Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Gabriela Garcia Fuentes RAIVA BOVINA Infecção ocorre principalmente através da mordida de morcegos hematófagos. Etiologia: Rhabdovírus. Patogenia: Não faz viremia (não circula pelo sangue). Multiplicação do vírus no músculo placa motora terminações nervosas migração centrípeta no axônio SNC multiplicação nos neurônios migração descendente glândula salivar inflamação aumenta produção de saliva saliva rica em vírus. Após chegar no SNC não pode ser revertida. Sintomas: Paralisia de membros posteriores; Decúbito lateral; Salivação; Convulsões e até morte. Diagnóstico: Imunofluorescência direta: Substância fluorescente se liga à cadeia pesada do anticorpo para o vírus da raiva. Parte de cérebro/medula + anticorpo antiraiva com fluorescência. Se for positivo vai brilhar (microscopia). Inoculação em camundongo. Diagnóstico diferencial: Botulismo; tétano; babesiose nervosa; intoxicação por chumbo. Controle: Informação aos produtores. Captura e controle de morcegos. Pasta anticoagulante. Vacinação. MASTITE BOVINA Tipos de mastite: Contagiosa: bactéria passa de uma glândula para outra diretamente, através da ordenhadeira ou do manejo. Ambiental: origem no pasto, fezes, ambiente. O animal se deita e se contamina, ou há contaminação durante a ordenha. Epidemiologia: Animais mais velhos; Vacas de maior produção; Ferimentos; Problemas na ordenhadeira; Falta de higiene; Edema de úbere; Estresse na ordenha. Mastite: No leite deve-se controlar a contagem de células somáticas e contagem bacteriana total). Contagem de bactérias depende de causas internas (mastite) e externas (higiene e refrigeração 4⁰C). Prejuízos: Redução na produção de leite (até 45% menos por quarto com mastite por dia). Redução na qualidade do leite (menos minerais, proteínas e vitaminas). Manejo na ordenhadeira: Evitas estresse pré-dipping papel toalha teste da caneca de fundo escuro ordenha profunda e tranquila pós dipping. Ordenhadeira: sucção e massageamento. Diagnóstico: Teste do fundo escuro: Diagnóstico de mastite clínica (visualização de grumos). CMT (teste da raquete): diagnóstico de mastite subclínica. Leite + reagente CMT, aguarda 10 segundos homogeneizando. Resultado de acordo com o grau de formação de gel. Gabriela Garcia Fuentes Rompe a membrana das células e expõem o DNA (possui alta viscosidade). Muda de cor com ph alcalino (na mastite há extravasamento de componentes plasmáticos que alcalinizam o leite). Tratamento: Mastite clínica: tratar imediatamente. Mastite subclínica: tratar todos os quartetos depois de secar. Controle: Tratar mastite clínica; Tratar vacas secas; Desinfecção (pré e pós dipping); Máquina de ordenha regulada e higienizada; Descarte de vacas crônicas (fonte constante de bactérias). Manejo adequado na ordenha. TUBERCULOSE Etiopatogenia: Mycobacterium bovis: Causa granulomas nos pulmões e gânglios (protege a bactéria do sistema imune do hospedeiro). Zoonose de evolução crônica (incubação até 24 meses). Não há produção de toxinas (apenas lesões). Mycobacterium avium afeta aves e suínos. Afeta principalmente bovinos e bubalinos. Fonte de infecção: aerossóis. Zoonose de evolução crônica (incubação até 24 meses). Diagnóstico: Testa todos os bovinos e bubalinos maiores que 6 meses. Clínico: inespecífico e baixa sensibilidade. Normal à caquético (em quadros terminais). Tosse (seca, curta e repetitiva). Cansaço. Linfadenopatia generalizada. Anatomopatológico: Lesão característica – nódulos amarelados ou esbranquiçados. Bacteriológico: pouco utilizado. Ziehl-neelson. Alto risco biológico (pois há formação de aerossóis). Isolamento negativo – 90 dias (demorado). Certeza direto: Usado apenas para avaliar técnicas indiretas. Certeza indireta: teste de escolha. Tuberculinização (teste de sensibilização alérgico cutâneo - hipersensibilidade IV). Tem prazo para testar novamente – 90 dias. Controle: Vacina é proibida. Diagnóstico identificação do animal marca com um P na face direita notificação abate em até 30 dias. Controle de ingresso. Teste na propriedade: Se todos os animais forem negativos – repetir o diagnóstico após um ano. Se der algum positivo repete o teste (90 à 120 dias depois) até que todos os animais estejam negativos (nesse período não pode comprar e/ou vender animais). Tratamento: Não é feito em bovinos pois são os mesmos medicamento que os usados em seres humanos (preocupação com resistência). Baixa capacidade de cura. Pode tratar cães e gatos. Paratuberculose: M. avium subespécie paratuberculosis. Enfermidade digestiva em ruminantes. Emagrecimento, diarreia crônica, acomete animais acima de 3 anos. Pode ser zoonose (doença de Crohn). Gabriela Garcia Fuentes Lisas Rugosas