Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NORMA E USOS DA LÍNGUANORMA E USOS DA LÍNGUA PORTUGUESAPORTUGUESA SINTAXE DA COLOCAÇÃOSINTAXE DA COLOCAÇÃO CLÍTICACLÍTICA Autor: Me. Nahendi Almeida Mota Rev isor : A ly Dav id Arturo Yamal l Ore l lana IN IC IAR introdução Introdução Nesta unidade, conheceremos a norma e os usos da colocação dos pronomes oblíquos átonos no Português Brasileiro, observando o que a norma padrão prescreve e o que é utilizado pelos falantes cultos da nossa língua. Além disso, exploraremos as regras gerais e os casos especiais de acentuação grá�ca do português. Também analisaremos as mudanças e permanências ortográ�cas a partir do Novo Acordo Ortográ�co, que mexeu em 0,5% da escrita dos brasileiros e, mesmo assim, causou um certo “desespero” em seus usuários... Por �m, trataremos dos sinais de pontuação e suas funções, observando a riqueza de informações presentes em cada um deles. Bons estudos! Neste tópico, explicaremos a colocação dos pronomes oblíquos átonos, também chamados de clíticos, no Português Brasileiro, inclusive em locuções verbais. Para isso, discorreremos sobre a ênclise, a mesóclise e a próclise, tanto de acordo com a gramática normativa quanto conforme pesquisas linguísticas acerca do uso culto contemporâneo. A Colocação Pronominal no PB: Ênclise, Mesóclise e Próclise Antes de tratarmos da colocação dos pronomes oblíquos, é interessante de�nirmos os pronomes pessoais, que, conforme Bechara (1999, p. 164, grifo do autor), são aqueles que “designam as duas pessoas do discurso e a não- pessoa (não-eu, não-tu), considerada, pela tradição, a 3.ª pessoa”. Tradicionalmente, são eles: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas. A essa lista, Bagno (2012) acrescenta você(s) e a gente e retira vós, pois a�rma que este entrou em desuso no Português Brasileiro. Colocação dos PronomesColocação dos Pronomes Oblíquos ÁtonosOblíquos Átonos Essas formas funcionam como sujeito e são chamadas de retas. Cada uma delas está associada a pronomes pessoais oblíquos, que podem ser átonos ou tônicos. Aqui, interessam-nos os átonos. Vejamos, portanto, quais são eles. Número Pessoa PRONOMES PESSOAIS RETOS PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS Singular 1ª pessoa: Eu me 2ª pessoa: Tu te 3ª pessoa: ele, ela lhe, o, a, se Plural 1ª pessoa: Nós nos 2ª pessoa: Vós vos 3ª pessoa: eles, elas lhes, os, as, se Quadro 3.1 – Quadro reduzido e adaptado dos pronomes pessoais Fonte: Bechara (1999, p. 164). O uso – ou, mais necessariamente, a posição – dos pronomes átonos (ou clíticos) é um dos pontos de con�ito entre a norma padrão e a norma culta, isto é, entre o que prescreve a gramática normativa e o que os falantes cultos da língua, de fato, produzem. Os clíticos podem vir antes, no meio ou após o verbo, e cada uma dessas posições receberá um nome. ÊNCLISE – é quando o clítico vem depois do verbo. De acordo com Bagno (2012, p. 741, grifo do autor), “No PB, a ênclise só é usada espontaneamente em fórmulas �xas ( danou-se, deixe-me ver, parece- me ) ou em textos falados e escritos submetidos à monitoração estilística e, muitas vezes, à hipercorreção”. MESÓCLISE – é quando o clítico se posiciona entre o radical do verbo e as desinências de modo, tempo e pessoa. Segundo Bagno (2012, p. 742, grifo do autor), “De fato, a mesóclise só pode ocorrer com verbos no futuro do indicativo e no futuro do pretérito/condicional. [...] No PB, a mesóclise soa absolutamente estranha e até engraçada, quando não pedante. As grandes empresas jornalísticas já baniram há algum tempo a mesóclise de suas salas de redação”. PRÓCLISE – quando o clítico ocorre antes do verbo. Para Bagno (2012), essa é a regra única da colocação dos clíticos no Português Brasileiro. Esse debate sobre a posição dos clíticos não é algo tão recente assim, e há diferenças entre os usos mais comuns no Português Europeu (PE) e no Português Brasileiro (PB): aquele tende a ser predominantemente enclítico, enquanto este é primordialmente proclítico – essa diferença se dá, entre saiba mais Saiba mais Em 2016, o então Presidente da República Michel Temer, em um de seus discursos, utilizou a mesóclise, uma construção incomum para os falantes do Português Brasileiro. Esse uso gerou muitas discussões, desde a “falta de cultura” do brasileiro que não o entendeu até o pedantismo de quem fala “difícil” só para parecer superior aos seus ouvintes. No vídeo “Português em Foco: A mesóclise de Temer”, há uma breve explanação sobre esse ocorrido. Vale a pena assistir! Fonte: Elaborado pela autora. ASS I ST IR outros fatores, por causa da dessemelhança entre a pronúncia lusitana e a pronúncia brasileira. Castilho (2014, p. 483) a�rma que ao “longo da história do português, observou-se