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O DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL COMO SUPORTE PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Aluno: Mariana Carvalho de Oliveira Prof: Ludmila Meira de Souza Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Graduação em Administração (ADG103) (2022/1) Empresa Entrevistada: Estaleiro Jurong Aracruz - ES RESUMO Este estudo tem como objetivo avaliar o diagnostico utilizado em uma empresa do segmento de Construção naval, avaliar, pontuar e entender o diagnóstico para apresentar de forma prática sua aplicação no mercado. Essa pesquisa tem a finalidade de avaliar e entender como o diagnostico empresarial pode ajudar no planejamento estratégico da empresa e identificar as ferramentas utilizadas pela empresa nas áreas de logística e comercial e assim, conseguiremos entender e conhecer seus pontos fracos e fortes permitindo fazer uma análise de cada ponto do ambiente interno e externo da organização. Com o desenvolvimento tecnológico, a utilização desses recursos, torna-se uma necessidade para que as organizações tenham mecanismos estratégicos para enfrentarem novos desafios e serem bem-vistas no mercado. A finalidade da empresa é obter lucros através da aquisição de construções e a obtenção de novos contratos, e para isso é importante ser estratégica em suas ações. A pesquisa realizada neste trabalho tem natureza qualitativa, foi utilizada uma metodologia de pesquisa descritiva que teve como instrumento de coleta de dados um questionário direcionado ao Coordenador de Contratos da empresa, e com essa pesquisa pode-se elaborar o diagnóstico seguindo um modelo de planejamento estratégico. Com este estudo se verificou o problema da pesquisa, com estes resultados pode-se fazer uma análise ser utilizada como apontamento para um trabalho de melhoria na empresa e na elaboração de seu plano estratégico Palavras-chaves: Planejamento Estratégico; Diagnóstico Organizacional; Gestão Financeira; e Logística; 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como interesse o tema de diagnostico empresarial como suporte para o planejamento estratégico, e tem como objetivo realizar o diagnóstico para conhecer os pontos fontes e fracos da área comercial e logística em uma empresa do segmento de Construção Naval. A empresa Estaleiro Jurong Aracruz, empresa entrevistada neste trabalho, atua no ramo de Construção Naval, atuando na construção de FPSO e reparos em plataformas flutuantes, localizada na cidade de Aracruz-ES, a empresa utiliza as ferramentas de analises comerciais e Logística como apoio para se diferenciar no mercado e obter vantagem competitiva. A empresa sempre busca melhorar seus métodos, através destas ferramentas acondiciona a sua estrutura de maneira a tornar seus processos competitivos e eficazes, a partir deste prisma o diagnóstico empresarial vem de encontro com as premissas da organização. O diagnóstico empresarial atua na identificação das prioridades e necessidades da empresa. Para obter um prognóstico e compreender as variáveis do comportamento da organização é necessário conhecer a empresa em sua essência e analisar todas suas áreas de gestão podendo assim sugerir soluções necessária para um funcionamento eficaz da empresa. Diante disto levantamos o seguinte questionamento: como o diagnóstico empresarial pode ajudar no planejamento estratégico de uma empresa do segmento de Construção Naval? O objetivo consiste em realizar um diagnóstico empresarial em uma empresa do segmento de Construção Naval. Em convergência com o objetivo geral foram estabelecidos os objetivos específicos, os quais são: a) Identificar os pontos fortes e fracos da organização. b) Confrontar as práticas organizacionais com os fundamentos teóricos que pautam a matéria; c) Analisar procedimentos e ferramentas das áreas de gestão Comercial da empresa. Este estudo apresenta como o diagnóstico empresarial pode ajudar a empresa conhecer os seus pontos fortes e fracos, a fim de pontuar aperfeiçoamentos e melhorias para se destacar da concorrência. O diagnóstico pontua quais as ferramentas podem ser utilizadas para os reparos provenientes as necessidades da organização e na concepção de novas medidas de desempenho. