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Apostila 1 de Resumo Radiologia Odontológica @OdontoNathi 2 Sumário Raios X e Radiologia Odontológica ------------------------------------------------------------------------------- 5 Radiação e os Raios X -------------------------------------------------------------------------------------- 5 Estrutura Atômica ------------------------------------------------------------------------------------------ 5 Características das partículas atômicas --------------------------------------------------------------- 6 Produção dos raios x --------------------------------------------------------------------------------------- 7 Características de um tubo de raios x ----------------------------------------------------------------- 7 Produção dos raios x – prática--------------------------------------------------------------------------- 8 Interações em nível atômico ----------------------------------------------------------------------------- 8 Colisões com produção de calor --------------------------------------------------------------------- 8 Colisões com produção de raios x ------------------------------------------------------------------- 8 Espectros dos raios x --------------------------------------------------------------------------------------- 9 Espectro contínuo ou radiação de freamento ---------------------------------------------------- 9 Espectro característico --------------------------------------------------------------------------------- 9 Principais propriedades dos raios x -------------------------------------------------------------------- 9 Interação dos raios x com a matéria ----------------------------------------------------------------- 10 Interação dos raios x em nível atômico ------------------------------------------------------------- 10 Efeito fotoelétrico ---------------------------------------------------------------------------------------- 10 Efeito Compton ------------------------------------------------------------------------------------------- 11 Aparelho radiográfico odontológico ----------------------------------------------------------------- 11 Filmes radiográficos e processamento de imagens -------------------------------------------------------- 12 Filme radiográfico ---------------------------------------------------------------------------------------- 12 Filme de ação direta ------------------------------------------------------------------------------------- 12 Utilização ------------------------------------------------------------------------------------------------ 12 Tamanhos ----------------------------------------------------------------------------------------------- 12 Conteúdo da embalagem do filme ---------------------------------------------------------------- 12 Componentes do filme ------------------------------------------------------------------------------- 13 Posicionamento do filme ---------------------------------------------------------------------------- 14 Filme de ação indireta ----------------------------------------------------------------------------------- 14 Principais usos ------------------------------------------------------------------------------------------ 14 Estrutura ------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 3 Écrans intensificadores ---------------------------------------------------------------------------------- 15 Ação------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 Materiais fluorescentes ------------------------------------------------------------------------------ 15 Chassis --------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 Cuidados com os filmes radiográficos --------------------------------------------------------------- 15 Características do filme radiográfico ----------------------------------------------------------------- 16 Densidade radiográfica ------------------------------------------------------------------------------ 16 Velocidade do filme ----------------------------------------------------------------------------------- 16 Resolução------------------------------------------------------------------------------------------------ 16 Receptores digitais --------------------------------------------------------------------------------------- 16 Placa de fósforo fotoestimulável ------------------------------------------------------------------ 