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Carla Bertelli – 3° Período Anatomopatologia Prática 12 ° Conhecer as características histológicas do Linfoma de Hodgkin É uma neoplasia linfoide caracterizada pela proliferação de células atípicas, denominada células de Reed-Sternberg, ou suas variantes, imersas em substrato As células RS originam-se da linhagem B É uma célula grande, com citoplasma amplo, binucleado ou multinucleado, com núcleo evidente e eosinofílica, células mononucleadas com nucléolos evidentes. As células RS estão sempre circundadas por células inflamatórias reacionais, geralmente por linfócitos T. O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia linfoide caracterizada pela proliferação de células atípicas, denominadas células de Reed-Sternberg (RS), ou suas variantes, imersas em substrato celular característico, de aspecto inflamatório. A célula RS origina-se de células da linhagem B. É uma célula grande, com citoplasma amplo, binucleada ou multinucleada, com nucléolo evidente e eosinofílico; células mononucleadas com nucléolos evidentes também podem estar presentes e são chamadas células de Hodgkin. Outras variantes das células RS são a célula lacunar, presente na forma esclerose nodular, e a célula linfocítico-histiocítica (ou pipoca), nos casos de predominância linfocítica nodular. As células RS estão sempre circundadas por células inflamatórias reacionais, geralmente linfócitos T Classificação Histológica LH Clássico ▪ Esclerose Nodular ▪ Celularidade Mista ▪ Doença Linfocitária ▪ LH Rico em Linfócitos LH com predominância Linfocítica Nodular Características Imunofenotípicas LH Clássico – A célula RS expressa os marcadores CD30/CD15+, mas não expressa o marcador do antígeno leucocitário comum CD45 LH PLN – Células do tipo linfócito-Histoicítico que expressam CD45 e CD20 Linfoma Não Hodgkin – Alteração nas células T, B e NK Carla Bertelli – 3° Período Carla Bertelli – 3° Período ° Características Morfológicas e histológicas do molusco contagioso, herpes simples, erisipela e eczema Molusco Contagioso Lesão – Limitada a epiderme, infecta apenas queratinócitos, não tem disseminação sistêmica, se manifesta por erupção de pequenas pápulas lisas, translúcidas, brancas, ceroides ou róseas. Histologia – Hiperplasia das células da camada espinhosa, elas sofrem uma forma de degeneração que se acentua da camada basal até a córnea. São basofílicas e aumentam de tamanho conforme se aproximam da superfície, contém grandes corpúsculos e núcleo que comprime para a periferia Herpes Lesão – Gengivoestomatite, com vesículas e úlceras na cavidade oral, principalmente na gengiva. Tem a capacidade de permanecer latente. Vesículas sobre a base eritematosa Histologicamente – A vesícula apresenta degeneração com aspecto reticular no topo e balonizante Erisipela Lesão – Placas edematosas,vermelho- escuras, bem delimitadas, discretamente elevadas, sensíveis ou dolorosas, quente, as vezes com vesículas e bolhas. Pode progredir para pústula Histologicamente – Edema da derme, dilatação de capilares e vasos linfáticos, infiltrado de neutrófilos polimorfonucleares, invasão de bactérias nos capilares linfáticos e no tecido conjuntivo. Eczema Lesão – Eritema, vesícula, ou as vezes pápulas e pústulas, acompanhada de prurido e que resulta em exsudação, crostas, descamação e as vezes liquefação. Histologicamente – É inespecífico. Aguda – Vesículas intraepidérmicas formadas por exsudação e inflamatório. A lesão inicia-se com edema intracelular que causa lise de duas ou três células espinhosas, formando as vesículas primordiais. Estas aumentam de tamanho e se unem, rompem-se as tonofibrilas pelo edema intersticial (espongiose) e forma-se a vesícula. Se o número de vesículas é grande e se o edema é intenso, formam-se cavidades separadas por septos, representados por células epidérmicas edematosas (degeneração reticular), originando-se bolha multilocular. Eczema atópico: Trata-se de dermatite atópica, crônica e recidivante, que se inicia geralmente a partir da sexta semana de vida e se apresenta sob as formas lactente, infantil e adulta. Eczema de contato: Surge por reação a agentes externos, seja por estímulo alérgico ou por irritantes químicos. São exemplos comuns sensibilidade ao níquel, componentes da borracha e medicamentos. Carla Bertelli – 3° Período Molusco contagioso Lesão benigna da pele causada pelo Vírus do Molusco Contagioso (MCV), um poxvírus, que apresenta 4 subtipos. MCV-1 é o mais comum (98% dos casos), visto principalmente em crianças, enquanto o MCV-2 é o principal responsável por lesões de pele em pessoas que vivem com HIV. MCV-3 e MCV-4 estão presentes na Ásia e na Austrália. A transmissão ocorre pelo contato direto ou indireto com as lesões, pode ocorrer inclusive por autoinoculação. Ocorre em todo o