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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 1/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 SUMÁRIO 1. SIGLAS E CONCEITOS ........................................................................................................................... 2 2. OBJETIVOS.......................................................................................................................................... 2 3. JUSTIFICATIVAS .................................................................................................................................. 2 4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO ............................................................................................ 2 4.1. Critérios de aceitação de amostras de sangue ............................................................................ 2 4.2. Critérios de rejeição de amostras de sangue .............................................................................. 3 5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ...................................................................... 4 6. PROCEDIMENTOS ............................................................................................................................ 4 6.1. Procedimentos Básicos para Minimizar Ocorrências de Erro ....................................................... 4 6.2. Generalidades sobre a punção venosa ....................................................................................... 5 6.2.1. Posicionamento do paciente ............................................................................................. 6 6.2.2. Precauções com o uso do torniquete ................................................................................ 7 6.2.3. Higienização das mãos ...................................................................................................... 7 6.2.4. Evidenciação das veias e higienização do local de punção .................................................. 8 6.2.5. Procedimento de Coleta de sangue à vácuo ...................................................................... 8 6.2.6. Procedimento de Coleta de sangue com seringa e agulha .................................................. 9 6.2.7. Cuidados para uma punção bem-sucedida ...................................................................... 11 6.2.8. Dificuldade para a coleta da amostra de sangue .............................................................. 12 6.2.9. Boas práticas de pré-coleta para prevenção de hemólise ................................................. 12 6.2.10. Boas práticas de pós-coleta para prevenção de hemólise ................................................ 13 6.2.11. Recomendação da sequência de tubos à vácuo na coleta de sangue venoso segundo o CLSI 14 6.2.12. Coleta de Sangue para Provas Funcionais (curvas glicêmicas e hormonais) ....................... 15 6.2.13. Coleta de sangue para gasometria .................................................................................. 17 6.2.14. Coleta de amostras capilares .......................................................................................... 18 6.3. Segurança do Paciente ........................................................................................................... 19 6.4. Segurança do Flebotomista .................................................................................................... 20 7. FLUXOGRAMA .............................................................................................................................. 21 8. MONITORAMENTO ....................................................................................................................... 21 9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 22 10. HISTÓRICO DE REVISÃO .................................................................................................................. 22 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 2/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 1. SIGLAS E CONCEITOS • ULACP – Unidade Laboratório de Análises Clínicas e Patológicas • LACEN/MS– Laboratório Central de Saúde Pública – MS • PAGO – Pronto Atendimento Ginecológico e Obstétrico • PAC – Pronto Atendimento Clínico • CLSI - Clinical and Laboratory Standards Institute • PPE – Profilaxia pós-exposição • CCIRAS - Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde 2. OBJETIVOS Padronizar a coleta de sangue venoso para a garantia da qualidade analítica e manutenção da confiabilidade dos resultados dos exames realizados pelo laboratório, e assim contribuir para a segurança do paciente. 3. JUSTIFICATIVAS A principal finalidade da coleta de sangue é a realização dos exames laboratoriais para a gestão clínica e avaliação da saúde do paciente. Inúmeras são as variáveis que podem ocorrer nas fases que antecedem a realização dos exames, inclusive durante a coleta de sangue, e que são responsáveis por um percentual alto de falhas capazes de comprometer a qualidade dos resultados obtidos. Dentre os erros que podem ocorrer cita-se: Falta de identificação ou identificação incorreta de amostras, escolha equivocada de tubos, volume inadequado, presença de coágulos e/ou hemólise, dentre outros. Sendo assim é necessário o conhecimento e/ou aprimoramento teórico/prático da técnica de coleta de sangue por parte dos profissionais flebotomistas, a fim de desenvolver ou aperfeiçoar habilidades básicas para evitar e minimizar possíveis erros durante a coleta que possam causar desconfortos ao paciente e prejudicar os resultados dos exames laboratoriais, que são fundamentais na tomada das decisões médicas. 4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO 4.1. Critérios de aceitação de amostras de sangue • Amostras devidamente identificadas, com nome, data de nascimento do paciente e setor hospitalar ou unidade de saúde de origem; https://www.escoladapaz.com.br/blog/como-escolher-carreira-profissional-de-acordo-personalidade HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 3/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Amostras acompanhadas da solicitação devidamente carimbada e assinada pelo médico solicitante; • Amostras que serão encaminhadas ao LACEN acompanhadas da solicitação, ficha específica contendo os dados pessoais do paciente e ficha investigativa, fornecidas pelo laboratório de apoio e CCIRAS, devidamente preenchidas e assinadas pelo médico solicitante; • Amostras com solicitações de alguns exames específicos que serão encaminhadas ao laboratório Hermes Pardini acompanhadas de questionário preenchido e assinado pelo médico solicitante; • Amostras acondicionadas nos tubos corretos; • Amostras sem coágulos; • Amostras sem hemólise; • Tubos de sangue preenchidos adequadamente até a marca estabelecida pelo fabricante; • Tempo de coleta e processamento das amostras respeitados (a depender da forma de acondicionamento da amostra e da natureza do exame). 