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TIPIFICAÇÃO DOS CRIMES PREVISTOS NOS ARTIGOS 240 E241-B DO ECA.

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TIPIFICAÇÃO DOS CRIMES PREVISTOS NOS ARTIGOS 240 E 241-B DO ECA.
Sarah Gomes de Albuquerque Souza Ferreira 
Brasília-DF
2021
Sumário
1. Adequação típica dos artigos 240 E 241-B DO ECA	3
2. Posição atual nos Tribunais Superiores	5
3. JULGADOS SOBRE O TEMA	6
5. Conclusão.	8
6. Bibliografia.	9
1. Adequação típica dos artigos 240 E 241-B DO ECA
Com o avanço da ciência e da tecnologia e a evolução dos comportamentos ilegais, dois interessantes tipos de crimes entraram em vigor na lei especial n. 8.069. Desde 1990, é mais conhecido como Lei da Infância e da Juventude (ECA): a Lei nº 11.829, de 2008, introduziu os artigos 240 e 241-B e alguns outros tipos de crimes no referido diploma legal. 
O artigo 240 estipula: “produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” enseja punição penal de “reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa” e, por sua vez, o artigo 241-B preceitua que será punido com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa aquele que “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
 Estudando os estatutos acima e considerando que quase todos os cidadãos atualmente possuem equipamentos de informática que podem registrar, fotografar, armazenar, fotografar ou registrar eventos e cenas do dia a dia em qualquer caso, não sabemos se e como os tribunais aceitarão casos envolvendo este tipo de crime , Propusemo-nos a pesquisar a jurisprudência do STJ para verificar a incidência desse tipo de crime nos processos que lhe foram submetidos.
Ora, se usarmos a teoria do comportamento, teremos basicamente três tendências de interpretação das intenções, que serão o foco de nossa análise, pois os crimes aqui enfatizados - artigos 240 do ECA e 241-B - métodos de confiscação inocente.
A abertura explicativa proporcionada pela redação do art. 241-E acima é utilizada para objetivar fatores subjetivos, que, a nosso ver, ocorrem de forma "viciada". Eu explico.
Como todos sabemos, o elemento objetivo do tipo de pena refere-se ao comportamento e, na maioria dos crimes, refere-se à externalização do comportamento. Por outro lado, os elementos subjetivos do crime são muito mais complicados do que os primeiros, pois envolvem a intenção do perpetrador de causar um dano injusto, ou seja, para identificá-los é necessário realizar uma análise psicológica do comportamento criminoso. O comportamento do agressor está relacionado ao resultado esperado.
2. Posição atual nos Tribunais Superiores
para a Ministra do STJ, “o artigo 241-E do ECA trouxe norma penal explicativa – porém não completa – que contribui para a interpretação dos tipos penais abertos criados pela Lei n. 11.829/2008”. Nesse sentido, para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
E nas palavras da Ministra Relatora, “a definição de material pornográfico acrescentada por esse dispositivo legal não restringe a abrangência do termo pornografia infanto-juvenil e, por conseguinte, deve ser interpretada com vistas à proteção da criança e do adolescente em condição peculiar de pessoas em desenvolvimento (art. 6º do ECA). Desse modo, o conceito de pornografia infanto-juvenil pode abarcar hipóteses em que não haja a exibição explícita do órgão sexual da criança e do adolescente”, destacando, ainda que, nesse sentido, há entendimento doutrinário.