16 Sensores intraorais de estado sólido ------------------------------------------------------------- 17 Processamento da imagem ---------------------------------------------------------------------------- 17 Processamento químico ----------------------------------------------------------------------------- 17 Técnicas radiográficas intrabucais ------------------------------------------------------------------------------ 18 Radiografia intraoral ------------------------------------------------------------------------------------- 18 Radiografia periapical -------------------------------------------------------------------------------- 18 Técnica do paralelismo ------------------------------------------------------------------------------- 19 Técnica da Bissetriz ----------------------------------------------------------------------------------- 21 Vantagens da técnica do paralelismo ---------------------------------------------------------------- 22 Desvantagens da técnica do paralelismo ----------------------------------------------------------- 22 Desvantagens da técnica da Bissetriz ---------------------------------------------------------------- 22 Radiografia interproximal ou bitewing -------------------------------------------------------------- 22 Técnicas de posicionamento ------------------------------------------------------------------------ 23 Vantagens da radiografia interproximal --------------------------------------------------------- 23 Desvantagens da radiografia interproximal----------------------------------------------------- 23 Radiografia oclusal --------------------------------------------------------------------------------------- 23 Principais indicações ---------------------------------------------------------------------------------- 23 Princípios técnicos ------------------------------------------------------------------------------------ 23 Anatomia radiográfica --------------------------------------------------------------------------------------------- 23 Esmalte (Radiopaco) ------------------------------------------------------------------------------------- 23 Dentina (Radiopaco) ------------------------------------------------------------------------------------- 23 Cemento (Radiopaco) ------------------------------------------------------------------------------------ 24 Anatomia radiográfica da maxila ------------------------------------------------------------------------------- 24 Anatomia da mandíbula ------------------------------------------------------------------------------------------ 24 4 Radiografia oclusal da maxila ------------------------------------------------------------------------------------ 25 Radiogafia oclusal da mandíbula ------------------------------------------------------------------------------- 25 Radiografia panorâmica ------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Referências ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26 5 Raios X e Radiologia Odontológica Radiação e os Raios X Estrutura Atômica Átomos: Minúsculas partículas fundamentais, formadoras de matéria, que se mantém unidas por forças elétricas (nucleares). Constituição do átomo: o Núcleo central o Prótons o Nêutrons o Elétrons em órbitas Radiação • Transmição de energia através do espaço e matéria em forma de partículas ou ondas. • Pode ser corpuscular ou eletromagnética. Raios X • Forma de radiação eletromagnética. • Formados por fóton (pacotes) de ondas de energia. •Número de prótons no núcleo do átomo. Número atômico (z) •Número de nêutrons no núcleo do átomo. Número de Nêutrons (N) •Soma do número de prótons e de nêutrons. •A=N+Z Número de Massa Atômica (A) •Átomos que possuem o mesmo número atômico, mas número de massa atômica diferente, por conta da diferença do número de nêutrons. Isótopos •Isótopos com núcleos instáveis que sofrem desintegração radioativa. Radioisótopos 6 Características das partículas atômicas *Massa=1,66x10-27kg *Carga elétrica=positiva Prótons *Massa = 1,70 x 10-27 kg *Carga elétrica = 0 *Atuam como agentes de ligação no interior do núcleo *Neutraliza as formas de repulsão entre os P. Nêutrons *Massa = 1/1840 da massa de um próton. *Carga elétrica = negativa. *Movimentam - se em camadas pré- determinadas ao redor do núcleo. *As camadas (K, L, M, N, O) reprsentam diferentes níveis de energia. *Movimentam-se de uma camada para outra, mas não podem