4.2. Critérios de rejeição de amostras de sangue • Amostras sem identificação ou identificadas de forma inadequada (dados incompletos); • Amostras sem solicitação médica adequadamente preenchida; • Amostras coletadas em tubos incorretos; • Ausência das fichas/questionários que serão encaminhadas juntamente com as amostras ao laboratório de apoio, ou preenchimento inadequadodestes; • Amostras com coágulos ou microcoágulos; • Amostras fortemente hemolisadas; • Tubos coletados sem respeitar a proporção adequada entre sangue e anticoagulante, para mais ou para menos. • Amostras acondicionadas de forma incorreta; • Tempo de transporte das amostras prolongado (acima de 3h) (Tabela 01). Tabela 1 – Relação entre anticoagulantes, tempo e temperatura de armazenamento de amostras até a análise laboratorial. Amostra/Anticoagulante Tempo e Temperatura de Armazenamento até a Análise Sangue total/EDTA 4h à temperatura ambiente (18°C a 25°C), 24h sob refrigeração (2°C a 8°C) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 4/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 Sangue total e plasma/citrato 4h à temperatura ambiente (18°C a 25°C), 12 h sob refrigeração (2°C a 8°C); congelado: inferior a -18°C por duas semanas, -70°C por 12 meses e nitrogênio por 6 anos. Sangue total/heparina lítica 15 min à temperatura ambiente (18°C a 25°C) ou 45 min sob refrigeração (2°C a 8°C) Sangue total/fluoreto 4h à temperatura ambiente (18°C a 25°C); 24h sob refrigeração (2°C a 8°C) Sangue sem anticoagulante 4h à temperatura ambiente (18°C a 25°C), 24h sob refrigeração (2°C a 8°C) Hemocultura 12h à temperatura ambiente (18°C a 25°C) Fonte: INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR (ISGH) - Manual Coleta de Exames Laboratoriais. 5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES A coleta de amostras de sangue pode ser realizada por profissionais de saúde devidamente treinados, como técnicos de laboratório, analistas clínicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. É de responsabilidade da ULACP fornecer insumos como tubos e/ou microtubos de coleta e seringas de gasometria, bem somo dar suporte de informações ou auxílio na vigência de dificuldades durante a coleta por profissionais que não são do setor. 6. PROCEDIMENTOS 6.1. Procedimentos Básicos para Minimizar Ocorrências de Erro Para a execução de boas práticas em coleta de sangue (flebotomia) é necessário: • Planejamento antecipado da flebotomia; • Local apropriado para a prática; • Garantia de qualidade; • Normas para atendimento aos pacientes e aos profissionais de saúde; • Disponibilidade de material apropriado e equipamento de proteção; • Disponibilidade de profilaxia pós-exposição acidental (PPE) a amostras biológicas de potencial contaminante; • Uso de material estéril e descartável; • Treinamento apropriado em flebotomia; • Cooperação por parte dos pacientes. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 5/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 O profissional de saúde responsável pelas coletas de sangue (flebotomista) deve assegurar que as amostras serão colhidas do paciente especificado na requisição de exames. Dessa forma é sempre necessário verificar a solicitação do médico ou o cadastro do pedido. É recomendável que o profissional se apresente ao paciente, estabelecendo comunicação para ganhar sua confiança. Além disso, é importante explicar ao paciente ou ao seu acompanhante o procedimento ao qual será submetido, seguindo a política institucional para a obtenção de consentimento para a realização do procedimento; • Pacientes adultos e conscientes: Pedir que forneça nome completo e data de nascimento. Comparar estas informações com as constantes na requisição de exames. • Pacientes internados: Em geral, os hospitais disponibilizam etiquetas pré-impressas com os dados de identificação necessários. Mesmo assim, o flebotomista deve verificar a identificação postada no leito (quando disponível). Em caso de dúvidas na identificação, buscar ajuda dos profissionais daquele setor com o propósito de assegurar a adequada identificação do paciente. • Pacientes muito jovens (ou crianças) ou com dificuldade de comunicação: O flebotomista deve questionar o (s) acompanhante (s) ou a equipe de enfermagem. Pacientes atendidos no PAGO ou PSA podem ser identificados pelo nome e número de entrada no cadastro da unidade de emergência. Observação: É indispensável que a identificação possa ser rastreada a qualquer instante do processo. Recomenda-se que os materiais não colhidos no laboratório sejam identificados como “amostra enviada ao laboratório”. Outros aspectos relevantes a considerar: ✓ Tempo de jejum; ✓ Abstenção de fumo e/ou álcool; ✓ Uso contínuo de alguma medicação; ✓ Realização de algum procedimento diagnóstico ou terapêutico prévio no paciente. Estas informações devem ser anotadas pelo flebotomista na solicitação médica. Para a maioria dos exames de sangue, é necessário apenas um curto período de tempo em jejum (3-4 horas). Para outros, há necessidade de jejum entre 8-12 horas (glicemia, lipidograma e curva glicêmica). No entanto, se houver a indicação de coleta imediata segundo critérios médicos a coleta deve ser realizada (urgência/emergência). Alguns exames requerem cuidados específicos quanto a dietas especiais, enquanto outros necessitam de repouso antes da coleta de sangue, como exigido para a dosagem de prolactina e cortisol. Um outro aspecto importante a considerar é sobre eventual alergia do paciente ao látex (para o uso de luvas e do torniquete adequados para essa situação). Lembrar que casos de hipersensibilidade ao látex podem ocorrer, e é dever do laboratório prevenir riscos. 6.2. Generalidades sobre a punção venosa A punção venosa é um procedimento complexo, que exige conhecimento e habilidade, de forma que a escolha do local da punção representa uma parte vital da coleta de materiais biológicos. O local de preferência para as venopunções é a fossa antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado um grande número de veias, relativamente próximas à superfície da pele. Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser puncionada, as HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 6/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 veias cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. Quando as veias desta região não estão disponíveis ou são inacessíveis, as veias do dorso da mão também podem ser utilizadas, sendo o arco venoso dorsal o mais recomendado por ser mais calibroso. Locais alternativos, tais como tornozelos ou extremidades inferiores, não devem ser utilizados sem a permissão do médico, devido ao potencial significativo de complicações médicas, por exemplo: flebites, tromboses ou necrose tissular. Áreas que devem ser evitadas para a coleta: • Membros onde estiverem instaladas terapias intravenosas. Hemólise, contaminação, presença de líquido intravenoso e medicação podem alterar os resultados dos testes laboratoriais; • Locais que contenham extensas áreas cicatriciais de queimadura; • Regiões onde ocorreu a mastectomia, em função das potenciais complicações decorrentes da linfostase. Nesses casos, caso haja dificuldade durante a coleta em locais apropriados, um médico deverá ser consultado previamente; • Áreas com hematomas, pois podem gerar resultados incorretos, qualquer que seja o tamanho do hematoma. Se outra veia, em outro local, não estiver disponível, a amostra deve ser colhida distalmente ao hematoma; • Fístulas arteriovenosas, enxertos vasculares ou cânulas vasculares não devem ser manipulados por pessoal não autorizado pela equipe médica para a coleta de sangue; • Veias trombosadas são pouco elásticas e têm paredes endurecidas, e tambémnão são indicadas. 