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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA – CCSST DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II DOCENTE: DRº PEDRO DE FREITAS FACANHA FILHO DISCENTE: YASMIM MENEZES DO NASCIMENTO 18 DE DEZEMBRO DE 2021 BATIMENTOS SONOROS IMPERATRIZ - MA 2021 2 YASMIM MENEZES DO NASCIMENTO BATIMENTOS SONOROS Relatório apresentado para obtenção parcial de nota referente ao curso de Engenharia de Alimentos- UFMA da disciplina de física experimental II, ministrada pelo docente Drº Pedro de Freitas Facanha Filho. IMPERATRIZ - MA 2021 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 5 3. MATERIAIS ...................................................................................................................... 5 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................... 5 5. RESULTADOS E DISCUSÃO ........................................................................................ 6 6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 7 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 7 4 1. INTRODUÇÃO O batimento trata-se de um fenômeno que acontece quando há uma superposição de duas ondas com uma mesma natureza, mesma direção e mesma amplitude e também com frequências próximas. A variação da amplitude produz variações de intensidade denominada batimentos e a frequência desta variação de intensidade é chamada de frequência dos batimentos. Sendo assim, a frequência do batimento é a diferença entre as duas frequências. Quando a frequência dos batimentos for igual a alguns Hertz, conseguimos ouvi-la como uma ondulação ou pulsão no tom (SILVA, 2013). Um dos campos de estudo mais importantes da física é o das vibrações e oscilações. Segundo Silva (2013), uma onda pode ser descrita como um movimento vibratório periódico ou não, que se desloca em um meio elástico, no caso de ondas mecânicas, e no vácuo e em alguns materiais, no caso de ondas eletromagnéticas. Quando duas ondas sonoras, com frequências diferentes, mas muito próximas, chegam aos nossos ouvidos simultaneamente, percebemos uma variação na intensidade do som resultante; ela aumenta e diminui alternadamente, produzindo um fenômeno chamado batimento. Esse batimento é resultante da interferência construtiva e destrutiva das duas ondas quando ficam em fase ou em oposição de fase. Se as duas frequências forem ficando próximas, o batimento ficará gradualmente mais lento e desaparecerá quando elas forem idênticas (uníssono). Os batimentos entre dois tons podem ser percebidos pelo ouvido humano até uma frequência de 15Hz. Quando as frequências são superiores a 15Hz os batimentos individuais não podem ser distinguidos (HALLIDAY, 1984). Para Nussenzveig (1998), a onda mais simples de se caracterizar é a onda progressiva em uma única dimensão, cujo movimento só depende das variáveis x e t. O fenômeno conhecido por batimento é o resultado da superposição de duas ondas que se propagam numa mesma direção com frequências ligeiramente diferentes. Por exemplo, duas ondas sonoras propagando na mesma direção com frequências próximas chegam a um observador, num determinado ponto do espaço, ao mesmo tempo; o observador escutará o acoplamento das duas ondas sonoras que periodicamente entram em fase e saem de fase: haverá uma alternância no tempo entre a interferência construtiva e a destrutiva das duas ondas e este fenômeno pode ser caracterizado como uma interferência temporal (HALLIDAY, 1984). 5 A interferência sonora consiste em um recebimento de duas ou mais ondas de fontes diferentes. Neste caso, teremos uma região do espaço na qual, em certos pontos, ouviremos um som forte e, em outros, um som fraco ou a ausência de som. O fenômeno conhecido por batimento é o resultado da superposição de duas ondas que se propagam numa mesma direção com frequências ligeiramente diferentes. Por exemplo, duas ondas sonoras que se propagam na mesma direção com frequências próximas chegam a um observador, num determinado ponto do espaço, ao mesmo tempo. O observador escutará o acoplamento das duas ondas sonoras que periodicamente entram em fase e saem de fase, então, haverá uma alternância no tempo entre a interferência construtiva e a destrutiva das duas ondas. Este fenômeno pode ser caracterizado como uma interferência temporal (YOUNG, 2008). Para descrevermos este fenômeno, consideremos duas ondas de amplitudes iguais, propagando-se num meio (por exemplo, o ar) e na mesma direção, porém com frequências ligeiramente diferentes, f1 e f2 (CHIQUITO & RAMOS, 2005). 