permanecer entre as camadas. Elétrons Quando o número de elétrons em órbita for igual ao número de prótons do núcleo. Átomo neutro (estado fundamental) Processo que ocorre quando um elétron é removido e o átomo torna-se carregado positivamente, se tornando um íon positivo. Ionização Quando um elétron é deslocado de uma camada mais interna para uma mais externa, o átomo permanece neutro e entra em estado de excitação. Excitação 7 Produção dos raios x A produção dos raios x acontece no interior de um envoltório de vidro a vácuo (Tubo de raios x) Elétrons em alta velocidade bombardeiam um alvo e são levados ao estado de repouso abruptamente, produzindo os raios x. Características de um tubo de raios x Cátodo (negativo): Filamento aquecido de tungstênio que fornece a fonte de elétrons Ânodo (positivo): Pequeno alvo de tungstênio que permite a remoção do calor Dispositivo focalizador: Direciona o fluxo de elétrons para o ânodo Uma alta voltagem (quilovoltagem) conectada entre cátodo e ânodo acelera os elétrons do filamento negativo para o alvo positivo. Uma corrente (miliamperagem) vai do cátodo para o ânodo acelerando os elétrons. Revestimento de chumbo absorve os raios x indesejáveis Óleo que circunda o tubo facilita a dissipação do calor gerado. 8 Produção dos raios x – prática O filamento do cátodo é aquecido, assim é produzida uma nuvem de elétrons ao seu redor A alta voltagem acelera os elétrons em direção ao ânodo O dispositivo focalizador direciona o fluxo de elétrons para o alvo Os elétrons bombardeiam o alvo em alta velocidade e são freados bruscamente, ficando rapidamente em repouso Os feixes para fins de diagnóstico são os que atravessam uma pequena abertura na blindagem de chumbo Os raios x irão interagir com a matéria e os que a ultrapassarem irão atingir a película ou sensor digital e registrar a imagem. Interações em nível atômico Os elétrons que bombeiam o alvo estão envolvidos em dois tipos de colisão: As colisões que produzem calor e as colisões eu produzem raios x Colisões com produção de calor 1. O elétron incidente é desviado pela nuvem de elétrons das camadas mais externas do tungstênio, com pouca perda de energia na forma de calor. 2. O elétron incidente é desviado pela nuvem de elétrons das camadas mais externas do tungstênio, mas ainda assim colide e desloca um elétron da camada mais externa do tungstênio, com uma pequena perda de energia gerando calor. Colisões com produção de raios x 1. O elétron incidente penetra as camadas mais externas do átomo e passa próximo ao núcleo de tungstênio, tendo sua velocidade reduzida e sendo desviado pelo núcleo com perda de energia emitida na forma de raios x 9 2. O elétron incidente colide com um elétron de tungstênio da camada mais interna, o desloca para uma camada mais externa ou o retira do átomo, com perda de energia e emissão de raios x. Espectros dos raios x As colisões que produzem raios x resultam na produção de 02 tipos diferentes de espectros: Espectro contínuo e espectro característico. Espectro contínuo ou radiação de freamento Fótons de raios x que são emitidos pela desaceleração rápida dos elétrons que passaram próximo ao núcleo do átomo de tungstênio. A quantidade dessa desaceleração e o grau do desvio irão determinar a quantidade de energia perdida pelo elétron e, consequentemente, a energia do fóton resultante emitido. Espectro característico Após a ionização ou excitação dos átomos de tungstênio do alvo ocorre a reorganização dos elétrons orbitário na busca de restituir o átomo ao estado neutro ou fundamental. Os saltos de elétrons de uma camada para a outra geram fótons de raios x com energias específicas. Principais propriedades dos raios x Os raios x são pacotes de ondas de energia de radiação eletromagnética que se originam em nível atômico. Cada pacote de ondas e equivalente a um quantum de energia e é denomido FÓTON. Um único feixe de raios x é composto por milhões de fótons com diferentes energias. O feixe diagnóstico pode variar em intensidade (quantidade de fótons) e em qualidade (poder de penetração). No vácuo os raios x se propagam em linha reta e não é necessário nenhum meio para que haja a propagação. Raios x com comprimentos de onda mais curtos possuem maior energia, por isso podem penetrar maiores distâncias. Raios x com comprimentos de onda mais longos (que são chamados de raios x moles) possuem menos energia e penetram em menor distância. A energia carregada pelos raios x pode ser absorvida ou espalhada pela matéria. Podem produzir ionização (radiação ionizante). Os raios x não são detectáveis pelos sentidos humanos. Podem fazer com que determinados sais emitam luz e podem afetar a emulsão de filmes para produzir uma imagem visual. 