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Clínica cirúrgica l . 5º Período Instrumentação e montagem de mesa O material cirúrgico, didaticamente, está dividido em 6 tempos cirúrgicos. Os instrumentos são divididos de acordo com a função e a lógica da utilização. 1. Diérese 2. Preensão 3. Hemostasia 4. Exposição 5. Especiais 6. Síntese O quadrante de diérese deve localiza-se ao lado da mesa cirúrgica, próximo ao paciente O cirurgião estará perpendicular ao instrumentador e sempre entregar os instrumentos com a curvatura para cima. A mesa deve-se manter organizado todo o período da cirurgia Na organização as pinças curvas sempre vêm primeiro que os retos, pois são mais utilizados. Dessa forma, por exemplo, quando o cirurgião pede uma tesoura sem especifica subtende-se que é a tesoura curva. DIÉRESE Corte ou separação de tecido orgânico. BISTURI Cabo de bisturi É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Caracterizado por um cabo reto, com uma extremidade mais estreita (colo), no qual é acoplada uma variedade de lâminas descartáveis e removíveis. O bisturi móvel pode ser de vários tipos e tamanhos, mais os principais são - Cabo n°3 – adapta-se às lâminas de n° 9 a n°11. - Cabo n°4 – adapta-se às lâminas de n°18 a n°50. Elétrico TESOURAS (curvas e retas) As tesouras são classificadas em dois tipos principais – tesouras curvas para cortas tecidos e na mesa devem permanecer com a parte côncava para baixo. Tesouras retas, usadas para cortar fio. METZEMBAUM – ideal para tecidos orgânicos É uma tesoura cirúrgica utilizada para cortar tecidos delicados. Existem de diversos tamanhos, podendo suas lâminas ser retas ou curvas, com tamanhos que variam de 14 a 26 cm. A principal característica é a proximidade da articulação com a ponta, em que a haste ocupa mais de 50% do total do comprimento. MAYO – normalmente utilizada p/ cortar fios As tesouras de Mayo-Stille de ponta romba são comumente utilizadas na Cirurgia Geral para desbridar e cortar tecidos mais densos, como: fáscia e músculos. Podem ser retas ou curvas e, também, usadas para cortar fios cirúrgicos e bandagens, entretanto, não são indicadas para o corte de fio de aço. Clínica cirúrgica l . 5º Período PREENSÃO Os instrumentos de preensão auxiliam na captação do órgão ou estrutura operatória PINÇA DE DISSECAÇÃO COM DENTE – ‘’dente de rato’’. PINÇA DE DISSECAÇÃO SEM DENTE – ‘’anatômica’’. COLLIN Pinças de 16 a 23 cm de comprimento, em forma de coração. Pode ser utilizada em preensão de tecidos e como pinça de antissepsia. DUVAL Apresenta extremidade distal semelhante ao formato de uma letra “D”, com ranhuras longitudinais ao longo da face interna de sua ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada em diversas estruturas, a exemplo das alças intestinais. Tem de 18 a 25 cm de comprimento. ALLIS Pinça de apreensão traumática, sua porção preensora possui hastes que não se tocam, com exceção das extremidades, curvadas uma em direção à outra e seus múltiplos dentículos nas pontas possuem poder de preensão por denteamento fino nas superfícies de contato. Variando de 14 a 23 cm. Clínica cirúrgica l . 5º Período BABCOCK CHERON (pinça de antissepsia) A pinça de Cheron é utilizada para realização da antissepsia do paciente por possuir hastes longas, assegurando que o instrumentador não se contamine. Apresentam cremalheiras e angulação em suas hastes. As garras são ligeiramente ovais e com ranhuras para a fixação das gazes. Usadas como transportadoras de gazes para curativos em profundidade. BACKHAUS (pinça de campo) Tem por finalidade fixar panos de campo, e elementos, como: mangueiras de sucção, cabos de eletrocautério e outros equipamentos necessários. Pode variar de 8 a 15 cm. OBS.: as pinças de Cheron e Backhaus não ficam no quadrante de preensão e sim localizadas no meio da mesa, pois depois que utilizadas elas não voltam para esse quadrante. HEMOSTASIA A hemostasia é entendida como o controle ou interrupção do fluxo sanguíneo. Ela pode ser classificada como temporária ou definitiva, além de preventiva ou corretiva. Hemostasia temporária ocorre quando o fluxo sanguíneo é reduzido ou suprimido temporariamente, durante o ato operatório – tamponamento com gases, compressão digital ou instrumental. Hemostasia definitiva há a oclusão permanente do lúmen do vaso sangrante – ligadura e sutura com fios, cauterização com bisturi elétrico, esponja de fibrina. HALSTED (pequena) - Pode ser denominada também de pinça reparo (quando for reta) e/ou mosquito - Formas retas e curvas - Uso: pequenas hemostasias, reparo de fios, montagem do bisturi. KELLY/CRILE (média) Clínica cirúrgica l . 5º Período ROCHESTER Características: serrilhado total; forte, grosseiro e grande. Possui a capacidade de preensão de vasos e massas. - Pinça de cavidade e oclusão de vísceras - Formas reta e curva - Hemostasia grande e profunda EXPOSIÇÃO Elementos mecânicos para afastar os tecidos seccionados ou separados, expondo os planos anatômicos ou órgãos subjacentes. São classificados como estáticos (autofixantes) ou dinâmicos (manuais). Os afastadores manuais são de posicionamento variado, alterado pela necessidade do momento operatório, já os estáticos mantêm uma posição predeterminada durante todo o procedimento operatório, sendo estes de grande valia quando há um número reduzido de assistentes que podem, então, assumir outros papéis dentro da cirurgia. AFASTADORES DINÂMICOS FARABEUF – planos superficiais Afastador dinâmico de mão, com hastes de comprimento e largura variadas constituídas basicamente de uma lâmina metálica dobrada no formato da letra “C”, usado para afastar pele, subcutâneo e músculos superficiais. VOLKMANN (em garra) – planos superficiais LANGENBECK – planos superficiais. WEITLANER – planos superficiais DOYEN – cavidade abdominal. Por apresentar-se em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, a válvula é utilizada primordialmente em cirurgias abdominais. É fabricada em diversos tamanhos e pode ser utilizada sozinha ou auxiliando outros afastadores. Clínica cirúrgica l . 5º Período VÁLVULA SUPRA-PÚBICA – cavidade abdominal. AFASTADORES ESTÁTICOS BALFOUR – cavidade abdominal. GOSSET FINOCHIETTO – cavidade torácica Afastador estático utilizado em cirurgia do tórax para abertura dos espaços intercostais ou mediosternal, possuindo engrenagem em barra transversa. ESPECIAL KOCHER Por ser muito traumática, atualmente é usada no clampe grosseiro e no reparo de tecidos fibrosos, como aponeurose. Possui pontas longas e robustas, com estrias transversais e dente-de-rato, podendo apresentar-se reta ou curva. CURETA CLAMP P/ ALÇA INTESTINAL Clínica cirúrgica l . 5º Período MIXTER Pinça conhecida também como pinça em “J”, de ponta angulada, serrilhado transversal na metade distal da garra, com 18 a 35 cm de comprimento. São largamente utilizadas na passagem de fios ao redor de vasos para ligaduras, assim como na dissecção de vasos e outras estruturas, como no trabalho em pedículos hepático, renal e pulmonar. SÍNTESE Finalização do ato cirúrgico Agulhas, fios cirúrgicos, grampos, porta agulhas PORTA AGULHA
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