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Antimicrobianos e Antibióticos

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Antimicrobianos: Substância química produzida por microrganismos vivos, ativa contra outros 
microrganismos. Antibiótico é qualquer substância produzida a partir de um ser vivo com a capacidade de 
combater uma infecção causada por um microrganismo (a exceção do vírus) em outro organismo.
Alexander Fleming estudando culturas de bactérias, observou que suas culturas de Staphylococcus aureus 
estavam contaminadas por mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam halos transparentes em torno 
deles, indicando que este poderia conter alguma substância bactericida. Ao estudar as propriedades deste 
bolor, identificado como pertencente ao gênero Penicillium, Fleming percebeu que ele fornecia uma 
substância capaz de eliminar diversas bactérias, como as estafilococos: responsáveis pela manifestação de 
diversas doenças. A substância recebeu o nome de “penicilina”.
Antimicrobianos são substâncias sintéticas ou semi-sintéticas que inibem o crescimento ou destroem outros 
microrganismos.
BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS X GRAM POSITIVAS 
Bactérias gram-negativas são envoltas por uma cápsula protetora, que ajudam sua defesa contra os glóbulos 
brancos e sua membrana externa é resistente a penicilina.
As bactérias Gram-Negativas:
- Escherichia coli 
- Salmonella 
LARISSA RODRIGUES SANTOSANTIBIOTICOTERAPIA
segunda-feira, 2 de maio de 2022 07:31
 Página 1 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Salmonella 
- Shigella 
- Pseudomonas 
- Moraxella 
- Helicobacter 
- Legionella
As bactérias Gram-Positivas:
- Bacilos 
- Estreptococos 
- Estafilococos 
- Enterococos 
- Actinobacteria 
- Listeria
A cerca da morfologia: 
 Página 2 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Bactérias aeróbias: Só conseguem energia através da respiração aeróbia, só sobrevivendo na presença de O2.
Bactérias anaeróbias: Não toleram a presença do O2, morrendo quando exposto a ele.
Concentração Inibitória Mínima: Menor concentração de antibiótico necessária para inibir o crescimento 
bacteriano após 18-24 horas de incubação.
Concentração Bacteriana Mínima: Concentração mínima necessária para matar 99,9% das bactérias.
A classificação (tipo de atividade do antibiótico):
Bacteriostático: Inibe o crescimento microbiano e ação reversível.
Bactericida: Mata microrganismos e ação irreversível.
ANTIBIOTICOTERAPIA 
É o tratamento de pacientes com sinais e sintomas clínicos de infecção pela administração de antimicrobianos. 
A antibioticoterapia tem por finalidade curar uma doença infecciosa (cura clínica) ou combater um agente 
infeccioso situado em um determinado foco infeccioso (cura microbiológica). Existem duas formas:
Presuntiva: Baseado na anamnese, nos exames laboratoriais e exame físico.
Terapêutica: Baseada no diagnóstico preciso e culturas e antibiograma.
 Página 3 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
A escolha do antimicrobiano (ATM):
- Local da infecção (comunitária, hospitalar);
- Agente causal e gravidade
○ Perfil de sensibilidade dos microrganismos;
○ Possíveis causas da infecção.
Isolamento do agente infeccioso é necessário?
As possibilidades etiológicas são múltiplas e os perfis de sensibilidade aos antimicrobianos são variáveis. É 
recomendável o isolamento de rotina em alguns casos específicos:
- Em todas as infecções hospitalares
- Nas infecções comunitárias graves
O isolamento pode ser dispensado, como rotina, para os agentes com susceptibilidade previsível: 
▪ SÍFILIS 
▪ GRANULOMA VENEREO 
▪ CISTITE COMUNITÁRIA 
▪ ERISIPELA
▪ PNEUMONIA COMUNITÁRIA SEM SEPSE
A interpretação dos resultados se dá através da avaliação do quadro clínico e laboratorial, considerando 
infecção ou apenas colonização.