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O Diagnóstico Empresarial O diagnóstico organizacional segundo Rosa (2001, p. 05), “é o levantamento e análise das condições de uma empresa com a finalidade de se avaliar qual é o seu grau de saúde ou eficiência”. Diagnóstico organizacional estratégico procura responder qual é a real situação da organização tendo em vista determinados aspectos, nessa oportunidade será objeto de estudos a cultura organizacional considerando que cada instituição possui comportamento e hábitos próprios que as diferem das demais, compõe sua identidade e que impactam no seu ambiente como todo. O diagnóstico para Cavalcanti e Mello (1981), permite fazer um levantamento das necessidades de uma empresa que através de pesquisas pode-se obter informações passadas e presentes a fim de identificar o problema e recomendar uma intervenção. Com a análise das informações, pode-se identificar os pontos fortes e fracos e conhecer os problemas com profundidade os quais a empresa pode estar enfrentando, visando identificar as suas causas e indicar ações de melhoria. Segundo Bergamini (1980) o diagnóstico é o mais complexo entre todos os passos do processo administrativo, porque exige que o investigador seja detalhista estando atento para detectar os sintomas, sendo um trabalho que exige cautela para que tenha coerência. Bergamini (1980, p.25) afirma ainda que: “No momento do diagnóstico, todas as portas por onde podem entrar informações devem ficar bem abertas, em que pese à utilização de uma sistemática de levantamento de dados mais técnica e quantitativa. Não basta receber informações, é necessário interpretá-las e desvendar, com isso, o seu real significado. Não raro, quando as pessoas dentro das organizações percebem que se está fazendo um diagnóstico e se sentem crivadas de perguntas, colocam-se na defensiva, informando parte do problema e até distorcendo dados. Há que se ter habilidade especial de detetive, sem criar sensação de pânico ou levantar inseguranças desnecessárias.” Para a realização do diagnóstico é necessário obter diversas informações do ambiente interno e externo da organização, para assim saber quais são relevantes para a execução do diagnóstico podendo apontar o real potencial da empresa, é a fase inicial do planejamento estratégico, é uma ferramenta essencial utilizada por consultores. (OLIVEIRA,1996). Para Araújo (2005) deve-se considerar uma consultoria de um especialista para a análise administrativa da empresa, é uma etapa inicial que tem inúmeras vantagens. Para ele todas as organizações possuem pontos fortes e fracos, por isso é importante essa acessória para avaliar periodicamente para que a empresa possa maximizar os pontos fortes e buscar melhorias aos pontos fracos tornando a organização cada vez mais eficiente. 2.2. Modelos de diagnósticos organizacional Possuem vários modelos de diagnóstico, cada autor pontua técnicas para a realização da pesquisa e quais informações obter que tenham maior relevância. Diagnosticar para Thiollent (1997), é uma ferramenta utilizada em diversas outras áreas. Os métodos de diagnóstico são práticos e devem ser adaptados conforme a necessidade de cada organização e a escolha do modelo a ser executada que será escolhida pelo investigador. 2.3 O Planejamento Estratégico e Comercial As técnicas de Planejamento têm evoluído nos últimos anos, do Planejamento Orçamentário à Gestão Estratégica, como mostram os levantamentos de Gluck etal. (1980), Fischmann e Almeida (1991), Lobato et al. (2003), Lodi (2003), Tavares (2000) e David (2003),sintetizados no Quadro 1. Para Pereira (2010) o planejamento estratégico consiste em elaborar estratégias para aumentar a competitividade de uma organização, através de uma análise ordenada dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da empresa, assim possibilitando a empresa elevar seu lugar no mercado. Inicia-se a fase de diagnóstico, onde a organização precisa se questionar se está no momento ideal para a realização do seu Planejamento Estratégico. De acordo com Fernandes e Berton (2005), as estratégias empresariais têm origem militar, os militares estudavam maneiras de derrotar o inimigo, onde era analisado as forças do inimigo, seus recursos disponíveis e a disposição para a luta. Para os autores a primeira etapa a ser analisada é fazer uma lista com as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças detalhada do adversário para conhecer o ambiente em que se realizará o combate, assim buscou-se o melhor posicionamento e a definição do melhor plano de ação para o ataque e a defesa. Segundo Chiavenato e Sapiro (2009), Philip Selznick apresentou uma forma de listar e cruzar os pontos fortes e fracos da organização com