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Beatriz Cunta – Turma 2024 @biaemedicina DEFINIÇÃO É definido como uma única opacidade radiográfica arredondada, bem marginada, menor ou igual a 3cm de diâmetro. É completamente circundado por parênquima pulmonar aerado e não está associado a atelectasia, adenopatia hilar ou mediastinal, ou derrame pleural. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Incluem processos malignos (câncer primário de pulmão, doença metastática, linfoma), processos infecciosos, inflamação granulomatosa e hamartoma. APRESENTAÇÃO São divididos em: SPNs incidentais: Encontrado em imagens realizadas para indicações clínicas não pulmonares SPNs associados a sintomas: Avaliação da causa de sintomas respiratórios. SPNs detectados por triagem: Encontrados em populações de risco para CA de pulmão. RISCO RADIOGRÁFICO A probabilidade de malignidade aumenta quanto maior o tamanho do SPN. Outras características envolvem: Bordas: lisas irregulares (aumenta chance de malignidade). Formato: lobulado (aumenta chance de malignidade) e não lobulado. Densidade: sólido, subsólido (mais chance de malignidade) e vidro-fosco. Calcificações: laminada, pipoca, difusa ou central (alta probabilidade de benignidade); padrões pontilhados e excêntricos estão associados a maior probabilidade de malignidade. Tempo de duplicação: a maioria dos SPNs malignos têm tempos de duplicação de volume entre 30-400 dias. Localização: lobos superiores estão mais associados a CA de pulmão. MANEJO DO SPN Existem scores e modelos de predição para calcular a probabilidade pré-teste de um SPNs ser maligno. Com base nisso, temos a tomada de decisão. SPN com baixa probabilidade: Pacientes tratados com períodos de observação, com imagens seriadas de TC. A frequência está na imagem acima. Se a imagem for identificada na triagem do CA de pulmão, as recomendações são outras. Se o SPN for estável por 2 anos, pode ser considerado benigno. Uma exceção são as opacidades em vidro-fosco, que podem representar um carcinoma mais indolente, Beatriz Cunta – Turma 2024 @biaemedicina podendo exigir maior período de observação (por até 4 anos). Objetivo dessas decisões: evitar procedimentos diagnósticos invasivos e cirurgias desnecessárias. SPN de probabilidade intermediária: Normalmente são submetidos a testes diagnósticos adicionais até que a observação ou o tratamento se tornem mais claramente indicados, de modo que a probabilidade aumentará ou diminuirá. Opções de testes diagnósticos: PET-scan: Nódulos de pelo menos 8mm, útil para avaliação de metástases ocultas para linfonodos mediastinais e metástases distantes ocultas (exceto cérebro). Tem alto VPN. Biópsia de tecido: Nódulos de pelo menos 8mm. Técnicas envolvem biópsia percutânea guiada por TC e broncoscopia, baseando-se na localização e tamanho do SNP. Técnicas moleculares: Usa espectrometria de massa de monitoramento de reação múltipla para medir a abundância relativa de proteínas plasmáticas. Não descarta definitivamente o câncer, então mesmo se for negativo, o paciente deve manter acompanhamento por TC. SPN de alta probabilidade: Esses pacientes podem ser tratados com ressecção cirúrgica diagnóstica e potencialmente curativa. Se a lesão for periférica: realiza-se biópsia em cunha primeiro, e a congelação intraoperatória determina se o nódulo é maligno. Se mostrar causa benigna, nenhuma ressecção adicional é necessária. Se maligno, a ressecção pode ser convertida em uma lobectomia completa no intraoperatório. OBS: A tomada de decisão deve sempre levar em conta o potencial de risco e benefício ao paciente.
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