certa mobilidade de colocação dos clíticos, predominando inicialmente a ênclise, até o século XIV, começando então o domínio da próclise, até o século XVI”. Quanto ao que a gramática normativa prescreve, o autor elenca o seguinte: a. a ênclise é a colocação posição básica dos clíticos; b. a próclise é de regra quando ocorrem os seguintes elementos atratores: (i) conjunção integrante ou pronome relativo; (ii) advérbio de negação/tempo/focalização; (iii) sujeito quanti�cado; c. não se começa sentença com um clítico: (i) nas perífrases de gerúndio e particípio, os pronomes se colocam antes ou depois do verbo auxiliar, seguindo essas mesmas regras; (ii) em perífrases de in�nitivo, o verbo é sempre enclítico, mesmo que ocorram atratores (CASTILHO, 2014, p. 483). Como é possível observar, estamos tratando a colocação dos pronomes átonos tanto pela perspectiva tradicional quanto pela perspectiva mais atual, que visa descrever a norma culta como ela realmente é. Você já conseguiu notar algumas divergências entre elas? A principal diz respeito ao embate entre próclise e ênclise, uma vez que nem mesmo os defensores de um português “correto” utilizam espontaneamente a mesóclise. Assim, de um lado, está a gramática normativa, que a�rma ser a ênclise a colocação básica dos clíticos; de outro, estão estudos linguísticos contemporâneos, como os de Bagno (2012), que constata ser a próclise a regra principal de uso no Português Brasileiro. reflita Re�ita Se diversos estudos linguísticos já provam que a próclise é a regra que predomina entre os falantes - cultos ou não - do Português Brasileiro, por que continuar ensinando a colocação pronominal com base em noções de “certo” e “errado”? Talvez seja mais interessante e produtivo mostrarmos as diversas possibilidades de uso, levando em consideração diferentes modalidades (escrita e oralidade), situações (mais ou menos formais), gêneros textuais etc. Dessa forma, o aluno dominará as variadas formas de colocação do pronome sem nutrir a falsa ideia de que os brasileiros não sabem falar/escrever. O que acha? Fonte: Elaborado pela autora. Como o estudante tem direito a conhecer todas as variedades da língua, é pertinente que a ele sejam apresentadas todas as possibilidades, mirando, sempre, no desenvolvimento de suas habilidades comunicativas. A Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos em Locuções Verbais Neste subtópico, trataremos da colocação pronominal em locuções verbais. Segundo Bechara (1999), é necessário considerar dois casos: (i) auxiliar + in�nitivo ( quero falar ); (ii) auxiliar + gerúndio ( estou falando ) e (iii) auxiliar + particípio ( tenho falado ). No que diz respeito aos dois primeiros casos, os pronomes devem aparecer da seguinte maneira: 1. Proclítico ao auxiliar: Eu lhe quero falar. Eu lhe estou falando. 2. Enclítico ao auxiliar (ligado por hífen): Eu quero-lhe falar. Eu estou-lhe falando. 3. Enclítico ao verbo principal (ligado por hífen): Eu quero falar-lhe. Eu estou falando-lhe (mais raro) (BECHARA, 1999, p. 590). Quanto ao terceiro caso (auxiliar + particípio), ele a�rma: 1. Proclítico ao auxiliar: Eu lhe tenho falado. 2. Enclítico ao auxiliar (ligado por hífen): Eu tenho-lhe falado (BECHARA, 1999, p. 590). Isso é o que prega a tradição,porém, o mesmo autor, por sua vez, faz algumas observações quanto ao uso entre os brasileiros, das quais destacamos somente uma: seja na linguagem escrita ou falada, o pronome átono proclítico ao verbo principal é mais frequente (Eu quero lhe falar). praticar Vamos Praticar Neste tópico, estudamos as regras e os usos dos pronomes oblíquos átonos. Agora, leia a tirinha abaixo, identi�que os pronomes e analise a sua posição em cada um dos quadrinhos. Figura 1 – A colocação pronominal no português Fonte: Elaborada pela autora Em seguida, leia as alternativas e escolha a que melhor explica a tirinha, levando em consideração tanto a perspectiva da norma padrão quanto a da norma culta em uso. a) O rapaz usa o pronome após o verbo (nos dois primeiros quadrinhos, em “abrace-me”, “beije-me” e “nunca deixe-me”), isto é, na posição enclítica, mas isso está errado tanto para a norma padrão quanto para a norma do uso, por isso a moça pede para que ele acerte o pronome, que, em todas as sentenças, deveria vir anteposto ao verbo (“me abrace”, “me beije” e “nunca me deixe”) b) A colocação pronominal nas duas primeiras sentenças ditas pelo rapaz está correta – tanto para a gramática normativa quanto para as regras do uso, porém, na terceira sentença (“Nunca deixe-me”), ele deveria ter usado “Nunca me deixe”, uma vez que “nunca” é um advérbio de negação, logo, um elemento atrator, isto é, que pede que o pronome venha na posição proclítica. c) Os falantes cultos do