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Tratamento da Doença de Parkinson

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Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
1 
 
 
 
introdução 
A doença de Parkinson é neurodegenerativa, de 
modo que há apoptose progressiva dos neurônios 
dopaminérgicos da via nigroestriatal associada à 
piora progressiva do quadro 
 Quando há grande taxa de apoptose, há 
o aparecimento dos sintomas (raciocínio 
deve ser semelhante aos antipsicóticos) 
 Dopamina estimula movimentos pela via 
direta → doença de Parkinson é doença 
hipocinética (paciente tem dificuldade de 
iniciar os movimentos = bradicinesia) 
o Falta de sinalização de DA no 
núcleo estriado resulta em uma 
hiperativação colinérgica (Ach) 
 Uso de anticolinérgicos é 
passível de controle dos 
sintomas (diminui Ach) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de haver alguns casos de início precoce, a 
faixa mais acometida é acima dos 60 anos 
 Causas provêm de condições genéticas 
(5% dos casos) e fatores ambientais 
SUS pode prover levodopa e todas as associações, 
agonistas dopaminérgicos e anticolinérgicos (não 
recomendado para idosos pelos efeitos adversos) 
 
 
 
 
 
Receptores de DA podem ser estimulatórios (D1 
e D5) ou inibitórios (D2 a D4) 
 Recaptação acontece por transportador 
de DA do neurônio pré-sináptico para a 
MAO oxidá-la (DA é monoamina) 
o Inibir a recaptação é deixar na 
fenda sináptica por mais tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tratamento farmacológico 
visao geral 
Subtituintes = administração da forma levogira 
(L-DOPA) da DOPA (precursor de dopamina) 
 Depende de um transportador específico 
para atravessar a BHE e chegar no SNC 
Outras classes: agonista dopaminérgico, inibidor 
de MAO-B ou de COMT (inibição da degradação), 
OBS: fisiologia da formação da dopamina = 
tirosina → DOPA → dopamina (pela DOPA 
descarboxilase) → pode virar noradrenalina e 
adrenalina em alguns tecidos 
 Catecolamina é toda molécula que 
provém da tirosina (tem catecol) 
Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
2 
 
fármaco antiviral que aumenta a liberação de DA 
(amantadina), anticolinérgico (mais usado para 
pacientes que usam antipsicóticos) 
 
substituintes da dopamina 
Apesar de ser o fármaco mais eficaz (levodopa), 
possui restrição ao consumo de proteínas (riscos 
de competição e saturação dos transportadores 
que possibilitam a passagem pela BHE) 
Conversão de L-DOPA em dopamina é feita pelos 
neurônios dopaminérgicos que ainda estão vivos 
 Perde o efeito com a progressão (não há 
mais neurônios para produzir dopamina) 
Quando se dá apenas levodopa, há uma série de 
efeitos colaterais pela conversão de L-DOPA em 
dopamina na periferia (97% não atravessa BHE) 
 Associação com um fármaco que inibe a 
DOPA descarboxilase periférica (evita a 
perda da L-DOPA na periferia por inibir 
conversão periférica de L-DOPA em DA) 
o Entrada de L-DOPA na BHE é 
progressiva ao passo em que o 
transportador consegue agir 
o Carbidopa / Benserazida = reduz 
dose necessária em até 10 vezes 
Efeitos colaterais no SNC: 
 Agudos = síndrome esquizofrenia-símile 
(confusão, desorientação, pesadelos – em 
até 20%), náuseas / vômitos (DA atua no 
centro do vômito), hipotensão 
 Longo prazo = contorção involuntária 
(discinesia), flutuações no estado clínico 
(fenômeno on-off), encurtamento da 
duração do efeito (fenômeno wearing off) 
o Oscilação dos níveis plasmáticos 
faz com que flutue o estado motor 
 Ligado = discinético 
 Desligado = rígido (como 
se estivesse congelado) 
 Fenômeno é reduzido 
com fármaco de liberação 
prolongada / progressiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
agonistas de receptor de da 
Bromocriptina e pegolida são fármacos agonistas 
de primeira geração derivados de alcaloides do 
Ergot (ergotismo = alucinações) 
 Bromocriptina é usado para puérperas 
que perderam o feto, mas que continuam 
produzindo leite (bloqueio de prolactina) 
o Efeitos adversos mais comuns = 
gastrointestinais (náuseas e 
vômitos), hipotensão ortostática, 
psicose, confusão, alucinação 
 Ergotamina está presente na droga LSD 
Pramipexole e ropinirol são fármacos agonistas 
não derivados de alcaloides do Ergot, possuindo 
menos efeitos colaterais 
 Pramipexole não deve ser usado como 
primeira escolha em idosos ou pacientes 
com prejuízo cognitivo / funcional grave 
devido a quadros de ataques de sono e 
predisposição à compulsão 
o Pode ser usado em monoterapia 
em jovens com maior risco de 
aparecimento de discinesias, ou 
em associação à levodopa para 
controle das flutuações motoras 
Vantagens: sem competição na BHE, primeira 
escolha em jovens (retarda fenômeno on-off), 
permanecem efetivos na fase avançada (não há 
perda de efeito por não precisar de neurônios que 
sintetizam DA), duração mais longa, menor 
metabolização da DA, não dependem da DOPA 
descarboxilase para fazer efeito 
 
