Anomalias Dentárias do Desenvolvimento

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Gleyson de Souza Lima 
Odontologia – 2019.2 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 São alterações que ocorrem durante o 
desenvolvimento dos dentes (odontogênese); 
 Podem ser idiopáticas, de natureza 
hereditária ou influenciadas por fatores 
ambientais. 
ALTERAÇÕES DENTÁRIAS 
 Podem ser primárias ou secundárias a 
influência ambientais. São elas: 
a) Quanto ao Número de Dentes; 
b) Quanto a Dimensão dos Dentes; 
c) Quanto à Forma dos Dentes; 
d) Quanto a Posição dos Dentes; 
e) Quanto à Estrutura dos Dentes. 
ALTERAÇÕES QUANTO AO NÚMERO 
DE DENTES 
HIPODONTIA 
 Consiste na falta do desenvolvimento 
(agenesia) de um ou mais dentes; 
 Os dentes mais acometidos são os 3º 
molares, 2º pré-molares e incisivos laterais 
superiores. 
1) Anodontia: 
- Ausência total de desenvolvimento dentário. 
2) Oligodontia: 
- Ausência de seis ou mais dentes, com 
exceção do 3º molar. 
HIPERDONTIA 
 Consiste no desenvolvimento de uma 
maior quantidade de dentes (Dentes 
Supranumerários); 
 
 
 
 
 Hiperdontia unitária = mais comum em 
incisivos superiores, molares e pré-molares; 
 Supranumerários múltiplos = mais 
frequente nas regiões de pré-molares, 
molares e região anterior. 
1) Mesiodente: 
- Supranumerário localizado na região dos 
incisivos superiores (entre os incisivos). 
Figura 1 - Mesiodente 
 
FONTE: https://bit.ly/3zh0wSL 
2) Distomolar ou Distodente: 
- É chamado de “Quarto molar acessório”; 
OBS: Para afirmar que é um molar acessório, 
todos os 3º molares devem ter erupcionados. 
Figura 2 – Distomolar 
 
FONTE: https://bit.ly/3z0PMaE 
Anomalias Dentárias do 
Desenvolvimento 
https://bit.ly/3zh0wSL
https://bit.ly/3z0PMaE
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3) Paramolar: 
- Supranumerário posterior localizado na 
vestibular ou lingual de um molar. 
Figura 3 - Paramolar 
 
FONTE: https://bit.ly/3MR8iqh 
ALTERAÇÕES QUANTO A DIMENSÃO 
DOS DENTES 
MICRODONTIA 
 Representam dentes fisicamente menores 
quando comparados a dentes comuns. 
OBS: Não se considera microdontia quando 
a maxila ou mandíbula são hipertróficas. 
MACRODONTIA 
 Representam dentes fisicamente maiores 
que o comum. 
OBS: Não se considera macrodontia quando 
a maxila ou mandíbula são menores. 
ALTERAÇÕES QUANTO À FORMA 
DOS DENTES 
GEMINAÇÃO 
 Tentativa de um único germe dentário 
dividir-se, resultando na formação de um 
dente com uma coroa dupla, uma única raiz e 
um canal radicular. 
Figura 4 - Geminação 
 
FONTE: https://bit.ly/38KqOC0 
FUSÃO 
 União de dois germes dentários 
normalmente separados, resultando na 
formação de um dente unido pela dentina, 
com dois canais radiculares; 
 Pode ser de forma parcial (apenas as 
coroas) ou completa (coroa + raiz). 
Figura 5 – Fusão dentária 
 
FONTE: https://bit.ly/3wNeFUQ 
CONCRESCÊNCIA 
 União, pelo cemento, de dois dentes 
formados, ligados ao longo das superfícies 
radiculares. 
https://bit.ly/3MR8iqh
https://bit.ly/38KqOC0
https://bit.ly/3wNeFUQ
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Figura 6 - Concrescência 
 
FONTE: https://bit.ly/38KqOC0 
CÚSPIDE ACESSÓRIA 
1) Cúspide de Carabelli: 
- Cúspide acessória localizada na superfície 
lingual da cúspide mesiolingual de um molar 
superior, frequentemente o 1º molar. 
Figura 7 – Cúspide Acessória de Carabelli 
 
FONTE: https://bit.ly/3wWO5su 
2) Cúspide em Garra: 
- Cúspide adicional delicada localizada na 
superfície de um dente anterior. 
Figura 8 – Cúspide Acessória em Garra 
 
FONTE: https://bit.ly/3GmOJU7 
DENTE INVAGINADO 
 É uma profunda invaginação da superfície 
da coroa ou raiz, sendo limitada pelo próprio 
esmalte; 
 São reconhecidas duas formas: (I) 
Coronária e (II) Radicular. 
 A forma coronária é subdividida em: 
a) Tipo I: 
- Vai até a junção amelocementária. 
 
