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Resumo Anatomia do Sistema respiratório

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1Anatomia do sistema respiratório
	O sistema respiratório é formado por vias aéreas e estruturas, como cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e brônquios, bronquíolos e alvéolos presente dentro dos pulmões, que tem as seguintes funções: fornecer e retirar de gases que participam da hematose, auxiliar no controle de volume sanguíneo, pressão arterial e ph do sangue, possibilitar a produção vocal, auxiliar a compressão abdominal, e possibilitar movimentos aéreos de defesa, como a tosse e o espirro, impedindo a entrada de materiais estranhos pelas vias aéreas (VAN DE GRAAFF, 2003).
	Para eficiência desse sistema é necessário uma grande área para as trocas gasosas entre gases do ar e do sangue presente em uma extensa rede de capilares, com membranas permeáveis e seletivas, além de ter um ambiente úmido para facilitar o transporte de gases e também ter um controle autônomo e outro voluntario, para que sempre esteja de acordo com a necessidade do organismo, mantendo suas necessidades metabólicas (VAN DE GRAAFF, 2003).
	O termo respiração está relacionado a três funções: ventilação, troca de gases e a utilização do oxigênio. De acordo com essas funções, a ventilação juntamente com a troca de gases, a nível alveolar, denomina-se respiração externa, enquanto a utilização de oxigênio, a nível tecidual, denomina-se respiração interna (VAN DE GRAAF, 2003).
	As estruturas do sistema respiratório podem ser agrupadas de duas formas: (a)Sistema respiratório superior, com cavidade nasal, faringe e estruturas associadas, e sistema respiratório inferior, com laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões; (b)Parte condutoras, que incluem cavidade e estruturas que propiciem o transporte de gases para os alvéolos pulmonares, e parte respiratória, ou seja, a parte funcional, chamada alvéolo, que realiza as trocas gasosas (VAN DE GRAAF, 2003).
1.1Nariz
	O nariz é a parte do sistema respiratório localizado acima do palato duro que possui as seguintes funções: respiração, olfação, respiração, filtração, recepção de produtos secretados pelos seios paranasais e pelo ducto lacrimonasal, além de umidificar e aquecer o ar. É dividido em nariz externo e cavidade nasal (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.1.1 Nariz externo
	Ele se projeta a partir da face e pode ser de formato muito variado de pessoa para pessoa. O dorso do nariz se estende desde a raiz (região superior que se insere no crânio) até seu ápice (inferior). Na face inferior do nariz então localizadas as narinas, aberturas nasais anteriores, que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz e separadas uma da outra pelo septo nasal. Um pele fina recobre a parte óssea do nariz, enquanto uma parte mais grossa com presença de glândulas sebáceas recobre as regiões cartilaginosas. Essa pele se estende ate o vestíbulo do nariz, uma região interna e anterior do nariz onde localizam-se as vibrissas, pelos que auxiliam na filtração de moléculas maiores (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	O esqueleto ósseo do nariz é composto pelos ossos nasais, pelos processos frontais da maxila e pela parte nasal do frontal e sua espinha nasal. Há também um esqueleto cartilagíneo formado pela cartilagem do septo nasal, cartilagem nasal lateral e cartilagens alares meiores e menores (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
	O Septo nasal é formado por uma parte cartilagínea e por uma parte óssea. A parte cartilagínea é formada pela cartilagem do septo nasal, localizada na região anterior do septo. Já a parte óssea é formada pela lâmina perpendicular do etmóide, localizado na região superior e posterior do septo, e pelo vômer, localizado na região inferior e posterior do septo nasal (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.1.2Cavidades nasais
	As cavidades nasais mantêm contado com o meio externo pelas narinas, e com a faringe pelos cóanos. É delimitada superiormente pelos ossos nasais, frontal, etmoidal e esfenoidal. Já o limite inferior se dá pelo processo palatino da maxila e pelo osso palatino. Lateralmente, limita-se pelas conchas nasais e pelos meatos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	As conchas nasais (fig. 01) são projeções (concha superior e média é projeção do osso etmóide e a concha inferior é formada por um osso independente chamado concha nasal inferior) que dividem a cavidade nasal em passagens nomeadas de recesso esfenoetmoidal, meato nasal superior, meato nasal médio e meato nasal inferior (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
Figura 01 - Cavidades nasais (NETTER, 2011).