BRUCELOSE BOVINA Etiologia: Cada espécie bacteriana tem predileção à uma espécie animal: B. abortus – bovinos B. suis - suínos B. melitensis – caprinos (importância - humanos) B. ovis – ovinos (não é zoonose). B. canis – cães Infecção persistente. Bactéria intracelular facultativa. Importância econômica Abortos, repetição de cio, bezerros fracos, diminuição na produção de leite, redução no tempo de vida produtiva, custo de reposição de animais, limitação na comercialização de animais. Transmissão: Normalmente feto-oral. Vias de eliminação: durante a bacteremia, em qualquer via. Porta de entrada: orofaríngea, mucosas e lesões. Após entrada migra para linfonodos regionais e se dissemina para outros órgãos. Patogenia: Na fêmea: tropismo pela placenta, promovendo necrose local, levando à hipóxia fetal e aborto. No macho: inflamação aguda do sistema reprodutor. Diagnóstico: Material ideal – conteúdo estomacal/abomasal (pode placenta). É realizado diagnóstico de certeza indireto pois a infecção é persistente. Aglutinação: para brucelas lisas (Antígeno Acidificado Tamponado - AAT). Necessário autorização oficial. Teste muito sensível (necessário realizar teste confirmatório 2 mercaptoetanol). Teste do leite: em tanque pós ordenha (pouco usado). Imunodifusão: para brucelas rugosas. Teste: Fêmeas vacinadas com B19 (cepa lisa) acima de 24 meses de idade (é uma vacina que pode dar positivo no teste à campo). Fêmeas vacinadas com RB51 (cepa rugosa) ou não vacinadas acima de 8 meses de idade (não aparece no teste à campo). Machos reprodutores acima de 8 meses de idade. Controle: Vacinação – fêmeas de 3 à 8 meses de idade com cepa B19. Cepa RB51 só é utilizada quando perdeu o prazo de vacinação e em lugares sob erradicação (para não confundir o diagnóstico). Detecção (diagnóstico) 30 dias para abater testa todo o rebanho (se der negativo repetir em 30 dias. Controle de ingresso e quarentena. Destruir o restos fetais. CARBÚNCULO HEMÁTICO Zoonose. Não fazer necropsia caso haja suspeita. Etiologia: Bacillus anthracis. Bactéria anaeróbia (produz gás na carcaça) Gram +, esporulado, encapsulado. Apresenta plasmídeos: PX1 – confere EF, PA e LF. Fator edematoso (EF): fator produtor de edema. Fator antígeno protetor (PA): potencializador. Fator letal (LF): efeito letal da toxina. PX 2 – confere cápsula. Patogenia: Ingestão de esporos penetração em lesões da cavidade oral germinação linfáticos multiplicação baço e sistema retículo multiplicação sangue toxemia morte. Curso: 6 à 72 horas. Gabriela Garcia Fuentes Célula do hospedeiro apresenta receptores para PA há a ligação de 7 PA recebem EF e LF EF transforma o ATP em AMPcíclico bomba de Na/K para de funcionar desequilíbrio eletrolítico influxo de líquidos. LF cliva algumas substâncias e mata a célula. Epidemiologia: Curso rápido; Período de seca, precedido de inundações (concentração da toxina). Mais comum em bovinos e ovinos. Sinais clínicos: Animal em posição de cavalete. Inchaço. Sangue nos orifícios naturais. Anorexia, depressão, redução na produção, hipertermia, edema submandibular, distúrbios cardíacos, morte. Diagnóstico: Punção da aorta ou coleta de sangue dos orifícios naturais. Isolamento bacteriano (escolha). Pode fazer esfregaço direto e imunofluorescencia direta. Controle: Tratamento com penicilina (necessário iniciar rapidamente). Vacina anual optativa (vacina viva). Cepa Stern sem PX2 (usada). Cepa capsulada sem PX1. Destruição de cadáveres. Incineração. CARBÚNCULO SINTOMÁTICO Doença infecciosa, de curso agudo, não transmissível, que produz miosite necrotizante em bovinos e ovinos. Etiologia: Clostridium chauvoei. Gram +, esporulada, anaeróbia, produtora de toxinas. Toxina α perfura a membrana, entra água e sai íons célula incha e rompe. Epidemiologia: Bovinos entre 6 e 24 meses são os mais acometidos. Ocorre surtos com letalidade 100%. Patogenia: Necessário lesão muscular para gerar anaerobiose no músculo. Ingestão do agente TGI fígado corrente sanguínea músculo (forma latente) lesão muscular baixa na oxigenação multiplicação bacteriana toxemia morte (12 à 36 horas). Sinais clínicos: Claudicação, manqueira, parada ruminal, inicialmente inflamação, no final indolor, bolhas de ar abaixo da pele. Lesões: miosite hemorrágica (necrótica), formação de gás, odor rançoso, fluído seroso amarelado. Diagnóstico: Isolamento do agente. Material para laboratório: punção da lesão no período de inflamação, punção local post mortem, sangue do coração, osso da canela (devido à putrefação). Controle: Vacinação: Inicial 3 à 6 meses (2 doses – intervalo de 3 semanas). Depois, reforço anual. Gabriela Garcia Fuentes GANGRENA GASOSA Necessário lesão + contaminação produção de toxinas (α). Letalidade 