6.2.1 Posicionamento do paciente O posicionamento inadequado do paciente também pode acarretar erros em resultados. O desconforto do paciente, agregado à ansiedade do mesmo, pode levar à liberação indevida de alguns analitos na corrente sanguínea. Sendo assim, as orientações são: Pacientes que podem ficar sentados: • Pedir ao paciente que se sente confortavelmente em uma cadeira própria para coleta de sangue; • Recomenda-se que a cadeira tenha apoio para os braços e previna quedas, caso o paciente venha a perder a consciência; • Recomenda-se também que no descanso da cadeira a posição do braço do paciente seja inclinada levemente para baixo e estendida, formando uma linha direta do ombro para o pulso; • O braço deve estar apoiado firmemente pelo descanso e o cotovelo não deve estar dobrado. Uma leve curva pode ser importante para evitar hiperextensão do braço. Pacientes no leito • Pedir ao paciente que se coloque em uma posição confortável; • Caso esteja em posição supina e um apoio adicional for necessário, coloque um travesseiro debaixo do braço em que a amostra será colhida; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 7/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Posicione o braço do paciente inclinado levemente para baixo e estendido, formando uma linha direta do ombro para o pulso; • Caso esteja em posição levemente sentada, o posicionamento do braço para coleta torna-se relativamente mais fácil. 6.2.2 Precauções com o uso do torniquete O torniquete é empregado para aumentar a pressão intravascular, o que facilita a palpação da veia e o preenchimento dos tubos de coleta ou da seringa, e seu uso adequado é de suma importância. No entanto, seu uso inadequado quando, por exemplo, a sua aplicação excede um minuto, pode ocorrer estase localizada, hemoconcentração e infiltração de sangue para os tecidos, gerando valores falsamente elevados para os analitos baseados em medidas de proteínas, alteração do volume celular e de outros elementos celulares. Dessa forma o uso inadequado pode levar à situação de erro diagnóstico (como hemólise, que pode tanto elevar o nível de potássio como alterar a dosagem de cálcio, etc.), bem como gerar complicações durante a coleta (hematomas, formigamento, etc). Havendo lesões de pele no local pretendido, deve-se considerar a possibilidade da utilização de um local alternativo ou aplicar o torniquete sobre a roupa do paciente. • Posicionar o torniquete com o laço para cima, a fim de evitar a contaminação da área de punção; • Não aplicar, no momento da seleção venosa, o procedimento de “bater na veia com dois dedos”. Esse tipo de procedimento provoca hemólise capilar e, portanto, altera o resultado de certos analitos; • Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, fazê-lo apenas por um breve momento, pedindo ao paciente para fechar a mão. Localizar a veia e, em seguida, afrouxar o torniquete. Esperar 2 minutos para usá-lo novamente; • Aplicar o torniquete de 7,5 a 10,0 cm acima do local da punção, para evitar a contaminação do local. Não usar o torniquete continuamente por mais de 1 minuto; • Ao garrotear, pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia. Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido. O pulso deve permanecer palpável. Trocar o torniquete sempre que houver suspeita de contaminação. 6.2.3. Higienização das mãos Um aspecto importante a ser levado em consideração antes da coleta é a correta higienização das mãos, que deve ser feita seguindo as orientações do protocolo de Higienização das mãos (PRT. 001 da CCIRAS). • As mãos devem ser higienizadas antes e após o contato com cada paciente, evitando, assim, a contaminação cruzada. • A higienização pode ser feita com água e sabão, ou usando álcool em gel 70%. A utilização de gel alcoólico a 70% pode substituir a higienização das mãos com água e sabão, desde que estas não estejam visivelmente sujas. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 8/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Após a higienização das mãos calçar as luvas para realizar a venopunção, com cuidado, para que não rasguem. Devem ficar bem aderidas à pele, para que o flebotomista não perca a sensibilidade no momento da punção. 6.2.4. Evidenciação das veias e higienização do local de punção • Observar a presença de veias calibrosas; • Pedir ao paciente que movimente do braço, abaixando-o e fazendo movimentos de abrir e fechar a mão. Os movimentos de abertura das mãos reduzem a pressão venosa, com o relaxamento muscular; • Fazer massagens suaves no braço do paciente (do punho para o cotovelo); • O flebotomista deve realizar a palpação da veia pretendida com o dedo indicador. Esse procedimento auxilia na distinção entre veias e artérias pela presença de pulsação, devido à maior elasticidade e à maior espessura das paredes dos vasos arteriais; • Fixar as veias com os dedos, nos casos de flacidez; • A antissepsia previa do local da punção se faz necessária para prevenir a contaminação microbiana de cada paciente ou amostra. Recomenda-se usar uma gaze ou algodão umedecido com álcool 70%; • Limpar o local com movimentos do centro para fora; • Permitir a secagem da área por 30 segundos para prevenir hemólise da amostra e reduzir a sensação de ardência na venopunção; • Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local; • Não tocar novamente na região após a antissepsia; • Se a venopunção for difícil de ser obtida e a veia precisar ser palpada novamente para efetuar a coleta, o local escolhido deve ser limpo novamente. 