Como escolher o antimicrobiano?
O princípio básico da terapia anti-infecciosa é a determinação do agente causal da infecção e de sua 
susceptibilidade aos antimicrobianos. Como regra, o diagnóstico de infecção deve ser embasado em 
resultados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Em muitas doenças infecciosas o quadro clínico e os 
dados epidemiológicos permitem a presunção da etiologia com grande margem de certeza. Ex: sarampo, 
caxumba, erisipela, pneumonia pneumocócica.
Em outras circunstâncias é importante a identificação do agente etiológico e de sua sensibilidade aos 
antimicrobianos por meio de exames laboratoriais. Ex: pielonefrite, peritonite, sepse. Em caso de urgência, 
inicia-se o tratamento o mais rápido possível porque seu sucesso depende da precocidade com que o 
antimicrobiano adequado é indicado! 
Antes de prescrever um antimicrobiano, o que se deve conhecer?
A escolha dos antimicrobianos deve ser orientada por informações relativas ao sítio de infecção, ao agente 
causal, à gravidade, os dados epidemiológicos, o hospedeiro e o produto a ser utilizado:
- Sítio de infecção
- Agente causal
- Gravidade da infecção
- Hospedeiro e dados epidemiológicos
- Idade
- História pregressa de hipersensibilidade a antimicrobianos
- Funções hepática e renal
- Possível gravidez
 Página 4 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Possível gravidez
- Estado imunológico
- Coagulopatias
- História de alergias
- Uso recente de antibióticos
- Se está hospitalizado há muito tempo ou se foi hospitalizado recentemente
- Perfil de sensibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos
- Frequência dos microrganismos nos diferentes tipos de infecção
- Doença de base
- Possível insuficiência de órgão
Em relação ao antibiótico a ser utilizado:
• Composição química e modo de ação 
• Farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) 
• Espectro de atividade; 
• Dose a ser prescrita 
• Via, intervalo e forma de administração 
• Via e forma de eliminação 
• Distribuição (pelos tecidos, cavidades e líquidos orgânicos) 
• Capacidade de interagir com outros antibióticos (sinergismo ou antagonismo, potencialização de efeitos) 
• Potencial de induzir cepas bacterianas resistentes 
• Efeitos adversos (toxicidade, reações de hipersensibilidade e manifestações colaterais) 
• Contra-indicações 
• Custo
No caso do tratamento empírico?
Opcionalmente, pode-se escolher o antimicrobiano após diagnóstico obtido em anamnese detalhada. As informações 
fornecidas na consulta vão:
- Indicar a urgência do início do tratamento
- Orientar a escolha inicial do antimicrobiano adequado ao caso
- Justificar a prescrição de medicamento de forma empírica.
O tratamento empírico não dispensa, contudo, a coleta de amostras para cultura antes do início da 
antibioticoterapia empírica. A coleta deve ser feita em na maioria dos casos para posteriormente, confirmar 
ou redirecionar o tratamento antimicrobiano. Outra prática recomendada é a utilização de exames 
bacterioscópicos. O tratamento empírico é exceção, não regra.
Como proceder quando houver mais de um antimicrobiano adequado?
Dentre os possíveis antibióticos efetivos, deve-se sempre escolher com base em: 
• Menor toxicidade 
• Via de administração mais adequada 
• Menor indução de resistência 
• Penetração em concentração eficaz no sítio da infecção 
• Posologia mais cômoda 
• Menor custo. 
 Página 5 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
A cerca dos mecanismos de ação: 
BETA-LACTÂMICOS 
A principal característica do grupo é a presença do grupamento químico denominado anel beta-lactâmico.