Português Brasileiro nunca formulam frases com o pronome posposto ao verbo (ênclise), portanto, todas as sentenças ditas pelo rapaz da tirinha (“abrace-me”, “beije-me” e “nunca deixe-me”) estão erradas. Tais falantes usam, em toda e qualquer situação, os pronomes antepostos ao verbo (próclise), portanto, deveria ser “me abrace”, “me beije” e “nunca me deixe”. d) A moça pede para o rapaz acertar o pronome porque o correto é “te” em vez de “me”. Dessa forma, as frases �caram assim: “abrace-te”, “beije-te” e “nunca deixe-te”, uma vez que o falante está direcionando as falas para outra pessoa, isto é, para a moça que pede para que ele use corretamente o pronome. e) O rapaz coloca o pronome “me” após as três frases, isto é, após os verbos “abraçar”, “beijar” e “deixar”, mas, de acordo com as normas e os usos cultos da língua, o correto é colocar o pronome apenas após o último verbo da sentença, quando esta for composta por mais de um verbo. Portanto, o correto seria “abrace, beije e nunca deixe-me”. Nosso alfabeto é composto por 26 letras – pois, após o Novo Acordo Ortográ�co, as letras “k”, “w” e “y” passaram a fazer parte da escrita o�cial do português. Para fazermos a acentuação grá�ca, recorremos a “pequenos sinais que são acrescentados acima ou abaixo das letras convencionais para que elas representem sons diferentes dos das letras simples” (BAGNO, 2012, p. 369), os quais são chamados diacríticos. Algumas línguas utilizam muitos deles, enquanto outras não utilizam nenhum, como é o caso do inglês. No português, por sua vez, usam-se os seguintes: o acento grave, o acento agudo, o acento circun�exo, o til e a cedilha. Vejamos algumas informações sobre cada um deles. Os Diacríticos Os diacríticos fazem parte da escrita do português, por isso, é importante que saibamos utilizá-los corretamente. Para tanto, a seguir, veremos suas principais regras e algumas das exceções que circundam o seu uso. Acentuação Grá�caAcentuação Grá�ca A Cedilha Conforme Ferrarezi Junior (2018, p. 31, grifo do autor), a cedilha é um diacrítico que deve sua existência apenas à letra cê. Essa letra representa dois sons bem diferentes na escrita do português: som de "k", antes de ‘a’, ‘o’ e ‘u’ (‘cachorro’, ‘corpo’, ‘cuspir’) e som de ‘s’, antes de ‘e’ e ‘i’ (‘céu’, ‘circo’). Assim, para que ela pudesse ter som de ‘s’ também antes de ‘a’, ‘o’ e ‘u’ (‘bênção’, ‘pescoço’, ‘açúcar’), criou-se o cê cedilhado, que, porém, não pode ser utilizado na posição inicial da palavra. O Til Também segundo Ferrarezi Junior (2018, p. 39), o til (~) não é um acento. [...] Na fala do português, algumas vogais são nasalizadas por contaminação com o ambiente fonético em que ocorrem. Isso é representado naturalmente na escrita, sem a necessidade de usar o til. Junto de consoantes nasais, como ‘m’, ‘n’, ‘nh’, por exemplo, as vogais tendem a �car naturalmente nasalizadas e, assim prescindem de ser marcadas com o til. É o caso, por exemplo, do ‘o’ de ‘ontem’, do ‘a’ de ‘antes’ e do ‘u’ de ‘úmero’. O Acento Grave Embora ainda seja chamado de “acento”, Bagno (2012) e Ferrarezi Junior (2018), entre outros, já constatam que sua função é meramente gramatical e que ele não marca a sílaba tônica das palavras nem altera a sua pronúncia na leitura. Logo, ele não é um acento; ele é um indicador de crase, ou simplesmente crase, que signi�ca “junção”, “fusão”. Em português, ele é “apenas o indicador de que dois sons ‘a’ foram juntados em um só, o que nós fazemos costumeiramente na fala, mas que deve ser indicado explicitamente na escrita” (FERRAREZI JUNIOR, 2018, p. 40). Este mesmo autor ainda lista os três casos em que devemos usá-lo, que é quando vamos juntar (i) um conectivo “a” com um artigo “a”; (ii) um conectivo “a” com um demonstrativo “a”; e (iii) um conectivo “a” com o primeiro “a” de demonstrativos como “aquele”, “aquela”, “aquilo” ou contrações como “aqueloutro”, “aqueloutra”. O Acento Agudo e o Acento Circun�exo De acordo com Ferrarezi Junior (2018), o acento tem dupla função nas palavras: de�nir o timbre (aberto ou fechado) das vogais sobre as quais ele é aplicado e indicar a sílaba tônica da palavra. Essa acentuação na escrita do português depende da posição da sílaba tônica nas palavras, que podem ser proparoxítonas (quando a antepenúltima sílaba é a tônica), paroxítonas (quando a sílaba tônica é a penúltima) e oxítonas (quando a sílaba tônica é a última). Esse mesmo autor organizou as regras – e suas exceções – de maneira bastante didática e pontual, e iremos disponibilizá-las a seguir, todas conforme o disposto em sua obra intitulada Guia de acentuação e pontuação em português brasileiro (2018). Para palavras monossílabas: As palavras monossílabas são acentuadas quando consideradas “tônicas”, desde que