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Hormônios da tireóide

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Hormônios da tireoide 
• A tireoide é uma glândula que possui a 
função de regular o metabolismo geral 
(catabolismo e anabolismo) 
 • Todas as células apresentam receptores 
para T3 (triiodotironina) e T4 
(tetraiodotironina/tirosina) 
 • Crescimento e desenvolvimento normais, 
associado a ação do GH e da insulina 
• São hormônios derivados da metabolização 
da tirosina que faz parte da composição da 
tireoglobulina 
• Possuem como matéria-prima o iodo, 
obtido pela ingestão 
 • 65% do peso de T4 e 58% do peso de T3 
 • A estrutura de carbono serve apenas de 
sustentação 
 • O T4 é produzido em maior quantidade 
• O T3 apresenta atividade biológica e o T4 
funciona como uma espécie de pró-
hormônio 
• Regulação – eixo hipotalâmico-hipofisário 
 • Alça de feedback negativo 
• Relações anatômicas – é uma glândula 
bilobular associada com a cartilagem 
cricóide, com os músculos do pescoço, com 
as artérias carótida comum e tireocervicais 
(irrigação) 
 • O nervo laríngeo recorrente inerva as 
pregas vocais, de forma que tireoidectomia 
parcial ou total pode comprometer a 
fonação 
• Embriologia – é formada na terceira 
semana de gestação (primeira e segunda 
bolsas branquiais) 
 • Ducto tireoglosso – corresponde a uma 
ligação inicial das células entre a base da 
língua (forame cego) e a tireoide 
 • Na vida fetal, o arcabouço de carbono já 
é produzido 
 • Apresentam a capacidade de síntese da 
tireoglobulina que é essencial para a 
formação dos hormônios da tireoide 
 
Histologia 
• É composta pelos folículos tireoideanos 
• Espaço folicular – apresenta a substância 
coloidal que é rica em iodo, hormônios da 
tireoide e proteínas (tireoglobulina) 
 • Coloide – é responsável pelo 
armazenamento dos hormônios e pode ser 
absorvido pela membrana apical e seus 
restos celulares são enviados para a 
membrana basolateral 
• Tirócitos – são as células funcionais da 
tireoide e revestem o espaço folicular 
 • Apresenta uma polaridade (ápice voltado 
para o espaço folicular) 
 • Superfície/membrana apical – apresenta 
microvilosidades que aumentam o contato 
com o coloide e está associada a produção 
hormonal e ao consumo e formação do 
coloide 
 • Superfície/membrana basolateral – está 
em contato com os vaso sanguíneos e o 
interstício, liberando os hormônios 
tireoidianos, captando a matéria-prima e 
nutrindo o tirócito 
• Junções intercelulares 
 • Zona de oclusão 
 • Zona de adesão – são ricas em filamentos 
de actina e possibilitam a mudança de forma 
dos tirócitos em resposta ao estímulo 
hormonal 
 • Tirócito estimulado (redução do 
hormônios tireoidianos, aumento do TSH e 
redução da concentração plasmática de 
iodeto) – formato cilíndrico 
 • Tirócito pouco estimulado – formato 
pavimentoso 
 • Desmossomas 
• A necessidade de liberação de hormônios 
provoca a redução do espaço folicular por 
meio de proteínas contráteis 
• Os tirócitos necessitam de transportadores 
para as substâncias 
 