100%. Etiologia: Clostridium (diversos). Anaeróbio, Gram +, esporulada, habitantes do TGI e do solo. Patogenia: Trauma + desvitalização tecidual isquemia queda do pH muscular decomposição de produtos proteicos fonte de nitrogênio proliferação de clostrídios produção de α toxina (necrosante e letal). Incubação: 12 à 48 horas. Sinais clínicos: Lesão no local de inoculação. Dor à palpação e claudicação. Tumefação. Diagnóstico: Ferimentos recentes / parto / lesões. Esfregaço direto. Isolamento. Diferencial: carbúnculo sintomático – não tem lesão e são bovinos jovens. Controle: Tratamento com penicilina. Vacina. Manejo. TÉTANO E BOTULISMO Zoonoses. Esporulam em baixa tensão de oxigênio (na forma esporulada não há produção de toxinas). Tétano X Botulismo Contração muscular Relaxamento muscular Lesão + contaminação Ingestão de toxina pré-formada Bactéria multiplica no organismo e produz toxina permanentemente Uma única ingestão de toxina pré-formada Clostridium tetani Clostridium botulinum Compromete SNC Não compromete SNC TÉTANO Toxinas: Tetanolisinas – necrose. Toxina não espasmogênica: atua em sistema nervoso autônomo. Tetanoespasmina: migra à medula óssea e bloqueia o neurônio regulador (liberação GABA). Sinais clínicos: Paralisia espástica (contração). Prolapso de 3ª pálpebra. Rigidez muscular (posição de cavalete). Hiperexcitabilidade (convulsão). Constipação e retenção urinária. Diagnóstico: Isolamento bacteriano (material das feridas). Tratamento: Penicilinas + antitoxinas + terapia de manutenção. Controle: Vacinação / antitoxinas e cuidados higiênico-sanitários. Gabriela Garcia Fuentes Lei manda fazer clínico e sorológico BOTULISMO Toxina: 7 subtipos (C e D são os mais importantes). Promovem o bloqueio do neurônio motor (impede que a acetilcolina seja liberada músculo relaxado). Condição: carcaças e matéria orgânica em anaerobiose. Epidemiologia: Principalmente bovinos. Osteofagia (carência de cálcio e fósforo) bactéria migra para medula óssea. Períodos de seca (concentra a toxina). Silagem contaminada. Sinais clínicos: Paralisia flácida progressiva. Morte por insuficiência respiratória. Suínos e ovinos: cabeça pende para o lado. Caninos: megaesôfago. Incubação: 1 à 17 dias. Diagnóstico: Detecção da toxina (fígado, soro ou conteúdo estomacal / intestinal). Controle: Bovinos vacinação (4 meses, 2 doses, 15 dias). redução na carência de minerais. cuidado com alimentos. destino de carcaças. Cães restrição do acesso. EPIDIDIMITE OVINA Etiologia: Brucella ovis não é zoonose. Gram -, rugosa, intracelular. Epidemiologia: Carneiro é reservatório. Fêmea transmissão mecânica. Susceptíveis: ovinos, caprinos, veado vermelho. Patogenia: Macho migra para o epidídimo, onde fica protegido do sistema imune e desencadeia uma resposta inflamatória. Fêmea baixo índice de aborto, colonização das mucosas vaginal e uterina. Sinais clínicos (macho): Aumento de volume na cauda do epidídimo. Redução na concentração do esperma. Redução na motilidade e vigor do espermatozoide. Aumento de anormalidades de cauda de espermatozoide. Diagnóstico: Clinico – qualidade do sémen e palpação. Indireto – ELISA. Direto – cultura. Controle: Diagnóstico e descarte. Manejo de cordeiros. Vacina é fraca, e impossibilita a sorologia. Gabriela Garcia Fuentes FOOT ROT Lesão de diversos níveis que inicia no espaço interdigital e borda da muralha do casco que tem necrose e liquefação, podendo resultar na perda do casco. Etiologia: Dichelobacter nodosus: Tem pili (principal antígeno – uso para vacina). Presente naturalmente no casco. Fusubacterium necrophorum: Necessário que tenha lesão. Causa necrose tecidual. Trueperella pyogenes: Difteróide. Patogenia: F. necrophorum causa uma dermatite interdigital baixa de oxigenação (T. pyogenes favorece) instalação D. nodosus necrose da porção córnea descolamento do casco. Diagnóstico: Isolamento em ágar casco de swab profundo (certeza). Dificuldade de manter anaerobiose e presença de F. necrophorum atrapalha. Tratamento: É possível erradicar. Casqueamento, pedilúvio, vacinas, ATB. Separar em lotes: Saudáveis: pedilúvio 2 x 30 dias. Doentes: pedilúvio 4 x 7 dias. Manutenção: Casqueamento 2 x por ano. Pedilúvio 1 x por ano. ECTIMA CONTAGIOSO Poxvírus. Zoonose. Patogenia: Início na junção muco-cutânea multiplicação nos queratinócitos lesão proliferativa. Sinais clínicos: Lesão na boca, pata e úbere, e dor. Diagnóstico: Clínico e epidemiológico. Tratamento: Auto cura em 15 dias (manter limpo). Controle: Vacina. COLIBACILOSE – DIARRÉIA EM LEITÕES Etiologia: Escherichia coli. Comensal do intestino delgado. Necessário imunossupressão (estresse). 