inibidores da mao-b 
Associação de selegilina ou de rasagilina reduz a 
degradação de DA no SNC (MAO-B degrada DA) 
 Selegilina é seletivo em doses baixas, não 
possui reação do queijo e vinho e produz 
insônia, cefaleia, xerostomia, confusão e 
OBS: levodopa não é primeira escolha para 
jovens devido ao risco, em 5 anos, de 80% dos 
pacientes apresentar complicações motoras, 
além de constituírem população com maior 
consumo de proteínas (competição) 
Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
3 
 
desequilíbrio (se associado à levodopa 
causa alucinações e discinesias) 
o Em associação à benzerazida, há 
menor flutuação motora devido à 
inibição da conversão em DA 
 Rasagilina aumenta a biodisponibilidade 
de levodopa, sendo eficaz no controle das 
flutuações motoras (mais eficaz) 
 
inibidores da comt 
Stalevo® é a associação de levodopa, carbidopa e 
entacapone, a qual aumenta a disponibilidade de 
levodopa que atravessa a BHE devido à menor 
degradação na periferia (inibe simultaneamente 
a DOPA descarboxilase – carbidopa – e a COMT 
– entacapone – mesmo em menor dose) 
 Em pacientes com flutuações motoras 
graves, pode ser útil para controlá-las 
Tolcapone consegue atravessar a BHE por ser 
muito lipossolúvel, o que sobrecarrega o fígado 
(há relatos de hepatotoxicidade) 
Inibidores da COMT não devem ser usados sem 
a associação à levodopa devido à ausência de 
efeitos antiparkisonianos se isolados 
 
farmacos que amentam a 
liberacao de dopamina 
Amantadina é um antiviral antagonista NMDA, 
que estimula a liberação de DA pelas vesículas 
através de mecanismo ainda a ser esclarecido 
 Associação à levodopa em pacientes com 
flutuações motoras e discinesias 
 Bloqueio do hiperfluxo glutamatérgico 
no globo pálido (glutamato é excitatório, 
permitindo a entrada de Ca2+ e levando 
à morte de neurônios), reconfiguração 
dos núcleos da base para o nível basal e 
redução da inibição sobre o tálamo 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais: vertigens, ansiedade, insônia, 
incoordenação, náuseas, vômitos, hipotensão 
ortostática / ICC (uso crônico) 
 Aumento de DA tem efeito vasodilatador, 
aumentando o débito cardíaco 
 
anticolinergicos 
Em geral, fármacos de uso livre (não se inclui os 
utilizados para parkisonismo devido aos efeitos 
alucinógenos e dissociativos) 
 Benztropina, triexifenidil e biperideno 
não devem ser receitados para idosos 
 Apresentam muitos efeitos adversos e 
pequena eficácia, podem reduzir efeitos 
causados por fármacos antipsicóticos 
o Efeitos mais comuns = euforia, 
exaltação, alucinações, delírios, 
xerostomia, midríase (dilatação 
pupilar), taquicardia, retenção 
urinária, constipação 
o Complicações = hipertermia (não 
há vasodilatação, nem sudorese), 
convulsão, constipação (paralisia 
intestinal transitória) 
 Usados apenas para tremor refratário à 
levodopa e agonistas dopaminérgicos, em 
indivíduos sem contraindicação

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