terminadas em “a”, “e”, “o”, “éu”, “ói” e “éi”, seguidos ou não de “s”. Usa-se o acento agudo ou circun�exo de acordo com o timbre da vogal que será acentuada. Para ser considerada tônica, uma palavra monossílaba deve fazer referência a palavras nocionais, isto é, aquelas que nomeiam algo no mundo, como substantivos, verbos e adjetivos, enquanto as monossílabas átonas, por sua vez, são palavras com função meramente gramatical ou não referencial, como artigos, preposições e pronomes oblíquos. Os verbos “ter” e “vir” recebem o acento circun�exo para diferenciar sua forma plural de sua forma singular: “Ele tem/Eles têm”, “Ela vem/Elas vêm”, da mesma forma que os verbos com essas terminações, como “deter”, “intervir” etc. O acento circun�exo também é utilizado para diferenciar o verbo “pôr” (com acento) da preposição “por” (sem acento). Para palavras oxítonas: São acentuadas as palavras que terminam em: 1. “a”, “e” ou “o” seguidas ou não de “s”, como “sofá”, “sofás”; 2. “em” ou “ens”, como “também”, “vinténs”; 3. “éi”, “ói” e “éu” seguidos ou não de “s”, como “anéis”, “herói”, “chapéu”; 4. bem como o “a”, “e” e “o” tônicos das composições verbais com pronomes �nais “la(s)”, “lo(s)”, como “comê-lo”, “propô-la” etc. Para palavras paroxítonas: As palavras paroxítonas são as mais numerosas do português, logo, seus casos de acentuação também são igualmente numerosos. São acentuadas as vogais tônicas paroxítonas, mesmo que seguidas do “s” de plural, quando terminadas em: “l” (“réptil”), “n” (dólmen”), “r” (âmbar”), “x” (“córtex”), “os” (fórceps”), “ã” (“órfã”), “ão” (“bênção”), “ei” (“hóquei”), “is” (“oásis”), “i” (“júri”), “um” (“álbum”), “uns” (“fóruns”), “us” (“vírus”). Duas observações: ➔ O verbo “poder” é um casodiferenciado, pois nele usa-se o circun�exo na terceira pessoa do passado (“pôde”) para diferenciá-la da terceira pessoa do presente (“pode”). ➔ Antes, todas as vezes em que um “i” ou um “u” eram tônicos e não nasalizados em um hiato, eles recebiam acento. Agora, são acentuados apenas nestes casos: (a) quando constituem uma sílaba sozinhos ou acompanhados de “s” (“ba-í-a”, “fa-ís-ca”, “gra-ú-do”), exceto quando forem precedidos de ditongo (por isso, “bai-u-ca” e “chei-i-nho”, entre outras, não têm mais o acento); e (b) quando constituem uma sílaba �nal da palavra, sozinhos ou acompanhados de “s” (“Pi-au-í”, “sa-ís”, “tei-ú”, “tui-ui-ús”). Para palavras proparoxítonas: Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas (“plástico”, “cínico”, “exército” etc.). O autor conclui a�rmando que todas “as demais palavras que não se enquadrem em nenhuma dessas regras de aplicação de acentos não são acentuadas, mesmo que um dia tenham sido (FERRAREZI JUNIOR, 2018, p. 38). Notamos, portanto, que não são poucas as regras, da mesma forma que não são poucas as exceções. Porém, é importante que estejamos sempre estudando, visando sempre o domínio de todo esse leque de informações acerca da escrita do português. praticar Vamos Praticar Neste tópico, aprendemos um pouco sobre os diacríticos utilizados na escrita do português. As dúvidas mais frequentes dizem respeito à utilização (ou não) do acento agudo e do acento circun�exo. Para veri�carmos o seu nível de aprendizagem das regras e suas justi�cativas, observe as palavras a seguir, veri�que se o uso dos acentos está correto ou não e escolha a alternativa que melhor explique a presença/ausência dos acentos. detêm (plural) / café / prendê-lo / pá a) Todas as palavras receberam a acentuação correta, conforme o Novo Acordo Ortográ�co. b) Todas as palavras receberam a acentuação correta, porém, após o Novo Acordo Ortográ�co, essas regras mudaram, então todas elas passam a ser escritas sem acento. c) Todas as palavras estão acentuadas corretamente, exceto os verbos (“detêm” e “prendê-lo”), pois nenhum verbo do português é acentuado. d) Nenhuma dessas palavras deveria estar acentuada. e) Todas as palavras estão acentuadas corretamente, exceto “pá”, pois palavras monossílabas em português não recebem acento. O Novo Acordo Ortográ�co, assinado em Lisboa em 1990, é uma tentativa de uni�car a ortogra�a, isto é, o modo de escrever a língua, em todos os países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Vale destacar, como bem o faz Bagno (2012, p. 382, grifo do autor), que “ninguém jamais pensou numa ‘uni�cação fonética’ nem numa ‘uni�cação morfossintática’ da língua, porque essa tarefa é simplesmente impossível: a heterogeneidade é da natureza de qualquer língua humana, de modo que a variação é inevitável”. Além disso, o autor deixa claro também que as alterações estipuladas pelo Acordo não chegam a ser uma “reforma”, a�nal, elas afetam aproximadamente 0,5% das palavras escritas do Português Brasileiro e 1% das