 
 
https://bit.ly/38KqOC0
https://bit.ly/3wWO5su
https://bit.ly/3GmOJU7
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b) Tipo II: 
- Ultrapassa a região da junção 
amelocementária até o terço médio da 
raiz. 
 
c) Tipo III: 
- É a mais pronunciada de todas, 
ultrapassando o terço médio da raiz. 
 
ESMALTE ECTÓPICO 
 Refere-se à presença de esmalte em 
localizações incomuns, principalmente na 
raiz; 
 Aparecem na imagem radiográfica como 
“Pérolas de Esmalte”. 
 
TAURODONTIA 
 Aumento do corpo e da câmara pulpar de 
um dente multirradicular com deslocamento 
apical do assoalho pulpar e da bifurcação 
das raízes. 
Figura 9 - Taurodontia 
 
FONTE: https://bit.ly/3wL6euj 
HIPERCEMENTOSE 
 Acúmulo excessivo de cemento na raiz. 
 
DILACERAÇÃO 
 É uma angulação anormal ou curvatura na 
raiz, ou, menos frequentemente, na coroa do 
dente. 
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RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS 
 Consiste no aumento do número de raízes 
dos dentes comparados ao estabelecido 
anatomicamente. 
 
ALTERAÇÕES QUANTO A POSIÇÃO 
DOS DENTES 
VESTÍBULO-VERSÃO 
 Deslocamento ou irrompimento do dente 
em posição vestibular em relação ao 
alinhamento normal dos dentes. 
 
LÍNGUO-VERSÃO 
 Deslocamento ou irrompimento do dente 
em posição lingual em relação ao 
alinhamento normal dos dentes. 
 
GIROVERSÃO 
 Consiste no giro do dente em torno de seu 
próprio eixo. 
 
TRANSPOSIÇÃO 
 Inversão de posição entre dois dentes no 
arco dentário, durante o irrompimento, 
havendo mudança na sequência natural dos 
dentes. 
 
TRANSMIGRAÇÃO 
 Formação de um dente em áreas distantes 
dos processos alveolares. 
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Figura 10 – Canino dentro da fossa nasal 
 
ALTERAÇÕES QUANTO AS 
ESTRUTURAS DOS DENTES 
AMELOGÊNESE IMPERFEITA 
 Compreende um grupo de condições que 
demonstram alterações de desenvolvimento 
na estrutura do esmalte na ausência de na 
alteração sistêmica. 
 
 
DENTINOGÊNESE IMPERFEITA 
 É um distúrbio de desenvolvimento da 
dentina na ausência de qualquer desordem 
sistêmica; 
 Coroa mais arredondada, com uma 
constrição cervical; 
 Normalmente observa-se obliteração da 
dentina radicular e coronária; 
 Geralmente acomete todos os dentes, 
podendo ocorrer em todos os dentes 
decíduos ou em todos os dentes permanetes. 
OBS: Não necessariamente um paciente que 
teve dentinogênese imperfeita na dentição 
decídua vai ter o mesmo na dentição 
permanente. 
 
 
DISPLASIA DENTINÁRIA 
 Doença genética que afeta os dentes; 
 Pode ser de dois tipos: 
a) Tipo I: 
- É referida como dentes sem raízes. 
- O esmalte e a dentina coronária são 
clinicamente normais e bem formados, 
mas a dentina radicular perde toda a 
organização; 
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- Os sinais clínicos iniciais são a extrema 
mobilidade, exfoliação prematura e 
retardo na erupção. 
 
 
b) Tipo II: 
- Displasia dentinária coronária; 
- O tamanho da raiz é normal; 
- Clinicamente, os dentes apresentam 
uma transparência que varia do azul ao 
âmbar; 
- As coroas são bulbosas com constrição 
cervical, raízes delgadas e obliteração 
pulpar precoce. 
OBS: É muito parecida com a 
dentinogênese imperfeita, sendo 
importante o exame genético para 
diferencia-las. 
 
ODONTODISPLASIA REGIONAL 
 É uma anomalia de desenvolvimento 
dentária localizada, não hereditária, com 
extensos efeitos adversos sobre a formação 
dos tecidos dentários; 
 As alterações acontecem em todas as 
regiões do dente; 
 Há predileção pelos dentes da maxila; 
 Pode envolver tanto a dentição decídua 
quanto a permanente; 
 Caracteriza-se como uma falta de 
contraste entre a dentina e o esmalte (todo o 
complexo dentinho-pulpar). 
 
 
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DISTÚRBIOS LOCALIZADOS DA 
ERUPÇÃO 
IMPACTAÇÃO DENTÁRIA 
 Quando o dente cessa o processo de 
erupção antes de emergir na cavidade oral; 
 A não erupção pode ocorrer pela presença 
de uma barreira física (Dente Impactado) ou 
por falta de força eruptiva (Dente Incluso); A impactação pode ser classificada de 
acordo com o ângulo do dente em relação a 
dentição permanente. Podendo ser: 
1) Mesioangulado; 
2) Horizontal; 
3) Vertical; 
4) Distoangulado; 
5) Transverso; 
6) Invertido.