Mecanismo: Inibição da Síntese de parede celular. O mecanismo de ação resulta na inibição da síntese da 
parede celular bacteriana, resultando em ação bactericida. Os beta-lactâmicos ligam-se e inativam alvos 
específicos localizados na parede celular bacteriana, as PBP, sigla inglesa para "penicillin-binding-proteins" 
(proteínas de ligação às penicilinas), que estão na camada de peptideoglicano 
 Página6 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Incluem: 
- Penicilinas (naturais e semi-sintéticas) 
- Cefalosporinas (primeira à quarta geração) 
- Monobactâmicos e Carbapenêmicos, 
- Associações com inibidores da beta-lactamase ( sulbactam, tazobactam e ácido clavulânico) 
QUINILONAS 
Bactericida, inibe a síntese de ácidos nucleicos. As primeiras quinolonas foram utilizadas no início dos anos 60, 
com a introdução do ácido nalidíxico na prática clínica. No início dos anos 80, com o acréscimo de um átomo 
de flúor na posição 6 do anel quinolônico, surgiram as fluorquinolonas (principal representante: 
ciprofloxacina), com aumento do espectro, para os bacilos gram-negativos e boa atividade contra alguns cocos 
gram-positivos, porém, pouca ou nenhuma ação sobre Streptococcus spp., Enterococus spp. e anaeróbios.
Novas quinolonas: levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina.
Mecanismo de Ação: Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência 
bacteriana. A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a 
molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam 
síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. 
Os efeitos colaterais mais comuns envolvem: 
- Trato gastrintestinal e ocorrem em 3 a 17% dos casos. - Os mais freqüentes são: anorexia, náuseas, 
vômitos e desconforto abdominal. Diarréia é pouco freqüente e a colite associada a antimicrobiano 
raramente é relatada.
- Sistema nervoso central (ocorrem em 0.9 a 11% dos casos). -Mais freqüentemente cefaléia, tontura, 
 Página 7 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Sistema nervoso central (ocorrem em 0.9 a 11% dos casos). -Mais freqüentemente cefaléia, tontura, 
insônia e alterações do humor. Alucinações, delírios e convulsões são raras. Maior atenção com estes 
efeitos deve ser dada para pacientes idosos. As convulsões estão associadas ao uso concomitante de 
quinolonas e teofilinas ou anti-inflamatórios não hormonais. 
- Alergias e reações cutâneas (em 0.4 a 2.2% dos casos):
○ Sendo o rash cutâneo o mais comum. Fototoxicidade pode ocorrer com exposição à luz ultravioleta.
○ Febre relacionada à droga, urticária, angioedema, reações anafiláticas e vasculite são incomuns. 
Nefrite intersticial é rara.
○ Artropatias e erosões de cartilagem ocorrem em animais jovens, sobretudo com o uso prolongado e 
em altas doses, limitando o uso destas drogas em crianças. Entretanto, o uso desta classe de drogas 
em situações especiais em crianças como na fibrose cística tem aumentado. Nestes casos, somente 
artralgia reversível em 2% dos casos foi observada.
○ Leucopenia e eosinofilia ocorrem em menos de 1% dos casos, assim como elevação dos níveis de 
transaminases que ocorre em 1 a 3% dos pacientes que recebem quinolonas. Raramente a terapia é 
interrompida devido a estas alterações.
GLICOPEPTÍDEOS 
Os principais representantes deste grupo são: 
Vancomicina: Foi introduzida para uso clínico em 1958, mas sua utilização em maior escala iniciou-se nos anos 
80, com o surgimento de infecções por estafilococos resistentes à oxacilina e redução da toxicidade por 
purificação das preparações disponíveis.
Os efeitos colaterais:
- Os mais comuns são: febre, calafrios e flebites associados ao período de infusão. 
- A Síndrome do pescoço vermelho é associada à velocidade de infusão, devendo-se diluir a droga e 
infundir em aproximadamente 1 hora. “Rash” e eritema máculo papular podem ocorrer em 5% dos casos. 
- Pode ocorrer leucopenia, reversível após a retirada da droga e ototoxicidade, especialmente em 
pacientes com insuficiência renal. A nefrotoxicidade é um efeito potencialmente grave da vancomicina. 
Teicoplanina: É amplamente utilizada na Europa para o tratamento de infecções por germes Gram-positivos. 