palavras do Português Europeu, um número muito baixo, insu�ciente para con�gurar uma reforma. Novo Acordo Ortográ�ico: O que Mudou e o que Permanece O Novo Acordo Ortográ�coO Novo Acordo Ortográ�co Castilho (2014, p. 94-96), em sua Nova gramática do português brasileiro , listou as principais mudanças do Acordo para os brasileiros, as quais iremos elencar a seguir. Elas tratam da inserção de novas letras no alfabeto, do uso de letras maiúsculas, do uso do hífen e das alterações sofridas na acentuação. A Inserção de Algumas Letras no Alfabeto As letras k, w e y, que já eram utilizadas antes, passaram a fazer parte o�cialmente do alfabeto da língua portuguesa, que agora tem 26 letras. O uso de Letras Maiúsculas O uso obrigatório das letras maiúsculas �ca restrito a: i. nomes próprios de pessoas ( João , Maria , Thiago ); ii. lugares ( Rio de Janeiro, Curitiba, Bahia ); iii. instituições ( Ministério da Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro ); iv. seres mitológicos ( Zeus, Netuno ); v. nomes de festas ( Natal, Páscoa ); vi. na designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes regiões ( Nordeste, Sudeste, Sul ); vii. nas siglas ( ONU, USP ); viii. nas iniciais de abreviaturas ( Sr., V. Exª ); ix. e nos títulos de periódicos ( Folha de S. Paulo, Gazeta do Povo ). E seu uso torna-se facultativo nas seguintes situações: i. em nomes que designam os domínios do saber ( português ou Português ); ii. em títulos ( doutor ou Doutor Ataliba Castilho , santa ou Santa Bárbara ); iii. e nas categorizações de logradouros públicos ( praça ou Praça da Liberdade ), de tempos ( igreja ou Igreja do Bon�m ) e edifícios ( edifício ou Edifício Cruzeiro ). O uso do Hífen Castilho (2014), assim como Bagno (2012) e outros, destaca a falta de sistematização do uso do hífen, mostrando que o Acordo tentou organizar algumas regras a �m de tornar esse uso mais simples. Vejamos. i. não há alteração no uso do hífen nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que sejam grafadas de forma aglutinada palavras que já perderam a noção de composição, como mandachuva e paraquedas ; ii. palavras formadas por pre�xação sofreram as seguintes alterações: ➔ Só se emprega o hífen quando: - o segundo elemento começa com h, como pré-história , semi-hospitalar etc. *Exceção: a regra que descarta o hífen nas palavras formadas com os pre�xos des- e in -, nas quais o segundo elemento perde o h inicial, como desumano , inumano etc., se mantém; - o pre�xo termina com a mesma vogal com que se inicia o segundo elemento, como em auto-observação, micro-ondas etc. *Exceção: a regra em relação ao pre�xo co-, mesmo em elementos que se iniciam com o, como em cooperação , coordenação etc., que se aglutina com o segundo elemento, se mantém. ➔ E o hífen é abolido quando: - o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em antirreligioso , contrarregra etc. *Exceção: quando os pre�xos terminam com r, como super- e hiper -, mantém-se o hífen, como em super-revista . - o pre�xo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente, como em autoestrada , agroindustrial etc. As demais regras de uso do hífen permanecem iguais. A Acentuação Embora tenham sido poucas as alterações sofridas devido ao Acordo, é importante que estejamos atentos, a�nal, muitas dessas palavras são de uso rotineiro e devem ser escritas conforme a ortogra�a o�cial – pelo menos em momentos que pedem um grande cuidado com a escrita. No tocante à acentuação, nosso último subtópico, vejamos a breve apresentação organizada por Castilho (2014): i. o trema foi abolido ( lingüiça agora é linguiça , cinqüenta agora é cinquenta ); ii. o acento circun�exo do primeiro o em palavras terminadas em oo desaparece ( vôo , enjôo agora são grafadas voo, enjoo ); iii. o acento circun�exo das formas verbais da terceira pessoa do plural terminadas em -eem desaparece ( lêem , vêem agora são grafadas leem , veem ); iv. os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas deixam de ser acentuados ( idéia , paranóico etc. agora são grafadas ideia , paranoico etc.); v. o acento agudo é abolido no i e no u tônicos quando precedidos por ditongo ( feiúra agora é grafada feiura ); vi. o acento agudo do u tônico precedido de g ou q e seguido de e ou i é abolido nas formas verbais rizotônicas (que têm o acento tônico na raiz) (verbos como averiguar e apaziguar , antes escritas averigúe e apazigúe , agora são grafadas averigue e apazigue ); vii. o acento agudo ou circun�exo usado para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras átonas, deixa de existir. Logo, não há mais distinção entre para (preposição e verbo), pela (substantivo e �exão do verbo pelar e preposição) etc. Além dessa listagem, o autorfaz duas observações: uma diz respeito à permanência do acento circun�exo na forma verbal pôde e ao uso facultativo de tal acento na palavra fôrma ; e a outra é referente à duplicidade de acentuação (uso do acento circun�exo ou do acento agudo) em palavras como econômico/económico , acadêmico/académico etc. Como essa acentuação re�ete o timbre fechado, mais comum no Brasil, e mais aberto, mais comum em Portugal, optou-se por manter ambas. Logo, nós brasileiros, assim como todos que forem escrever em língua portuguesa, podemos usar tanto uma quanto outra gra�a. Por �m, quando houver dúvidas, consulte o VOLP (Vocabulário Ortográ�co da Língua Portuguesa): http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no- vocabulario . praticar Vamos Praticar Após a leitura das alterações sofridas na ortogra�a do português após o Novo Acordo Ortográ�co, leia as sentenças abaixo e escolha a alternativa que melhor explica a gra�a das palavras destacadas. Atente-se aos usos facultativos e obrigatórios e também ao que mudou e ao que permanece. a. “Eu estou com uma ideia muito legal e preciso contar para o João!” b. “Ela é iper legal! A sua mãe irá gostar muito dela!” c. Eu moro na rua principal de Copacabana, então você conseguirá me encontrar rapidamente.” a) As palavras em destaque nas letras (a) e (b) estão corretas, porém, na letra (c), a palavra “rua” deveria ser escrita com inicial maiúscula. b) Conforme o Novo Acordo Ortográ�co, todas as palavras em destaque nas sentenças estão corretas. http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario c) As palavras “ideia” (letra a) e “rua” (letra c) estão grafadas corretamente, mas “iper” (letra b) está grafado erroneamente, pois o correto é “hiper”. d) Conforme o Novo Acordo Ortográ�co, todas as palavras em destaque nas sentenças estão incorretas. e) As palavras “iper” (letra b) e “rua” (letra c) estão grafadas incorretamente, pois o correto é “hiper” e “Rua” (por ser um logradouro público, deve ser iniciado com letra maiúscula), respectivamente, mas “ideia” (letra a) está grafada de maneira correta. Como sabemos, fala e escrita são modalidades diferentes da língua. Quando estamos falando, diversos são os recursos que utilizamos para nos fazermos entender, como a entonação (para que quem nos ouve identi�que a nossa fala como uma pergunta, uma a�rmação, uma ordem etc.), gestos (apontamos, olhamos para um ou outro lugar etc.), postura, entre outros. Já na escrita, não temos todas essas ferramentas, logo, precisamos nos munir do que está ao nosso dispor, e é aí que entram os emoticons (em conversas na internet ), as informações não verbais (como imagens, fotos, vídeos etc.) e, também, os sinais de pontuação, que nos ajudam a diferenciar uma frase a�rmativa de uma interrogativa, por exemplo. Neste tópico, trataremos de alguns sinais de pontuação, bem como de suas funções em um texto. Sinais de Pontuação Trataremos, neste subtópico, dos seguintes sinais de pontuação, todos eles fundamentados nas explicações de Bechara (2010) e Ferrarezi Junior (2018): ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências, dois pontos, A Aprendizagem e oA Aprendizagem e o Ensino da PontuaçãoEnsino da Pontuação ponto e vírgula, travessão, parênteses, aspas e, por último, a vírgula – que merece uma atenção maior. Vale ressaltar, antes da leitura, que todos eles devem ser observados, sempre, em consonância ao texto que acompanha, uma vez que é dentro do conjunto textual que eles tomam forma e sentido. Ponto (.): “O ponto simples �nal, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências” (BECHARA, 1999, p. 606). Essa não é a sua única função, a�nal, o ponto assume diversos papéis dentro de um texto, porém, por ora, essa de�nição nos é su�ciente – e, aqui mesmo, durante a leitura deste texto, você pode observar o uso desse sinal. Ponto de interrogação (?): posiciona-se no �nal de uma oração interrogativa ou que tem um caráter de incerteza. Em poemas, entretanto, ele pode aparecer mais livremente. Ponto de exclamação (!): ele pode contribuir para a expressão de diversos sentimentos, como a raiva, o susto, o medo, o entusiasmo, embora, sozinho, não seja su�ciente. Por isso, como já foi dito, é sempre importante observar o contexto, a �m de alcançar uma interpretação completa, não arti�cial. Reticências (...): são duas as principais situações em que se utilizam as reticências. Vejamos. a. com �nalidade fonológico-semântica, indicando, por exemplo, ironia, expectativa, dúvida, silêncio e hesitação, entre outros sentidos possíveis, geralmente, com consequências na periodização; b. como indicador de continuidade textual, seja antecedente, intermediária ou sucedente (FERRAREZI JUNIOR, 2018, p. 70-71). Dois pontos (:): tanto Bechara (2010) quanto