	O recesso esfenoetmoidal localiza-se superior e posteriormente a concha nasal superior e é o local que recebe a abertura do seio esfenoidal. O meato nasal superior localiza-se abaixo da concha nasal superior e superior a concha nasal média, no qual os seios etmoidais posteriores se abrem. O meato nasal médio localiza-se entre as conchas nasais média e inferior, e nesse local se abre o seio frontal, por meio do ducto frontonasal e abertura no infundíbulo etmoidal, e o seio maxilar. Nesse mesmo meato há a bolha etmoidal, formada por células etmoidais médias. Já o meato inferior localiza-se abaixo da concha nasal inferior, e é o local de abertura do ducto lacrimonasal, um local de drenagem de lágrimas (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.1.3Vascularização e inervação da cavidade nasal
	O suprimento arterial é proveniente principalmente das artérias esfenopalatina, etmoidais anteriores e posteriores e palatina maior. Na região anterior do septo nasal, encontra-se a área de Kiesselbach, uma região com muitos capilares provenientes de anastomoses das artérias principais e é a área mais comum de ocorres sangramentos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	A drenagem venosa é feita por um plexo que é tributário das veias facial, oftálmica e esfenopalatina. Esse plexo é um local importante para a regulação da temperatuda do ar que vai para os pulmões (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	O suprimento nervoso ocorre principalmente por meio dos nervos maxilar e etmoidal anterior e posterior, além do nervo facial. Os nervos olfatórios relaciona-se apenas com a parte olfatória da respiração (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.2Seios Paranasais
	Os seios paranasais (figura 02) são formados a partir de expansões das cavidades nasais e fazem a erosão dos ossos ao redor. Todos os seios se abrem na cavidade nasal, são secretores de muco e são inervados pelo nervo trigêmeo (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
Figura 02 – Seios paranasais (NETTER, 2011).
1.2.1Seios frontais
	São seios encontrados em pares, um de cada lado, com tamanhos variados, mas normalmente mantém um formato triangular (DRAKE et al, 2005). Sua localização é entre as lâminas externa e interna do osso frontal, com base próxima a raiz do nariz e ápice lateral e podem ser detectadas por volta dos sete anos (MOORE; DELLEY; AGUR, 2007).
	Esse seio desemboca no meato médio, logo abaixo da porção anterior da concha superior, através do ducto frontonasal que penetra o labirinto etmoidal e continua como infundíbulo etmoidal no hiato semilunar (NETTER, 2011; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Sua principal inervação é pelo ramo supra orbital do nervo oftálmico. Já sua principal irrigação é feita pela artéria etmoidal anterior (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.2.2Células etmoidais
	Segundo Moore (2007), “células etmoidais são pequenas invaginações de mucosa dos meatos nasais médio e superior para o etmóide entre a cavidade nasal e a orbita”. Elas formadas por células preenchidas com ar e divididas em três grupos: anteriores, médios e posteriores. São observadas em radiografias depois dos anos de idade (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	As células etmoidais anteriores e posteriores se abrem no meato nasal médio, o primeiro grupo no infundíbulo etmoidal ou no ducto frontonasal e o segundo na bolha etmoidal ou diretamente na parede lateral da cavidade nasal. Já as células posteriores de abrem no meato superior, diretamente na parede lateral (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Sua inervação ocorre por ramos no nervo oftálmico e do nervo maxilar, e suairrigação provem de ramos das artérias etmoidais anteriores e posteriores (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.2.3Seios maxilares
	São os maiores seios paranasais e se localizam e todo o corpo da maxila. Possuem um formato piramidal e relacionam-se com as órbitas pela face súpero-lateral, com as raízes dos dentes pela face ântero-lateral e com a fossa infratemporal pela face posterior (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Os seios maxilares desembocam no meato nasal médio, próximo ao hiato semilunar. São inervados por ramos do nervo maxilar e irrigados por artérias de mesmo nome (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.2.4Seios esfenoidais
	Localiza-se no corpo do osso esfenóide, podendo cegar até a asa desse osso. O osso esfenoide é um osso frágil devido a essa pneumatização. Esse seio é derivado de células etmoidais que invadiram o esfenóide a partir dos dois anos de idade e relaciona-se com a cavidade do crânio e com a cavidade nasal (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Sua inervação é feita por ramos do nervo oftálmico e do nervo maxilar. Já as artérias que os irrigam são ramos das artérias maxilares (DRAKE et al, 2005).