as oportunidades e ameaças criando assim a Matriz SWOT, oportunizando a empresa ter informações necessárias para a tomada de decisões como base de sua missão, visão e valores. A Matriz SWOT recebe este nome sendo a abreviação de Strength = forças; Weaknesses = fraquezas; Opportunities = oportunidades; Threats = ameaças). A primeira etapa para essa análise, é listar os quatro pontos para uma avaliação da empresa. Já para Fernandes e Berton (2005), deve-se primeiro listas as forças e fraquezas da organização e somente depois listar as oportunidades e ameaças. Na figura 3 demostra as quatro zonas apresentada por Chiavenato e Sapiro (2009). Figura 3 – As quatro zonas da Análise SWOT Fonte: https://crmpiperun.com/blog/analise-swot-matriz-swot/ A administração estratégica teve grandes progressos desde o surgimento do planejamento de longo prazo. Atualmente, existem melhores técnicas de análise estratégica, novos conceitos de formulação de estratégia e um maior entendimento dos aspectos comportamentais: “Minha crença é que na próxima década os avanços na administração estratégica serão muito mais sobre administração de mudança estratégica do que formulação de estratégia. De fato poder-se-ia ver o termo ‘mudança estratégica’ tornando-se a nova máxima da próxima fase da administração estratégica (HUSSEY, 1998 ).” As quatro etapas – avaliação, formulação, implementação e aprendizagem relacionam e interagem, entre si, de duas maneiras: através da condução do processo de mudança e pelo monitoramento e retroalimentação das diversas fases ou etapas, conforme mostra a Figura: 2.4 Gestão Financeira O planejamento financeiro preocupa-se com a parte financeira, na qual se pode destacar, os elementos da política de investimento e financiamento da empresa, sem examinar detalhadamente os componentes individuais dessas políticas. Um plano financeiro eficaz deve dar a luz no momento de expor as ligações das diferentes propostas de investimentos ligadas a várias atividades operacionais da empresa e, as opções de financiamento disponíveis a ela no mercado, formalizando a maneira pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Gitman (1997, p.588) discorre "O planejamento financeiro é um dos aspectos importantes para funcionamento e sustentação de uma empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. De acordo com Gitman (1997), a gestão financeira pode ser definida como: “A arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos". Para o autor as principais áreas de finanças podem ser divididas em duas amplas partes de acordo com as oportunidades de carreira: Serviços Financeiros e Administração Financeira. Segundo Gropelli e Nikbakht (1998), para serem bem sucedidos, os administradores financeiros têm que se envolver com as mudanças que ocorrem, constantemente, no campo das finanças, ou seja, são responsáveis pelo reconhecimento e respostas aos fatores de mudanças em todos os ambientes, sejam eles privados, públicos ou financeiros. O gestor financeiro deve estar atento às condições do financiamento obtido no mercado financeiro para minimizar o risco e o ônus. Compete ao gestor financeiro, analisar as vantagens e desvantagens do financiamento, bem como o retorno, os juros e os riscos inerentes ao negócio (BREALEY & MYERS, 1998). Para o professor Bartel (2011) os fluxos na gestão financeira são os recebimentos e os pagamentos (Fluxo de Caixa: as entradas e as saídas de dinheiro do caixa). Para o autor essa movimentação não apresenta equilíbrio, pois a quantidade que recebemos não é a mesma quantidade que pagamos, e vice-versa. Na figura é demonstra a estrutura do fluxo de caixa: Fonte: https://direcionalconsultoria.com.br/noticias/fluxo-de-caixa-o-que-e- e-como-implantar/ 2.5 Logística A logística é uma das atividades mais antigas da história. Apesar disso, com a introdução de diversos novos conceitos, quebra de paradigmas e a forte utilização da tecnologia ocorrida nas últimas décadas, a logística abrange alguns dos conceitos gerenciais mais modernos atualmente. Segundo Lustosa et al. (2008), ao longo das últimas décadas, pode-se observar uma crescente integração nos processos relacionados à logística dentro das empresas, desde uma visão fragmentada nos anos 70 até o conceito mais moderno de Gestão da Cadeia de Suprimentos (“Supply Chain Management” – SCM), conforme ilustrado na figura: Segundo Bowersox e Closs (2008), o papel da logística pode ser definido como a coordenação interfuncional na gestão da aquisição, da