Finaliza o julgamento entendendo que “configuram os crimes dos artigos 240 e 241-B do ECA quando subsiste incontroversa a finalidade sexual e libidinosa de fotografias produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos genitais de adolescente – ainda que cobertos por peças de roupas -, e de poses nitidamente sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica”
3. JULGADOS SOBRE O TEMA 
PROCESSO PENAL. APELAÇÃO. ARTIGOS 240, § 2º, II E 241-A TODOS DA LEI N. 8069/90. PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO PELA INTERNET DE FOTOGRAFIAS CONTENDO PORNOGRAFIA E CENAS DE SEXO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. COABITAÇÃO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ATO LIBIDINOSO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS NOS AUTOS. CONDENAÇÃO. 1. Materialidade e autoria dos crimes tipificados nos arts. 241-A e 240, § 2º, II, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), bem como do delito do art. 217-A do Código Penal, devidamente comprovadas. 2. A prática do delito descrito no art. 240 da Lei 8.069/90 envolve cenário de produção de imagens, não se exigindo a prática de relação sexual entre o agente e a vítima. 3. Disponibilizar e transmitir imagens contendo pornografia infantil pela rede mundial de computadores é crime previsto no art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente. 4. A norma do art. 217-A do Código Penal protege a integridade sexual da criança e do adolescente, trazendo o raciocínio segundo o qual há presunção absoluta de violência contra o menor (Precedentes) 5. Inadequada, no caso, a realização de exame de corpo de delito, em razão do tempo transcorrido entre a prática do crime, em 13/12/2015, e sua descoberta, em 09/02/2017. 6. Prova pericial amplamente disponibilizada ao acusado durante a instrução criminal. Contraditório diferido ou postergado para a fase judicial, com amplo acesso da defesa às provas. 7. Dosimetria ajustada quanto à condenação do réu em sentença pela prática do art. 241-B da Lei 8.069/90, com base na Súmula 231/STJ. 8. A possível execução provisória deste acórdão deverá aguardar, a princípio, o esgotamento da jurisdição ordinária. Precedentes. 9. Apelação do Ministério Público Federal parcialmente provida, para condenar o réu nas penas dos arts. 240, § 2º, II, e 241-A, todos da Lei 8.069/90 e art. 217-A do Código Penal, bem como para majorar a pena do art. 241-B da Lei 8.069/90.
(TRF-1 - APR: 00029917620174013301, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NEY BELLO, Data de Julgamento: 24/04/2019, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: 03/05/2019)
HABEAS CORPUS. CRIME DO ART. 240 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. CRIME FORMAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS MÍNIMOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA DO DELITO. PALAVRA DA VÍTIMA. NECESSIDADE DE CONSONÂNCIA COM OS DEMAIS ELEMENTOS COLHIDOS. NÃO OCORRÊNCIA. OFERECIMENTO DA DENÚNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. CARACTERIZAÇÃO. CONCESSÃO DA ORDEM. 1. O trancamento da ação penal pela estreita via do Habeas Corpus constitui medida excepcional, admitida tão somente quando restar inequívoca a existência de causa extintiva da punibilidade, a atipicidade da conduta, a ausência de prova da materialidade ou de indícios de autoria ou, ainda, se verificar a violação dos requisitos exigidos para a exordial acusatória. 2. Demonstrada por perícia a inexistência da filmagem supostamente realizada da vítima durante o banho, adolescente menor de 14 anos e sobrinha do acusado, e inexistindo indícios mínimos de que o celular que teria sido colocado propositalmente no banheiro para a realização do registro seria do paciente e ali disposto por ele, inviável a deflagração da ação penal ante a ausência de prova da materialidade e de indícios mínimos de autoria. 3. Ainda que relevante a palavra da vítima nos crimes ocorridos no âmbito familiar e doméstico, esta deve estar em consonância com os demais elementos constantes da apuração, como forma de subsidiar a deflagração da ação penal. 4. Ordem concedida.
(TJ-DF 07289888620218070000 - Segredo de Justiça 0728988-86.2021.8.07.0000, Relator: CESAR LOYOLA, Data de Julgamento: 23/09/2021, 1ª TurmaCriminal, Data de Publicação: Publicado no PJe : 05/10/2021 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)
5. Conclusão.
O objetivo dessa pesquisa foi mostrar a evolução sobre os julgados e estudos relevantes aos arts. 240 e 241-B do ECA, se utilizando dos julgados presentes nos tribunais superiores podemos verificar que existe-se a regra de que para um conteúdo infantil ou com adolescente ser classificado como conteúdo pornográfico não é necessário a cena explicita de sexo ou a nudez a completa, a própria forma de sensualizar a criança mesmo que vestida já se tipifica como crime. 
6. Bibliografia.
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00080691990-240
https://www.tjpr.jus.br/noticias?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFullPageURL=https%3A%2F%2Fwww.tjpr.jus.br%2Fnoticias%3Fp_auth%3D8Y7AwrUa%26p_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D1%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_state_rcv%3D1&_101_assetEntryId=52559&_101_type=content&_101_groupId=18319&_101_urlTitle=fotografo-e-condenado-a-pena-de-2-anos-e-4-meses-de-reclusao-por-ter-fotografado-adolescentes-nuas-e-divulgado-as-imagens-na-internet&inheritRedirect=true
https://tjdf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1294069947/7289888620218070000-segredo-de-justica-0728988-8620218070000
https://trf-1.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/890624104/apelacao-criminal-acr-apr-29917620174013301 
https://canalcienciascriminais.com.br/stj-o-crime-do-art-240-do-eca-e-formal-comum/

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