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Clareamento dental

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Clareamento dental
- o clareamento dentário pode ser considerado uma opção de tratamento viável para determinados 
casos, principalmente por ser uma alternativa conservadora e minimamente invasiva.
- As técnicas clareadoras promovem a remoção de pigmentos orgânicos da estrutura dentária por 
uma reação de oxirredução, proporcionada pela ação de agentes químicos. Esse procedimento pode
ser realizado tanto em dentes vitais quanto em dentes desvitalizados; porém, um resultado mais 
satisfatório vai depender, principalmente, da etiologia e do diagnóstico da alteração de cor, da 
seleção do agente clareador e da técnica de aplicação.
 Etiologia das alterações de cor►
- A coloração dentária é determinada pela combinação das propriedades de esmalte, dentina, 
cemento e polpa.
--- O escurecimento dentário pode estar relacionado com fatores de natureza extrínseca, intrínseca 
ou pela associação de ambos.
- Manchamento extrínseco: Pigmentos provenientes da dieta (café, chá, vinho tinto, produtos à 
base de cola) ou produtos de uso oral, como a clorexidina, sobre a superfície do esmalte e da 
película adquirida. Além disso, o tabaco é frequentemente ligado ao escurecimento dentário.
- Manchas intrínsecas: Classificam-se como congênitas, associadas às malformações dentárias, 
como hipoplasias e dentinogênese imperfeita; ou adquiridas, que podem ser de origem pré ou pós-
eruptiva. Uma particularidade refere-se à fluorose dentária.
 Métodos para avaliação da cor dentárias►
- O mais utilizado para classificação da cor consiste em uma escala de cores padrão: escala 
(Vitapan® Classical, Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha), na qual a cor tabulada na escala é 
comparada com o terço médio da face vestibular dos elementos dentários.
- Obs: Quanto maior o valor, mais clara será a cor;
 Classificação dos tratamentos►
• Quanto à condição dos dentes, podem ser classificados em:
- Dentes vitais
- Dentes desvitalizados.
• Quanto à técnica de aplicação do agente clareador, classificam-se em:
--- Clareamento caseiro supervisionado: nessa técnica, o paciente utiliza moldeiras de acetato, 
confeccionadas pelo cirurgião-dentista e carregadas com baixas concentrações do agente 
clareador, durante 2 a 4 horas/dia, por um período de 2 a 3 semanas. O tratamento é 
supervisionado pelo profissional e pode ser realizado tanto em dentes vitais quanto em 
desvitalizados. Geralmente, emprega-se peróxido de carbamida de 10 a 22%, podendo-se também 
utilizar o peróxido de hidrogênio de 3 a 10%
--- Clareamento caseiro sem prescrição: Uma ampla variedade de agentes clareadores, como 
dentifrícios, fitas adesivas e enxaguatórios bucais, encontra-se disponível em farmácias, 
supermercados ou websites. Os indivíduos têm livre acesso a esses agentes, e, nesse caso, não há 
acompanhamento profissional durante o tratamento. Dentre essa inúmera variedade, o que 
realmente apresenta efeito clareador são as fitas adesivas pré-impregnadas com peróxido de 
hidrogênio de 5 a 14%.15 Elas são pré-contornadas, descartáveis e aplicadas 1 ou 2 vezes/dia, por 
um intervalo de tempo que varia de 5 a 60 minutos.
--- Clareamento em consultório: essa técnica normalmente utiliza como agente clareador o 
peróxido de hidrogênio em concentrações que variam de 20 a 38%. É um método mais dispendioso, 
pois requer maior tempo clínico, sendo especialmente indicado quando há exigência de resultados 
rápidos por parte do paciente ou quando este não coopera para o uso diário da moldeira na técnica 
caseira.
--- Associação entre clareamento caseiro e em consultório: em determinados casos, devido ao alto 
grau de escurecimento ou quando o paciente exige maior rapidez para visualização dos resultados, 
pode-se realizar esse tipo de associação de tratamentos.
--- Microabrasão do esmalte: consiste na abrasão do esmalte por meio de um ácido, clorídrico ou 
fosfórico, associado a um abrasivo, que pode ser a pedra-pomes.20 Pastas abrasivas pré-
fabricadas já se encontram disponíveis no mercado. Essa técnica é comumente indicada para 
remoção de manchas decorrentes de fluorose dentária.
• Quanto à composição do agente clareador, classificam-se da seguinte maneira:
--- Peróxido de carbamida: nas concentrações de 10 a 22%, geralmente é indicado para a técnica 
de clareamento caseiro supervisionado. Já as concentrações de 35 e 37% são empregadas no 
clareamento em consultório, tanto de dentes vitais quanto em desvitalizados. Atualmente, o 
peróxido de carbamida a 10% é o único agente clareador que recebeu o selo de segurança e 
eficácia da Associação Dentária Americana22
--- Peróxido de hidrogênio: as concentrações de 1,5 a 10% são empregadas no clareamento caseiro,
e as concentrações de 20 a 38% são utilizadas no clareamento em consultório,
--- Perborato de sódio: Substância disponibilizada na forma de um pó branco estável, com pH 
altamente alcalino, que, ao entrar em contato com água, decompõe-se em metaborato de sódio e 
peróxido de hidrogênio. É utilizado para o clareamento de dentes desvitalizados, por meio da 
técnica de curativo de demora.
