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DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS Desordens crônicas e progressivas, caracterizadas por perda seletiva e simétrica de neurônios dos sistemas motor, sensorial e cognitivo Anormalidades no transporte, degradação e agregação de proteínas, que levam a modificações específicas nas células, causando morte neuronal, principalmente por apoptose Doença de Alzheimer -Geralmente ocorre a partir dos 70 anos -Forma precoce e de origem genética -60% dos casos de demência -Doença neurológica progressiva com perda irreversível de neurônios, principalmente no córtex e hipocampo -Perda progressiva de memória e outras funções cognitivas -Depósito de placas senis e emaranhados neurofibrilares Prevalência · 1% – 65 a 69 anos · 40-50% em pessoas com mais de 95 anos · Forma precoce ocorre antes de 61 anos: 6-7% Fisiopatologia · Gene da proteína -amilóide · Produz uma proteína maior, chamada proteína precursora da amilóide (APP) · Proteína transmembrana · Proteína -amilóide: fragmento de 40 a 42 aa · APP – menos de 1% dos casos · Pré-senilina 1 (PSEN1) e 2 (PSEN2) · Mutações causam aumento da produção de proteína -amilóide 42 (forma mais tóxica) Emaranhados neurofibrilares -Os emaranhados neurofibrilares são achados intracelulares. A proteína “TAU”, quando fosforilada de forma desorganizada, deixa os mibrotubulos da célula desorganizados. -A produção da proteína beta amiloide está associada aaumento da inflamação e manutenção do cálcio, tudo isso gerando estresse oxidativo. -Os agregados proteicos causam injúria neuronal por aumentar o estresse oxidativo e alterar a homeostase do cálcio Excitotoxicidade glutamatérgica -Estresse oxidativo – modificações na estrutura das proteínas -Síndrome de Down e doença de Alzheimer: acúmulo de placas senis e emaranhados neurofibrilares Descoberta da proteína -amilóide Na síndrome de Down, o gene dessa proteína está duplicado Hipótese colinérgica Há diminuição de colina acetil transferase e acetilcolina Sinapses colinérgicas deficientes estão envolvidas com a deficiência de memória Acetilcolinesterase – alvo terapêutico Fosfolipase A2 Hidrólise de fosfolipídios de membrana Origina fosfolipídios e ácidos graxos livres LPL: quimiotaxia, mitogênese, contração da musculatura lisa AA: precursor de eicosanóides Estimulação excessiva Dano à membrana neuronal · Depleção de fosfolipídios essenciais · Descontrole do influxo de cálcio Fragmentação de DNA, proteólise, peroxidação lipídica Acoplada a diversos receptores por proteínas G Neurônios colinérgicos Controla a síntese de acetilcolina pela liberação de colina Acetilcolina Colina acetiltransferase – marcadora de sinapses colinérgicas O transporte de colina do fluido extracelular é a etapa limitante da síntese de acetilcolina Atividade aumentada em esquizofrênicos Alterações na enzima e metabólitos na DA Atividade determinada geneticamente Fundo molecular de doenças que afetam o SNC DA: redução da enzima Relação com déficit colinérgico e distúrbio cognitivo (?) Fosfolipídios · Aumento da síntese · Diminuição da degradação Alteração do metabolismo dos fosfolipídios na DA Mecanismo compensatório para “poupar” os lipídios da membrana Receptores muscarínicos acoplados à enzima reduzem-se com o avanço da idade: função colinérgica PLA2 ativa: forma Ach e induz o metabolismo normal da PPA PLA2 inativa: forma menos Ach e induz a via amiloidogênica Cálcio intracelular e neurotoxicidade · Fosfolipase A2 forma ácido araquidônico e seus metabólitos, que aumentam o cálcio intracelular e ativam a liberação de mais glutamato · O ácido araquidônico também inibe a recaptação do neurotransmissor · Radicais livres formados no metabolismo do ácido araquidônico ativam a fosfolipase A2 · Os radicais livres produzidos em excesso nessas doenças estão relacionados com a morte neuronal (isquemia cerebral e doenças neurodegenerativas) Doença de Parkinson Segundo tipo mais frequente, prevalência de 2% em pessoas com mais de 65 anos. Gera rigidez, bradicinesia e tremores. FISIOPATOLOGIA Ocorre perda neuronal por disfunção mitocondrial e estresse oxidativo. Aqui o metabolismo dopaminérgico também esta envolvido, e forma radicais livres. Tem diminuição da cadeira respiratória (complexo 1), com menor produção de energia e maior estresse oxidativo, podendo levar a apoptose. Os radicais livres em excesso reagem com proteínas, lipídeos e DNA, alterando o funcionamento normal do cérebro. Reduz ainda mais os antioxidantes cerebrais (GSH) e aumenta o Fe. Também tem estimulação excessiva de receptores NMDA de glutamato, aumentando o cálcio intracelular. Dibe B. Ayoub
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