	1.3Faringe
	A faringe (figura 03) é uma estrutura tubular, revestida por músculo, que une cavidade oral e nasal, superiormente, à laringe e ao esôfago. Portanto, é uma via comum para o ar e para o “alimento”. Ela se estende desde a base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea e possui uma região mais dilatada posteriormente ao osso hióideo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
Figura 03 – Faringe (NETTER, 2011).
	
A faringe é divida em três parte: parte nasal da faringe, localizada posteriormente a cavidade nasal, parte oral da faringe, localizada posteriormente a cavidade nasal, e parte laríngea da faringe, localizada posteriormente a laringe (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.3.1Parte nasal da faringe
	Tem função respiratória, localizada posteriormente a cavidade nasal e separando-se desse pelas cóanas. A sua região superior há uma grande quantidade de tecido linfóide que agrupado forma a tonsila faríngea, um local de proteção da inalação. A tuba auditiva se abre no óstio faríngeo da tuba auditiva e nesse local também se forma o toro tubário e a prega salpingofaríngea (se estende inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
1.3.2Parte oral da faringe
	Localiza-se inferiormente ao palato mole, superiormente a base da língua e em sua lateral se localizam os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, e tem função digestória(MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Entre os arcos palatinos, se localizam as tonsilas palatinas, uma de cada lado. Elas são formadas através de aglomerados de tecido linfóide que realiza a proteção contra agentes ingeridos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
1.3.3Parte laríngea da faringe
	Localiza-se desde a parte superior da epiglote até a margem inferior da cartilagem cricóidea e relaciona-se com as vértebras C4 até C6. Seu tipo de tecido de revestimento caracteriza uma função digestiva. Comunica-se com a laringe através do ádito da laringe (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Ao lado do adito da laringe, separados pela prega ariepiglótica, localiza-se o recesso piriforme, revestido de mucosa. Esses locais são inervados profundamente por ramos do nervo laríngeo e são vulneráveis a lesão (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.3.4Vascularização da faringe
	A irrigação da laringe ocorre principalmente por ramos das artérias tonsilar, palatina ascendente, palatina descendente, lingual e faríngea ascendente. Já a drenagem venosa é feita principalmente pela veia palatina externa (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
	A drenagem linfática é feita por vasos linfáticos tonsilares que seguem lateral e inferiormente até os linfonodos lingulodigástrico. As tonsilas palatinas formam um anel linfático (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.3.5Inervação da faringe
	Forma-se na faringe um plexo nervoso faríngeo responsável pela inervação motora e grande parte da sensitiva. Grande parte das fibras desse plexo é derivada do nervo vago. Há também inervação pelo nervo maxilar e glossofaríngeo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4Laringe
	A laringe (figura 04) é um estrutura tubular oca e muscular que possui uma armação cartilagínea e tem como função ser um esfíncter que fecha as vias respiratórias inferiores e é responsável pela produção de som (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Localiza-se na região anterior do pescoço, na altura entre C3-C6, e une a faringe à traquéia. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.1Cartilagens da laringe
Figura 04 – Cartilagens da laringe (NETTER, 2011)
1.4.1.1Cartilagem tireóidea
	É a maior das cartilagens da laringe, formada por duas lâminas que se fundem anteriormente e formam a proeminência laríngea. É composta de cartilagem elástica e localiza-se na altura de C4. Os prolongamentos posteriores dessa lâmina formam os cornos superiores e inferiores. Ligando os cornos superiores e a margem superior dessa cartilagem ao osso hióideo, encontra-se o ligamento tireoihóideo. Os cornos inferiores se articulam nas articulações cricotireóideas com a cartilagem cricóidea, propiciando os movimentos de rotação e deslizamento (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
1.4.1.2Cartilagem cricóidea
	Segundo o Moore (p. 1011, 2007), “tem o formato de um anel de sinete com o aro voltado anteriormente”. Ou seja, a parte posterior é formada por uma lâmina enquanto a parte anterior é de formato de um arco. É uma cartilagem mais resistente, composta de cartilagem hialina. Entre essa e a cartilagem tireóide encontra-se o ligamento cricotireóideo; entre a cartilagem cricotireóidea e o primeiro anel traqueal encontra-se o ligamento cricotraqueal (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.1.3Cartilagem aritenóidea