armazenagem, da movimentação e da distribuição de suprimentos. Visa na reduzição custos e agregar valor aos produtos e assim a satisfação dos clientes. A gestão da logística vem ganhando destaque nos últimos anos, uma área que está se expandindo cada vez mais de forma estratégica quebrando paradigmas no desenvolvimento de suas atividades. Um processo de planejamento, onde a empresa seja capaz de ter um controle do fluxo de armazenamento eficaz de suas mercadorias. Segundo Gasnier (2002, p.17) a logística também pode ser definida da seguinte forma: Logística é o processo de planejar, executar e controlar o fluxo e armazenagem de forma eficaz e eficiente em termos de tempo, qualidade e custos, de matérias primas, materiais em elaboração, produtos acabados e serviços, bem como as informações correlatas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo (cadeia de suprimentos), com o propósito de assegurar o atendimento das exigências de todos os envolvidos, isto é, clientes, fornecedores, acionistas, governo, sociedade e meio ambiente. Bowersox e Closs (2001) afirmam que os cinco fatores que levam às operações globalizadas são: o crescimento econômico; a abordagem da cadeia de suprimento (contratação de serviços externos); a regionalização (necessidade de desenvolver novos mercados); a tecnologia (aumento da capacidade para a troca de informação); e a desregulamentação (financeira e de transportes), conforme mostrado na figura: 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para Gil (2002), a pesquisa pode ser definida como um modo racional e sistemático que proporciona respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados. Neste trabalho, foi utilizado uma pesquisa através de leitura do conteúdoofertado no AVA acadêmico da Uniasselvi, artigos investigados na internet, utilização do Google Acadêmico, e bibliotecas virtuais, tendo como referência diversos autores e através dessa análise, ter uma base adequada para entender o tema proposto e selecionar as fontes para este estudo. Foi realizado uma pesquisa qualitativa, em uma empresa do segmento de Construção Naval e através dessa pesquisa pode-se conhecer quais as ferramentas utilizadas pela empresa para os setores Comerciais e Logístico, e assim, pode-se fazer análise administrativa e com esse diagnóstico levantar as necessidades da empresa, com o intuito de descrever o problema e iniciar um processo de melhorias. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com dezesseis perguntas disponibilizadas como roteiro pela Universidade, estas buscando entender os mecanismos de estratégia da Empresa. As perguntas foram direcionadas ao gestor de Compras, senhor Gustavo Henrique Lemos, colaborador a 12 anos na organização; os resultados obtidos foram suficientes para o Diagnóstico Empresarial. 4 RESULTADOS E DISCUÇÃO 4.1 A Empresa A empresa objeto desse estudo é o Estaleiro Jurong Aracruz , a empresa iniciou suas atividades no Brasil em 2011, empresa subsidiada pela Multinacional Sembcorp Marine, o Estaleiro atua no mercado com foco no fornecimento de serviço de montagem e reparo de Plataformas tendo como principal cliente a Petrobras. A empresa está sempre em busca das melhores soluções para atingir a satisfação dos seus clientes. A estrutura oferecida pelo EJA está preparada para atender não só as demandas da Petrobras, mas as exigências do mercado mundial, na fabricação de embarcações e jaquetas (estruturas básicas das plataformas de petróleo), gerando negócios para fornecedores locais, emprego e renda para trabalhadores locais e divisas para o Espírito Santo, e hoje possuo uma media de 3.500 colaboradores entre diretos e indiretos. Através da pesquisa realizada com a empresa pode-se verificar aspectos como o modo de pensar da empresa, bem como sua personalidade e as relações de poder que envolvem a organização e como isso se traduz nas responsabilidades e tomadas de decisão. Com estes dados pode-se desenvolver um de Diagnóstico da Organização onde pode-se fazer um check-up de todos os pontos, assim permitindo uma visão geral, a fim de analisar instabilidades em todos os setores da empresa. De acordo com Chiavenato (2004) o planejamento pode ser dividido em três níveis que envolve de forma extensa e engloba todos os setores. No quadro demonstra os três níveis e como ele divide o Estaleiro Jurong Aracruz: Quadro: Níveis do Planejamento Estaleiro Jurong Aracruz Fonte: Adaptado pelo Autor esquema de Chiavenato (2004) e Informações da