10 Interação dos raios x com a matéria Quando os fótons atingem a matéria, eles possuem 04 destinos possíveis: 1. São completamente espalhados, sem nenhuma perda de energia 2. São espalhados com alguma absorção e perda de energia 3. São absorvidos com total perda de energia 4. São propagados sem alteração Interação dos raios x em nível atômico Existem 04 possíveis interações em nível atômico 1. Espalhamento não modificado (espalhamento puro) 2. Efeito fotoelétrico (absorção pura) 3. Efeito Compton (espalhamento e absorção) 4. Produção em par (absorção pura) Efeito fotoelétrico Uma interação de absorção pura que predomina com fótons de baixa energia. O fóton de raios x incidente interage com um elétron da camada mais interna do átomo do tecido, esse elétron da camada mais interna é ejetado com energia considerável (fotoelétron). O fóton de Raios x desaparece após ter depositado toda a sua energia: Absorção pura. O espaço vago que fica na camada mais interna é preenchido por elétrons das camadas mais externas, essa movimentação de elétrons (cascata de elétrons) para novos níveis, resulta na emissão da energia em excesso na forma de luz ou calor. A ionização dentro do tecido é promovida pelo fotoelétron de alta energia que foi ejetado. Aestabilidade atômica é alcançada após a captura de um elétron livre. 11 Efeito Compton Processo de absorção e espalhamento que predomina com fótons de alta energia O fóton de raios x incidente interage com um elétron livre ou frouxamente ligado à camada mais externa do átomo do tecido, esse elétron da camada mais externa é ejetado (elétron Compton) com perda de energia do fóton incidente (há absorção). O elétron ejetado sofre outras interações ionizantes dentro dos tecidos. O restante da energia do fóton incidente que não foi absorvida é espalhado, fóton espalhado. Esse fóton espalhado pode sofrer outras novas interações Compton, ou fotoelétrica, ou escapar dos tecidos (radiação espalhada). A captura de um elétron livre leva a estabilidade atômica novamente. Aparelho radiográfico odontológico Os aparelhos radiográficos odontológicos são divididos em 03 componentes principais: o Cabeçote o Braços articulares o Painel de controle e circuito elétrico. Requisitos ideais de um aparelho radiográfico odontológico o Seguro e preciso o Ser capaz de gerar raios c com uma variação de energia desejada o Possuir adequados mecanismos de dissipação de calor o Ser pequeno, com fácil manipulação e posicionamento o Ser estável, equilibrado e firme sempre que o cabeçote for posicionado o Dobrável e fácil de guardar o Simples de operar e adequado tanto para filmes convencionais quanto para sensores digitais o Ser robusto. 12 Filmes radiográficos e processamento de imagens Filme radiográfico Filme de ação direta Utilização Radiografias intraorais Tamanhos Possuem vários tamanhos, mas os mais utilizados são 31x41 mm (nº 2 para radiografia periapical ou interproximal), 22x35 mm (nº0 para radiografia periapical ou interproximal) e 57x76 mm(nº 4 para radiografia oclusal). Conteúdo da embalagem do filme o Embalagem externa feita de papel não absorvente ou plástico e selada, evitando a entrada de saliva. o A face do filme que deve ser voltada para os raios x é a face lisa ou rugosa, geralmente de cor branca. o A face oposta do filme geralmente possui duas cores o O papel preto (ou branco) protege o filme contra a luz, marcas de dedo ao abrir o filme e saliva. o A lâmina de chumbo fica posicionada atrás do filme para prevenir que a radiação residual continue penetrando os tecidos do paciente e que o espalhamento da radiação secundária volte para o filme e degrade a imagem. Receptor de imagem Filme de ação direta (no- screen) Sensível aos fótons de raios x Filme de ação indireta (screen) Filmes + écrans intensificadores + chassi Sensibilidade aos fótons de luz emitidos pelos écrans intensificadores 13 Componentes do filme o A base de plástico é feita de acetato de celulose, clara e transparente, funciona como um suporte para a emulsão e não contribui para a imagem final. o A camada adesiva fixa a emulsão à base. o