 Indicações de clareamento►
O clareamento de dentes vitais ou desvitalizados pode ser realizado tanto em um único dente 
quanto em um grupo de dentes. As seguintes situações devem ser consideradas:
- Dentes escurecidos por deposição de corantes provenientes da dieta (café, chá, vinho tinto) ou 
tabagismo;
- Dentes com manchamento de grau leve a moderado causado por tetraciclina
- Dentes que apresentem alteração de cor causada por traumatismo.
- Dentes escurecidos pela idade, pelo próprio desgaste fisiológico do esmalte ou pela deposição de 
dentina secundária.
- Dentes com manchamento de grau leve a moderado causado pela fluorose
- Dentes que sofreram necrose pulpar e/ou tratados endodonticamente.
 Mecanismo de ação dos agentes clareadores►
- é baseado em uma reação de oxirredução entre a solução clareadora (agente redutor) e a 
molécula a ser clareada (agente oxidante).
- Os agentes clareadores são carreadores de radicais de oxigênio, que, por apresentarem baixo 
peso molecular (30 g/mol), são capazes de se difundir pelos tecidos dentários mineralizados e 
sofrer reação de oxidorredução, degradando as macromoléculas dos pigmentos responsáveis por 
sua descoloração em moléculas menores. Estas, por sua vez, são parcial ou totalmente eliminadas 
da estrutura dentária por difusão, promovendo o clareamento.
- O peróxido de hidrogênio é o principal agente utilizado para promover o clareamento dentário.
- O peróxido de carbamida, também denominado peróxido de ureia ou peridrolureia, é capaz de se 
decompor em peróxido de hidrogênio e ureia.
- Os agentes clareadores disponíveis apresentam alta fluidez e não têm a capacidade de 
permanecer muito tempo sobre as superfícies dentárias, a não ser que haja incorporação de 
agentes espessantes
- O carbopol é o agente espessante mais utilizado na composição do peróxido de carbamida e, se 
não fosse incorporado ao peróxido de carbamida, o mesmo teria sua liberação máxima de oxigênio 
1 hora após sua aplicação.
 Técnicas clareadoras►
• Clareamento caseiro supervisionado
--- Vantagens
- Técnica simples e de fácil aplicação
- Tempo de atendimento clínico reduzido quando comparado ao da técnica em consultório
- Utilização de agentes clareadores em baixas concentrações
- Eficácia e segurança comprovadas por evidências científicas
- Baixa incidência de sensibilidade dentinária
- Não emprega calor
- Baixo custo
- Fácil reaplicação nos casos de recidivas de cor.
--- Limitações
- Necessidade de colaboração do paciente para realização do tratamento
- Necessidade de utilização de moldeiras de acetato
- Maior tempo de tratamento, em média 2 a 3 semanas
- Possível sensibilidade dentinária ou irritação gengival durante o tratamento
- Contraindicação para dentes que apresentam amplas restaurações, por terem pouca quantidade 
de estrutura dentária
- Pacientes grávidas ou lactantes, preferencialmente, não devem realizar o tratamento
- Pacientes alérgicos aos agentes clareadores também nãodevem submeter-se à técnica.
--- Plano de tratamento
- O paciente deverá ser informado quanto à necessidade de substituição de restaurações após o 
tratamento, além de receber todo o regime de tratamento de modo oral e escrito.
- O tipo de agente clareador e a quantidade de bisnagas a serem utilizadas também devem ser 
definidos nessa etapa. Geralmente, duas bisnagas do agente clareador são suficientes para o 
clareamento das duas arcadas no período de 2 semanas.
--- Protocolo clínico 
1. Profilaxia: Com uma pasta de pedra-pomes e água, associada a escova de Robson ou taça de 
borracha.
2. Registro inicial da cor: Essa etapa é essencial para que o paciente observe o resultado do 
tratamento. Assim, o profissional deve registrar a coloração inicial dos dentes por meio de escala de
cores ou espectrofotômetro, associados a fotografias.
3. Moldagem e confecção dos modelo: os moldes das arcadas superior e inferior são obtidos com 
alginato e, em seguida, vazados em gesso.
4. Confecção das moldeiras: Os modelos devem ser centralizados sobre a bandeja perfurada da 
plastificadora, e uma placa de acetato com cerca de 1 mm de espessura. Uma espessura de 
aproximadamente 1 mm acima da margem cervical.
5. Prova da moldeira: As moldeiras devem ser provadas na boca para verificar sua adaptação, se 
existem áreas de interferência oclusal, áreas desconfortáveis ou pressão sobre o tecido gengival.
6. Instruções ao paciente: O protocolo detalhado do tratamento deve ser explicado ao paciente de 
maneira oral e escrita. Demonstração da quantidade de gel a ser colocada na face vestibular da 
moldeira correspondente a cada dente a ser clareado.