4 tipos de fímbrias (cepa K88 é a mais comum para suínos). Gene presente em plasmídio junto com gene para hemólise. Toxinas: LT (termolábil) a e b. ST (termoestável) a e b. Epidemiologia: Mundial. Frequência inversamente proporcional à idade. Letalidade alta. Gabriela Garcia Fuentes Fatores de risco: Porca tamanho da leitegada, parição. Leitões peso ao nascer, genética. Ambiente temperatura (sensação térmica), gaiola, estação. Manejo administração, assistência ao parto, vacinação da mãe (passa pelo colostro). Cadeia de transmissão: Reservatório – mãe (mamilos). Transmissão – principal é a bota do tratador. Suscetíveis – leitões com menos de 4 dias (principalmente nas primeiras 48 horas). Patogenia: LTb forma um poro na membrana do enterócito. LTa entra por esse poro e ativa a adenilatociclase (transforma AMP em AMP cíclico perde a capacidade de incorporar fosfato não forma ATP) sem energia as bombas não funcionam não há absorção de água e nutrientes diarreia. STa ativa a enzima guanilatociclase (transforma GMP em GMP cíclico não forma GTP). Sinais clínicos: Diarreia, desidratação e morte. Na maioria das vezes assintomático. Diferenciar: SÍNDROME MASTITE METRITE AGALACTEA (SMMA) Mãe não alimenta os filhos morte por hipoglicemia (estômago vazio). Na colibacilose o estômago está repleto (30 à 40% do peso do animal é líquido). Avaliar a mãe. Diagnóstico: Presuntivo: idade, diarreia, flora gram -, hemólise. Certeza direta e indireta. Diferencial: Clostridium perfringes tipo C: há ulceras intestinais, ausentes na colibacilose. SMMA. TGE: animais mais velhos e destruição intestinal. Tratamento: Identificar e solucionar fatores de risco. Tratar com antibiótico. Depois do antibiótico faz probiótico para recuperar a flora. Prevenção: Evitar manejo para evitar imunossupressão do leitão. Vacinar mães: Nunca vacinadas: 60 e 90 dias de gestação. Já vacinadas: 90 dias de gestação. CIRCOVIROSE SUÍNA Etiologia: Circovírus suíno (tipo 1 – não patogênico; tipo 2 – patogênico). Extremamente contagioso. Cadeia de transmissão: Reservatórios: suínos infectados. Transmissão: vertical, contato direto, fômites e vetores. Suscetíveis: suínos (5 à 12 semanas principalmente). Patogenia: Infecção estímulo de células histiocisticas replicação do DNA multiplicação citocinas redução na proliferação linfocitária mediada por macrófagos. Infecção sub-clínica: poucas partículas virais, migra para todos os órgãos e não causa lesão. Infecção clínica: Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno (SMDS) migra para todos os órgãos, destruição tecidual (processo inflamatório generalizado). SMDS: afeta células apresentadoras de antígeno, causando imunossupressão e facilitando infecções secundárias. Gabriela Garcia Fuentes Sinais clínicos: Redução dos índices de produtividade. Emagrecimento rápido e progressivo. Apatia e anorexia. Aumento de linfonodos (principalmente inguinais). Diarreia. Dispneia e pneumonia. Palidez e icterícia de pele e mucosas. Diagnóstico: Material enviado: Qualquer secreção. Qualquer órgão afetado (1 amostra congelada e uma em formol). Critérios: Sinais clínicos compatíveis. Lesões micro e macro específicas (destruição de células e de macrófagos). Detecção de partículas virais nesses locais com lesão. Controle e prevenção: Reservatório: animais sem tratamento. Transmissão: 20 pontos de Madec para prevenir a transmissão. Reduzir o estresse (a sensação térmica é o principal). Obedecer a densidade animal. Limitar contato suíno/suíno (manter o mesmo lote). Boa higiene. Boa nutrição. Suscetíveis: vacinação. Leitão – 1 dose (3 semanas de vida). Fêmea pré-cobertura – 1ª dose 30 dias antes da cobertura, 2ª dose 15 dias antes da cobertura, 3ª dose 2 a 4 semanas antes do parto. RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS Doença exclusiva dos suínos que afeta o nariz, provocando rinite e atrofia. Caráter crônico. Alterações morfológicas e funcionais no nariz. Etiologia: Bordetella bronchiseptica – gram + e fimbriada (6 sorotipos). Pasteurella multocida D citotóxica. Cadeia de transmissão: Reservatórios: portadores (principalmente matrizes). Transmissão: perdigotos e contato nasal. Suscetíveis: leitões até 42 dias (tem que ter um fator de estresse). D Maternidade porca infectada leitões (nariz com nariz) vizinhos desmame creche e recria mistura de leitegadas transmissão entre mais leitões abate ou reposição (nova matriz transmissora). Patogenia: B. bronchiseptica é a primeira a agir e se adere no epitélio nasal, se multiplica e gera toxinas: Toxina dermo necrótica – destrói as células do epitélio. Adenilatociclase – para o sistema muco ciliar (cilioestase). Citotoxina – promove destruição de epitélio. O sistema mucociliar impede a adesão de patógenos, quando há cilioestase a bactéria P. multocida consegue se