Quimicamente similar à vancomicina, mas apresenta maior lipossolubilidade que resulta em excelente 
penetração tecidual e meia-vida prolongada, entretanto, tem pouca penetração na barreira liquórica.
Os efeitos colaterais:
- Os efeitos mais comuns são reações cutâneas e disfunções hepáticas transitórias (menos de 5% dos 
pacientes). 
- Pode causar dor no local da injeção. Não costuma causar tromboflebite ou alterações plaquetárias, ou a 
síndrome do pescoço vermelho. 
- A nefrotoxicidade atribuível à teicoplanina é rara, mesmo quando for usada junto com aminoglicosídeos 
ou ciclosporina. 
- A ototoxicidade também é rara.
Ramoplanina
Mecanismo de Ação: Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano, 
além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático, 
inibindo a síntese da parede celular bacteriana.
OXAZOLIDINONAS 
Exerce sua atividade por inibição da síntese protéica, porém, em etapa distinta daquela inibida por outros 
antimicrobianos. A linezolida representa o único membro comercializado dessa nova classe de 
antimicrobianos sintéticos conhecidos como oxazolidinonas. Possui excelente atividade contra cocos gram-
positivos. Não apresenta atividade contra bactérias gram-negativas.
Os efeitos colaterais:
- A linezolida é um inibidor não-seletivo e reversível de monoamina-oxidase e tem o potencial de interagir 
 Página 8 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
- A linezolida é um inibidor não-seletivo e reversível de monoamina-oxidase e tem o potencial de interagir 
com agentes adrenérgicos e serotoninérgicos. 
- Os efeitos colaterais principais são: leucopenia e plaquetopenia em tratamentos prolongados.
- Neurotoxicidade.
AMINOGLICOSÍDEOS 
Ligam-se aos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas. A estreptomicina foi 
o primeiro aminoglicosídeo obtido a partir do fungo Streptomyces griseus em 1944.
As principais drogas utilizadas atualmente em nosso meio, além da estreptomicina, são: 
• Gentamicina 
• Tobramicina 
• Amicacina 
• Netilmicina 
• Paramomicina 
• Espectinomicina
Os efeitos colaterais:
MACROLÍDEOS 
São um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um anel macrocíclico de lactona, ao qual 
ligam-se um ou mais açúcares. Sua ação ocorre através da inibição da síntese protéica dependente de RNA.
Pertencem a este grupo: 
• Azitromicina 
• Claritromicina 
• Eritromicina 
• Espiramicina 
• Miocamicina 
• Roxitromicina
O espectro de ação é semelhante, diferindo apenas na potência contra alguns microrganismos.
 Página 9 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Os efeitos colaterais mais comuns dos macrolídeos incluem cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. 
Há relatos de hepatite colestática acompanhada por febre, dor abdominal, eosinofilia, hiperbilirrubinemia e 
elevação de transaminases com o uso de estolato de eritromicina (mais comum em adultos, principalmente 
gestante), entretanto com o uso de azitromicina e claritromicina as alterações são bem mais discretas e em 
menor freqüência. Raramente ocorrem reações alérgicas graves. 
ANÁLOGOS AO FOLATO 
Trimetoprima:- Trimetoprima 
- Bacteriostático
- Associados (sulfametozaxol + Trimetoprima= Bactericida)
Reações adversas: 
• Síndrome de Stevens – Johnson 
• Leucopenia 
• Anemia megaloblástica 
• Rash Cutâneo 
• Prurido
 Página 10 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
A associação de antimicrobianos é indicada em que casos?
- Nas infecções graves (tratamento empírico)
- Na prevenção à resistência de microrganismos 
- Por infecção mista (abdome e pelve)
- Por sinergismo em outras situações (infecção por enterococo ou pseudomonas, tuberculose, hanseníase)
- Eventualmente em outros germes multirresistentes
- Na seleção de cepas resistentes no hospital.