- Geralmente, o clareamento caseiro é realizado durante 2 semanas com utilização diária da 
moldeira por até 4 horas. No entanto, pode-se prolongar o tratamento por até 3 semanas e diminuir 
o tempo de utilização da moldeira carregada com o gel clareador.
7. Consultas de retorno periódicas: Uma consulta de retorno deve ser agendada 7 dias após o início 
do tratamento. Neste momento, serão observadas condições gengivais, coloração dentária obtida e 
hipótese de alguma sensibilidade dentinária.
• Clareamento em consultório
--- Vantagens
- Supervisão direta do profissional, independentemente da colaboração do paciente
- Rapidez na visualização dos resultados
- Controle dos locais de aplicação do gel, principalmente em pacientes que apresentam recessões 
gengivais.
--- Limitações
- Maior tempo de atendimento clínico
- Necessidade de mais de uma sessão clínica
- Necessidade do uso de barreira gengival ou isolamento absoluto
- Custo mais elevado
- Maior risco de sensibilidade dentinária.
--- Protocolo clínico
1. Para profilaxia e registro inicial da cor, adota-se o mesmo protocolo descrito na técnica de 
clareamento dental caseiro supervisionado.
2.Proteção dos tecidos moles: devido ao potencial irritativo dos peróxidos, é necessária a proteção 
do profissional com os materiais de biossegurança (gorro, máscara, luva e jaleco), e do paciente, 
com óculos, avental impermeável e lubrificante para os lábios.
3.Isolamento do campo operatório: tem o objetivo de proteger a gengiva e outros tecidos moles 
bucais. Pode ser utilizado o isolamento absoluto, com dique de borracha ou afastador labial flexível 
do tipo Arcflex (FGM) (Figura 14.23) ou OptraGate® (Ivoclar Vivadent), associado a uma barreira 
gengival de resina fotopolimerizável. A utilização do afastador labial com a barreira gengival é mais 
prática e rápida para o profissional, além de mais confortável para o paciente. Um sugador de saliva
também deve ser usado durante o procedimento clareador.
4. Manipulação do agente clareador: os clareadores à base de peróxido de hidrogênio de 30 a 38% 
estão disponíveis em dois frascos, um contendo agente clareador incolor e outro com agente 
espessante colorido. A diferença de cor entre os dois líquidos facilita a homogeneização da mistura,
que deve seguir a proporção peróxido/espessante recomendada pelo fabricante. Depois de 
manipulado, o gel deve ser aplicado em espessura de 1,0 mm sobre a face vestibular dos dentes, 
inclusive nas proximais, estendendo-se para a face incisal.
- Dica clínica: Durante a confecção da barreira gengival, pode-se aplicar um gel dessensibilizante à 
base de nitrato de potássio a 5% e fluoreto de sódio a 2% (p. ex., Desensibilize KF 2%, da FGM) nos
dentes a serem clareados. Esse procedimento tem como objetivo diminuir a sensibilidade dentinária
durante o tratamento e não prejudica a eficácia do clareamento.
5. Tempo de aplicação e troca do agente clareador: esses fatores vão depender da concentração e 
da marca comercial do agente. No caso do WhitenessHP, da FGM, o gel clareador deverá 
permanecer em contato com as superfícies dentárias por 15 minutos desde o início da sua 
aplicação, sendo opcional o emprego de uma fonte de luz. Durante esse período, o gel deverá ser 
movimentado sobre os dentes de 3 a 4 vezes com auxílio de um microaplicador, para a liberação de 
bolhas de oxigênio geradas e melhora do contato dente/gel clareador. Ao final desse período, o 
produto alterará sua coloração, e sua remoção deverá ser com o auxílio de uma cânula aspiradora. 
Depois disso, utiliza-se uma gaze, que deve ser passada uma única vez e em um único sentido, de 
cervical para oclusal. Caso necessário, esse procedimento deve ser repetido utilizando uma nova 
gaze. Para finalizar a remoção do gel clareador, deve-se realizar a lavagem com o spray ar/água.
- A aplicação do gel pode ser repetida por até 2 vezes na mesma seção clínica. O paciente deve ser
questionado durante as aplicações quanto a possível sensibilidade dentinária e/ou irritações nos 
tecidos moles, para que a correção da barreira possa ser efetuada imediatamente.
6. Remoção da barreira gengival e aplicação de agente dessensibilizante: após a remoção da última 
aplicação do gel clareador, a barreira gengival é facilmente removida com uma sonda exploradora. 
Em seguida, o flúor gel neutro ou um agente dessensibilizante é aplicado sobre as superfícies dos 
dentes clareados por 10 minutos. Esse procedimento tem a finalidade de promover uma 
remineralização da estrutura dentária, bem como diminuir a sensibilidade dentinária pós-
clareamento. São indicadas até três sessões clínicas com três aplicações do agente em cada 
sessão, com intervalo de 5 a 7 dias entre as sessões. Se, ao final do tratamento, os resultados 
pretendidos não forem alcançados, a execução do tratamento estético restaurador deve ser 
considerada.
7.Recomendações finais ao paciente: ele deve ser orientado a evitar a ingestão de alimentos ácidos 
e/ou que contenham corantes por pelo menos 24 horas após o clareamento.

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