fixar. Toxina dermo necrótica – destrói osteoblastos não há deposição de matriz óssea atrofia dos cornetos). Sinais clínicos Primeiros a manifestar são os lactentes. Perda de ganho de peso. Espirros (à medida que a doença evolui passam a ser sanguinolentos). No abate: Corte entre 1º e 2º pré-molas vê a atrofia dos cornetos. Gabriela Garcia Fuentes Diagnóstico: Presuntivo: atraso ganho de peso, espirros, alterações de nariz, atrofia de cornetos (abate). Mais que 5% dos animais com grau 3 significa que é um problema na propriedade. Certeza: Direto: isolamento de swab nasal e PCR. Indireto: ELISA. Tratamento: Tratamento com antibiótico não elimina a bactéria, só recompõem os animais. Quando encontrada a doença na propriedade é necessário conviver com ela. Se for só um lote pode eliminar todo e substituir por animais saudáveis. Controle: Reservatório: segregação e abate de porcas. Transmissão: parição em gaiolas (necessário escamoteador). Suscetíveis: vacina. Nunca vacinadas – 60 e 90 dias de gestação. Já vacinadas – reforço 90 dias de gestação. Leitões – aos 7 e aos 28 dias. PNEUMONIA ENZOÓTICA Doença sempre presente em uma comunidade animal. Etiologia: Mycoplasma hyopneumoniae. Cadeia de transmissão: Reservatório: portadores (principalmente porca). Transmissão: contato direto, perdigotos, fômites. Suscetíveis: suínos acima de 2 semanas de idade. Animais em recria e terminação apresentam mais sinais clínicos. Há redução de 30% no ganho de peso e 20% na conversão alimentar. Pode haver contaminação secundária por P. multocida tipo A, que agrava o quadro clínico. Patogenia: Entrada do Mycoplasma cilioestase (imunossupressão) colonização produção de toxinas que destroem o sistema mucociliar (ciliorexe). Quando a carga bacteriana chega ao pulmão há hiperplasia linfoide, bronqueolite obstrutiva e atelectasia (perda de função daquele local). Sinais clínicos: Primeiro em animais da recria e terminação. Redução no ganho de peso, aumento da conversão alimentar. Tosse seca. Corrimento nasal. Diagnóstico: Presuntivo: índices de eficiência alimentar e índices de pneumonia (principalmente na recria e terminação). Certeza: Direto – isolamento e imunofluorescência. Indireto – ELISA. Tratamento: Conviver com a doença. Eliminar do rebanho, repopulação com animais saudáveis. Controle: Reservatório: eliminar. Transmissão: reduzir o estresse. Suscetíveis: vacina. Porcas: 60 e 90 dias de gestação. Leitões: 1 e 3 semanas. Gabriela Garcia Fuentes PLEUROPNEUMONIA Lesões de pulmão e pleura com sinequias (projeções de tecido fibroso entre a pleura e a caixa torácica). Etiologia: Actinobacillus pleuropneumoniae Produz protease que degrada Ig (destrói sistema imune). Parasita obrigatório. Toxina APX: citólise de neutrófilo e macrófago. Cadeia de transmissão: Reservatório: suíno (assintomático). Transmissão: contato direto, fômites e aerógeno (tosse). Suscetíveis: suínos (normalmente em terminação) Patogenia: Bactéria é comensal estresse ciliostase multiplicação no TRS migra para pulmão multiplicação alvéolos destruição dos alvéolos inflamação portador ou morte. Sinais clínicos: Hiperagura: morte. Aguda: epistaxe, dispneia, tosse, decúbito esternal. Crônico: tosse. Sinais patológicos: Macroscopia: consolidação pulmonar hemorrágica, necrose, abscesso, pleurite fibrinosa, sinéquias. Microscopia: pleuropneumonia exsudativa, células mononucleadas, trombose sanguínea e linfática, necrose coagulativa. Controle: Eliminar o rebanho e repopulação com animais sadios (SPF). Eliminar o fator de estresse. Vacinar: Porcas – 60 e 90 dias de gestação. Leitões – 1 e 2 meses. FEBRE AFTOSA Enfermidade vesicular de altamente infecciosa e contagiosa. Grandes prejuízos econômicos em função de embargos comerciais. Acomete todos os biungulados (bovinos, ovinos, suínos, caprinos, capivaras, lhamas). Etiologia: Família picornaviridae; gênero aphthovirus. Vírus RNA não envelopado RNA – grande variabilidade. Sem envelope - maior resistência. Proteínas VP1, VP2, VP3 e VP4 (proteínas do capsídeo) – alvo do sistema imune Sorotipos: A, O e C – a vacina não apresenta proteção cruzada. Transmissão: Via aerógena é a principal forma de transmissão Fômites, vetores mecânicos, imunização artificial, carcaças, todas as secreções (saliva, leite, rúmen, sangue, urina) e transferência de embriões. Eliminação do vírus – 24 horas antes da apresentação dos sinais clínicos. Portadores: Suínos não se tornam portadores após a infecção. Bovinos até 3,6 anos. Ovinos até 9 meses. Patogenia: Penetração via respiratória (mais comum) ou solução de continuidade multiplicação na mucosa orofaríngea disseminação após 24 -48 horas via linfática e sanguínea replicação em vários tecidos e órgãos, causando lesões (na cavidade oronasal, coração, patas, tetos e glândula mamária). Incubação: 2-21 dias (em média 3-8 dias). Gabriela Garcia Fuentes Sinais clínicos: Atribuídos à replicação viral no epitélio – formação de vesículas. Depressão, apatia, hipertermia, laminite, anorexia. Lesões vesiculares: cavidade oral, língua, narina, espaço interdigital, banda coronária, tetas. Diagnóstico: Urgente e preciso. Em casos de suspeita a notificação é obrigatória. Coleta, transporte e processamento realizado por pessoas especializadas. Direto: Isolamento viral – fluído de vesículas ou lavado esofágico- faríngeo. ELISA. Fixação de complemento. Indireto – cautela na sorologia (ac vacinais). Diferencial: Bovinos: estomatites vesiculares, IBR, BVD, febre catarral maligna. Ovinos: footrot, dermatites interdigitais. Suínos: enfermidade vesicular em suínos, estomatite vesicular. Controle e profilaxia: Surto: Identificar o foco interditar área com 3 km de raio abate por rifle sanitário incineração vazio sanitário 3 meses. Animais sentinela: 60 à 90 dias sem soroconverter. Vacina: Suínos e ruminantes: oleosa, inativada, trivalente (suínos só vacina após surto, todos entre 3 e 9 km). Semestral em menores de 24 meses (ruminantes) e anual em maiores de 24 meses. Meses de vacinação: maio e novembro. Carne: maturação (2ºC por 24 horas) elimina o vírus da carne, mas não da medula. Homem – hospedeiro acidental (não apresenta sintomas). ESTOMATITE VESICULAR Lesões vesiculares na boca, língua, tetos e na banda coronária dos cascos de bovinos, equinos e suínos. Bovinos e suínos é indistinguível de febre aftosa. Etiologia: Vírus RNA não envelopado. Família Rhabdoviridae; gênero Vesiculovirus. É um arbovírus (transmissão por insetos). Zoonose (sintomas semelhantes a influenza em humanos) Epidemiologia: Silvestres - assintomático; domésticos – sintomático. Transmitido por pernilongos, moscas pretas e moscas da areia - vetores biológicos (capazes de replicar/multiplicar e transmitir o vírus). Lesões mais intensas pois torna o vírus mais virulento. Sinais clínicos: Apenas 10-15% dos casos são sintomáticos. Em bovinos raramente há lesão em mais de um local (ajuda a diferenciar de aftosa). Em suínos as lesões ocorrem em várias regiões do corpo. Bovinos suínos e equinos: Lesões vesiculares na boca, tetos, banda coronária. Tendem a romper em 1-2 dias. Salivação excessiva (1° sinal), depressão, febre, laminite, perda de peso, mastite. Recuperação dos animais em 15-20 dias. Diagnóstico: Clinicamente indistinguível de aftosa. Qualquer foco de doença vesicular deve notificar (realizar diagnóstico diferencial). Diferencial de aftosa: EV acomete equinos, sem lesões em órgãos internos. Gabriela Garcia Fuentes Controle e profilaxia: Interdição e quarentena. Controle de insetos. Limpeza e desinfecção. Evitar feno grosseiro. Não há vacinação. RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR) Etiologia: Herpesvírus bovino BoHV (BoHV-1 e BoHV-5). BoHV-5 tem sintomatologia nervosa. DNA envelopado. BoHV-1 apresenta ampla reatividade sorológica (vacina protege contra todos os subtipos, inclusive contra BoHV-5). Transmissão: Secreções respiratórias, oculares, genitais, placenta. Corrimento nasal e ocular em viremia são ricos em vírus. Em infecções agudas, excreção do vírus por 15 dias. Direta: sêmen do touro infectado - liberação intermitente. Importância de portadores: quando passarem por estresse vai haver imunossupressão e o vírus volta a circular. Patogenia: Mucosa nasofaríngea ou genital replicação primária em células epiteliais locais primeiros sinais clínicos (secreções, lesões vesiculares) terminações nervosas de neurônios sensoriais latência no gânglio trigêmio e sacral. Sinais clínicos: Respiratórios: dispneia, tosse, taquipneia, descarga nasal serosa à mucopurulenta, salivação, respiração forçada pela boca, mucosa nasal hiperêmica com lesões vesiculares e erosivas. Fêmeas: vulvovaginite pustular infecciosa. Machos: balanopostite pustular infecciosa. Sinais reprodutivos: abortos (principalmente 1/3 final da gestação), natimortos, retorno ao cio, retenção de placenta, infertilidade, perda de peso, redução do número de terneiras/vaca/ano. BoHV-5: Doença neurológica, pode ocorrer em forma de surtos ou animais isolados, especialmente bezerros. Depressão, bruxismo, protrusão de língua, salivação, opistótono, cegueira, óbito. Diferenciar de: raiva, listeriose, babesiose, encefalopatia espongiforme. Diagnóstico: Coletar material no período de viremia (15 dias). Swab de secreção e vesículas Virológico (direto): IFA, isolamento viral, PCR, citopatológico. Sorológico: amostras pareadas, aumento de 4x título = positivo. Significado limitado (vacina x infecção). Controle: Sem vacinação: Sorologia periódica. Sem histórico na propriedade. Evitar introdução do vírus, identificar e eliminar os positivos (mais fácil eliminar 1 do que vacinar todos da propriedade). Com vacinação: inativada (morta, maioria) ou atenuada (abortiva). Erradicação: vacina diferencial (sem glicoproteína E). Gabriela Garcia Fuentes DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD) ou DOENÇA DAS MUCOSAS (nos PI) Associada à IBR pois causa imunossupressão. Muitas vezes assintomáticas (BVDV causa muitos prejuízos sem levantar suspeitas). Etiologia: RNA envelopado. Apresentam grande variabilidade antigênica devido à presença de regiões hipervariáveis na glicoproteína E2. Vacina deve conter todas as cepas, pois elas possuem baixa reatividade sorológica cruzada. BVDV não-citopatogênica: Não causa efeito citopático em culturas celulares. Maioria dos casos. Tropismo por leucócitos, órgãos linfoides e trato respiratório. BVDV citopatogênica: Causam efeito citopático. Expressa proteína NS3. Restrita ao TGI. PI (animal persistentemente infectado) Infecção por cepa não citopatogênica antes do desenvolvimento da competência imunológica do feto (125 dias) resulta em infecção persistente pelo BVDV. Mais frequente quando a infecção ocorre entre 30 e 90 dias de gestação. Principal fonte de manutenção do vírus no rebanho. BVDV está distribuído em todos os órgãos do PI e o vírus é liberado constantemente em grandes quantidades. Prevalência do PI é baixa (0,5 - 2%). Patogenia: Infecção pós natal aguda – diarreia viral bovina. Infecção pré natal aguda – doença das mucosas, aborto e má formações. Sinais clínicos: Infecção aguda em animais não prenhez: Geralmente assintomático. Febre curta, sialorréia, hiperemia, descarga nasal, tosse, diarreia, leucopenia, trombocitopenia (pela infecção de macrófagos e linfócitos). Infecção aguda na prenhez: Infecção frequentemente seguida de transmissão transplacentária ao embrião/feto. Consequências dependem do estágio de gestação e biotipo viral. Na reprodução: Menor concepção, alta mortalidade, alta taxa de retorno ao cio, abortos, natimortos, malformações, terneiros fracos. Doença das mucosas: Enfermidade gástrica fatal. Animal PI se infecta com cepa citopatogênica (normalmente mutação da cepa não citopatogênica no próprio animal) Vírus CP e NCP. Terneiro não responde ao vírus e morre. Sinais da doença das mucosas: febre, diarréia, leucopenia e lesões vesiculares. Necropsia: descamação do epitélio, arranhões no esôfago. Diagnóstico: Laboratorial: feto abortado e placenta, sangue e soro (isolar o vírus). PI tem títulos maiores de vírus em relação aos infectados de forma aguda. Controle e profilaxia: Prevenção da infecção uterina. Eliminação do PI. Vacina – inativada BVDV-1. Gabriela Garcia Fuentes AUJESZKY ou PSEUDORAIVA SUÍNA / HERPESVIROSE SUÍNA Notificação obrigatória. Etiologia: HV-1 (herpesvírus suíno tipo 1). Vírus DNA fita dupla, envelopado. Epidemiologia: Hospedeiros naturais: suínos (sintomatologia idade dependente) Hospedeiros secundários: cão, bovinos, equinos, coelhos e ratos (não transmitem). Suínos que sobrevivem a infecção são portadores, latência em tecidos nervosos (gânglio trigêmeo). Excretam o vírus periodicamente. Morbidade e mortalidade mais altas em animais mais jovens. Transmissão: Contato direto ou indireto (aerossóis, secreções, contato focinho- focinho). Patogenia: Infecção nasofaríngea replicação primária no epitélio centrípeta rumo ao SNC centrífuga em direção à órgãos. Após a infecção inicial pode atingir tecidos linfoides regionais e se disseminar sistemicamente. Algumas cepas podem causar lesão pulmonar (replicação focal em macrófagos dos alvéolos) SuHV-1 não é considerado um agente respiratório. Sintomatologia clínica: Lesões no SNC são progressivamente severas e mais comuns em leitões de uma à duas semanas de idade. Em adultos mais relacionado ao trato reprodutivo. Em outras espécies (bovinos, ovinos, cães e gatos) intenso prurido no local da infecção, depois sinais neurológicos progressivos. Patologia: Aumento do líquido cefalorraquidiano, polioencefalites, edema pulmonar, focos de necrose no fígado, baço, cárdio, adrenais. Diagnóstico: Material: feto abortado, cérebro, baço, pulmão, fígado e secreções. Diferenciar da vacina: na vacina não tem a glicoproteína E Controle: Áreas livres: menor entrada do vírus (controle de trânsito, barreiras sanitárias, quarentena, vigilância e diagnóstico). Áreas com focos esporádicos: identificar e descartar os positivos, vacinação e vazio sanitário. Região endêmica: erradicar o vírus, vacinação (ideal usar vacina com deleção da gE). Depopulação: Imediata: sacrifício em abatedouro, saneamento e repovoamento após 30 dias de