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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEURO CURSO: DIREITO (3º. SEMESTRE) DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES Org. Profa. Msc. Ruth Ester Poitevin 1. SÓCRATES (470—399 A.C) um dos mais importantes pensadores do ocidente; deu nome a um período filosófico; dividiu a filosofia grega em dois períodos: Pré-Socrático e Socrático. 1.1 PRÉ - SOCRÁTICO Período aproximado: séculos VI e V a.C; constituíram a fase inaugural da filosofia grega; indagações sobre a origem do mundo; direcionaram a filosofia ao mundo da natureza, tais como, os eclipses, os movimentos das marés etc. buscavam explicações mitológicas; destaques: figuras dos deuses – julgavam os homens e aplicavam a justiça; lendas, mitos e cultos religiosos (fontes de explicações); verificavam a religião como base do direito. Exemplo: Tales de Mileto (aproximadamente ano 600 a.C) Themis e Zeus, o casamento que inseriu a ordem e equidade no mundo Themis (mitologia grega) ou Justitia (mitologia romana) - Uma das deusas da cosmologia. Pré-Socráticos Interesse filosófico direcionado ao mundo da natureza; buscando nela as explicações e o conhecimento Socráticos: afastaram-se dessa visão, em direção à contemplação do homem buscavam no homem o conhecimento passaram a estudar questões relativas ao convívio social e à política FILOSOFIA DE SÓCRATES – relevante importância para o autoconhecimento. Sofistas Sócrates Cosmolgia Antropologia Sócrates: Não deixou escritos; discípulos: Platão ( os diálogos) Xenofonte e Xenócrates “se escrevesse algo, seu pensamento poderia ser petrificado de modo incorreto no futuro, o que não ocorre com as palavras que permanecem viva no decorrer da história” Ironia socrática “Sei que nada sei” - colocou em dúvida seus conhecimentos, tendo em vista a) a complexidade das coisas; b) conhecimentos transmitidos pelos sofistas, que dominavam a arte da retórica e a usavam para convencimento de suas teses, sem se comprometer com a verdade. c) pensamento que reforça a contrariedade de Sócrates em relação aos sofistas – não os via como filósofos. DIALÉTICA arte de se discutir e trabalhar com opiniões opostas Visão de Platão: uma teoria do conhecimento em que se separa a opinião da verdade; o sensível do inteligível; a aparência da ideia. chegar às verdades absolutas com o auxílio da dialética. DIALÉTICA (diálogo como método para se buscar a verdade) Exortação (chamamento para a discussão) Indagação (pergunta-se a respeito do tema) Refugação (exposição dos argumentos a serem discutidos) MAIÊUTICA (é o “nascimento” das ideias/conhecimento após um período de reflexão) Método Socrático Virtudes Não é uma técnica; portanto não se ensina; é algo intrínseco à natureza humana. homem virtuoso: dotado de conhecimento Virtudes: sabedoria, temperança, justiça, coragem, piedade (STJCP) Por meio da dialética o homem pode descobrir as virtudes que existem em si mesmo. A grande virtude de um homem está no conhecimento Todos os homens são iguais, todos são capazes da ciência e possuem uma alma racional onde se encontra a verdade (um dos ensinamentos mais importantes de Sócrates) Justiça Sofistas: associaram a justiça e a verdade à lei que decorria da vontade do homem Sócrates: estimulava o conhecimento de conceitos “o que é a verdade”, “o que é a justiça” – procurava um fundamento para todas as coisas para que, então, se chegasse a uma verdade Justiça (Sócrates): algo decorrente do autoconhecimento, O homem que age para o bem é conhecedor da verdade; A ignorância, justificativa daqueles que agem para o mal. Homem Autoconhecimento Bem Justiça Sócrates Lei: instrumento para se alcançar a igualdade e manter a ordem social ; estabeleceu na sua obediência a diferença entre o homem civilizado e o bárbaro. Sócrates –resumo •Antropologia •“Sei que nada sei” •Dialética •Justiça como virtude 2. PLATÃO (427-347 A.C) Registrou a filosofia de Sócrates (Apologia de Sócrates); a Filosofia: um saber verdadeiro, deve ser usado em benefício dos seres humanos; como Sócrates, afastou-se dos fundamentos religiosos e mitológicos; as explicações estavam relacionadas à razão. Visão dupla do universo pela dialética, procura-se transcender de um mundo para outro MUNDO DAS IDEIAS (DA RAZÃO/ DA INTELIGÊNCIA) MUNDO DAS APARÊNCIAS DOS HOMENS/MATERIAL) Mundo dos modelos; da perfeição; da realidade inteligível; imaterial Mundo das coisas; da imperfeição da realidade sensível. conhecimento fundado na razão; destinação, objetivo: chegar à perfeição presente no mundo imutável das ideias. Platão e a justiça justiça perfeita só existe no mundo das ideias – modelo para a justiça humana; Justiça humana, imperfeita; mas necessária para que não se instaure o caos; Platão (idealista); O bem corresponde a algo inalcançável, mesmo que exista dentro de cada homem; “Mito da Caverna” em que o homem não consegue sair; Conhecimento humano caminho para a realização do bem; a ignorância é a razão dos erros. Diálogos de Platão 1ª. Fase: Moral (centrado em Sócrates) trata das questões morais, como a análise das virtudes 2ª. Fase: Justiça ideal (Sócrates, porta-voz de seus pensamentos) filosofa a respeito da justiça ideal. 3ª. Fase: Coercibilidade e preceitos positivos trabalha com a Coercibilidade no Direito, na organização das leis (preceitos positivados) para a criação de uma cidade justa e organizada. Cidade ideal - Platão trabalha com conceitos relativos à distribuição da justiça, virtudes e à educação analisa a obrigação dos cidadãos na cidade, funcionamento e administração da cidade Objetivo (Cidade ideal): realizar a justiça cada indivíduo tem suas obrigações atribuídas de acordo com suas aptidões naturais – filósofos, guardiões, artesãos. cooperação entre os homens: cada um deve cuidar do que lhe diz respeito, cumprir suas atribuições – assim se atinge a justiça. Platão Visão dupla do universo Justiça perfeita – mundo ideal Cidade platônica
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