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Contatos dos dentes durante a mastigação

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Contatos dos dentes durante a mastigação 
 
No início os estudos sugeriam que os 
dentes, na verdade, não entravam em 
contato durante a mastigação. 
Especulou-se que o alimento entre os 
dentes, juntamente com a resposta 
rápida do sistema neuromuscular, 
impediam tais contatos. Outros 
estudos, entretanto, têm revelado que 
os contatos dos dentes ocorrem 
durante a mastigação. 
Quando o alimento é inicialmente 
introduzido na boca, poucos contatos 
ocorrem. Conforme o bolo alimentar é 
quebrado, a frequência do contato dos 
dentes aumenta. Nos estágios finais 
da mastigação, pouco antes da 
deglutição, o contato ocorre a cada 
movimento, mas as forças para os 
dentes são mínimas. Dois tipos de 
contatas foram identificados:
 
 Deslizamento: ocorre quando as vertentes das cúspides se cruzam durante a 
fase de abertura e trituração da mastigação 
 Único: se dá na posição de máxima intercuspidação. 
 
A percentagem média de contato de 
deslizamento que ocorre durante a 
mastigação é estimada em 60% 
durante a fase de trituração e de 56% 
durante a fase de abertura. A duração 
média do tempo de contato do dente 
durante a mastigação é de 194 ms. 
Aparentemente, esses contatos 
influenciam ou mesmo determinam a 
abertura inicial e a fase final de 
deslizamento do movimento de 
mastigação. Tem sido demonstrado 
que mesmo a condição oclusal pode 
influenciar todo o ato mastigatório. 
Durante a mastigação, a qualidade e 
quantidade do contato do dente 
constantemente retransmitem 
informações sensoriais de volta para o 
SNC sobre o tipo de movimento 
mastigatório. Este mecanismo de 
retroalimentação permite a alteração 
do ciclo mastigatório de acordo com o 
alimento que está sendo mastigado. 
Geralmente, as cúspides altas e as 
fossas profundas promovem um ciclo 
mastigatório, predominantemente 
vertical, enquanto dentes planos ou 
desgastados provocam um ciclo 
mastigatório mais amplo. Quando os 
dentes posteriores entram em contato 
com um movimento lateral indesejado, 
a má oclusão produz um ciclo 
mastigatório irregular e menos 
repetitivo. 
Se os movimentos mastigatórios de 
um indivíduo normal forem 
comparados àqueles de indivíduos 
com dor na ATM, diferenças 
marcantes podem ser observadas. 
Indivíduos normais mastigam com 
movimentos mastigatórios bem 
equilibrados, mais repetitivos e com 
limites definidos. Quando os 
movimentos mastigatórios de um 
indivíduo com dor na ATM são 
observados, um padrão menos 
repetitivo é muitas vezes notado. Os 
movimentos são muito mais curtos e 
mais lentos e com uma trajetória 
irregular. Essas trajetórias mais lentas 
e irregulares, mas repetitivas, parecem 
estar relacionadas com a alteração 
funcional do movimento do côndilo em 
torno do qual a dor é centrada. 
 
Referências 
OKESON, Jefrey.Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 7º ed. Rio de Janeiro. 
Elsevier Editora Ltda, 2013.

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