Ferrarezi Junior (2018) destacam os usos mais recorrentes desse sinal. Aqui, selecionamos os dois mais rotineiros: (i) indicar o início de uma explicação – como você pode observar após o nome de cada sinal, nesta lista de sinais, antes do início da explanação sobre cada um deles –, enumeração, citação, listagem, sequência e (ii) sinalizar o início de uma fala, em diálogos. Ponto e vírgula (;): sua função mais comum é a de aparecer para auxiliar na enumeração. Nesta lista de sinais e usos, por exemplo, há, em muitos casos, a sua ocorrência, uma vez que estamos fazendo uma lista de sinais e dos usos de cada um deles. Travessão (–): “pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão intercalada” (BECHARA, 1999, p. 612), isto é, uma explicação, um comentário etc. Além disso, pode indicar a transcrição de um discurso direto. Parênteses (()): “assinalam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior intimidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parêntese é assinalada por uma entonação especial” (BECHARA, 1999, p. 612). Alguns de seus usos também são listados por Ferrarezi Junior (2018, p. 112). Conforme o autor, eles são utilizados a. para explanação ou con�rmação de valores expressos em algarismos, elucidação de siglas, fórmulas ou outros elementos quaisquer que demandem explicação adicional ou con�rmação (dois parênteses); b. para inserção, no período, de uma explicação sobre algum ponto do conteúdo que foi apresentado (dois parênteses); c. como indicador de uma abertura de sequências indiciadas (um único parêntese); e d. em usos técnico-metodológicos especí�cos como, por exemplo, para indicação de datas e páginas de uma citação bibliográ�ca. Observe que para destacar quantos parênteses devem ser usados, se um ou dois, o autor utiliza os próprios parênteses e acrescenta a informação ao término de cada um dos tópicos: (dois parênteses) ou (um único parêntese). Aspas (“”): “são empregadas para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação especial)” (BECHARA, 1999, 613). Além disso, elas servem também (i) para solicitar uma atenção especial do leitor, (ii) para destacar uma citação, isto é, algo que é de autoria de outra pessoa, e não da que está escrevendo e (iii) para indicar que a palavra não pertence à língua portuguesa. No início desta explicação, por exemplo, ao citarmos Bechara, utilizamos aspas no início e no �m de um trecho retirado de sua gramática, para marcar aquele trecho como de sua autoria, não nossa. Vírgula (,): a vírgula assume muitas funções em um texto, todas listadas por Bechara (2010, p. 657-660, grifo do autor). Vejamos. i. para separar termos coordenados, ainda quando ligados por conjunção (no caso de haver pausa); ii. para separar orações coordenadas aditivas, ainda que sejam iniciadas pela conjunção e, proferidas com pausa; iii. para separar orações coordenadas alternativas ( ou, quer, etc. ), quando proferidas com pausa, mas somente quando ou exprimir reti�cação; iv. nas aposições,exceto no especi�cativo, principalmente quando o aposto está representado por uma expressão de certa extensão; v. para separar as repetições (quando não têm efeito superlativante); vi. para separar ou intercalar vocativos; nas cartas a pontuação é vária (em geral, vírgula) e na redação o�cial usam-se dois pontos; vii. para separar as orações adjetivas de valor explicativo; viii. para separar, quase sempre, as orações adjetivas restritivas de certa extensão, principalmente quando os verbos de duas orações diferentes se juntam; ix. para separar o pronome relativo de oração adjetiva restritiva do termo mais próximo já que seu antecedente é o termo mais distante; x. para separar as orações intercaladas; xi. para separar, em geral, adjuntos adverbiais que precedem o verbo e as orações adverbiais que vêm antes ou no meio da sua principal; xii. para separar, nas datas, o nome do lugar; xiii. para separar as partículas e expressões de explicação, correção, continuação, conclusão, concessão; xiv. para separar as conjunções e advérbios adversativos ( porém, todavia, contudo, entretanto ), principalmente quando pospostos; xv. para assinalar a interrupção de um seguimento natural das ideias e se intercalar um juízo de valor ou uma re�exão subsidiária; xvi. para desfazer possível má interpretação resultante da distribuição irregular dos termos da oração, separa-se por vírgula a expressão deslocada. Vale lembrar, após toda essa explanação, que os usos dos sinais também estão a serviço da criatividade dos usuários. Logo, é possível que outras funções sejam assumidas por eles. Quanto ao seu ensino, é pertinente que sempre esteja voltado para o uso real, isto é, em textos escritos reais, pois decorar listas e usos descontextualizados