Empresa O Estaleiro Jurong Aracruz possui objetivos e metas estabelecidas de maneira formal, fato este que demonstra que utilizam a ferramenta de planejamento. Nesse contexto, segundo Dolabela (2000) o empreendedorismo é todo processo de planejamento da empresa, onde envolve todas as áreas da empresa. Cada setor da empresa necessita cumprir o seu papel e ter um plano •PRESIDENTE •VICE PRESIDENTE •DIRETOR ESTRATÉGICO •GERENTE •CORDENADOR •ESPECIALISTAS •ADM TÁTICO •PROJETO •TEC. NAVAL •LIDER OPERACIONAL •AJUDANTES OPERACIONAL estratégico para a condução de suas ações. O planejamento estratégico coloca todos os objetivos e metas estabelecidos e em prática, mostrando realmente o seu emprego e relevância. Segundo Chiavenato (2012. p. 292): Empreendedorismo não é apenas criar novos produtos ou serviços, até mesmo desenvolver empresas, mas sim ter inovação em todos os processos de negócios, como produtos, processos, ideias e ferramentas para que possa ter estratégias no mercado e se diferenciar dos demais concorrentes. Conforme Oliveira (2010) para o planejamento estratégico da empresa deve-se seguir os seguintes passos: 1 - Definição da Visão e Valores; 2 - Análise externa (identificação das ameaças e oportunidades); 3 - Análise interna (identificação dos pontos fortes e fracos); 4 - Missão; 5 - Propósitos atuais e potenciais da empresa; 6 - Estruturação e debate de cenários; 7 - Estabelecimento da postura estratégica; 8 - Resultados a serem alcançados (objetivos, objetivos funcionais, desafios e metas); 9 - Estabelecimento das Políticas. Seguindo a ideia de Oliveira (2010) o Estaleiro Jurong Aracruz dispõe de alguns dos passos indicados para plano estratégico e define os seus princípios como: • Visão: Ser o parceiro de escolha para os setores offshore, naval e de energia. Valores: Como subsidiária da SembCorp Marine, JSPL o EJA partilha de oito valores fundamentais: 1. Alinhamento com o Cliente Atender às necessidades dos clientes é fundamental para o nosso sucesso. Fornecemos soluções inovadoras alinhadas com novas necessidades e expectativas de nossos clientes assim como construímos relacionamentos duradouros com eles, com base na confiança e no propósito compartilhado. 2. Integridade Realizamos nossos deveres com honestidade, dedicação e respeito pela confidencialidade. Valorizamos a lealdade, a confiabilidade e a transparência como atributos pessoais essenciais em nossa cultura corporativa. 3. Inovação Acreditamos que inovação e criatividade são essenciais para permanecer à frente da concorrência. Alcançamos a liderança da nossa indústria através da inovação constante em soluções de tecnologia e engenharia. 4. Saúde, Segurança e Meio Ambiente Temos o compromisso de promover um ambiente de trabalho saudável e seguro para nossos clientes, colaboradores, fornecedores e a comunidade. Nós assumimos a responsabilidade por nossa segurança pessoal e pela segurança dos outros. Também adotamos medidas concretas para garantir a Sustentabilidade Ambiental. 5. Qualidade Estamos comprometidos em atingir padrões de qualidade para atender às expectativas de nossos clientes. Nós incentivamos Qualidade da mesma forma que Saúde, Segurança e Meio Ambiente. 6. Trabalho em equipe Trabalhamos em conjunto como uma equipe coesa, com confiança e respeito mútuos, para alcançar nossos objetivos coletivos. Nós abraçamos a diversidade, fomentamos relacionamentos próximos e desenvolvemos o espírito de equipe por meio de comunicação e cuidado efetivo uns com os outros. 7. Foco em pessoas Nós respeitamos e valorizamos cada indivíduo em nossa organização. Oferecemos a nossos colaboradores oportunidades, recompensas e reconhecimento, bem como um ambiente propício para satisfação com seu trabalho e realização de seus potenciais. 8. Responsabilidade com a comunidade Nós vemos nossos negócios como parte integrante da sociedade. Temos o compromisso de sermos cidadãos corporativos responsáveis, tanto local quanto globalmente, construindo uma organização solidária e contribuindo com a comunidade. • Missão:. Somos uma empresa global que fornece soluções, produtos e serviços de engenharia inovadores para os setores offshore, naval e de energia. • Postura Estratégica: Empresa está sempre em busca para que seus serviços tenham destaque no mercado, conta com profissionais qualificados para desenvolver mecanismos de destaque, na apresentação comercial, na prestação dos serviços e no prazo de entrega como destaque diante dos concorrentes. Treinamento