Biossíntese e secreção 
Iodo 
• A base da constituição dos hormônios 
tireoidianos é o iodo 
 • Durante a absorção pelo TGI, é reduzido a 
iodeto (aniôn) que necessita de 
transportadores para entrar no tirócitos, haja 
vista que o interior dos tirócitos apresenta 
carga negativa 
Yarlla Cruz 
• Depuração renal – corresponde a maior 
parte 
 • Excreção urinária 
• Depuração tireoidiana – está associada a 
estimulação pelo TSH 
 • Aumento do TSH – elevação da captação 
de iodeto 
 • A redução do nível plasmático de iodeto 
estimula a captação pelo tirócito 
• Captação do iodo 
 • Na membrana basolateral em contato 
com o interstício existem contransportadores 
de sódio-iodeto 
 • O gradiente de concentração de sódio 
(está em maior concentração extracelular) 
impulsiona ambos para o meio intracelular 
que “aprisiona” o iodeto dentro da célula, de 
forma que a concentração intracelular de 
iodeto fica maior do que a extracelular 
 • Bomba de sódio e potássio – impulsiona a 
entrada de potássio (2) e a saída de sódio (3), 
mantendo a diferença de concentração e 
permitindo a entrada de iodeto no tirócito 
 • Proporção de sódio (2) para iodeto (1) 
 • Em casos de hipertireoidismo e de 
tratamento de câncer da tireoide, o 
cotransportador pode ser bloqueado por 
alguns medicamentos - redução de 
hormônios da tireoide 
 • Uso de iodo ou pertecnetato radioativos - 
avaliação de função e anatomia da tireoide 
 
Tireoglobulina e tireoperoxidase 
• O tirócito produz a tireoglobulina que 
apresenta aminoácidos de tirosina que atua 
na formação da estrutura do hormônio da 
tireoide 
 • A produção de tireoglobulina aumenta 
em conformidade com a estimulação do 
tirócito 
 • É transportada para o espaço folicular 
• O tirócito forma a tireoglobulina que por 
meio da tireoperoxidase (complexo 
enzimático) faz a organificação do iodeto 
(oxidação do iodeto a iodo) 
 • O peróxido de hidrogênio capta o iodeto 
e o transforma em iodo 
 • Incorporação do iodo com o anel fenólico 
da tirosina por meio de uma ligação 
covalente 
 • 1 iodo + 1 tirosina = monoiodotirosina 
 • 2 iodos + 1 tirosina = diiodotirosina 
• A TPO em algumas tirosinas com o iodo 
realiza a transferência de anel fenólico 
iodado pra outro anel, formando o T4 
(tiroxina) 
 • A TPO possui maior atividade enzimática 
no acoplamento de uma diiodotirosina com 
outra, evidenciando que a formação de T4 é 
maior do que a de T3 ativo 
• A TPO pode transferir um composto com 1 
iodo para outro com 2 iodos, formando o T3 
 • 1 iodo no anel externo - T3 ativo 
 • 1 iodo no anel interno - composto inativo 
(T3 reverso) 
 • Esses compostos são produzidos de 
acordo com a necessidade do metabolismo 
 • A TPO é um dos alvos do tratamento do 
hipertireoidismo 
 • Proporção de formação – 7 MIT, 6 DIT, 2 T4 
e 0,2 T3 
• A liberação do hormônio ocorre por meio 
do consumo/digestão do coloide 
 • O hormônio da tireoide já começa a ter 
efeito no próprio tirócito 
 • O coloide sofre a ação dos lisossomos que 
desmontam a tireoglobulina, liberando 
aminoácidos que serão consumidos pela 
própria célula ou reutilizados 
 • O iodo será reduzido novamente a iodeto 
e poderá ser reciclado, sendo oxidado 
 • T3 e T4 irão encontrar transportadores na 
membrana basal para seguirem na corrente 
sanguínea 
 
Regulação da secreção 
Eixo hipotalâmico-hipofisário 
• São regulações de feedback negativo – os 
hormônios da tireoide reduzem a síntese e a 
secreção de TRH e de TSH 
 