6.2.5. Procedimento de Coleta de sangue à vácuo Os sistemas para coleta de sangue a vácuo reduzem o risco de exposição direta ao sangue e tornam mais fácil a coleta de múltiplas amostras através de uma única punção. Além de maior conforto para o paciente também proporciona maior segurança para o profissional que realiza a coleta e reduz as chances de contaminação da amostra. Os tubos de coleta a vácuo já contêm a quantidade de vácuo calibrado ao volume de sangue que deve ser colhido, assim é possível garantir a proporção correta de sangue e aditivo. • Conferir e ordenar todo o material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubo, gaze, torniquete etc.). A identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente; • Informar ao paciente como será o procedimento; • Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente; • Rosquear a agulha no adaptador do sistema a vácuo; • Higienizar as mãos; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 9/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Calçar as luvas; • Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo na altura do ombro; • Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão; em seguida, afrouxar o instrumento e esperar 2 minutos para utilizá-lo novamente; • Fazer a antissepsia; • Garrotear o braço do paciente; • Retirar a proteção que recobre a agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo; • Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30°, com o bisel da agulha voltado para cima. Se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi feita a antissepsia); • Inserir o primeiro tubo a vácuo; • Quando o sangue começar a fluir para dentro do tubo, desgarrotearo braço do paciente e pedir para que abra a mão; • Realizar a troca dos tubos sucessivamente; • Homogeneizar imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes; • Após a retirada do último tubo, remover a agulha e fazer a compressão no local da punção, com algodão ou gaze secos; • Exercer pressão no local, em geral, de 1 a 2 minutos, evitando-se, assim, a formação de hematomas e sangramentos. Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, orientá-lo adequadamente para que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar. • Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente em recipiente para materiais perfurocortantes; • Fazer curativo oclusivo no local da punção; • Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado da punção (pacientes ambulatoriais) por no mínimo 1 hora e não manter a manga dobrada, pois pode funcionar como torniquete; • Verificar se há alguma pendência, fornecendo orientações adicionais ao paciente, se for necessário; • Certificar-se das condições gerais do paciente, perguntando se está em condições de se locomover sozinho e, em caso afirmativo, entregar o comprovante de retirada do resultado ao paciente para, em seguida, liberá-lo; • Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente ao processamento. Deve-se respeitar sempre o procedimento operacional do laboratório. 6.2.6. Procedimento de Coleta de sangue com seringa e agulha HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 10/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 Para a realização da coleta com seringa deve-se sempre empregar dispositivos produzidos com materiais cuja superfície não seja ativadora (polipropileno) e de pequeno volume, para não haver formação de microcoágulos. • Conferir e ordenar todo o material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubo, gaze, torniquete). A identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente; • Informar ao paciente como será realizado o procedimento; • Abrir a seringa na frente do paciente; • Higienizar as mãos; • Calçar as luvas; • Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do ombro; • Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão; em seguida, afrouxar o instrumento e esperar 2 minutos para utilizá-lo novamente. • Fazer a antissepsia; • Garrotear o braço do paciente; • Retirar a proteção da agulha hipodérmica; • Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30°, com o bisel da agulha voltado para cima, se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão, longe do local onde foi feita a antissepsia; • Desgarrotear o braço do paciente assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa; • Aspirar devagar o volume necessário, de acordo com a quantidade de sangue requerida na etiqueta dos tubos a serem utilizados (respeitar, ao máximo, a exigência da proporção sangue/aditivo). Aspirar o sangue, evitando bolhas e espuma, com agilidade, pois o processo de coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção; • Retirar a agulha da veia do paciente; • Exercer pressão no local, em geral, de 1 a 2 minutos, evitando, assim, a formação de hematomas e sangramentos. Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, oriente-o para que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar; • Tenha cuidado com a agulha para evitar acidentes perfurocortantes; • Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a normatização nacional – não desconectar a agulha – não reencapar). Caso esteja usando agulha com dispositivo de segurança, ativar o dispositivo e descartar agulha no descartador para objetos perfurocortantes; • De acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), deve-se utilizar, após a coleta com seringa e agulha, um dispositivo de transferência de amostra; • Conectar o dispositivo de transferência na seringa, introduzir os tubos a vácuo e aguardar o sangue parar de fluir em direção ao interior do tubo; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 11/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Cuidados maiores devem ser tomados na transferência do material da seringa, para os tubos de coleta. Deve-se manter um fluxo contínuo durante o processo de transferência particularmente evitando-se o turbilhonamento de sangue; • Realizar a troca dos tubos sucessivamente; • Homogeneizar o conteúdo imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes. Recomenda-se que o processo de homogeneização do sangue ao anticoagulante citrato ocorra num intervalo inferior a 1 minuto, após a coleta; • Descartar o dispositivo de transferência de amostra e a seringa; • Fazer curativo oclusivo no local da punção; • Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado da punção por, no mínimo, 1 hora, e não manter a manga dobrada, pois pode funcionar como torniquete; • Verificar se há alguma pendência, dando orientações adicionais ao paciente, se necessário; • Certificar-se das condições gerais do paciente perguntando se está em condições de se locomover sozinho. Em caso afirmativo, entregar o comprovante de retirada do resultado ao paciente para, em seguida, liberá-lo; • Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente para processamento. Deve-se respeitar sempre o procedimento operacional do laboratório. 