	A cartilagem aritenóidea, uma cartilagem hialina, esta presente em pares e encontra-se articulada com a margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. Possui um formato piramidal com o ápice superior, um processo vocal anterior e um processo muscular lateral (MOORE; DALEEY; AGUR, 2007)
1.4.1.4Cartilagem corniculada
	A cartilagem corniculada, de composição hialina, articulada ao ápice da cartilagem aritenoidea. Seus ápices projetam-se anteriormente e em direção a mediana (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.4.1.5Cartilagem cuneiforme
	A cartilagem cuneiforme tem composição elástica e encontra-se anteriormente ao ápice das cartilagens corniculadas, suspensas na membrana fibroelástica da laringe que fixam a cartilagem aritenoidea à margem lateral da epiglote (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.4.1.6Cartilagem epiglótica
	A cartilagem epiglótica, de composição elástica, tem a formas de uma folha e é revestida por mucosa. O pecíolo epiglótico prende-se a linha média entre a proeminência laríngea e a incisura tireóidea inferior através do ligamento tireoepliglótico e o ligamento hioepiglótico liga a superfície anterior da epiglote ao osso hióideo. Esses ligamentos servem para ter o controle sobre essa cartilagem (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.4.2Interior da laringe
	A cavidade da laringe inicia-se no adito da laringe, parte que comunica-se com a faringe, termina na margem inferior da cartilagem crícoidea e é contínua com a cavidade da traquéia. Ela divide-se em três parte: vestíbulo da laringe, parte média da laringe e cavidade infraglotica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.2.1Vestíbulo da laringe
	Vestíbulo da laringe é o espaço localizado entre o adito da laringe e as cordas vestibulares (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.2.2Parte média da laringe
	A parte média da laringe é a região central delimitada superiormente pelas pregas vestibulares e inferiormente pelas cordas vocais (mas essas pregas fazem parte dessa divisão) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Nesse local, lateralmente as pregas vocais e vestibulares, forma-se recessos denominados ventrículos da laringe e nesse ventrículos encontra-se o sáculo da laringe, umabolsa cega revestida por glândulas mucosas (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	As pregas vocais controla a produção do som e são compostas, como uma, por ligamento vocal e um músculo vocal. Esse produção de som acorre devido a vibrações produzidas durante a passagem de ar as margens livres das pregas estão justapostas. Já as pregas vestibulares possuem praticamente nenhum função na produção de som, mas atua na proteção (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	A glote, o aparelho vocal da laringe, é formada pelo conjunto de pregas e processos vocais e a rima da glote (abertura entre as pregas vocais) e está localizada da parte média da laringe. A rima da glote varia de formato de acordo com o tensionamento e comprimento das pregas vocais, e isso altera a altura da voz (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.3Musculatura da laringe
	Os músculos extrínsecos da laringe são aquele por movimentar a laringe um todo. Entre eles se encontram os músculos infra-hióideos e os supra-hióideos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
	Já os músculos intrínsecos da laringe são responsáveis pelos componente da laringe e são dividido e em adutores e abdutores (músculo cricoaritenóides laterais, transversos, oblíquos e posteriores), esfíncteres (músculo cricoaritenóides laterais, transversos e oblíquos, novamente), tensores (músculo cricotireóides) e relaxadores (músculos tireoaritenoides) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.4.4Vascularização e inervação da laringe
	A irrigação da laringe pela artéria laríngea superior, artéria cricotireóidea e artéria laríngea inferior (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Já a drenagem venosa é feita pela veia laríngea superior e pela veia laríngea inferior, essa forma um plexo venoso sobre a face anterior da traquéia (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	 A drenagem linfática é feita por vasos linfáticos laríngeos e drenam a linfa para linfonodos cervicais profundos superiores e inferiores (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Os nervos da laringe se originam do nervo vago, formando assim os nervos laríngeos externo e interno e laríngeos superiores e inferiores (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
1.5Traquéia 
	A traquéia é uma estrutura tubular oca estruturada por peças de cartilagens em forma de “C” abertos na região posterior (forma uma região plana em contado com o esôfago), na qual se localiza o músculo traqueal involuntário, que une as extremidades dos anéis e desce anteriormente ao mediastino e à direita do plano mediano. Sua abertura posterior é recoberto por músculo liso involuntário (m. traqueal). Estende-se aproximadamente de C6 ao disco intervertebral T4-T5, onde se divide em brônquios. (MOORE DALLEY; AGUR, 2007).