Emulsão em ambos os lados da base é constituída de cristais halogenados de prata imersos em matriz gelatinosa, os fótons de raios x sensibilizam esses cristais. o A camada protetora protege a emulsão contra danos mecânicos 14 Posicionamento do filme o Ponto em alto relevo ou poicote é localizado em um dos cantos do filme, indicado por um ponto marcado na parte de trás da embalagem e sua elevação pode ser sentida na parte da frente. O lado com a elevação deve estar voltado para o feixe de luz. Filme de ação indireta Combinação de filme/écran intensificador deve ser usada como detector de imagem (reduz a dose de radiação). Principais usos Projeções extraorais (Radiografias laterais oblíquas, todas as radiografias de crânio, radiografias panorâmicas, radiografias médicas de rotina) Estrutura o A emulsão de halogenados de prata objetiva a sensibilização à luz e não aos fótons de raios x o São produzidas diferentes emulsões, seno cada uma delas sensível às diferentes cores do espectro de luz emitidas por diferentes tipos de écrans Luz azul: Emulsão padrão Ultravioleta: Emulsão padrão com receptores ultravioleta Luz vermelha: Emulsão pancromática Luz verde: Emulsão ortocromática 15 o É essencial o uso da combinação correta entre filme e écrans intensificadores o Não há ponto em relevo neste filme Écrans intensificadores São constituídos por fósforos fluorescentes superpostos em uma matriz plástica que emitem luz ao serem excitados pelos raios x. Ação São utilizados 02 écrans, uma na parte anterior e um na parte posterior do filme. o O écran anterior absorve os fótons de raios x de baixa energia o O écran posterior absorve os fótons de raios x de alta energia o Os écrans param a transmissão do feixe de raios x e converte em luz visível o Fótons de luz incidirão sobre uma área grande da emulsão do filme o Menor dose de radiação x para expor o filme o Menor qualidade de resolução da imagem Materiais fluorescentes o Fósforo de terras raras (gadolínio, lantânio) o Ítrio o Tungstato de cálcio Chassis o São produzidos em variados tamanhos e formatos o São compostos por um recipiente de fibra de carbono ou alumínio que mantém o filme preso entre as duas placas de écrans Cuidados com os filmes radiográficos Armazenar no refrigerador, em ambiente seco e fresco Longe de radiação Longe de gases químicos Evitar pressão ou dobradura Após a tomada radiográfica o processamento deve ser o mais rápido possível 16 Características do filme radiográfico Densidade radiográfica o Grau de escurecimento do filme sensibilizado o Para o diagnóstico inicial, a densidade média deve ser o objetivo Velocidade do filme o Consiste na exposição necessária para produzir uma densidade radiográfica ideal. Quanto mais rápido o filme, menor a exposição necessária para escurecê-lo e menor a dose administrada ao paciente. o Essa velocidade depende da quantidade e do tamanho dos cristais halogenados de prata da emulsão. Quanto maiores os cristais halogenados, mais rápido o filme, porém a qualidade da imagem será inferior. Resolução o A resolução mede a capacidade da radiografia de diferenciar várias estruturas próximas entre si. o Efeito penumbra, tamanho dos cristais e contraste são fatores que afetam a resolução. Receptores digitais Usos: Utilizados em radiografias intraorais e extraorais (radiografias do crânio e panorâmica) Placa de fósforo fotoestimulável o É formada por uma camada de fósforo com fluoreto de bário em um suporte de plástico flexível o A imagem produzida não é instantânea e dois estágios estão envolvidos no processo: 1. A camada de fósforo absorve e armazena a energia dos raios x que não foi atenuada pelo paciente. A placa de imagem é posicionada em um leitor para ser escaneada por um feixe a laser. Estado sólido (CCD ou CMOS) Placa de fósforo fotoestimulante 17 2. A energia dos raios x armazenada na camada de fósforo é transformada em luz e essa luz é detectada por um tubo fotomultiplicador, sendo convertida em voltagem. Essa voltagem é retransmitida para um computador e mostrada como imagem digital. Sensores intraorais de estado sólido o São caixas pequenas, finas, rígidas, planas, retangulares e geralmente pretas o A espessura varia de 5 a 7mm o Não são autoclaváveis o A maioria possui um cabo que permite que os dados sejam transferidos diretamente da boca do paciente para o computador o São chips de silício com minúsculos pixels CCD (Dispositivo de