por 24 horas; ou, Ibuprofeno 200mg, 6/6h, por 24 horas; ou Paracetamol 750mg, 6/6h, por 24 horas; Flare-ups Exarcebação aguda após o início ou continuação do tratamento endodôntico. ✓ Causas: Desbridamento inadequado; Extrusão de resíduos; Sobreinstrumentação e Sobreobturação; Microbiologia e Imunologia; Lesão periapical; Dor pré-operatória; Retratamento; ✓ Medidas preventivas: não deixar o dente aberto para drenagem; Manutenção da cadeia asséptica; Diagnóstico adequado- identificar o dente correto; Identificar se é biopulpectomia ou necropulpectomia; Identificar se o dente está relacionado a uma lesão periapical; Determinação do CT; Instrumentação Total- Técnica de instrumentação correta; Ajuste Oclusal; Prescrição de analgésicos e antibióticos sempre que condições os justifiquem; ✓ Dor após obturação: *Obturação adequada: Analgésico e Antiinflamatório; *Obturação inadequada: Retratamento; *Sobreobturação: Antiinflamatório; Patologias de origem não-endodôntica ➢ Osteíte Condensante: não há reabsorção óssea; não há comprometimento pulpar; ➢ Displasia Cementária: há reabsorção óssea; não há comprometimento pulpar; ➢ Lesões inflamatórias; ➢ Tumores e Lesões Císticas não-odontogênicas; ➢ Alterações displásicas e idiopáticas dos ossos maxilares; ➢ Recomendação: Encaminhar para um Bucomaxilofacial; ➢ Nevralgia do Trigêmeo: recomendado encaminhar para um neurologista; ➢ Odontalgia: recomendado encaminhar para um Bucomaxilofacial; ➢ Bruxismo: Pacientes estressados; Dor referente a pericementite; Diagnóstico: Realizar avaliação da oclusão, qualidade de sono e dos músculos da mastigação; ➢ Sinusite: Não dói um dente, dói vários; Testes inconclusivos; Recomendado encaminhar para um Otorrinolaringologista; NUNCA ABRIR UM DENTE SEM TER A CERTEZA DA ORIGEM DA DOR!!! Patologia Periapical Periodontite Apical Aguda Definição: Resposta inflamatória aguda no ligamento periodontal. Etiologia: Infecciosa: Agressão de alta intensidade provocada por bactérias extruídas pelo forame apical; Sobreinstrumentação e Sobreobturação; Flare-ups; Necrose Pulpar; Traumática: Contato prematuro; Movimentação ortodôntica; Pulpite Reversível; Sinais e sintomas: Dor intensa, espontânea; Localizada, sensibilidade extrema ao toque; Sensação do dente “crescido”. Teste pulpar – frio: Negativo. Teste de percussão: Positiva/Dor acentuada. Teste de palpação: Negativo/Sensível. RX: Região Periapical normal, espessamento do ligamento periodontal, lesão periapical está associada a agudização de um processo crônico. Aumento da vasodilatação + Aumento do fluxo sanguíneo + Aumento da pressão hidrostática vascular = EDEMA. Tratamento PAA de origem infecciosa: Tratamento Endodôntico; PAA de origem traumática: Remoção da causa e Ajuste Oclusal; Abscesso Periapical Agudo Testes periapicais: percussão: positivo/dor; palpação: positivo/dor; RX: Periápice normal/Espessamento Agudo, Lesão periapical pré-existente que agudiza (Abcesso Fênix); ➢ Acontece pela persistência da agressão, da exarcebação da resposta inflamatória, gerando uma inflamação purulenta; Danos teciduais-PUS; ➢ Duração 72 a 96 horas; ➢ Sinais e sintomas: Dor intensa, espontânea, pulsátil; pode haver aumento de volume e apresentar envolvimento sistêmico: linfadenite, febre e mal-estar; ➢ Medicação sistêmica: é recomendado quando houver alteração sistêmica, como, febre, mal-estar e etc., situações que haja sinais de disseminação da infecção; Abscesso Periapical Agudo Subperióstea ➢ Dor intensa, severa e pulsátil; ➢ Inchaço intra-oral: presente no fundo de sulco, pouco visível; ➢ Edema extra-oral: presente; ➢ Localização: Tecido Subperiósteo; ➢ Palpação/Percussão: positivo; ➢ Tratamento: Drenagem intra-oral (incisão para drenagem – quando possível) + abertura do canal + medicação intracanal + medicação sistêmica (antibióticos+analgésicos); Abscesso Periapical Agudo Intraósseo ➢ Dor severa; ➢ Inchaço intra-oral: ausente; ➢ Edema extra-oral: ausente; ➢ Localização: Apical; ➢ TVP: Negativos; ➢ RX: Presença ou não de lesão periapical; ➢ Palpação: Negativo; ➢ Percussão: Positivo; ➢ Tratamento: abertura do canal + drenagem intracanal + medicação intracanal + medicação analgésica; Abscesso Periapical Agudo Submucoso ➢ Dor severa; ➢ Inchaço intra-oral: presente e bem evidente podendo