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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA – CCSST DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II DOCENTE: DRº PEDRO DE FREITAS FACANHA FILHO DISCENTE: YASMIM MENEZES DO NASCIMENTO 25 DE JANEIRO DE 2022 EMPUXO IMPERATRIZ - MA 2022 YASMIM MENEZES DO NASCIMENTO EMPUXO Relatório apresentado para obtenção parcial de nota referente ao curso de Engenharia de Alimentos- UFMA da disciplina de física experimental II, ministrada pelo docente Drº Pedro de Freitas Facanha Filho. IMPERATRIZ - MA 2022 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 4 2. OBJETIVOS .................................................................................................................................... 6 3. MATERIAIS .................................................................................................................................... 6 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................................... 6 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................................... 7 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………… ……...10 1. INTRODUÇÃO Diz a história que na Grécia Antiga o Rei Hieron II de Siracusa apresentou um problema a Arquimedes, um sábio da época. O rei havia recebido a coroa de ouro, cuja confecção confiara a um ourives, mas estava desconfiado da honestidade do artesão. O ourives teria substituído parte do ouro que lhe foi entregue por prata. Arquimedes foi encarregado de descobrir uma prova irrefutável do roubo. A lenda conta que o sábio teria descoberto o método de medir a densidade dos sólidos por imersão em água quando se banhava. Ele notou que o nível da água aumentou quando ele entrou na tina. Logo associou a quantidade de água deslocada com o volume da parte imersa do seu corpo (PEREZ & DARROZ, 2011). A partir disto, surgiu o princípio de Arquimedes que diz que quando um "Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido, recebe do fluido uma força vertical, dirigida para cima, cuja intensidade é igual à do peso do fluido deslocado pelo corpo.". (YOUNG & FREEDMAN, 2008). O empuxo é uma força vertical que atua sobre todo objeto mergulhado em um fluido. Essa força é conhecida como Princípio de Arquimedes. Ao mergulhar total ou parcialmente um objeto em um fluido qualquer, surgirá sobre o objeto uma força denominada de empuxo, que é exercida pelo fluido e possui direção vertical e sentido para cima (VASCO, 2018). Figura 1: demonstração da força Empuxo. A imagem acima mostra um objeto esférico parcialmente imerso em um fluido de densidade ρ. Sobre o objeto atuam duas forças: peso e empuxo. A pressão exercida pelo líquido atua em todos os pontos do objeto. À medida que o corpo vai afundando, a pressão em seus pontos inferiores torna-se maior que a pressão nas partes superiores. A diferença de pressão gera a força denominada de empuxo (VASCO, 2018). O empuxo é tratado em diversas literaturas como Princípio de Arquimedes. O empuxo corresponde ao peso do volume de líquido deslocado pelo corpo imerso em um fluido. Sabendo que o peso é fruto do produto da massa pela gravidade e chamando de mDES a massa de líquido deslocado, temos: E = mDES. g (I) A densidade volumétrica é definida como a razão entre a massa e o volume da substância, sendo assim, para o volume de líquido deslocado (VDES), temos: ρ = mDES ÷ VDES (II) mDES = ρ . VDES (III) Portanto, o empuxo pode ser definido como: E = ρ . VDES . g (IV) OBS: O volume de líquido deslocado corresponde ao volume imerso do corpo mergulhado no fluido (YOUNG & FREEDMAN, 2008). Quando determinado objeto não maciço é depositado sobre um fluido, o seu peso atua na vertical para baixo. À medida que o objeto desce, a quantidade de fluido deslocado aumenta e o empuxo