frequente para seus colaboradores e de seus diretores, reuniões semanais com seus colaboradores, possui também feedback semanal aos clientes informando o status de entrega do serviço. O Estaleiro Jurong demostra a definição do processo de fluxo geral da empresa, conforme o quadro: Quadro 3: Fluxograma da empresa Estaleiro Jurong Aracruz Fonte: Autor – Informações da Empresa 4.4 Gestão Financeira Quadro: ÁREA DE FINANÇAS: Pontos a verificar 1- PROSPEÇÃO DO CLIENTE 2- PRIMEIRO ATENDIMENT O3- ANALISE DO SERVIÇO 4- ELABORAÇÃ O DE PROJETO PELA ENGENHARIA 5- APRESENTAÇ ÃO DO PROJETO AO CLIENTE 6- ALTERAÇÃO DO PROJETO 7- NEGOCIAÇÃO DE BID 8- FECHAMENTO 9- ELABORAÇÃ O DO CONTRATO 10- NEGOCIAÇÃO DE PRAZO DE ENTREGA 11- INCIO DE PRODUÇÃO E COMPRAS DE MATERIAIS 12- PLANEJAMEN TO DE CONSTRUÇÃ O 13- ACOMPANHA MENTO DE FABRICAÇÃO 14- NEGOCIAÇÃO FINAL DE ENTREGA 15- ENTREGA 16- FEEDBACK PONTOS FORTES • Possui um setor financeiro próprio • Possui uma financeira própria • Baixa taxa de inadimplência • Faturamento bilionario PONTOS FRACOS • Não possui um sistema de gestão informatizado. • Utiliza a ferramenta de excel manual para controle • Pagamentos antecipados, e retorno financeiro apenas no final do Projeto O Estaleiro Jurong possui um setor financeiro direto da empresa, este que utiliza de diferentes ferramentas para auxiliar para o controle das entradas e saídas com um controle de fluxo. O profissional responsável pelo setor gerencia, acompanha e avalia todas as atividades da organização através de dados financeiros, bem como o total de capital necessário, assim permitindo um planejamento para a programação de recebimento e pagamentos através do acompanhando da situação de débito de todos os clientes e contas a pagar e a receber. De acordo com Augustin (1999, p. 17) Todo processo de apuração de resultado (lucro ou prejuízo) contábil e de posições patrimoniais (ativos e passivos) está ligado ao regime de competência, distinto do regime de caixa, em que o impacto dos acontecimentos sobre o ativo, passivo e o resultado é reconhecido nos períodos em que os respectivos fatos geradores ocorrem, e não quando se recebe ou paga. De acordo com Berti (2001), para a elaboração de um Diagnóstico Empresarial o primeiro passo é ter total conhecimento financeiro da organização para que seja possível comparar os resultados almejados pelas empresas, com a real situação apresentada. A empresa não possui um sistema automatizado para a gestão, conta com planilhas que são alimentadas diariamente e são analisadas mensalmente para um controle mensal onde é feito uma comparação entre todos os custos, faturamento e recebimento, e suas evoluções para uma análise anual. A empresa controla seu caixa com base nos contratos fechados e a estimativa de budget a receber. Os pagamentos contratuais são feitos através de medição na entrega de cada projeto. 4.4 Produção e Logística Quadro 7: ÁREA DE PRODUÇÃO E LOGÍSTICA: Pontos a verificar O Estaleiro conta com uma produção própria, operando equipamentos de altíssima precisão, com processo de produção em grande escala, todas as áreas setorizadas, um sistema de produção por programação chamado PCP (Planejamento e Controle de Produção), assim garantindo agilidade na produção, reduzindo o prazo de produção, facilitar a integração entre os setores produtivos e de vendas, equilibra os trabalhos internos (com processos adequados e pessoas qualificadas) e externos da empresa (conectando-a com o mercado). Esse sistema permite programar todos os cortes, furações e sistemas de fixação e encaixe facilitando a montagem da estrutura. Segundo Becker et tal (2016) são pré-requisitos para o processo de PCP (mesmo que suas funções sejam realizadas, de maneira menos formal, junto com outras atividades administrativas ou geralmente concentradas em poucas pessoas): • Previsão de vendas; • Nível de estoque de produtos acabados; • Capacidade de produção; • Estrutura dos produtos; • Tempo das operações; • Nível de estoques de matérias-primas e insumos. A empresa vê como uma dificuldade a distância da indústria, pois quando necessita de um material ou assistência de peças que sofreram avaria é difícil conciliar a produção e o transporte em um prazo curto para não ter alteração na entrega final do cliente. PONTOS FORTES • Produção Industrializada Primarizada e Tercerizada • Produção de Montagem própria • Possui veículos de carga próprios PONTOS FRACOS • Alta demanda e muita rotatividade • Transporte para Assistências Conclusão