Buscar

01 Ajustes fisiológicos da gestação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AJUSTES
FISIOLÓGICOS
DA GESTAÇÃO
↪ Bloco I: Profª Cláudia Saunders
1. Período pré concepção
2. Período pré-natal: da concepção
até o parto
→ A gestação é dividida em trimestres, e
dentro dos trimestres há uma divisão por
semanas, chamada de idade gestacional.
Bebê até 8 semanas: embrião
Bebê após 8 semanas: feto
- 1º tri: concepção até 13 semanas
e 6 dias
- 2º tri: 14 semanas até 27 semanas
e 6 dias
- 3º tri: 28 semanas até 40 semanas
3. Puerpério: (42 dias pós-parto)
DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO
1. Diagnóstico Clínico: de
presunção, probabilidade e certeza
- Presunção:
4 semanas: Amenorreia
5 semanas: Náuseas, vômitos e anorexia
6 semanas: Aumento do volume uterino e
anteflexão acentuada (compressão da
bexiga e polaciúria) - maior vontade de
fazer xixi
8 semanas: Congestão mamária,
Hiperpigmentação da aréola mamária
16 semanas: Produção de pré-colostro
- Probabilidade:
6 semanas: Atraso menstrual de 10-14
dias; Útero aumentado (tamanho de uma
tangerina).
8 semanas: Alteração da forma e
consistência uterina (elástica-pastosa e
amolecida); Volume uterino tem 2x o
tamanho uterino não-gravídico.
12 semanas: volume uterino tem 4x o
tamanho uterino não-gravídico
16 semanas: aumento do volume
abdominal
20 semanas: atinge a altura do umbigo
- Certeza:
12 semanas: ausculta dos batimentos
cardíacos fetais
18 semanas: Percepção e palpação dos
movimentos ativos do feto.
20-21 semanas: ausculta e identificação
dos batimentos cardíacos fetais com
estetoscópio de Pinard.
2. Diagnóstico hormonal:
Investiga a produção do hormônio protéico
gonadotrofina coriônica humana (β-HCG)
pelo ovo (urina ou no sangue).
3. Diagnóstico ultrassonográfico:
Após 4/5 semanas de amenorréia rastrea-se
a estrutura ovular.
→ As alterações anatômicas, fisiológicas
e psicológicas durante a gravidez visam:
regular o metabolismo materno, promover
o crescimento fetal, preparar a mãe para o
trabalho de parto e lactação.
O Endométrio passa a ser denominado
decídua ou caduca, que dará origem à
placenta.
→ No hipotálamo, há a produção do
hormônio liberador de gonadotrofina, o
GLNH. Este, por sua vez, estimula a
produção do hormônio folículo
estimulante, o FSH, na adeno hipófise.
Este, como o nome sugere, auxilia na
maturação e no crescimento dos folículos.
Além disso, o FSH também é responsável
pela liberação de estrogênio pelo ovário,
que atua na maturação do ovócito também.
Quando o folículo chega na sua fase
madura (folículo dominante), através do
hormônio luteinizante, o LH, há a
ovulação e a liberação do ovócito
secundário na tuba uterina. Assim, há a
formação do corpo lúteo, através da
atuação do LH. E o corpo lúteo é
responsável por produzir progesterona.
Se há a fecundação, o espermatozóide se
torna um óvulo que passa por diversos
processos até chegar no processo de
implantação uterina.
Nesse momento, os trofoblastos (células
que darão origem à placenta), começam a
produzir progesterona.
O corpo lúteo produz progesterona
quando o folículo está maduro. E os
trofoblastos produzem progesterona para
formação da placenta.
PLACENTA - Anexo fetal
Porção fetal: derivada dos trofoblastos.
Porção materna: derivada do endométrio.
A placenta garante a nutrição do concepto
pois sintetiza glicogênio + colesterol +
ácidos graxos e funciona como
reservatório de nutrientes e de energia para
o embrião.
É a única via para o feto de nutrientes,
oxigênio e resíduos metabólicos que
podem ser intercambiados.
OBS.: A placenta não é uma barreira,
como é conhecida. Pois são poucas as
substâncias que não passam por ela. O
sangue da mãe e fetal é um exemplo do
que NÃO se mistura.
A ENDOCRINOLOGIA DA
GRAVIDEZ
1ª fase: Ovariana
Antes de 8 a 9 semanas da gravidez;
A secreção de esteróides (progesterona e
estrogênio) é feita pelo corpo lúteo
estimulado pelo hCG.
2ª fase: Placentária
Depois de 8 a 9 semanas da gravidez;
O corpo lúteo já se tornou a placenta e é
ela que produz os esteróides (progesterona
e estrogênio).