Hormônio tireotrófico/tireoestimulante (TSH) 
• É produzido pelo tireotrófo na região 
anterior e medial da adeno-hipófise e regula 
o crescimento, metabolismo e secreção da 
tireoide 
• Biossíntese – é um hormônio glicoproteico 
que apresenta a subunidade beta (atividade 
biológica) e a subunidade alfa (inespecífica – 
Yarlla Cruz 
pode ser produzida por outras células da 
adeno-hipófise; FSH, LH,HCG) 
 • Essas subunidades apresentam 
mecanismos de regulação diferentes 
 • Sofrem a glicosilação (adição de resíduos 
de açúcar) que ocorre em toda a molécula, 
formando uma glicoproteína que apresenta 
uma duração maior e que permite uma 
melhor ligação com o receptor 
 • Se o processo de glicolisação falhar, a 
resposta da tireoide a tireotrofina pode reduzir 
• Mecanismo de ação do TSH – é um 
hormônio peptídico que nessecita do 
receptor de membrana acoplado a proteína 
G e a enzima adenil-ciclase/AMPc 
• Efeitos imediatos - endocitose do coloide, 
aumento da captação de iodeto e ativação 
da peroxidase e das enzimas envolvidas no 
processo de fabricação dos hormônios da 
tireoide 
• Efeitos tardio - transcrição da tireoglobulina, 
transcrição da peroxidase e aumento do 
número de tirócitos 
• A maior ativação dos tirócitos pelo aumento 
do TSH estimula a degradação do coloide de 
forma que a célula fica mais alongada 
 
Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) 
• É um hormônio peptídico produzido no 
hipotálamo e pormeio da circulação porta 
hipotalâmica-hipofisária chega na adeno-
hipófise e atua no tireotrofo 
• Controla a secreção do TSH, induzindo o 
processo de produção de secreção desse 
hormônio 
 • A produção excessiva de TRH aumenta a 
produção de prolactina 
• Biossíntese – é produzido nos núcleos 
paraventricular e periventricular anterior 
 • Transporte por fluxo axoplasmático até o 
eminência mediana 
• Mecanismo de ação - fosfolipase C/ IP3 e 
DAG 
• Ação - estimula a síntese e secreção do TSH 
pelos tireotrofos 
 • Estimula a secreção (via fosfatidil-inositol) 
e a transcrição das subunidades do TSH 
 • Ativa os processos de glicolisação do TSH 
 
 
Hormônios tireoidianos (T3/T4) 
• Os hormônios tireoidianos reduzem a ação 
do eixo hipotalâmico-hipofisário, diminuindo 
a sensibil idade dos tireotrofos ao TRH – 
feedback negativo 
 • Inibe a transcrição gênica da cadeia Beta 
do TSH 
 • Promove a síntese de proteínas inibitórias 
da secreção do TSH 
 • Diminuição da glicosilação do TSH 
 • Diminuem o número de receptores para 
TRH 
 • Diminuição da síntese e secreção do TRH 
 • Os principais inibidores do TSH são os 
hormônios da tireoide e o TRH 
 
Somatostatina 
• É produzida no hipotálamo por neurônios do 
núcleo paraventricular 
• Inibição a secreção de TRH 
• Inibição direta sobre os tireotrofos – reduz a 
disponibilidade de AMPc, inibindo a 
liberação basal e induzida de TSH 
• T3 e T4 estimulam a liberação de 
somatostatina 
• O hormônio do crescimento (GH) induz a 
liberação de somatostatina e promove uma 
inibição direta secundária sobre a secreção 
de TSH 
 • O IGF é um estimulador da produção e 
secreção de somatostatina 
 
Outros fatores de regulação 
• Dopamina - inibe a secreção do TSH e a 
transcrição das subunidades alfa e beta 
• Glicocorticóides – reduz a sensibil idade do 
tireotrofo ao TRH, inibindo a liberação de TSH 
• Estrógenos – elevam a concentração de 
receptores para TRH 
• Vasopressina (ADH) – estimula a secreção 
de TSH via TRH 
• Iodo - regula a produção dos hormônios da 
tireoide 
 • Redução de iodeto – diminui a produção 
de T4 e T3, e aumenta o TSH, estimulando o 
tirócito 
 • Aumentos suprafisiológicos de iodeto - 
diminuição da atividade do transportador 
Na/I, da geração de peróxido de hidrogênio 
Yarlla Cruz 
(inibição enzimática da tireoperoxidase ), a 
organificação do iodeto não ocorre, de 
forma que a produção de hormônios da 
tireoide fica “bloqueada” - Efeito Wolff-
Chaikoff 
 