Como avaliar a antibioticoterapia:
Antibióticos Previnem Infecções:
- A profilaxia clínica é indicada para prevenir o desenvolvimento de infecção sintomática ou a propagação 
da doença.
- A prevenção é feita pela administração de um antimicrobiano antes, durante ou imediatamente após a 
exposição a um agente infeccioso.
Quando a profilaxia antimicrobiana de infecções não cirúrgicas é indicada?
Na prevenção de doença meningocócica:
Indicação: para os contactantes domiciliares e outros contatos íntimos e prolongados, definidos como aqueles 
que tenham contato maior ou igual a quatro horas durante 5 a 7 dias antes do início da doença. 
Droga: Rifampicina (adultos: 600mg duas vezes ao dia; crianças de um mês a 12 anos: 10mg/kg duas vezes ao 
dia. A droga não pode ser administrada logo após as refeições. 
 Página 11 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Início: preferencialmente nas primeiras 24 horas desde que o diagnóstico tenha sido feito no caso primário, 
sendo o prazo máximo até 10 dias após o início do sintoma. 
Duração: dois dias.
Na prevenção primária de crises recorrentes de febre reumática 
Indicação: pacientes com história clínica bem documentada de surto agudo de febre reumática. 
Droga (por ordem de escolha): Benzilpenicilina benzatina, intramuscular, dose de 1,2 milhões de unidades a 
cada três semanas ou Fenoximetilpenicilina, oral, 250mg, 2 vezes ao dia ou Sulfadiazina, oral -
(pacientes >30kg: 1g, uma vez/ dia e pacientes < 30kg: 500mg, uma vez/dia) ou Eritromicina adultos - 250 mg 2 
vezes ao dia e crianças 125mg 2 vezes ao dia; em casos de alergia à penicilina utilizar eritromicina (na primária) 
e sulfadiazina (na recorrente) 
Início: tão logo tenha sido estabelecido o diagnóstico. 
Duração: cardite reumática tem alto risco de recorrência. A profilaxia é de longo prazo, até a idade adulta ou 
por toda a vida, mesmo após cirurgia valvular, incluindo troca valvular. ⇒ não apresentando cardite nos 
ataques prévios, o risco de envolvimento cardíaco em caso de recorrência é menor. Interrompe-se a profilaxia 
após alguns anos (até o paciente completar vinte anos, desde que não haja recorrência nos últimos cinco 
anos).
Na prevenção de infecções bacterianas recorrentes do trato urinário 
Indicação: mulheres jovens e de meia idade, não gestantes, com dois ou mais episódios recorrentes de novas 
infecções em seis meses, ou três ou mais episódios por ano. 
Droga (por ordem de escolha): Sulfametoxasol (400mg) + Trimetoprim (80mg), via oral, uma vez ao dia, à 
noite; Nitrofurantoína, (50mg), via oral, uma vez por dia, à noite; Norfloxacino (200mg), via oral, uma vez por 
dia, à noite; Cefalexina (125-250mg), via oral, uma vez por dia, à noite. 
Início: logo após constatação de recorrência. 
Duração: de 6 meses a um ano, geralmente. Se houver recorrência de infecção dentro de três meses a 
profilaxia deve ser reiniciada por dois anos. A profilaxia diminui a recorrência em 75%, em geral.
A profilaxia antimicrobiana é feita em cirurgia?
A profilaxia é utilizada para reduzir os riscos de infecção no sítio da cirurgia mas não tem como finalidade 
reduzir o risco de infecção em outros sítios - como o aparelho respiratório ou o urinário. Não há evidência de 
que a manutenção da profilaxia antimicrobiana em pacientes que permanecem com tubos, sondas ou 
catéteres por um período igual ou maior que 72 horas reduza as taxas de infecção da ferida ou de outros sítios. 
O espectro deve ser relacionado com a microbiota (flora bacteriana) a ser encontrada no sítio cirúrgico e 
compatível com o perfil de sensibilidade determinado pelo hospital. O uso prolongado de antibiótico no pós-
operatório não reduz o risco de infecção e aumenta o custo, a resistência bacteriana e os efeitos colaterais 
indesejáveis.