também aumenta. No momento em que o empuxo se tornar igual à força peso, o objeto permanecerá em um estado de equilíbrio estático e flutuará na superfície do líquido (PEREZ & DARROZ, 2011). Exemplos de empuxo Situações em que ocorre uma atuação expressiva da força de empuxo: • Por ser menos denso que a água no estado líquido, o gelo tende a flutuar; • O vapor da água e o ar quente tendem a subir, uma vez que quando mais quentes, ocupam mais espaço, fazendo com que sua densidade seja menor que a densidade do ar frio; • As bolhas de champanhe são constituídas de gás carbônico, que é um gás muitas vezes menos denso que a água, por isso, quando se abre uma garrafa de champanhe, essas bolhas são violentamente expulsas do líquido; • Os balões de festa que flutuam o fazem em razão do empuxo do ar atmosférico, uma vez que são preenchidos por gases menos densos que o gás atmosférico, tal como o gás hélio (VASCO, 2018). 2. OBJETIVOS ➢ Compreender, de forma básica, as forças peso, tração e empuxo sob a ótica da Segunda Lei de Newton; ➢ Calcular a densidade de cada cilindro utilizado, visando inferir qual o material que o compõe; ➢ Medir o empuxo exercido por um líquido (e/ou a massa do líquido deslocado) sobre um corpo sólido parcialmente submerso; ➢ Estimar, a partir dos valores de volume submerso de cada cilindro e de massa do fluido deslocado, a densidade volumétrica do líquido; ➢ Entender que a massa expressa na balança não exibe relação com a composição do material submerso. 3. MATERIAIS ✓ Proveta de 150 mL; ✓ Balança; ✓ Cilindro metálico; ✓ Água da torneira. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente colocou-se 100 ml de água na proveta graduada. Logo após, mediu-se a massa da proveta com o líquido dentro, com a proveta sobre a balança. Posteriormente fez-se medidas da massa M, em função do volume deslocado V. Para isso, mergulhou-se uma das peças metálicas na água, pouco a pouco, de forma a variar a leitura de volume na escala da proveta entre os 100 ml iniciais até o máximo. Utilizou-se variações de volume que permitam a obtenção de até 8 pontos (4 em uma peça e 4 em outra). A massa foi dada pela leitura da balança. Por fim, observou-se a massa e/ou peso do líquido deslocado experimentalmente, calcule o volume submerso do cilindro e estimulou-se os valores de densidade volumétrica do fluido para cada valor de volume submerso e de massa indicada na balança. Em seguida, calculou-se a média aritmética da densidade volumétrica experimental para cada um dos casos de cilindro submerso, na tentativa de comprovar, experimentalmente, qual o fluido utilizado. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores obtidos no experimento, a partir das medidas realizadas, seguem na tabela 1: Diâmetro D1 Altura H1 Massa M1 Cilindro met. 1 1,9cm 4,0cm 30g Cilindro met. 2 1,9cm 5,0cm 119,47g Tabela 1: Massa obtida, de acordo que variava o volume, com cilindros diferentes. Para encontrarmos a densidade volumétrica dos cilindros 1 e 2, calculou-se primeiramente o volume da altura 4 e 5, logo após, calculou-se a densidade, utilizando as seguintes fórmulas: 𝑉 = 𝜋 ∗ 𝑅2 ∗ ℎ (equação 1) 𝜌 = 𝑴𝟏 𝑽 (equação2) Para encontra os valores teóricos da massa que deveria ser medida para a profundidade analisada, levando em consideração que a densidade da água, é de 1g/cm³. Através destes dados podemosencontrar pôr fim a densidade volumétrica experimental do fluido deslocado, nos cilindros 1 e 2. Abaixo às fórmulas utilizadas: 𝑀𝑓 = 𝜌𝑓 ∗ 𝜋 ∗ 𝑅2 ∗ ℎ (equação3) D= 𝒎𝒇𝟏 𝒎𝒇 (equação 4) Nas tabelas abaixo seguem os valores obtidos através dos cálculos: Cilindro 1 𝒉𝟏 𝒎𝒇𝟏 1 cm 2,548g 2 cm 4,493g 3 cm 8,142g 4 cm 10,998g Tabela 2: valores do experimento do empuxo para o cilindro 1. Cilindro 2 𝒉𝟐 𝒎𝒇𝟐 1 cm 2,559g 2 cm 5,337g 3 cm 8,516g 4 cm 11,938g 5 cm 14,804g Tabela 3: valores