estar localizado ou difuso; ➢ Edema extra-oral: Ausente/Presente (depende da disseminação da infecção); ➢ Localização: Tecido Submucoso; ➢ Tratamento: drenagem intra-oral + abertura do canal + medicação intracanal + medicação sistêmica (antibióticos+analgésicos); Abscesso Fênix ➢ Sintomas iguais ao abscesso Apical agudo; ➢ Precedido de uma periodontite periapical crônica; ➢ Diferencial: Presença de lesão; Abscesso subcutâneo ➢ Sinais e sintomas: dor severa; edema intra e extra- oral; ➢ Localização: Tecido subcutâneo; Coleção purulenta encontra-se em planos anatômicos mais profundos; Mais comuns em dentes inferiores; Periodontite Apical Crônica ➢ Assintomático; ➢ Histórico prévio de dor; ➢ Teste pulpar – frio: negativo; ➢ Testes periapicais: percussão: normal/pouca sensibilidade; palpação: normal; ➢ RX: Espessamento do ligamento periodontal; Se a PAC não for tratada, a inflamação pode levar a reabsorção óssea- lesão periapical; ➢ Pode surgir Granuloma ou Cisto Periapical. ➢ Recomendado: Tratamento Endodôntico; ➢ Zonas de Fish: Característica da lesão que se modifica com o passar do tempo e á medida que se distancia do ápice radicular; Abscesso Periapical Crônico ➢ Evolução: Lenta; ➢ Dor: Assintomático; ➢ Dente afetado: Cárie ou restauração extensa; fratura radicular; envolvimento endoperiodontal; infecções secundárias; ➢ Características: Mucosa: Fístula ativa ou inativa; Percussão/palpação: Ausente/ligeiramente sensível; Exame radiográfico: tentar fazer o Rastreamento da Fístula. Presença de lesão periapical; Abscesso Periodontal ➢ Dor difusa, pulsátil; ➢ Dente pode estar íntegro; ➢ Aparecimento de exaustão por compressão; ➢ Vitalidade pulpar; ➢ Lesão Endo-Perio; Abscesso Endodôntico ➢ Dor: Localizada, pulsátil e contínua; ➢ Dente com cavidade profunda; ➢ Ausência de exsudato por compressão; ➢ Ausência de vitalidade pulpar; ➢ Lesão Endo-Perio; Lesão Endodôntica Primária ➢ Polpa necrótica; ➢ Desenvolvimento rápido; ➢ Não tem profundidade de sondagem (as vezes bem localizada); ➢ Sondagem da Fístula revela origem no ápice do dente; ➢ Tratamento terapêutico: Terapia Endodôntica. (Não deve ser feita raspagem); ➢ Prognóstico: Excelente; Lesão Endodôntica Primária com envolvimento Periodontal Secundário ➢ Lesão Endodôntica não diagnosticada pode levar a problemas periodontais nas vias de drenagem; ➢ Tratamento: Endodôntico e Periodontal; ➢ Prognóstico: Favorável; Lesão Periodontal Primária ➢ Presença de biofilme bacteriano; ➢ Presença de inflamação gengival; ➢ Dor mínima ou inexistente; ➢ Testes pulpares normais; ➢ Tratamento: Periodontal e acompanhamento Endodôntico. ➢ Prognóstico: Depende da extensão da doença; Lesão Periodontal Primária com envolvimentoEndodôntico Secundário ➢ Histórico de tratamento Periodontal prévio; ➢ Evidência de dor; ➢ Lesão periodontal que se estende do ápice até a câmara pulpar; ➢ Bolsas generalizadas; ➢ Tratamento: Periodontal e Endodôntico concomitante; ➢ Prognóstico: ruim – dependeda extensão da doença; ➢ A cura da lesão periapical não é previsível por causa da comunicação periodontal com o ambiente oral. Lesão Endo-Pério combinada ➢ Definição: A lesão endopério verdadeira é rara, ocorre com menos frequência do que as outras doenças endoperiodontais, ela é formada por uma lesão Endodôntica e Periodontal combinadas em um único dente, que pode ou não se comunicar. ➢ União das duas lesões; ➢ Fraturas, trepanações e a reabsorção radicular podem produzir estas lesões; ➢ Teste pulpar: negativo; ➢ Confirmação pode ser demonstrada radiograficamente; ➢ Tratamento: não deve ser feito antes do paciente entender a limitações do prognóstico; ➢ Terapia Endodôntica para reduzir contaminações; ➢ Terapia Periodontal durante ou imediatamente após tratamento Endodôntico; ➢ Hemisecções dentais e amputação radicular podem ser considerados. TOMADA DE DECISÕES ➢ LEP – polpa é morta e infectada – realizar terapia Endodôntica; ➢ LPP – polpa vital – realizar tratamento Periodontal; ➢ LEP + LPS – tratar endodonticamente depois periodontal, prognóstico depende do tempo da DPS; ➢ LPP + LES – e lesões combinadas – ambas requerem terapia Endodôntica e Periodontal, prognóstico depende da doença Periodontal e resposta do paciente ao tratamento.
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