Antibioterapia profilática cirúrgica
 Página 12 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Início da profilaxia: 
• A profilaxia antimicrobiana em cirurgia tem início na indução anestésica. 
• O antimicrobiano é ineficaz quando a 1ª dose é administrada três horas após iniciada a cirurgia. 
Duração do tratamento: 
• Dose única que cubra o tempo da intervenção, podendo ser prolongada caso o tempo da cirurgia exceda o 
dobro da meia vida da droga utilizada.
• Pode ser prolongada até no máximo 24 horas após a cirurgia 
• Geralmente não são necessárias doses pós operatórias de drogas profiláticas 
• Não é recomendado estender a profilaxia além do tempo transcorrido da cirurgia. 
• A profilaxia antimicrobiana não funciona como substituto para a anti-sepsia adequada, a técnica cirúrgica 
correta e a avaliação precisa do paciente.
Indicações de antibioticoterapia profilática
• Cirurgias potencialmente contaminadas 
• Cirurgias limpas que envolvam a instalação de prótese ou cuja eventual infecção tenha consequências 
desastrosas, como as cirurgias cardíacas; 
• Quando o risco de infecção é baixo, porém o paciente tem grande propensão ao desenvolvimento de 
infecção (Ex: DM descompensada, desnutrição, obesidade mórbida, uso de corticosteroides); 
• No caso de cirurgias infectadas o antibiótico é terapêutico e não profilático.
Drogas Utilizadas na profilaxia Cirúrgica
• Cefalosporinas de 1ª geração são as drogas de escolha para a maioria das especialidades cirúrgicas, via 
endovenosa, de preferência. 
• Nas cirurgias neurológicas limpas e potencialmente contaminadas também pode ser usada a amoxicilina/ 
clavulanato 
• Nas cirurgias urológicas também poderá ser utilizada as quinolonas injetáveis. 
Se houver necessidade de associação de uma droga anaerobicida recomenda-se o Metronidazol.
 Página 13 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
Restrições para a Profilaxia Antimicrobiana Cirúrgica 
- As cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações devem ser utilizadas apenas nos casos de infecção grave 
- Os aminoglicosídeos não devem ser utilizados para profilaxia 
- O cloranfenicol não deve ser utilizado para profilaxia porque sua mais grave complicação (aplasia medular) não é 
dose-dependente e o seu custo é similar ao de outras drogas de menor toxicidade (ex: metronidazol) 
- A droga selecionada para profilaxia não deve ser recomendada para o tratamento de infecções estabelecidas.
PADRONIZAÇÃO E CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS
Todo hospital deve ter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e uma Comissão de Farmácia e 
Terapêutica.
- Estas duas comissões são as responsáveis por: padronizar os antimicrobianos de uso na instituição (de 
acordo com critérios pré-estabelecidos); estabelecer o controle permanente da prescrição de 
antimicrobianos no hospital, principalmente para as cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações, 
aminoglicosídeos, quinolonas, novos betalactâmicos.
Como padronizar os antimicrobianos?
A padronização deve ser diferenciada de acordo com as características da instituição: 
- Hospitais de pacientes crônicos; hospitais de atendimento primário; hospitais com UTI.