Transporte plasmático 
• Apresentam uma elevada ligação as 
proteínas plasmáticas 
• Globulina fixadora de tiroxina (TBG) - liga 
80% do T4 e 38% do T3 circulante (mais 
afinidade com o receptor intracelular) 
 • Os hormônios apresentam um início de 
duração mais lento e uma renovação celular 
mais demorada 
 • Porção livre (disponibilizado para os 
tecidos) de T4 – 0,03% 
 • Porção livre de T3 – 0,3% 
 • Reduz a depuração renal - conservação 
do TH no plasma 
 • Reservatório circulante de T4 - 
tamponamento de modificações 
 • Redução da afinidade ao T4 por 
leucócitos ativados – a proteína que 
transporta esses hormônios é degradada, 
liberando iodo no local que possui atividade 
antibacteriana 
• A outra parte do T4 circula com a 
transtiretina (TTR) e com a albumina 
• Influência do TBG sobre a disponibilidade de 
hormônios tireoidianos 
 • A ação de estrogênio durante a gravidez 
aumenta a produção de TBG 
 • Glicocorticoides provocam a redução de 
TBG plasmático 
• Transtiretina (TTR) – liga 15% do T4 e 27% do 
T3 
 • Condução dos hormônios tireoidianos ao 
SNC 
• Albumina – transportador secundário para 
T4 (5%) e 35% do T3 
 
Metabolização 
• Desiodinases - remoção de iodo dos anéis 
das tironinas (T4/T3) 
• 5’ desiodinase (tipo 1 e 2) - remoção de iodo 
do anel externo; produção do T3 ativo 
 • 5’-desiodinase tipo 1 - responsável por 80% 
do T3 circulante (a partir de T4); maior 
atividade nos tirócitos, fígado e rins; atua no 
T3 reverso produzindo T2 
 • 5’-desiodinase tipo 2 - maior afinidade por 
T4 do que a do tipo 1; produz muito mais T3 
ativo; atua nos tireotrofos, nos astrócitos, 
miocárdio, músculo esquelético e no tecido 
adiposo marrom 
• 5 - desiodinase (tipo 3) - remoção do iodo 
do anel interno; produção do T3 reverso 
 • Está presente nos neurônios, placenta e 
pele 
• Regulação da atividade das desiodinases 
 • Maior ingestão calórica – aumento da 
conversão de T4 a T3 
 • Situações de necessidade de economia 
metabólica (jejum e estresse físico) - aumento 
do T3 inativo (aumento da 5-D3) e redução 
do T3 ativo (redução da 5’- D1) 
 
Renovação diária de T4/T3 
 
Mecanismo de ação 
• Ligação aos receptores intracelulares – são 
hormônios amínicos que entram na célula a 
partir de transportadores constitutivos 
 • Conversão intracelular de T4 a T3 que 
encontra o receptor do hormônio da tireoide 
que pode estar associado a um bloqueador 
- a afinidade do receptor é maior com T3 
Yarlla Cruz 
 • Modulação positiva ou negativa da 
transcrição gênica e da síntese protéica 
• Aumento do metabolismo geral em 
praticamente todos os tecidos – elevam o 
consumo de oxigênio (oxidação de glicose e 
ácidos graxos) e produção de calor 
 
Ações citoplasmáticas 
• Ações citoplasmáticas/celulares - aumento 
da produção de calor 
 • Os hormônios da tireoide realizam um 
desacoplamento da cadeia respiratória por 
meio da síntese de proteínas 
desacopladoras, gerando mais calor, 
aumentando o consumo de nutrientes e 
oxigênio para aumentar a produção de 
energia 
 • Promovem a redução da eficiência da 
respiração celular (produção de ATP) e 
aumento do consumo de oxigênio e do 
metabolismo de nutrientes 
 • Aumento do número e da atividade das 
mitocôndrias 
 • Pouca ação dos hormônios – produzem 
menos calor e as reações bioquímicas são 
reduzidas, haja vista que o aumento da 
temperatura favorece essas reações, 
dificultando a produção de energia 
 • Estimulam a renovação celular 
 