ESTROGÊNIO
(Placenta)
PROGESTERONA
(Placenta)
↓ Proteínas séricas ↓ Motilidade do TGI,
favorecendo
deposição de gordura
materna, náuseas,
pirose, refluxos e
constipação
intestinal
↑ Elasticidade Estimula o apetite
Afeta função
tireóidea
Reduz contratilidade
uterina
Afeta metabolismo
glicídico
Prolifera
musculatura uterina
e tecido mamário
Relaxa musculatura
pélvica e estimula
contração uterina
Promove o
crescimento do
sistema vascular
uterino
hCG
(Células do
trofoblasto e
placenta)
Lactogênio
placentário humano
(Placenta)
Impede rejeição
imunológica do
embrião
Ação mamatrófica e
não está envolvido na
produção láctea x
lactogênica e ação
contra insulínica
Inibe a
contratilidade
espontânea do
útero (junto à
progesterona) -
Manutenção
inicial da gravidez
↑ Glicemia pela
glicogenólise
(degradação do
glicogênio),
promovendo a
lipólise
Impede a
regressão do corpo
lúteo
↑ RI, estimula o
pâncreas a secretar a
insulina e colabora
para o crescimento
fetalEstimula a
relaxina no ovário
e o estrogênio pela
placenta
→ O estrogênio desempenha um
importante papel na implantação da
placenta ao induzir uma vasodilatação do
leito vascular uterino e materno. Desse
modo, atua promovendo o crescimento
uterino e o aumento do fluxo sanguíneo
uteroplacentário.
METABOLISMO GLICÍDICO
O feto necessita de glicose e aminoácido
para um crescimento adequado.
Quando a grávida está em jejum
prolongado, por exemplo, sua glicose está
baixa, mas o feto continua a extrair glicose
e aminoácido da circulação materna =
parasitismo verdadeiro.
Transferência da glicose materna para o
feto é feita através de difusão facilitada.
20mg % pelo feto → diminuição
fisiológica dos níveis de glicemia materna.
- Ajustes:
Menor utilização periférica da glicose →
ineficácia da insulina, RI fisiológica,
devido a redução na sensibilidade tecidual
materna à insulina (para oferecer ao feto,
ela diminui suas próprias necessidades)
OBS.: Apesar de haver hiperplasia das
células beta pancreáticas, pela ação do
estrogênio + progesterona e maiores níveis
plasmáticos de insulina, esse hormônio
torna-se eficaz devida a ação de hPL, hCG,
estrogênio, progesterona, cortisona,
prolactina e glucagon.
METABOLISMO LIPÍDICO
Há uma maior mobilização da gordura
corporal para produção de energia para a
mãe → elevação dos níveis plasmáticos de
ácidos graxos, triglicerídeos, colesterol,
lipoproteínas, fosfolipídeos.
Serve como fonte energética para o
metabolismo materno e como reserva
energética no jejum.
METABOLISMO PROTEICO
O aumento dos níveis de insulina facilita a
entrada de aminoácidos na célula → níveis
séricos diminuídos de aminoácidos.
Hemodiluição → diminuição das proteínas
plasmáticas → edema (redução da
albumina)
20% das calorias que o feto necessita
por dia são de proteína!
EFEITOS SISTÊMICOS POR
ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS DA
GESTAÇÃO
1. ADAPTAÇÃO DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
Dificuldade respiratória devido ao
tamanho aumentado do útero que acaba
elevando o diafragma e alargando o tórax
Aumento do consumo de oxigênio.
OBS.: Gestantes com problemas
respiratórios como asmas ou pneumonia
têm maior risco de descompensação
rápida.
A capacidade pulmonar total se reduz em
% durante a gravidez e o volume de
reserva respiratório em 20%.
2. ADAPTAÇÃO DO SISTEMA
DIGESTÓRIO
Há sintomas comuns relacionados ao
sistema digestório no 1º trimestre como
náuseas, enjôo e vômitos. Gengivas
edemaciadas, hiperêmicas sangram com
facilidade). Diminuição do pH salivar
(devido ao aumento da frequência
alimentar)
Esvaziamento gástrico feito mais
lentamente, o que pode gerar pirose e
refluxos gastroesofágicos e mais
constipação.
3. ADAPTAÇÃO DO SISTEMA
CIRCULATÓRIO E URINÁRIO
Maior frequência cardíaca e volume
sanguíneo.
A hemodiluição diminui a quantidade de
hemácias e albumina (podendo causar
anemia fisiológica) = edema.
O volume sanguíneo aumenta em 50% a
partir da 6s até 34s. Volume globular
aumenta cerca de 25% a partir do 60m
(menores taxas de hematócrito e
hemoglobina = anemia fisiológica)
Fluxo sanguíneo: O fluxo renal aumenta
cerca de 50% no 1º trimestre ediminui no
último mês.
- Polaciúria e incontinência urinária
devido a compressão da bexiga.
- Aumento do fluxo plasmático renal
(50 - 85%)
- Aumento da excreção de cálcio,
glicose e proteínas pela urina.
- Maiores predisposição a infecções.
- 70% do peso gestacional ganho é
hídrico.
4. ALTERAÇÕES
PSICOLÓGICAS
- Fatores hormonais;
- Fatores socioculturais/
familiares;
- Período de estresse e
ansiedade;
- Redobramento de atenção
aos transtornos alimentares;
- Progesterona - efeito
depressivo e influência
sobre o comportamento
introspectivo e regressivo
da mulher;
- Catecolaminas - papel
regulador das emoções
(depressão e euforia);
- Corti Corticóides -
responsável pelas variações
emocionais;
5. ALTERAÇÕES
NUTRICIONAIS
Diminui: Albumina sérica, Vit C, ácido
fólico, Vit B12, retinol sérico, status
hematológico, ferritina, vitaminas
hidrossolúveis e proteínas.
Aumenta: células brancas, caroteno e
tocoferol séricos, excreção de metabólitos,
folato, niacina e piridoxina.

Outros materiais