do experimento do empuxo para o cilindro 1. Para encontrar a densidade do cilindro 1 e 2, calculou-se o volume da altura 4 e 5, assim obteve-se a densidade; utilizou-se as seguintes fórmulas: Para o volume do cilindro 1: 𝑽𝟏 = 𝝅 × 𝑹𝟐 × 𝒉 (V) Para o volume do cilindro 2: 𝑽𝟐 = 𝝅 × 𝑹𝟐 × 𝒉 (VI) Com os resultados obtidos, calculou-se os valores da densidade para o cilindro 1 e 2, utilizando as fórmulas abaixo: Densidade volumétrica para o cilindro 1: 𝝆 = 𝑴𝟏 𝑽 (VII) Densidade volumétrica para o cilindro 2: 𝝆 = 𝑴𝟐 𝑽 (VIII) Para encontrar os valores teóricos de massa que deveriam ser medidos, para cada uma das profundidades analisadas, considerou-se que a densidade da água é de 1g/𝑐𝑚3. Utilizando a seguinte fórmula: Para os cilindros 1 e 2: 𝑴𝒇 = 𝝆𝒇 × 𝝅 × 𝑹𝟐 × 𝒉 (IV) Logo após realizar os cálculos acima e obter-se os resultados, utilizou-se esses resultados para encontrar a densidade volumétrica experimental do fluido deslocado para cada profundidade analisada durante o experimento para o cilindro 1 e 2, através das fórmulas abaixo: Densidade volumétrica do cilindro 1: 𝑫 = 𝑴𝒇 (X) M𝒇 Densidade volumétrica do cilindro 2: 𝑫 = 𝑴𝒇𝟐 (XI) 𝑴𝒇 Com isso realizou-se a média aritmética dos resultados obtendo os dados relatados na tabela abaixo: Volume Massa Densidade Cilindro 1 11,341𝒈/𝒄𝒎𝟑 2,8338g 0,899g 5,6677g 0,7927g 8,50155g 0,9577g 11,3354g 0,9702g Média aritmética 11,341𝒈/𝒄𝒎𝟑 7,0846g 0,9049g Cilindro 2 14,176𝒈/𝒄𝒎𝟑 14,176𝒈/𝒄𝒎𝟑 0,9030g 0,9416g 1,0016g 1,0531g 1,0447g Média aritmética 14,176𝒈/𝒄𝒎𝟑 14,176𝒈/𝒄𝒎𝟑 0,9888g Tabela 4: valores obtidos através dos cálculos e soma da média aritmética. Dessa forma, através dos cálculos realizados observou-se diferenças percentuais. Ao analisarmos os resultados entre os valores da massa do fluido, encontramos o percentual para o cilindro 1 de 7,08g, e para o cilindro 2 de 14,16g. Então, conclui-se que o valor para o cilindro 1 se iguala a massa do manganês, 7,4g, enquanto o cilindro 2 obtém um valor aproximado encontrado para o mercúrio, de 13,6g. Desse modo, a partir da média da densidade do fluido (água de torneira), para o cilindro 1 obtivemos 0,90% e para o cilindro 2 encontramos 0,98%. Portanto, nota-se uma variação no valor das massas medidas, com isso concluímos que quanto mais a densidade do corpo se aproxima da densidade do liquido, maior será a porcentagem do seu volume. Assim, este é um valor que se aproxima do valor da densidade da água pura. Ao observarmos os erros percentuais, vemos que quanto maior a densidade de um corpo e quanto mais esse corpo se aproxima da densidade do líquido, maior será a porcentagem de seu volume que estará submerso (VASCO, 2018). 6. CONCLUSÃO Através do experimento foi possível observar e aprender sobre o fenômeno discutido, o empuxo. Através da observação deste fenômeno, encontrou-se alguns dados e utilizando equações, foi possível encontrar a relação da massa dos objetos com relação ao volume com o aprofundamento dos mesmos. Dessa forma, podemos concluir que a partir dos objetivos propostos, foi possível encontrar as massas exercidas para cada cilindro, suas densidades, e concluir que quanto maior a precisão na medida do volume mais a densidade irá se aproximar de seu valor real, de 1,00g/ml. REFERÊNCIAS CARLOS ARIEL SAMUDIO PÉREZ, C. A. S. & DARROZ, L. M. Princípio de Arquimedes: uma abordagem experimental Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011. Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, 2011; VASCO. Lei de Arquimedes. Mundo Física. Mundo Edu. Disponível em: < https://www.mundoedu.com.br/uploads/pdf/55cbc3ff3cd32.pdf> . Acesso em: 25 de janeiro de 2022. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A., FISICA IV - ÓTICA E FÍSICA MODERNA, 12a ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008.
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