Efeitos sobre o metabolismo dos nutrientes 
• Estimulam a renovação molecular 
(aumento do metabolismo) 
• Carboidratos – absorção intestinal, 
captação, oxidação e síntese hepática 
• Proteínas – anabolismo (maior em 
condições normais), entretanto o aumento 
das ações dos hormônios tireoidianos estimula 
o catabolismo das proteínas de reservatório 
• Lipídios – estimula a lipólise e a lipogênese 
no tecido adiposo 
 • Aumenta a concentração plasmática de 
ácido graxos livres 
 • Efeitos sobre as gorduras plasmáticas e 
hepáticas – diminui a concentração 
plasmática de fosfolipídios e TAG; aumenta o 
número de receptores para LDL nos 
hepatócitos, promovendo maior secreção de 
colesterol na bile 
Efeitos sobre o sistema cardiovascular 
• Aumentam a atividade e a síntese de 
receptores beta-adrenérgicos e de cálcio 
atpase – aumento da frequência cardíaca 
em repouso e a força de contração 
ventricular e, consequentemente, o aumento 
do débito cardíaco e da PA sistólica 
• Aumenta o metabolismo celular dos tecidos 
periféricos, l iberando mais CO2, reduzindo a 
resistência periférica vascular 
 • Redução da pressão diastólica 
(associada ao aumento da pressão sistólica), 
provocando maior pressão de pulso 
 
Efeitos sobre a função respiratória 
• O aumento de CO2 provoca o aumento da 
frequência respiratória em repouso – 
elevação das respostas a hipóxia e 
hipercapnia 
• Aumento da quantidade de hemácias 
 
Efeitos sobre a função muscular esquelética 
• Aumenta a potência de ação da 
acetilcolina na junção neuromuscular, 
melhorando a força e a reatividade da 
contração muscular 
 
Efeitos sobre a função gastrointestinal 
• Aumento da motilidade e da secreções 
gastrointestinais 
• Falta – constipação 
 
Função coadjuvante no crescimento dos tecidos 
• Estimulam a síntese de hormônios do 
crescimento e de seus receptores 
• Promovem a ossificação endocondral, o 
crescimento linear e a maturação dos centros 
epifisários 
• Promove amaturação e a maior atividade 
dos condrócitos (coadjuvante com os IGF’s) 
 
Efeitos no SN 
• Promove o desenvolvimento do sistema 
nervoso 
• Maturação e desenvolvimento do SNC 
• Importante para adequada sequência 
temporal, o ritmo de desenvolvimento e a 
maturação 
Yarlla Cruz 
 
• Regiões de maturação mais lenta são as 
mais atingidas pela falta desses hormônios 
(cerebelo, hipocampo, bulbo olfatório) 
• Acentua o estado de vigília, o nível de 
alerta e a responsividade a vários estímulos 
(auditivo) e a aprendizagem e memória 
• Mantém o tônus emocional normal 
• Melhora a velocidade e a amplitude dos 
reflexos periféricos 
• Aumento da atividade da 5’-D2 e 
diminuição da atividade da 5-D3 
 • Nos neurônios a desiodinase do tipo 3 é 
bastante ativa 
• Os neurônios hipotalâmicos estão 
relacionados com a produção de hormônios 
da tireoide 
 
Disfunções da tireoide 
• Hipotireoidismo – elevação dos hormônios 
produzidos pelo eixo hipotalâmico-hipofisário 
e hormônios tireoidianos reduzidos 
• Hipotireoidismo suave (subclínico) – TSH 
aumentado e hormônios tireoidianos normais 
• Hipertireoidismo – hormônios tireoidianos 
aumentados e TSH reduzido 
• Hipertireoidismo suave (subclínico) – 
hormônios tireoidianos normais e TSH 
diminuído 
 