Este trabalho permitiu analisar uma empresa do segmento de Construção naval, estudo este que pode-se conhecer a sua estrutura organizacional e seus objetivos. Diante deste estudo, pode-se dizer que o diagnóstico empresarial é, sem dúvidas, uma importante ferramenta para as organizações, contribuindo de forma relevante para o planejamento estratégico das empresas. Dentro desse enfoque foi estabelecido o objetivo geral e elencados os objetivos específicos, que no decorrer do estudo e em comparativos com os fundamentos teóricos estudados, chegou-se a conclusão que o diagnóstico empresarial pode contribuir muito para a elaboração do plano estratégico de uma empresa, sendo este o primeiro passo, obtendo com ele informações relevantes para o plano de ação. Pode-se observar que o Estaleiro Jurong Aracruz utiliza as ferramentas administrativas das áreas comerciais, financeira e logística para uma melhor organização. Através da pesquisa investigou-se os pontos fortes e fracos das principais áreas da empresa, seguindo o modelo da matriz SWOT. Porém nota- se a necessidade de um plano estratégico afim de valorizar seus pontos fortes identificados e corrigir seus pontos fracos, e assim conquistar a posição no mercado que a empresa almeja. O diagnóstico feito com a empresa objeto deste estudo, alertou seu gestor para questões que antes não havia se dado conta da importância de ter essas informações documentadas, é através desse diagnóstico deu subsídio para o início do planejamento estratégico da organização e assim iniciar um processo de mudanças em sua estrutura. Todo o trabalho desde o esboço do projeto inicial até a elaboração final, foram muito importantes para aquisição de conhecimentos, tanto pela exigência de muita leitura, quanto pelo contato com as pessoas envolvidas. Durante a elaboração deste estudo, do curso de Administração, foi uma experiência única e que oportunizou o crescimento pessoal e cultural, superando dificuldades, fortalecendo a autoconfiança e cultivando a persistência, requisito que não se aprende apenas em livros, mas que são indispensáveis no currículo de um bom administrador de empresas. Referências Gluck etal. (1980), Fischmann e Almeida (1991), Lobato et al. (2003), Lodi (2003), Tavares (2000) e David (2003) ARAÚJO, L.C.G. Organizações, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2005 AUGUSTIN, C. A. Capital de Giro. 2 ª ed. SãoPaulo: Atlas, 1999. BALLOU, R.H. - Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial. 5ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2006. BARTEL, Gonter - Gestão financeira. 2ª ed. Indaial: Uniasselvi, 2011 BECKER, Keitty, A. W. B; GIOVANELA, Adriana; FURTADO, Leonardo. Planejamento estratégico. UNIASSELVI, 2016. BERGAMINI, Cecília. W. Desenvolvimento de recursos humanos, uma estratégia de desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas, 1980. BAKKER, Arnold. B. Um modelo baseado em evidências de envolvimento no trabalho. Instruções atuais em Ciência da Psicologia, 20(4), 265-269, 2011. (Traduzido) BERTI, Anélio. Diagnóstico empresarial, teoria e prática. São Paulo: ícone, 2001. Disponível em: https://www.jurua.com.br/bv/conteudo.asp?id=22556&pag=15 Acessado em: 14 de Junho de 2019. https://www.jurua.com.br/bv/conteudo.asp?id=22556&pag=15 BEZERRA, Olivia M. P. A.; BRITO, Mozart J. Condições de trabalho e gestão da força de trabalho terceirizados. Encontro anual da associação nacional dos programas de pós-graduação em administração, Curitiba -1999. BREALEY, Richard A. & MYERS, Stewart, C. Princípios de Finanças Empresariais. 5ª ed. Portugal: Mc Graw Hill.1998. FERNANDES, B. H. R.; BERTON, L. H. Administraçãoestratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005. GASNIER, Daniel G. A dinâmica dos estoques: guia prático para planejamento, gestão de materiais e logística. São Paulo: IMAM, 2002. GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição, São Paulo, Atlas, 2002. GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. São Paulo: Saraiva, 1998. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª ed. São Paulo: Harbra. 1997. OLIVEIRA, Djalma de P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias, prática. 10. ed São Paulo: Atlas, 1996. PEREIRA, M. F. Planejamento estratégico: teorias, modelos e processos. São Paulo: Atlas, 2010. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1992. PORTER, Michael E. Estratégia: a busca da vantagem competitiva. 6ª ed. 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