6.2.7. Cuidados para uma punção bem-sucedida O ideal é que a punção seja única, proporcionando, assim, conforto e segurança ao paciente. Para se obter uma punção de sucesso, vários fatores devem ser observados antes de iniciar o procedimento. Após avaliar o acesso venoso, escolher os materiais compatíveis. Por exemplo, em caso de paciente com acesso venoso difícil, valer-se do uso de agulhas de menor calibre, escalpes ou tubos de menor volume. • Sempre puncionar a veia do paciente com o bisel voltado para cima; • Respeitar a proporção sangue/aditivo no tubo; • Introduzir a agulha mais ou menos 1 cm no braço; • Respeitar a angulação de 30° (ângulo oblíquo) em relação ao braço do paciente; • Em caso de colabamento venoso, retirar ou afrouxar o torniquete, para permitir o restabelecimento da circulação. Em seguida, retroceder um pouco a agulha, para permitir que o fluxo sanguíneo desobstrua; • Se, durante o ato da coleta, houver suspeita de colabamento da veia puncionada, recomenda- se virar lenta e cuidadosamente o adaptador de coleta de sangue a vácuo para que o bisel seja desobstruído, permitindo a recomposição da luz da veia e liberação do fluxo sanguíneo; • Caso ocorra a perda do vácuo, substituir o tubo; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 12/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Evitar movimentos de busca aleatória da veia. Esse procedimento induz a hemólise e resulta na formação de hematoma. Em muitos casos, é aconselhável realizar nova punção em outro sítio; • Punção acidental de artéria: o fluxo arterial é muito mais rápido que o venoso. O sangue arterial tende a uma cor avermelhada, mais “viva“, devido à maior oxigenação da hemoglobina. Ao puncionar acidentalmente uma artéria, recomenda-se retirar rapidamente a agulha e, em seguida, realizar compressãovigorosa no local da punção, até a parada do sangramento. Em pacientes com queimaduras, dependendo do seu estado, recomenda-se procurar uma veia íntegra. Além disso, esta coleta também requer agulhas de menor calibre, escalpes e tubos de menor volume. Caso não exista nenhuma via além do acesso do cateter, recomenda-se contatar o médico responsável. Essa coleta então deve ser feita por profissional qualificado. Em alguns casos, pode-se colher sangue por punção capilar, com lancetas e microtubos. 6.2.8. Dificuldade para a coleta da amostra de sangue Quando houver dificuldade para a obtenção da amostra de sangue, procedimentos suplementares podem ser necessários: • Trocar a posição da agulha: se a agulha penetrou profundamente na veia tracione-a um pouco para trás; se não penetrou o suficiente, avance-a até atingir a veia; • Se durante o ato da coleta houver suspeita de colabamento da veia puncionada, recomenda- se virar lenta e cuidadosamente a agulha para que o bisel fique desobstruído, permitindo a recomposição da luz da veia e a liberação do fluxo sanguíneo. Realocação lateral da agulha nunca deve ser tentada para se alcançar a veia basílica, devido à sua proximidade com a artéria braquial; • Tentar coletar o material com outro tubo, se o utilizado inicialmente falhar por qualquer defeito (por exemplo, por falta de vácuo); • Não são recomendados os movimentos de busca aleatória da veia. Este tipo de movimento pode ser doloroso e pode produzir perfurações arteriais, resultando em: hematoma, compressão do nervo ou lesão direta do nervo; • Não é recomendável que o mesmo flebotomista tente mais de duas vezes uma venopunção. Se possível, outra pessoa deve ser acionada para completar a coleta no paciente ou o médico deve ser notificado. 6.2.9. Boas práticas de pré-coleta para prevenção de hemólise A Hemólise é definida como a “liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro”, quando ocorre a ruptura das células do sangue (hemácias, granulócitos e plaquetas), o que pode interferir nos resultados de alguns analitos. Ela é geralmente reconhecida pela aparência avermelhada do soro ou plasma após a centrifugação ou sedimentação, causada pela hemoglobina liberada durante a ruptura dos eritrócitos. Desse modo, a interferência pode ocorrer mesmo em baixas concentrações de hemoglobina, invisíveis a olho nu. Os fatores que aumentam o risco de hemólise incluem: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 13/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Usar agulha de calibre pequeno (23 ou menos) ou muito grande para o vaso; • Pressionar o êmbolo da seringa para forçar a entrada de sangue no tubo, aumentando assim o cisalhamento dos eritrócitos; • Coleta de sangue de um cateter intravenoso ou central; • Encher um tubo de forma insuficiente, de tal modo que a razão anticoagulante /sangue seja maior que 1:9; • Reutilização de tubos que foram preenchidos com quantidades impróprias de anticoagulantes; • Misturar um tubo de forma excessivamente vigorosa; • Não esperar que o álcool seque após a antissepsia do local de punção; • Usar tubo para coleta muito grande. Por exemplo, usar tubo grande para um paciente pediátrico, ou usar seringa grande (10–20 ml); A fim de evitar a hemólise algumas ações podem ser adotadas: • Após a higienização do local de coleta deixar o álcool secar antes de iniciar a punção; • Evitar usar agulhas de menor calibre. Usar esse tipo de material somente quando a veia do paciente for fina ou em casos especiais; • Evitar colher o sangue de área com hematoma; • Em coletas a vácuo, puncionar a veia do paciente com o bisel voltado para cima. Perfure a veia com a agulha a um ângulo oblíquo de inserção de 30 graus ou menos. Assim, evita-se que o sangue se choque com força na parede do tubo, hemolisando a amostra, e previne-se também o refluxo do sangue do tubo para a veia do paciente; • Seguir as orientações descritas pelo fabricante do tubo e colher o volume adequado de amostra; • Em coletas com seringa e agulha, verificar se a agulha está bem adaptada à seringa, para evitar a formação de espuma; • Não puxar o êmbolo da seringa com muita força. Ainda em coletas com seringa, descartar a agulha e passar o sangue deslizando-o cuidadosamente pela parede do tubo, cuidando para que não haja contaminação da extremidade da seringa com o anticoagulante ou com o ativador de coágulo contido no tubo; • Não executar o procedimento de espetar a agulha na tampa de borracha do tubo para a transferência do sangue da seringa para o tubo, pois poderá criar uma pressão positiva, o que provoca, além da hemólise, o deslocamento da rolha do tubo, levando à quebra da probe de equipamentos. 6.2.10. Boas práticas de pós-coleta para prevenção de hemólise • Homogeneizar a amostra suavemente por inversão de 5 a 10 vezes, de acordo com as instruções do fabricante. Não chacoalhar o tubo; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 14/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Não deixar o sangue em contato direto com gelo, quando o analito a ser dosado necessitar desta conservação; • Embalar e transportar o material de acordo com as determinações da Vigilância Sanitária local, das instruções de uso do fabricante de tubos e do fabricante do conjunto diagnóstico a ser analisado; • Usar, de preferência, um tubo primário. Evitar a transferência de um tubo para outro; • Não deixar o sangue armazenado por muito tempo refrigerado antes de fazer os exames. 