Hipertiroidismo 
• Causas 
 • Receptores mutantes que são ativados 
sem ligação hormonal – adenoma 
 • Aumento da produção de anticorpos 
imunoglobulinas tireoestimulantes (TSI) que 
estimulam o aumento da secreção de 
hormônios da tireoide – Doença de Graves 
(60 a 90%) 
• Disfunção primária – elevação dos 
hormônios da tireoide com redução dos níveis 
de TSH 
 • Disfunção com origem na própria 
glândula 
 • O diferencial é o nível plasmático do TSH 
• Disfunção secundária – elevação dos 
hormônios da tireoide (T3 e T4) e de TSH 
 • Distúrbios com origem fora da glândula 
alvo final (adenoma hipofisário) 
• Manifestações clínicas – taquicardia de 
repouso associada aos receptores beta-
adrenérgicos, bócio, tremor (metabolismo 
geral aumentado e facilitação das sinapses) 
 • Sistema cardiovascular – taquicardia de 
repouso (aumento acentuado da pressão de 
pulso e aumento da força de contração 
cardíaca no hipertireoidismo leve) 
 • Diminuição da capacidade de 
contração cardíaca (proteólise profunda no 
hipertireoidismo grave) 
 • Sistema nervoso central – nervosismo e 
ansiedade extrema, tendências 
psiconeuróticas (paranóia), intolerância ao 
calor, cansaço constante associado a insônia 
(aumento da atividade geral associado a 
degradação protéica) 
 • Aumento do tamanho da tireoide (bócio 
difuso) 
 • Aumento acentuado do metabolismo 
basal 
 • Sudorese acentuada – aumento da 
liberação de água e vasodilatação periférica 
 • Taquipneia de repouso – respiração 
acelerada 
 • Redução do peso corporal por causa do 
consumo energético 
• Exoftalmia (cerca de 35% dos pacientes) – 
projeção do globo ocular para frente 
 • Reação autoimune que causa edema nos 
tecidos retroorbitários 
 • Lesões no sistema visual – estiramento do 
nervo óptico e ressecamento do epitélio 
superficial dos olhos 
 • Alterações degenerativas dos músculos 
extra-oculares 
Yarlla Cruz 
Hipotireoidismo 
• Resulta da deficiência sistêmica das ações 
dos hormônios da tireoide 
• É o distúrbio da função da tireoide mais 
comum 
• Subclínico – TSH aumentado 
• Classificação geral 
 • Subclínico – ausência de sintomas clínicos 
 • Origem nutricional – ingestão inadequada 
de iodo 
 • Primário – origem na própria glândula 
 • Secundário – origem na hipófise (os 
tireotrofos não produzem TSH da forma com 
deveriam) 
 • Induzida por drogas – são capazes de 
aumentar a concentração de iodo, cujo 
excesso pode paralisar a produção de 
hormônios da tireoide 
• Causas 
 • Origem nutricional (falta de iodo na 
alimentação – o tirócito trabalha muito com 
estimulação pelo TSH) – TH deficiente ou 
ausente, reduzindo a atividade do TH na 
hipófise com maior secreção de TSH e 
aumento do tamanho da tireoide (bócio) 
 • Origem congênita por agenesia 
 • O tirócito não forma tireoperoxidase 
sem produzir adequadamente, baixa 
produção de hormônios da tireoide – 
estimulam o crescimento da tireoide 
 • Diminuição da produção/secreção do 
TSH – diminuição da concentração 
plasmática de TSH e redução do tamanho do 
tireoide 
• Na doença autoimune (tireoidite de 
Hashimoto) – o processo inflamatório 
desenvolve uma crise tireotóxica 
(hipertireoidismo) com destruição da 
glândula 
• Sinais e sintomas 
 • Redução acentuada do metabolismo 
basal 
 • No SNC – aumento do tempo de sono e 
lentidão de raciocínio e diminuição de 
reflexos 
 • Não secreta colesterol na bile como 
deveria – aumento da concentração 
plasmática de colesterol 
 • Redução da capacidade de resposta 
cardiovascular 
 • Aumento do peso corporal 
 • Deficiência de função da tireoide – 
mixedema (edema duro e com aspecto de 
pele opaca) 
 
Yarlla Cruz

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