Anualmente deve ser feita a revisão para as drogas padronizadas de 1ª e 2ª escolha por tipo de antimicrobiano 
modificando, se necessário: 
- O perfil de resistência dos germes a estas drogas 
- O quadro epidemiológico das patologias mais freqüentes do hospital 
- A facilidade de aquisição 
- Custo 
Medidas complementares que contribuem para o uso racional de antimicrobianos
- Educar, de forma continuada, a equipe médica para a prescrição de antimicrobianos 
- Monitorar regularmente o perfil de resistência/ sensibilidadedos germes aos antimicrobianos 
padronizados no hospital, incluido a análise evolutiva de cada germe na instituição, além de sugestões 
para a antibioticoterapia empírica nas situações mais comuns 
- Incentivar o conhecimento sobre o volume e o custo X benefício de antimicrobianos 
- Implantar e manter a farmácia hospitalar bem estruturada
- Implantar e manter laboratório de microbiologia com estrutura e funcionamento mínimos para 
identificação e estudo de sensibilidade dos germes aos antimicrobianos 
- Implantar rotinas de antibioticoprofilaxia clínica e cirúrgica 
- Implantar rotinas de tratamento de patologias infecciosas mais comuns 
- Padronizar antimicrobianos usados no hospital
DIRETRIZES SOBRE ANTIBIÓTICOS DE CURTA DURAÇÃO APROPRIADOS EM INFECÇÕES COMUNS 
DPOC E BRONQUITE AGUDA NÃO COMPLICADA 
Se os pacientes com DPOC e bronquite aguda não complicada apresentarem sinais de infecção bacteriana 
como: aumento da purulência do escarro, aumento da dispneia e/ou volume do escarro, o tratamento com 
antibióticos deve ser limitado a 5 dias de duração. A escolha do antibiótico é baseada nas etiologias 
bacterianas mais comuns, que incluem Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella 
catarrhalis. Os agentes terapêuticos recomendados incluem aminopenicilinas* com ácido clavulânico, 
macrolídeos e tetraciclinas.
Aminopenicilinas são penicilinas semi-sintéticas: Ampicilina e Amoxacilina.
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 
A duração mínima da antibioticoterapia para pneumonia adquirida na comunidade é de 5 dias. Qualquer 
extensão da antibioticoterapia além de 5 dias deve ser baseada em medidas de estabilidade clínica; essas 
medidas incluem: 
 Página 14 de ANTIBIOTICOTERAPIA 
1- resolução de instabilidades dos sinais vitais 
2-Capacidade de se alimentar
3- Normalização do nível de consciência e cognição 
A escolha do antibiótico é baseada nas etiologias bacterianas mais comuns que incluem Streptococcus 
pneumoniae, H influenza, Mycoplasma pneumoniae e Staphylococcus aureus, juntamente com patógenos 
atípicos (por exemplo, espécies de Legionella). Os agentes terapêuticos recomendados incluem amoxicilina, 
doxiciclina ou um macrolídeo em adultos saudáveis. Em pacientes com comorbidades, um beta-lactâmico com 
um macrolídeo ou uma fluoroquinolona respiratória. 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
Em homens ou mulheres com pielonefrite não complicada, a recomendação é de o tratamento de curta 
duração de antibioticoterapia com fluoroquinolonas (5-7 dias) ou trimetoprim-sulfametoxazol (14 dias), com 
base na sensibilidae aos antibióticos. Em mulheres com cistite bacteriana não complicada, a recomendação é 
um curso curto de antibióticos com nitrofurantoína (5 dias), sulfametoxazol-trimetoprim (3 dias) ou 
fosfomicina (dose única).
CELULITE 
Para celulite não purulenta, recomenda-se um curso de 5 a 6 dias de antibioticoterapia ativa contra espécies 
estreptocócicas (por exemplo, cefalosporina, penicilina, clindamicina); isso é particularmente apropriado para 
pacientes que são capazes de se auto-monitorar e para aqueles que têm acompanhamento de cuidados 
primários. Essas recomendações não se aplicam a pacientes com celulite purulenta (por exemplo, abscessos, 
furúnculos, carbúnculos) ou suspeita de infecção por S aureus resistente.
Pacientes com celulite grave requerem terapia parenteral. Cefalosporinas ou oxacilina para suposta infecção 
estafilocócica ou estreptocócica. Clindamicina ou vancomicina para pacientes alérgicos à penicilina. Ampla 
cobertura antimicrobiana (gram-positiva, gram-negativa e anaeróbica) para casos associados a úlceras 
diabéticas.
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