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Oitenta mil genes têm o homem na sua formação, o genoma traz codificado no DNA dos seus 46 cromossomos, as instruções que vão afetar sua estrutura, seu tamanho, sua cor, sua inteligência, enfim, todos os aspectos de seu comportamento. Inspirado nessas descobertas científicas é que o Sport Club Internacional parte para identificar seu “genoma colorado”. Esse projeto trabalha com jovens auxiliados por seus ascendentes genéticos, que são seus pais, avós e bisavós. Eles auxiliam na tarefa gigantesca de criar raízes, descobrir futuros craques, aumentando o quadro social, valorizando o orgulho e a auto-estima. Neste contexto científico, foi lançado oficialmente em agosto de 2002, pelo clube Internacional, na busca de expandir o clube para além do Rio Grande do Sul, o programa de núcleos do Genoma Colorado no Brasil e também no exterior com o objetivo de ampliar as fronteiras no aspecto social, esportivo. O clube faz-se representar por núcleos em todos os estados do Brasil ajudando na formação de cidadãos através do esporte, prospectando também jovens talentos. Dentre as diversas ações sociais promovidas pelo Sport Club Internacional, o Projeto Genoma Colorado talvez seja o que está mais intimamente conectado com a prática do futebol, paixão que está enraizada no coração de milhares de meninos, espalhados pelo Brasil. Foi pensando nisso, em 1974, o conselheiro Antônio Adil Souto criou o Projeto Coração Colorado, que viria se tornar o Genoma Colorado 27 anos depois. “A idéia era acordar a torcida colorada, até então adormecida neste Rio Grande e em todo o Brasil, fazendo com que todos se unissem ao clube para participar dos núcleos que seriam fundados em todos os bairros, vilas e cidades deste nosso país com a colaboração das comunidades”, explica o fundador da iniciativa. Em Três Barras, no Estado de Santa Catarina, os meninos que freqüentavam o núcleo eram meninos de rua, agora, todos estão na escola, aprendendo. “Desde que começou a jogar, meu filho parece estar dando mais valor para as amizades do que para as competições, ao contrário do que eu imaginava que iria acontecer”, afirma Patrícia Cechinel, mãe de Khalil, de apenas cinco anos, que já joga semanalmente no Núcleo do Genoma em Ipanema, em Porto Alegre. Além da prática do futebol, o Genoma Colorado possui outros vieses sociais, como o Garota Genoma Colorado, concurso que reúne dezenas de meninas, representantes dos núcleos, e abre a temporada de verão das piscinas dos Parques. Vários meninos destacam-se nos torneios do Genoma espalhados pelo Brasil. Hoje os atletas das categorias de base que residem no clube surgiram do Genoma. Mas isso não é o que mais importa. O que realmente incentiva a equipe de centenas de professores do Genoma Colorado é ensinar valores para os meninos como cidadania e a certeza que dali sairão novos homens, todos com o DNA de campeões. Desde 2002, 80 mil jovens já foram atendidos e mais de 315 núcleos estão espalhados pelos estados brasileiros e no Mercosul, com o objetivo de trazer retornos como a facilidade na descoberta de novos talentos para o futebol, o Intercâmbio esportivo e cultural com a organização de eventos e campeonatos regionais e estaduais e a tomada de posição do “Clube do Povo” em face da circunstância social do país, destinando boa parte do atendimento do Projeto para as populações de baixa renda nas regiões abrangidas. Em João Monlevade, cidade de 80 mil habitantes do estado de Minas Gerais, a empresa ArcelorMittal e a Prefeitura, incentiva a prática de handebol com o projeto Equipes de Competição da Abesc (Associação Buritis de Esporte e Cultura). Esta parceria proporciona aproximadamente 120 alunos, aulas de handebol que auxilia na formação de atletas na modalidade tradicional no município. O projeto Equipes de Competição é o segundo na área de Esportes que a ArcelorMittal, por meio da Fundação ArcelorMittal, trás para a cidade. “Hoje nós já temos o programa Esporte Cidadão, com aulas de futsal e vôlei, e agora estamos apoiando uma nova proposta que, da mesma forma, irá formar atletas e, quem sabe, campeões no futuro. E esta é a proposta da Fundação ArcelorMittal: contribuir, junto ao poder público, para o desenvolvimento das comunidades, principalmente através da formação de crianças e adolescentes”, salienta o gerente de RH, João Carlos de Oliveira Guimarães. Os projetos sociais esportivos influenciam de forma positiva nos aspectos psicológicos, biológicos e sociais na vida dos participantes, pois esses programas buscam transformar aspectos consideravelmente negativos em um propulsor para estes indivíduos alcançar seus objetivos e da sociedade em que estão inseridos. Os projetos sociais são extremamente importantes para o desenvolvimento da sociedade, pois, os mesmos têm a grandeza de educar e retirar crianças e jovens do mundo criminal, buscando uma interação com o mundo profissional e nas mudanças positivas no comportamento e no processo de humanização da sociedade.