mundo, mas parece ser mais frequente em regiões quentes e úmidas. É diagnosticado principalmente em crianças de dois a cinco anos, mas também em adolescentes e adultos sexualmente ativos e pessoas imunocomprometidas. O período de incubação varia de duas semanas a seis meses. O vírus do molusco contagioso infecta apenas queratinócitos, e as lesões da pele são limitadas à epiderme e não têm disseminação sistêmica. A lesão manifesta-se por erupção característica de pequenas pápulas lisas, translúcidas, brancas, ceroides ou róseas, com umbilicação central, que variam de 1mm a 1cm de diâmetro. Histologicamente, há hiperplasia da camada espinhosa, cujas células sofrem uma forma peculiar de degeneração que se acentua progressivamente da camada basal até a córnea. Estas células, chamadas de corpos do molusco (corpos de Henderson- Patterson), tornam-se intensamente basofílicas, aumentam de tamanho à medida que se aproximam da superfície e contêm grandes corpúsculos de inclusão citoplasmáticos que deslocam e comprimem o núcleo para a periferia. Infiltrado inflamatório crônico é comum quando as lesões estão regredindo. Herpes simples Lesões de pele causadas pelo Vírus Herpes Simplex (HSV) nos lábios (HSV1) e na genitália (HSV2). A transmissão se faz por contato pessoal. Infecção primária ocorre em crianças de um a cinco anos que nunca tiveram contato com o vírus; quando em adultos, geralmente é por contato sexual. A infecção é geralmente assintomática; poucos pacientes desenvolvem gengivoestomatite, com vesículas e úlceras na cavidade oral, principalmente na gengiva. Aspecto importante é que o vírus pode ficar latente nos gânglios de nervos cranianos ou da medula e sofrer reativação, quando migra pelo nervo periférico até a pele e mucosas produzindo herpes recidivante. As lesões caracterizam-se macroscopicamente pela formação de vesículas sobre base eritematosa. Histologicamente, observa-se que a vesícula apresenta degeneração com aspecto reticular no topo e balonizante na base. Nas margens ou no interior das vesículas, existem células epiteliais uni ou multinucleadas com inclusões virais intranucleares. Erisipela É uma infecção cutânea aguda que envolve a camada dérmica da pele, mas também pode se estender aos linfáticos cutâneos superficiais, causada principalmente por Streptococcus pyogenes (grupo A), mas outras bactérias podem estar envolvidas. A erisipela começa a partir de rupturas na pele que levam à inoculação da bactéria. Incisões cirúrgicas, picadas de insetos, ulcerações de pressão e estase venosa estão entre as portas de entrada. Além disso, a erisipela facial pode ser causada por uma infecção recente na nasofaringe. Pode afetar todas as faixas etárias, mas é mais comum nos extremosde idade Caracteriza-se por placas edematosas vermelho-escuras bem delimitadas, discretamente elevadas, sensíveis ou dolorosas, quentes, às vezes com vesículas e bolhas, de preferência nas pernas, na face e nas mãos. Associam-se febre e tremores. Linfangite e linfadenite são comuns. A lesão pode progredir para pústula, ulceração e necrose; se envolve a fáscia subjacente e músculo, pode resultar em fasciite necrosante. Histologicamente, observa-se edema da derme, dilatação de capilares e vasos linfáticos, infiltrado de neutrófilos e polimorfonucleares, invasão de bactérias nos capilares linfáticos e no tecido conjuntivo. Eczema Refere-se a inflamação aguda, subaguda ou crônica da pele caracterizada Carla Bertelli – 3° Período por eritema e vesículas ou, às vezes, pápulas e pústulas, acompanhada de prurido e que resulta em exsudação, crostas, descamação e, às vezes, liquenificação O quadro histológico dos eczemas é inespecífico, e as várias fases evolutivas permitem apenas o diagnóstico de dermatite aguda, subaguda ou crônica. Na dermatite aguda, predominam vesículas intraepidérmicas formadas por exsudação inflamatória. A lesão inicia-se com edema intracelular que causa lise de duas ou três células espinhosas, formando as vesículas primordiais. Estas aumentam de tamanho e se unem, rompem-se as tonofibrilas pelo edema intersticial (espongiose) e forma-se a vesícula. Se o número de vesículas é grande e se o edema é intenso, formam-se cavidades separadas por septos, representados por células epidérmicas edematosas (degeneração reticular), originando-se bolha multilocular Eczema atópico: Trata-se de dermatite atópica, crônica e recidivante, que se inicia geralmente a partir da sexta semana de vida e se apresenta sob as formas lactente, infantil e adulta. Eczema de contato: Surge por reação a agentes externos, seja por estímulo alérgico ou por irritantes químicos. São exemplos comuns sensibilidade ao níquel, componentes da borracha e medicamentos. Carla Bertelli – 3° Período Carla Bertelli – 3° Período
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