carga acoplada) CMOS(Semicondutores de óxido de metal complementares) Processamento da imagem O processamento é uma sequencia de eventos necessários para converter a imagem latente invisível, contida na emulsão do filme ou nos sensores digitais, em uma imagem visível em preto e branco. O processamento pode ser químico ou digital computadorizado. Processamento químico Estágio 1: REVELA ÇÃO •Cristais halogenados de prata que já foram sensibilizados, são convertidos em prata metálica negra para produzir as partes pretas/cinzas das imagens. Estágio 2: LAVAGE M INTERM EDIÁRIA •Para a remoção dos resíduos da solução reveladora o filme deve ser lavado em água Estágio 3: FIXAÇÃO •Os critais halogenados de prata que não foram sensibilizados são removidos, para que apareçam as partes brancas ou transparentes das imagens e a emulsão é endurecida. Estágio 4: LAVAGEM FINAL •O filme é lavado em água corrente para remoção dos resíduos da solução fixadora 18 Técnicas radiográficas intrabucais Radiografia intraoral Na radiografia intraoral o filme odontolgico é introduzido na cavidade bucal do paciente com o auxílio dos posicionadores ou pelo próprio dedo do paciente. Dessa forma radiografam-se os dentes e os tecidos periodontais, com determinado ângulo pelo lado externo da face. Radiografia periapical Utilizada para visualizar o dente ou grupo de dentes e suas estruturas de suporte, cada imagem mostra de 02 a 04 dentes e entrega informações detalhadas sobre dentes e osso alveolar adjascente. o Principais indicações 1. Detecção de infecção/inflamação periapical 2. Avaliação do estado periodontal 3. Avaliação após traumatismo de dente ou osso alveolar 4. Visualização de dentes não erupcionados 5. Visualização da morfologia das raízes antes de exodontias 6. Análise radiográfica durante tratamento endodôntico 7. Visualização pré e pós-operatória de cirurgias apicais 8. Avalação detalhada de cistos ou outras lesões no osso alveolar 9. Avaliação pós-operatória de implantes Radiograifa intraoral Periapical Paralelismo Bissetriz interproximal Oclusal 19 o Posicionamento ideal Os dentes e o receptor de imagem devem estar em contato ou, se não for possível, o mais próximo possível, paralelos entre si. O feixe de raios x deve incidir perpendicularmente ao dente e ao filme O receptor de imagem deve estar na vertical para incisivos e caninos e na horizontal para pré-molares e molares O posicionamento deve ser reproduzível e deixar margem livre no filme. Técnica do paralelismo Utilização dos posicionadores radiográficos paralelo ao longo eixo do dente O cabeçote do raios x é posicionado perpendicularmente ao dente Por conta da posição fixa essa técnica é reprodutível. o Posicionadores para filme/sensor o Técnicas de posicionamento 1. Paciente posicionado com o plano oclusal na horizontal e com a cabeça apoiada 2. Posicionador e receptor de imagem colocados na boca, de modo que dente a ser radiografado não toque no bloco de mordida. 3. Rolinho de algodão pode ser colocado ao lado oposto ao bloco de mordida para mais conforto ou em caso de paciente edêntulo. 4. Pede-se ao paciente que morda devagar para estabilizar o posicionador 5. O cabeçote do aparelho é posicionado na direção da face do paciente 6. A extremidade do cilindro é alinhada com o anel localizador 7. A exposição é realizada. 20 Incisivos centrais superiores Incisivos laterais e caninos superiores Pré-molares superiores Molares superiores Incisivos inferiores canino inferior Pré-molares inferiores Molares inferiores 21 Técnica da Bissetriz Na técnica da Bissetriz o receptor de imagem é colocado o mais próximo do dente possível sem que se curve, o cabeçote é posicionado perpendicularmente a bissetriz (estimada e determinada imaginariamente) com o raio central do feixe de raios X na direção do ápice dentário. o Técnicas de posicionamento 1. O receptor é posicionado na boca com 2 mm além da borda oclusal/incisal 2. O paciente segura o receptor delicadamente com o dedo indicador para mandíbula e o polegar para maxila 3. O operador estima as angulações verticais e horizontais pela observação e posiciona o cabeçote do raios x. 4. A exposição é realizada. 