2. OBJETIVOS • Analisar e descrever o fenômeno de superposição e interferência de ondas sonoras; • Investigar experimentalmente o fenômeno dos batimentos sonoros, principalmente, em termo da frequência de batimento e da frequência sonora média (fbat. e fméd.); • Avaliar as grandezas físicas período (T) e frequência (f) para os osciladores individuais (1 e 2), para o batimento sonoro (fbat. e Tbat.) e para os valores médios devido a superposição de ondas (fméd. e Tméd.), sob a ótica dos conceitos e formulações matemáticas da Física. 3. MATERIAIS • Oscilador de áudio Landmeier (CIDEPE, ref. EQ. 044.11); • Dois alto-Falantes (CIDEPE, ref. EQ.044.02). 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente, montou-se o equipamento para a realização da prática, para tanto, colocou-se dois alto-falantes, um de frente para o outro, conectados à um oscilador de áudio. Logo após, selecionou-se uma frequência (f2) fixa para o alto-falante 2 e uma frequência (f1) 10HZ superior a f2. Posteriormente, diminui-se f1, de forma progressiva, até que f1 = f2. Assim, escutou-se o batimento sonoro e analisou-se qualitativamente e/ou quantitativamente; por último observou-se o que aconteceria à medida que as frequências 1 e 2 se aproximassem. 6 5. RESULTADOS E DISCUSÃO Sabendo os dados f1 e f2, para determinar a frequência de batimento utilizou-se a equação (1), que é a diferença entre a frequência maior e menor das ondas componentes. fbat = f> – f< (1) Já para determinar o tempo de batimento basta apenas dividir um pela frequência de batimentos (fbat). Tbat = 1 / fbat (2) Para que fosse encontrado os tempos da primeira e segunda frequência (T1) e (T2), também, semelhantemente á equação (2), divide-se um por f1, para encontrar T1 e f2 para encontrar T2 . T1 = 1 / f1 (3) T2 = 1 / f2 (4) Os resultados obtidos estão representados na tabela abaixo: Tabela 01- valores obtidos no experimento Ao analisarmos o resultado dos cálculos, observamos que há uma variação em 𝒇𝒃𝒂𝒕, isso se dá devido à queda de frequência, ou seja na medida em que os testes vão sendo realizados no experimento. Essa frequência é determinada pela diferença entre as frequências 𝒇𝟏 𝒆 𝒇𝟐. Em T1 e T2 ocorre uma constância, onde nota-se variação apenas no teste 9, já que a frequência havia sido a menor do experimento. Testes 𝒇𝟏 𝒇𝟐 𝒇𝒃𝒂𝒕 𝒇𝒎é𝒅 F 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻𝒃𝒂𝒕 𝑻𝒎é𝒅 1 550Hz 540 Hz 5 Hz 545Hz 0,2s 0,0018 0,0018 0,2 0,0018 2 548Hz 540 Hz 4 Hz 544Hz 0,25s 0,0018 0,0018 0,25 0,0018 3 545Hz 540 Hz 2,5 Hz 542,5Hz 0,4s 0,0018 0,0018 0,4 0,0018 4 542Hz 540 Hz 1 Hz 541Hz 1s 0,0018 0,0018 1 0,0018 5 540 Hz 540 Hz 0 Hz 540Hz 0s 0,0018 0,0018 0 0,00186 537Hz 540 Hz 1,5 Hz 538,5Hz 0,67s 0,0018 0,0018 0,67 0,0018 7 534Hz 540 Hz 3 Hz 537Hz 0,33s 0,0018 0,0018 0,33 0,0018 8 530Hz 540 Hz 5 Hz 535Hz 0,2s 0,0018 0,0018 0,2 0,0018 9 134Hz 124Hz 5 Hz 129Hz 0,2s 0,0074 0,0080 0,2 0,0077 7 6. CONCLUSÃO Com a realização da prática, tornou-se possível observar e compreender o funcionamento dos batimentos sonoros, assim também como, calcularmos as grandezas físicas f1, f2, fbat, fméd, T1, T2, Tbat e Tméd, para comprovarmos que os batimentos ocorrem quando duas ondas periódicas de frequências diferentes com as amplitudes são sobrepostas, possibilitando uma onda com amplitudes distintas que estão diretamente ligadas à soma das amplitudes em cada crista de onda. Portanto, o experimento proposto foi realizado com sucesso, tendo seus objetivos alcançados, assim, possibilitou um melhor entendimento de todos a respeito das ondas mecânicas, em especial a onda sonora. 7. REFERÊNCIAS CHIQUITO, A. J; RAMOS, A. C. A. Batimentos e ressonância de diapasoes analisados usando um osciloscópio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 27, n. 2, p. 219-223, 2005. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Física 2. Editora LTC, Rio de Janeiro, 1984; NUSSENZVEIG, M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, 1998; SILVA, K. N. Experimentos em ondas e acústica para auxiliar o processo ensino e aprendizagem da física no ensino médio. São Carlos: UFSCar, 2013; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A., Física II: Termodinâmica e ondas, 12ª ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008.
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