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Epistaxe Definições É o sangramento originado da mucosa das fossas nasais. Hemorragia Nasal: É qualquer sangramento que se exterioriza pelas fossas nasais independente da origem: • seios paranasais, • rinofaringe, • tuba auditiva, • trato digestivo. Epidemiologia Maior incidência: Crianças < 10 anos; Adultos > 50 anos. Rara incidência: Crianças < 2 anos, considerar: Trombocitopenia; Traumas; Maus tratos. Taxa de mortalidade por epistaxe maciça: < 0,01% Origem Anterior Etiologia • Epistaxe de menor intensidade: – Geralmente, não necessitam de avaliação clínica extensa. – Epistaxe recorrente ou de maior intensidade: – Requerem investigação detalhada da etiologia. • Causas mais comum: – Idiopática (70%); – Trauma; – Hipertensão. – Dividida em duas grandes categorias: – Fatores locais; – Fatores sistêmicos. Fatores Locais • Levam a alterações diretamente na mucosa nasal. – Trauma – Cirurgias – Processos Inflamatórios da Mucosa Nasal – Medicações nasais – Corpos Estranhos – Tumores – Alterações Anatômicas – Outras causas: • cateter de oxigênio • irritantes químicos • drogas ilícitas Fatores Sistêmicos Alteraram o funcionamento dos vasos (direta ou indiretamente) ou a cascata de coagulação. Doença de Osler-Weber-Rendu (Teleangiectasia Hemorrágica Hereditária): Telangiectasias; Epistaxes recidivante; História familiar de hemorragia. Discrasias sanguíneas Malformações Vasculares HAS; Anticoagulação; Drogas Fatores diversos: Deficiência vitamínica C e K; Hepatopatias ou nefropatias. Anatomia • O suprimento sanguíneo das fossas nasais origina-se das artérias carótidas interna e externa: Área de Little/ Plexo de Kiesselbach: – Situada na porção anterior do septo nasal; – Local anastomoses entre o sistemas carotídeo interno e externo; – Local de origem da maioria dos sangramentos anteriores; – Vasos sanguíneos são revestidos por uma delgada membrana mucosa. Área de Woodruff: – Localizado na porção posterior do meato inferior; – Responsável pelas epistaxes posteriores; – Na literatura existe controvérsia quanto a sua formação; – Anastomose entre ramos das artérias: • Maxilar; • Nasal posterior; • Faríngea ascendente. Classificação • Anterior: Região anterior do septo nasal • 90-95 % dos casos; • Apresenta-se em quantidade pequena a moderada. Plexo de Kiesselbach (NEPAL) arterial: • Maior frequência • Artérias: – Nasoseptal; – Etmoidal anterior – Palatina maior – Labial superior Posterior: • Geralmente originados de ramos da artéria esfenopalatina; • Menos frequentes, porém os mais graves; • Mais comuns na faixa etária: • > 50 anos. • É provável que esse aumento na incidência ocorra por uma combinação entre alterações nasais degenerativas e mudanças na hemostasia decorrentes da idade. • Necessitam de medidas invasivas para seu controle; • Fatores predisponentes: • Temperatura fria; • Menor umidade do ar; • Poluição atmosférica. • Unilateral; • Bilateral. Anamnese - Intensidade (número de toalhas sujas). - Frequência (episódio é único/isolado ou recorrente) - Duração; - Uni ou bilateral; - História de trauma nasal. - Hábitos e vícios; - Uso de medicações antiagregantesplaquetários e/ou anticoagulantes; - Doenças associadas e história familiar de sangramentos. Exame Físico 1. Avaliar se há epistaxe ativa: Com o paciente sentado, observar se epistaxe é: Anterior: Oroscopia + Rinoscopia Anterior Posterior: Oroscopia. 2. Rinoscopia Anterior Localizar a origem do sangramento nasal: Anterior; Posterior. Com pinça baioneta: algodão embebido com a solução de lidocaína com adrenalina diluída a 1:2000 Abordagem Inicial • Inicialmente: – Tranquilizar o paciente; – Colocá-lo em posição confortável com flexão da cabeça. • Posteriormente: – Estado geral, PA, FC e FR; – Coloração de mucosas e hidratação. • Epistaxe Anterior – Cauterização: - ácido tricloroacético. – Tamponamento Anterior - Sangramento ativo difuso, não localizado, ou na ausência de resposta à cauterização: - Gaze com lidocaína gel • Epistaxe Posterior – Tamponamento Antero-Posterior - Sonda de Foley; - Tampão posterior. Exames Laboratoriais: 1. Hemograma; 2. Coagulograma; 3. Função hepática; 4. Função renal. Prescrever: 1. Hidratação; 2. Medicamentos antihipertensivos; 3. Antibióticos; 4. Analgésicos. Orientações para a alta
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