6.2.11. Recomendação da sequência de tubos à vácuo na coleta de sangue venoso segundo o CLSI Por existir a possibilidade de contaminação com aditivos de um tubo para outro, durante a troca dos tubos no momento da coleta de sangue uma ordem de coleta foi estabelecida pelo CLSI. Essa contaminação numa coleta de sangue venoso pode ocorrer quando: • Na coleta de sangue a vácuo o sangue do paciente entrar no tubo e se misturar ao ativador de coágulo ou anticoagulante, contaminando a agulha distal (recoberta pela manga de borracha da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo) quando ela penetrar a rolha do tubo; • Na coleta com seringa e agulha, pelo contato da ponta da seringa com o anticoagulante ou ativador de coágulo na parede do tubo, quando o sangue for colocado dentro do tubo; • Na coleta com seringa e agulha, usar o dispositivo de transferência para tubos a vácuo; onde o sangue que estiver dentro da seringa entra no tubo e se mistura ao ativador de coágulo ou anticoagulante, podendo contaminar a agulha distal (recoberta pela manga de borracha do dispositivo de transferência) quando ela penetrar e perfurar a rolha do tubo; Em dezembro de 2003, a ordem de coleta do CLSI foi reformulada, contemplando também a coleta em tubos plásticos. Isso ocorreu porque os tubos plásticos para soro (tampa vermelha ou amarela com gel separador) contêm ativador de coágulo em seu interior, o que pode alterar os resultados dos testes de coagulação. Devido a este componente, estes tubos devem ser colhidos depois do tubo para coagulação (tampa azul). A sequência de coleta para os tubos plásticos são (Figura 1): • Frascos para hemocultura; • Tubos com citrato para provas da coagulação (tampa azul-claro); • Tubos com citrato para VHS (tampa preta); • Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela); • Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde); • Tubos com EDTA (tampa roxa); • Tubos com fluoreto (tampa cinza). HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo doDocumento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 15/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 Figura 1- Sequência correta de tubos para coleta de sangue. Fonte:KASVI. https://kasvi.com.br/tubos-de-coleta-vacuo-analise-sangue-cores-beneficios/. Nota: Se houver solicitação de hemocultura, as garrafas devem a ser as primeiras a receber a amostra. Observação: É de extrema importância que, imediatamente após a coleta, todos os tubos sejam homogeneizados por inversão. Não se deve homogeneizar tubos de citrato vigorosamente, sob o risco de ativação plaquetária e interferência nos testes de coagulação. A falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulantes precipita a formação de microcoágulos. Além disso, na coleta com escalpe em que o primeiro tubo for o de citrato (tampa azul claro) ou de demais tubos com volumes de aspiração menores, é importante que se tenha um tubo de descarte, uma vez que é necessário desprezar o sangue que vem do espaço do escalpe, assegurando assim a proporção correta de sangue que irá para o tubo de coleta. 6.2.12. Coleta de Sangue para Provas Funcionais (curvas glicêmicas e hormonais) Provas funcionais são aquelas em que o organismo do paciente é estimulado ou suprimido, de alguma forma, antes da coleta do exame por meio de ingestão de medicamento ou substância, exercícios ou, até mesmo, permanecendo por um período em repouso etc. Recomenda-se que esses testes tenham acompanhamento médico e que o laboratório disponha de um local separado para a realização dos mesmos. Devido à particularidade de se fazer coleta seriada de sangue para as provas funcionais, o uso de escalpe neste caso é o mais indicado, assim punciona-se uma só vez esse paciente. Em coletas de provas funcionais, é necessário manter o acesso venoso do paciente viável para as coletadas seriadas. Isso pode ser feito por meio da injeção de uma solução de heparina ou salina no escalpe, conforme protocolo do hospital ou laboratório, para evitar a formação de coágulos no tubo vinílico do escalpe. Materiais utilizados: • Seringa descartável de 10,0 mL; • Heparina (conforme protocolo do laboratório ou hospital); • Seringas estéreis preenchidas com solução de cloreto de sódio 0,9% ou heparina, pois evitam a contaminação do paciente e garantem a esterilidade da solução; • Tubo para coleta de sangue a vácuo (tampa vermelha), siliconizado, de 10,0 mL, ou um tubo de descarte; https://kasvi.com.br/tubos-de-coleta-vacuo-analise-sangue-cores-beneficios/ HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 16/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Tubos específicos para as provas a serem testadas; • Escalpe para coleta múltipla de sangue a vácuo, ou cateter; • Bandagem oclusiva. Técnica: • Conferir o material a ser usado no paciente; • Informar ao paciente sobre o procedimento; • Higienizar as mãos; • Calçar as luvas; • Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do ombro; • Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão; afrouxar o torniquete e esperar 2 minutos para usá-lo novamente; • Fazer a antissepsia; • Garrotear o braço do paciente; • Retirar da embalagem o escalpe para coleta múltipla de sangue a vácuo e rosqueá-lo no adaptador; • Fazer a punção com o bisel da agulha voltado para cima. Se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi feita a antissepsia); • Colocar um esparadrapo ou similar para prender o butterfly no braço do paciente; • Em geral, solicitar repouso de 30 minutos antes das coletas hormonais; • Inserir o tubo para a coleta da primeira amostra da prova e colher o (s) exame (s) basal (s); • Desgarrotear o braço do paciente; • Conectar a seringa de 10,0 mL no adaptador, de forma que o bico da seringa empurre a borracha da agulha; • Injetar cuidadosamente a solução preparada até que a extensão do escalpe se apresente limpa (1,0 a 2,0 mL), tomando cuidado para não injetar a solução na veia do paciente; • Desconectar e reservar a seringa; • Administrar a medicação ou substância específica (dextrosol, clonidina) à prova do paciente e marcar o tempo; • Na próxima coleta, introduzir o tubo siliconizado (ou tubo de descarte) e aspirar de 1,0 mL a 2,0 mL de sangue, com a finalidade de limpar a extensão do escalpe; • Inserir o tubo para a coleta da 2a amostra da prova; • Novamente, injetar cuidadosamente a solução preparada até que a extensão do escalpe se apresente limpa (1,0 a 2,0 mL). Tomar cuidado para não injetar a solução na veia do paciente, proceder assim até o final da prova; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 17/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Tanto a seringa como o tubo siliconizado (ou de descarte) devem ser identificados e separados em uma cuba ou recipiente similar, e descartados ao final da prova. 6.2.13. Coleta de sangue para gasometria A coleta de sangue arterial ou venoso para análise dos gases sanguíneos requer cuidados na: • Escolha do material adequado a ser utilizado na coleta; • Conservação da amostra; • Transporte imediato ao laboratório. A análise dos gases no sangue arterial é fundamental no tratamento de pacientes críticos, sendo, em geral, necessária quando a amostra venosa não permite a medição de todos os parâmetros requeridos pelo médico-assistente. Recomenda-se o uso de seringas plásticas preparadas com anticoagulante apropriado, preferencialmente, a heparina liofilizada. A seringa pode ser mantida à temperatura ambiente, por, no máximo, 30 minutos após a coleta. Na coleta com seringa de plástico, não se indica a manutenção da amostra em ambiente refrigerado. Nas situações em que houver a possibilidade de atraso significativo na análise (mais de 30 minutos), recomenda-se a coleta em seringas de vidro e conservação em gelo e água. A melhor opção é utilizar as seringas de plástico previamente preparada com heparina de lítio jateada na parede, com “balanceamento” de cálcio. Esse tipo de material é facilmente obtido no mercado e apresenta uma relação custo/eficiência satisfatória. A seringa de gasometria deve conter 50 UI de heparina lítica balanceada com cálcio por mL de sangue total. O uso de seringa, de preparação “caseira”, utilizando heparina líquida com “baixa concentração” de sódio também é aceitável, porém aumenta a possibilidade de interferência na dosagem de cálcio iônico, pois existe a possibilidade da heparina ligar-se quimicamente ao cálcio, resultando em valores falsamente mais baixos do que o real. A introdução do cálcio em concentração “balanceada” nas seringas destinadas especificamente para coleta de gasometria e eletrólitos tem por finalidade minimizar os efeitos da queda deste íon na amostra. A heparina líquida em excesso, pode ainda causar diluição da amostra, resultando em valores incompatíveis com a situação clínica do paciente. Já as seringas específicas para a análise de gases sanguíneos, além de eliminarem o risco de diluição da amostra, asseguram a proporção exata entre volume de sangue e anticoagulante, evitando, assim, a formação de microcoágulos que podem produzir resultados errôneos, bem como obstruir os equipamentos analisadores de gases sanguíneos. A heparina utilizada para fins terapêuticos para anticoagulação sistêmica não deve ser utilizada como agente anticoagulante na análise de gases sanguíneos. A elevada concentração de heparina por mL pode alterar o pH da amostra e o resultado decálcio ionizado. Os locais usuais para a realização da punção arterial são as artérias radial, braquial ou femoral. Em situações especiais, como, por exemplo, recém-nascidos, pode-se optar pelas artérias umbilicais durante as primeiras 24 a 48 horas de vida. Após a obtenção da amostra arterial ou venosa, despreza-se a agulha, esgota-se o ar residual, veda-se a ponta da seringa com o dispositivo oclusor e homogeneíza-se suavemente, rolando-a entre as mãos. O material necessita ser encaminhado imediatamente ao laboratório, e o ideal é que não exceda o prazo de 15 minutos. Fatores importantes a considerar: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 18/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Se o paciente estiver consciente, é importante que seja informado sobre o procedimento ao qual será submetido; • O consentimento deve ser obtido previamente à coleta; • Deve-se ter atenção especial com pacientes em terapia com anticoagulantes; • Observar o estado do paciente em relação à temperatura, ao padrão de respiração e à concentração de oxigênio inalado; • O paciente deve estar numa condição ventilatória estável por aproximadamente 20 a 30 minutos antes da coleta, quando em respiração espontânea; • Os outros pacientes (por exemplo, em ventilação mecânica, em uso de máscara de oxigênio etc.) necessitam de 30 minutos ou mais para alcançar o equilíbrio após alteração nos padrões ventilatórios. 6.2.14. Coleta de amostras capilares A coleta de amostra capilar de um dedo, calcanhar ou (raramente) do lóbulo de uma orelha pode ser feita em pacientes de qualquer idade, para testes específicos que pedem pequenas quantidades de sangue. O dedo geralmente é o sítio de preferência para o teste capilar em paciente adulto. Os lados do calcanhar são usados somente em pacientes pediátricos e neonatais. Os lóbulos das orelhas são às vezes usados na triagem em massa ou em estudos de pesquisa. A escolha do local para a coleta de amostras capilares em pacientes pediátricos geralmente baseia-se na sua idade (± 6 meses) e peso (± 3-10 Kg). Nas punções de calcanhar, a profundidade da perfuração não deve passar de 2,4 mm. Para os recém-nascidos prematuros, usar uma lanceta de 0,85 mm. A profundidade recomendada para uma punção de dedo é: • Para criança maior de 6 meses e menor de 8 anos – 1,5 mm; • Para criança maior de 8 anos – 2,4 mm. Em pacientes adultos a profundidade da punção será algo maior do que o comprimento da lanceta. Os comprimentos variam segundo o fabricante (de 0,85 mm para recém-nascidos até 2,2 mm). Numa punção digital, a profundidade não deve passar de 2,4 mm, e assim, uma lanceta de 2,2mm é a tipicamente utilizada. Nas coletas capilares, colhe-se primeiro amostras para hematologia, seguidas das amostras para bioquímica, e para o banco de sangue. Essa ordem de coleta é essencial para minimizar os efeitos da aglutinação de plaquetas. A ordem usada para as punções cutâneas é o oposto da usada para a coleta por venopuntura. Observação: É importante não usar escalpe para fazer a perfuração da pele e não puncionar a pele mais de uma vez com a mesma lanceta, ou puncionar um mesmo sítio mais de uma vez, porque isso pode causar contaminação bacteriana e infecção. Em pacientes adultos: • Aplique álcool no ponto escolhido para a perfuração e deixe secar ao ar; • Puncione a pele com um golpe rápido, contínuo e deliberado, para obter um bom fluxo de sangue e evitar a necessidade de repetir a punção; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 19/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 • Limpe a primeira gota de sangue, porque pode estar contaminado com líquido tissular ou debris (esfacelamento da pele); • Evite espremer o dedo com muita firmeza, pois isso dilui a amostra com líquido tissular (plasma) e aumenta a probabilidade de hemólise; • Depois de completar o procedimento, aplique pressão firme ao local para sustar o sangramento. Em pacientes pediátricos: Primeiro imobilizar a criança pedindo à mãe (acompanhante) ou a um auxiliar de coleta para: • Sentar-se na cadeira de flebotomia com a criança no colo. Se a criança estiver no leito, segurá- la com firmeza com o braço esticado, e o dedo para a punção esticado; • Imobilizar os membros inferiores do paciente colocando as pernas ao redor da criança formando uma cruz; • Estender um braço por cima do tórax da criança e prender firmemente o braço dela, prendendo-o debaixo do seu; • Pegar o cotovelo da criança (ou seja, o braço da punção cutânea) e segurá-lo com firmeza e usar seu próprio braço para prender firmemente o pulso da criança, mantendo-o com a palma para baixo; • Higienizar o local de punção com álcool 70% e deixar secar; • Puncionar a pele com um golpe rápido, contínuo e deliberado, para obter um bom fluxo de sangue e evitar a necessidade de repetir a punção; • Peça à mãe ou acompanhante que aperte e solte ritmicamente o pulso da criança, para assegurar que haja suficiente fluxo de sangue; • Mantenha a criança aquecida, removendo o mínimo possível de suas roupas, enrolando o lactente num cobertor, pedindo à mãe que sustente a criança deixando exposta só a extremidade do local da coleta de amostra capilar; • Evite massagear excessivamente ou espremer os dedos, pois isso causa hemólise e obstrui o fluxo sanguíneo; • Após o procedimento, limpe o sangramento e aplique pressão no local para estancá-lo; • Observe o limite do número de vezes que um paciente pediátrico pode ser puncionado. Se não foi coletada nenhuma amostra satisfatória após duas tentativas, busque uma segunda opinião para decidir se fará outra tentativa ou cancele os exames; • Recolha todo o equipamento usado no procedimento, tomando o cuidado de remover todos os objetos do leito do paciente para evitar acidentes. 