1.6Brônquios
1.6.1Brônquios principais
	Os brônquios principais originam-se a partir da bifurcação da traquéia, local onde também se localiza a Carina, região de grande sensibilidade. Possuem estrutura muito semelhante a traquéia, porém de menor diâmetro. Eles entram nos hilos pulmonares (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	O brônquio principal direito entra diretamente no hilo do pulmão direito, é mais largo, mais verticalizado e curto que o brônquio esquerdo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). Devido a essa geometria, é mais fácil a entrada de corpos estranhos pelo brônquio principal direito (VAN DE GRAAFF, 2003).
	O brônquio principal esquerdo segue inferiormente ao arco da aorta até chegar ao hilo do pulmão esquerdo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
1.6.2Brônquios lobares
	Também chamados de brônquios terciários, os brônquios lobares suprem cada um um lobo do pulmão, logo, o brônquio principal direito se ramifica em três brônquios lobares e o brônquio principal esquerdo se ramifica em três brônquios lobares (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.6.3Brônquios segmentares
	Também chamados de brônquios terciários, os brônquios segmentares se originam da ramificação dos brônquios lobares e são responsáveis pelo suprimento dos segmentos broncopulmonares (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	A partir de ramificações dos brônquios segmentares, origina-se os bronquíolos (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	Nos brônquios lobares e segmentares, Gartner (p. 360, 2007) afirma que “os anéis cartilaginoso em forma de C são substituídos por placas irregulares de cartilagem hialina que envolvem completamente os lumens dos brônquios intrapulmonares”.
1.6Bronquíolos 
	São estruturas ramificadas dos brônquios segmentares, que não possuem estrutura cartilagínea nas superfícies respiratórias. Porém, há presença de musculatura lisa concêntrica entrelaçada em arranjo espiral ao redor dos bronquíolos (GARTNER; HIATT, 2007; SCHUNKE; SCHULTE; SCHUMACHER, 2013).
	Os bronquíolos terminais são responsáveis apenas pela condução do ar até os alvéolos, enquanto a os bronquíolos respiratórios já possuem algumas unidade de troca gasosa em sua estrutura (GARTNER; HIATT, 2007).
1.7Alvéolos
	Trata-se da unidade funcional e estrutural primária do sistema respiratório, pois permitem a troca gasosa entre gás oxigênio e dióxido de carbono (GARTNER; HIATT, 2007).
1.8Pulmões
	Segundo Moore (p. 111, 2007), “os pulmões são os órgãos vitais da respiração”. Eles são responsáveis pela oxigenação do sangue e por colocar o ar em estruturas responsáveis pelas trocas gasosas. Eles localizam-se nas cavidades pulmonares, ocupando totalmente esse espaço, e são separados um do outro pelo mediastino. São órgão macios, leves e de aspecto esponjoso (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	Cada um dos pulmões possui uma forma de meio cone com as seguintes estruturas: um ápice se projeta superiormente acima da primeira costela, chegando até a raiz do pescoço, uma base assentada na face superior do diafragma (face diafragmática), uma face mediastinal voltada exatamente para o mediastino e onde se encontra o hilo e a raiz do pulmão, uma face costal que está em intimo contado com as costelas. Além disso, os pulmões são divididos em segmentos broncopulmonares (figura 05) (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005). 