22 Vantagens da técnica do paralelismo Imagens geometricamente precisas com mínima ampliação Projeção do processo zigomático aparece acima do ápice dos molares Níveis ósseos periodontais bem registrados Tecidos periapicais apresentados precisamente Coroas dos dentes bem visualizadas Angulações do cabeçote determinadas automaticamente Todas as áreas do receptor de imagem são irradiadas, não existe cone cut Desvantagens da técnica do paralelismo Posicionamento do receptor de imagem pode ser desconfortável para o paciente A colocação dos posicionadores pode ser difícil para operadores inexperientes A anatomia da boca pode tornar a técnica impossível Os ápices dos dentes podem aparecer muito próximos a borda da imagem A colocação de posicionadores na região de terceiros molares inferiores pode ser muito difícil Os posicionadores precisam ser autoclaváveis ou descartáveis Desvantagens da técnica da Bissetriz A muitas variáveis técnicas podem gerar imagens distorcidas A projeção do processo zigomático se sobrepõe às raízes dos molares A angulação vertical incorreta do cabeçote poderá causar encurtamento ou alongamento da imagem. Radiografia interproximal ou bitewing A técnica interproximal utiliza posicionadores e é indicada para detecção de lesões de cáries, acompanhamento da progressão de cáries, avaliação das restaurações existentes, avaliação do estado periodontal. 23 Técnicas de posicionamento 1. Posicionador apropriado e receptor de imagem de tamanho adequado 2. Apoiar a cabeça do paciente manter o plano oclusal na horizontal 3. O posicionador é inserido cuidadosamente por lingual 4. O paciente deve morder firmemente a plataforma de mordida 5. O cabeçote de raios x é alinhado na direção da haste localizadora 6. Realiza-se a exposição Vantagens da radiografia interproximal o Operação relativamente simples e direta o O receptor fica firme e não pode ser deslocado pela língua o O posicionamento do cabeçote é determinado pelo posicionador Desvantagens da radiografia interproximal o A colocação do posicionador depende do operador, então as imagens não são 100% reprodutíveis o Pode ser desconfortável para o paciente Radiografia oclusal Na radiografia oclusal o receptor de imagem é posicionado no plano oclusal, paralelo às superfícies oclusais ou rebordo alveolar. Principais indicações o Visualização de áreas mais extensas de mandíbula e maxila o Análise de rebordos alveolares para avaliação protética o Pesquisa de dentes inclusos e impactados o Pesquisa de anomalias o Pesquisa de corpos estranhos calcificados o Análise de disjunção palatina Princípios técnicos 1. Filme posicionado com o lado de exposição voltado para o arco que será radiografado, com o longo eixo perpendicular ao plano sagital mediano. 2. O filme é colocado entre as oclusais dos dentes 3. O paciente deve morder gentilmente a superfície do filme para que seja estabilizado pu deve segurar o filme com a ponta dos dedos contra o rebordo alveolar. Anatomia radiográfica Esmalte (Radiopaco) O tecido mais mineralizado do dente. Dentina (Radiopaco) Maior porção de tecido duro dos dentes, menos radiopaca que o esmalte. 24 Cemento (Radiopaco) Radiopacidadesemelhante à dentina. Espaço periodontal (Radolúcido) Lâmina dura (Radiopaco) Crista óssea alveolar (Radiopaco) Osso alveolar (Radiopaco) Canais nutrientes (Radiolúcido) Anatomia radiográfica da maxila Canais nasais ou cavidades nasais (Radiolúcido) Septo nasal (radiopaco) Conchas nasais inferores (Radiopaco) Sombra do nariz (Radiopaco) Espinha nasal anterior (radiopaco) Sutura intermaxilar (rdiolúcida) Forame incisivo (radiolúcido) Fossa incisiva (radiolúcida) Seio maxilar (radiolúcido) Y invertido de Ennis (Radiopaco) Tuber da maxila (radiopaco) Hâmulo Pterigoideo (radiopaco) Processo coronóide (radiopaco) Processo zigomático e osso zigomático (radiopaco) Anatomia da mandíbula Tubércilo de geni (radiopaco) Foramina lingual (Radiolúcida) Protuberância mentoniana (radiopaca) Forame mentoniano (radiolúcido) Canal mandibular (radiolúcido) Linha oblíqua externa (radiopaca) Linha milo-hioidea (radiopaca) Fóvea mandibular (radiolúcida) Base da mandíbula (radiopaca) 25 Radiografia oclusal da maxila 1. Lábio superior 2. Sutura intermaxilar 3. Espinha nasal anterior 4. Septo nasal 5. Cavidade nasal 6. Assoalho da cavidade nasal 7. Forame incisivo 8. Parede lateral do forame incisivo 9. Seio maxilar Radiogafia oclusal da mandíbula 1. Língua 2. Espinha mentual 3. Osso cortical lingual 4. Osso cortical vestibular 5. Lábio inferior 26 Radiografia panorâmica Referências Registros e resumos da aula da professora Alana Azevedo
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