6.3. Segurança do Paciente Cabe ao flebotomista tranquilizar o paciente antes da coleta, para que esta seja realizada com sucesso. Caso o paciente esteja preocupado com a intensidade da dor decorrente do procedimento, deve-se agir com honestidade, explicando que a sensação dolorosa produzirá um leve desconforto, porém, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 20/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 de curta duração. Recomenda-se que a coleta seja realizada com o paciente acomodado confortavelmente, sentado ou deitado, orientando-o sobre a importância da manutenção do membro superior imóvel durante todo o ato da coleta. Nas coletas infantis e em casos de portadores de condições especiais, recomenda-se que a orientação seja transmitida também para os acompanhantes. Não existe um procedimento que facilite, com eficiência, uma coleta infantil, porém, artifícios relativamente simples podem auxiliar neste tipo de coleta. Ao lidar com crianças, pode-se solicitar sua colaboração, convidando-as a participar ativamente do processo da coleta, por exemplo, segurando o algodão, gaze ou o curativo adesivo. O uso de curativos estampados com figuras e temas infantis também auxilia, transmitindo uma impressão positiva da coleta de sangue. Sempre pedir auxílio ao responsável pela criança, ou a outros colaboradores caso precise contê-la. Embora sejam raros, os eventos adversos relacionados com flebotomia podem incluir: • Perda dos sentidos com crises convulsivas clônico tônicas; • Hematomas no local da punção; • Dor no sítio da punção; • Ansiedade e desmaio; A padronização de condutas e os treinamentos frequentes dosfuncionários que fazem coleta de sangue contribuem para a redução de riscos e complicações, e, desse modo, o serviço seja reconhecido como seguro e confiável. 6.4. Segurança do Flebotomista Lesões por material perfurocortante (como agulhas ou objetos com projeções capazes de lacerar ou perfurar a pele) geralmente ocorrem entre o uso e o descarte da agulha ou dispositivo semelhante. Para minimizar as exposições e acidentes a adoção de boas práticas em flebotomia protegem tanto os profissionais de saúde como pacientes. Uma maneira de reduzir as lesões acidentais e a exposição sanguínea entre os profissionais de saúde é usar dispositivos de segurança (cientificamente construídos) tais como lancetas retráteis, seringas com agulhas cobertas ou retráteis e os tubos plásticos de coleta. Outro enfoque é eliminar a retirada de agulhas das seringas usando as duas mãos e a desmontagem manual de dispositivos, e, em vez disso, descartar o material perfurocortante de forma completa em locais específicos (lixeiras de segurança) imediatamente após o uso. A boa prática é descartar a agulha e a seringa, ou a agulha e o tubo de suporte, como uma unidade única, no recipiente para material perfurocortante que seja claramente visível e esteja ao alcance da mão. O tamanho do recipiente (lixeira) deve permitir o descarte de todo o dispositivo, e não somente da agulha. Em paralelo, na ocorrência de tais intercorrências a instituição deve efetuar a vigilância das lesões causadas por material perfurocortante e exposição acidental a sangue, para que fatores evitáveis possam ser identificados. Devem estar disponíveis serviços de apoio para os profissionais de saúde acidentalmente expostos a sangue e líquidos biológicos, já que a profilaxia pós exposição (PPE) pode ajudar a evitar as infecções pelos vírus HIV e da hepatite B. O serviço também deve oferecer a imunização contra hepatite B a todos os profissionais de saúde antes destes assumirem as funções que incluam possíveis exposições a sangue e líquidos corporais. Todas as dependências sanitárias devem exibir instruções claras para procedimentos a seguir em caso de exposição acidental a sangue e líquidos corporais. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 21/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 7. FLUXOGRAMA Não se aplica. 8. MONITORAMENTO As coletas de dados para o levantamento de indicadores da implementação deste protocolo, devem ser realizadas pelas unidades assistenciais que realizam a coleta de sangue, quinzenalmente (Dia “D”), utilizando-se a ficha de coleta de dados COLETA DE SANGUE. Os indicadores abaixo deverão ser monitorados pelas unidades assistenciais a fim de proporcionar a análise crítica e implementação de melhorias: • Número de coletas ____________________. • Prevalência de erros durante a coleta__________________. • Descrição do erro durante a coleta____________________. • Número de amostras inadequadas _______________. • Número de recoletas ________________________. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 22/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 9. REFERÊNCIAS CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE (CLSI/ NCCLS). Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipuncture; Approved Standard - Sixth Editi on. CLSI/NCCLS document H3- A6 Vol.27 Nº26 (Replaces H3-A5 Vol.23 32). Wayne, PA USA:NCCLS, 2008. INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR (ISGH). Manual Coleta de Exames Laboratoriais. 1. ed. Disponível em: https://www.isgh.org.br/intranet/images/Servicos/Manuais/2017/ ISGH_MANUAL_COLETA_310817.pdf. Acesso em: 01/12/2020. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/ MEDICINA LABORATORIAL. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Para Coleta de Sangue Venoso. 2. ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010. Disponível em: http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320090814145042.pdf. Acesso em: 30/11/2020. WORLD HEALTH ORGANIZATION (OMS). Diretrizes da OMS para a Tiragem de Sangue: Boas Práticas em Flebotomia. Genebra-Suíça. Disponível em: https://www.who.int/infection- prevention/publications/Phlebotomy-portuges_web.pdf. Acesso em: 30/11/2020. 10. HISTÓRICO DE REVISÃO VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO 01 10/12/2020 Elaboração do Protocolo. https://www.who.int/infection-prevention/publications/Phlebotomy-portuges_web.pdf https://www.who.int/infection-prevention/publications/Phlebotomy-portuges_web.pdf HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.ULACP.003– Página 23/23 Título do Documento ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE SANGUE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão: 17/09/2023 Versão: 01 Elaboração Ana Paula Avenia Silvestre Data: 10/12/2020 Validação Fernanda Alves Luiz Rodrigues – GTPMA - Ofício - SEI 20 (15252521) Fuad Fayez Mahmoud - SVSSP - Despacho - SEI SVSSP/GAS/HU-UFGD (16097381) Viviane Regina Noro – Chefe ULACP - Despacho - SEI ULACP/SAD/DADT/GAS/HU-UFGD (15904261) Paulo Serra Baruki – Chefe DADT - Despacho - SEI DADT/GAS/HU-UFGD (15907194) Data: 05/08/2021 Data: 08/09/2021 Data: 30/08/2021 Data: 30/08/2021 Aprovação Thaisa Pase – Gerente de Atenção à Saúde Data: 17/09/2021