Figura 05 – Segmentos broncopulmonares do pulmão direito e do pulmão esquerdo (NETTER, 2011).
	 
A raiz do pulmão é composta com uma artéria pulmonar, duas veias pulmonares, um brônquio principal, vasos bronquiais, além de nervos e vasos. A raiz insere-se no hilo, uma região côncava do pulmão, e é responsável por fixar esse pulmão ao mediastino. Forma-se uma prega fina de pleura que se estende do hilo ao mediastino, o ligamento pulmonar, que serve principalmente para a estabilização (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
1.8.1Pulmão direito
	O pulmão direito (figura 05) é formada por três lobos (superior, médio e inferior) além de uma fissura oblíqua que será o lobo superior do lobo médio e inferior e uma fissura horizontal que separa lobo médio do lobo superior. Sua face mediastinal é adjacente ao coração, à veia cava inferior e superior, à veia ázigo e ao esôfago (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005; NETTER, 2011).
Os segmentos broncopulmonares do lobo superior são apical, anterior e posterior. Já os do lobo médio são medial e lateral. Por fim, os do lobo inferior são basilar anterior, basilar lateral, basilar posterior, basilar medial e superior (NETTER, 2011).
1.8.2Pulmão esquerdo
O pulmão esquerdo é menor que o direito e possui apenas dois lobos (superior e inferior) separados apenas pela fissura oblíqua. Na face mediastinal do pulmão esquerdo há a incisura cardíaca, o local onde o coração projeta-se para a cavidade pleural esquerda a partir do mediastino. Logo abaixo da incisura cardíaca, há a língula do pulmão esquerdo. Em sua face mediastinal, encontram-se estrutura adjacentes, como coração, o arco da aorta, a parte torácica da aorta e o esôfago (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
Os segmentos broncopulmonares do lobo superior são apical, posterior, anterior, ligular superior e lingular inferior. Já os do lobo inferior são superior, basilar anterior, basilar lateral, basilar posterior, basilar medial (NETTER, 2007).
1.9Pleuras
	Cada pulmão é revestido por um saco pleural formado pela pleura visceral e pela pleura parietal, duas membranas contínuas. Entreessas membranas forma-se a cavidade pleural, um espaço virtual, que contém uma camada capilar de líquido pleural seroso. Esse líquido permite a lubrificação das superfícies pleurais e diminuem o atrito entre as camadas de pleura, facilitando o movimento durante a respiração. Além disso, a tensão do líquido pleural mantém coesa a superfície pulmonar em contato com a parede torácica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	A principal inervação do da pleura de outras estruturas é através do plexo pulmonar posterior e do plexo pulmonar anterior (figura 06). Os ramos eferentes vicerais do nervo vago causam a constrição dos bronquíolos, e o sistema simpático dilatam os bronquíolos (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
Figura 06 – Plexo pulmonar anterior e plexo pulmonar posterior (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).
	1.9.1Pleura visceral
	Essa pleura encontra-se intimamente aderida a superfície do pulmão, inclusive as fissuras. Essa membrana tem um aspecto liso e brilhante. É contínua com a pleura parietal no hilo do pulmão (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007).
	1.9.2Pleura parietal
	Essa pleura esta aderia à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma, revestindo assim, toda a cavidade pulmonar. É um pouco mais espessa que a pleura visceral e é divida em partes: parte costal, parte mediastinal e parte diafragmática, além da cúpula do ápice (MOORE; DALLEY; AGUR, 2007). 
Referencias: 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
VAN DE GRAAF, M. K. Anatomia Humana. 6 ed. São Paulo: Manole, 2003.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em Cores. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
DRAKE, R. L.; VOGL, W.; MITCHELL, A. Gray’s anatomia para estudante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SCHUNKE, M.; SCHULTE, E.; SCHUMACHER,U. Prometheus, atlas de anatomia: órgãos internos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013;

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