torna o ensino mecânico e impede o aluno de aplicar seus conhecimentos nas diversas situações comunicativas. praticar Vamos Praticar Após a leitura do material deste tópico, muitos esclarecimentos acerca dos sinais de pontuação e seus usos foram feitos. Agora, observe a imagem abaixo e escolha a alternativa que melhor explique a diferença (ou não) entre a frase da esquerda e a da direita. Além disso, atente-se também ao uso das reticências e à sua função. Figura 2 – Sinais de pontuação em uso Fonte: Elaborada pela autora a) A diferença entre as sentenças se deu pelo uso da exclamação após a palavra “basta” na frase da esquerda, pois essa interrupção gera uma interpretação diferente da frase da direita: na primeira, o sujeito pede para o Estado não intervir na economia, já na segunda, ele sugere que o Estado intervenha, sim, na economia. Já as reticências no �nal da frase indicam ironia. b) A diferença entre as sentenças se deu pelo uso da exclamação após a palavra “basta” na frase da esquerda, pois essa interrupção gera uma interpretação diferente da frase da direita: na primeira, o sujeito pede para o Estado intervir na economia, já na segunda, ele sugere que o Estado pare com essa intervenção. Quanto às reticências, sua função é sinalizar continuidade textual. c) A diferença entre as sentenças se deu pelo uso da exclamação após a palavra “basta” na frase da esquerda, pois essa interrupção gera uma interpretação diferente da frase da direita: na primeira, o sujeito pede para o Estado não intervir na economia, já na segunda, ele sugere que o Estado intervenha, sim, na economia. Quanto às reticências, seu uso está equivocado, pois o único sinal possível ali é o ponto �nal. d) A diferença entre as sentenças se deu pelo uso da exclamação após a palavra “basta” na frase da esquerda, pois essa interrupção gera uma interpretação diferente da frase da direita: na primeira, o sujeito pede para o Estado não intervir na economia, já na segunda, ele sugere que o Estado intervenha, sim. E as reticências no �nal de ambas as frases sinaliza que haverá uma continuidade na fala do personagem. e) As sentenças têm o mesmo signi�cado, isto é, ambas solicitam o �m da intervenção do Estado, pois o ponto de exclamação não tem o poder de interferir no seu signi�cado; os únicos sinais de pontuação que alterariam o sentido da sentença seriam a interrogação, as reticências ou os dois-pontos. Quanto às reticências, elas sinalizam que haverá uma continuidade na fala do personagem. indicações Material Complementar LIVRO Guia de acentuação e pontuação em português brasileiro Celso Ferrarezi Junior Editora: Contexto ISBN: 978-85-520-0033-4 Comentário: Neste livro, o autor traz, com riqueza de detalhes, diversos exemplos e explicações, informações sobre acentuação e pontuação no português brasileiro - tudo isso sem esquematizar, mecanicamente, os conteúdos, de modo que �ca mais fácil aprender e, melhor ainda, entender como e por que é necessário acentuar palavras e pontuar frases e textos. FILME Central do Brasil Ano: 1998 Comentário: Neste �lme, indicado ao Oscar em 1999, Fernanda Montenegro interpreta uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam para ela o que gostariam de contar aos familiares distantes. Vale a pena assistir a ele e observar as diversas nuances que giram em torno da escrita das cartas. TRA ILER conclusão Conclusão Nesta unidade, apresentamos e explicamos a colocação dos pronomes oblíquos átonos, tanto na abordagem da gramática normativa quanto na perspectiva do uso. Com isso, objetivamos mostrar diferentes olhares sobre um mesmo fenômeno sem, contudo, gerar juízos de valor infundados perante um ou outro. Além disso, expomos as regras e os casos especiais de acentuação grá�ca na nossa língua, bem como as mudanças e permanências após o Novo Acordo Ortográ�co - que já não é mais tão novo assim. Por �m, tratamos dos sinais de pontuação, descrevendo seus usos e funções. Assim, esperamos contribuir para a formação de pro�ssionais capazes de dominar aspectos gramaticais e de aplicar tais conhecimentos no seu fazer docente. referências Referências Bibliográ�cas BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro . São Paulo: Parábola Editorial, 2012. BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa . 37 ed. ver. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. BECHARA, E. Gramática escolar da língua portuguesa . 2. ed. ampl. e atual. pelo novo Acordo Ortográ�co. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. CASTILHO, A. T. de. Nova gramática do português brasileir o. 1. ed. 3ª reimpr. São Paulo: Contexto, 2014. FERRAREZI JUNIOR, C. Guia de acentuação e pontuação em português brasileiro . São Paulo: Contexto, 2018.
Compartilhar