vazio sanitário. Gradual: abate de todos os animais em 90 dias, vacinação de todos com mais de 7 dias, aproveitamento da carne. Por sorologia: teste e abate, depois testa de 60 em 60 dias até todos negativos duas vezes seguidas, vacinação de todos com mais de 7 dias. DOENÇA DA LÍNGUA AZUL Etiologia: RNA, fita dupla, não envelopado Transmitido por artrópodes. Endêmica em regiões tropicais, onde o vetor está presente o ano todo. Epidemiologia: Ruminantes são os mais suscetíveis. Ovinos e cervídeos apresentam lesões mais graves e morte. Bovinos e caprinos normalmente sem sintomas. Gabriela Garcia Fuentes Patogenia: Bovinos: resposta mediada por igE tropismo por eritrócitos e plaquetas penetra nas células sanguíneas tropismo pelo sistema reprodutivo. Ovinos: replicação no local da picada do vetor replicação nos linfonodos disseminação pelas células endoteliais falência vascular necrose na mucosa. Sinais clínicos: Ovinos: inflamação do rodete coronário, protrusão da língua e retenção de alimentos, erosão e hemorragia do palato duro, músculo do esôfago com degeneração hialina, cianose na língua (língua azul) e crostas nasais. Bovinos: mais assintomático, ulceração na língua e cavidade oral, coronite e laminite, esfoliação do epitélio do teto, aborto, má formação congênita. Diagnóstico: Isolamento viral através de inoculação em ovinos suscetíveis ou em ovos embrionados. Padrão ouro: imunodifusão em ágar e ELISA de competição Diferencial: febre aftosa, IBR, BVDV, estomatite vesicular, footrot. Controle e profilaxia: Controlar a entrada de animais. Monitoramento epidemiológico. Controle da procedência de sêmen. Controle dos vetores é difícil. Não te vacinas no Brasil. Uma vez estabelecido, é praticamente impossível eliminar o VLA, pois dissemina-se de forma subclínica entre bovinos, outros ruminantes e mosquitos. ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Vírus. Notificação obrigatória. Animais positivos abete (exceto em pantanais). Transcriptase reversa (RNA DNA). Artrópodes são responsáveis por apenas 5% da transmissão (viável apenas por 4 horas). Patogenia: Morte de macrófagos: Imunossupressão. Viremia + hipertermia (IL-α). Anemia (TNF-α). Cada pico de febre há uma mutação do vírus. Sinais clínicos: Dependem de: Susceptibilidade do hospedeiro. Dose inoculada. Cepa (virulência). Maioria dos animais são assintomáticos. Diagnóstico: Certeza = imunodifusão em gél ágar, ELISA indireto. MORMO Bactéria. Quase sempre fatal. Nódulos e ulcerações no trato respiratório e/ou pele. Parasita obrigatório. Zoonose (acidental no homem). Transmissão: Secreção nasal (inalação), conteúdo de abcessos, alimento/água contaminada, sangue. Gabriela Garcia Fuentes Patogenia: Bactéria atravessa mucosa da faringe/intestino vias linfática e sanguínea distribuição por todo organismo (especialmente pulmões) formação de nódulos inflamatórios nódulos rompem liberação de pús transmissão. Diagnóstico definitivo: Isolamento bacteriano, ELISA. Maleinização e fixação de complemento (exigência OIE para trânsito). Maleinização – derivado proteico da bactéria (alérgeno). Causa edema de pálpebra, blefaroespasmo e conjuntivite. Interferência sorológica (90 dias). Controle: Sacrifício de todos os positivos. Não há vacinação. CRIPTOCOCOSE Infecção fúngica sistêmica. Oportunista (quando há imunossupressão). Presente em excretas de pombas. Transmissão: Apenas por inalação (levedura dessecada ou basidiósporo). Patogenia: Inalação, resposta inflamatória no trato respiratório. Multiplicação e desenvolvimento de cápsula. Disseminação hematógena / linfática (tecidos e órgãos). ESPOROTRICOSE Micose de implantação. Zoonose. Patogenia: Cepas produtoras de melanina são mais patogênicas (no ambiente protege dos raios uv, no hospedeiro protege sistema imune). Tipo: Cutânea fixa: permanece na derme (principalmente em gatos). Nódulos com centro necrótico ulcerado, crosta e exsudato sero- sanguinolento. Linfocutânea: dissemina para linfonodos regionais (principalmente em cães e homem). Nódulos subcutâneos firmes (rosário). Cutânea disseminada: disseminação sistêmica. Aspecto variável, distribui-se na pele. Extra cutânea: fatal. Comprometimento de órgãos. Diagnóstico: isolamento micológico. Fase levedura: colônia clara com halo enegrecido. Fase filamentosa: colônia rugosa, pregueada e enegrecida. DERMATOFITOSE Micose superficial – parasitismo de queratina. Zoonose. Grande resistência no ambiente (necessário queratina). Transmissão: Elemento infectante – artroconídeos (fragmentação de hifas). Há invasão de haste do pelo, que rompe liberando artroconídeos no ambiente. o Ectotrix ou endotrix. Gabriela Garcia Fuentes Lesões alopécicas e circunscritas (muito fácil confundir com foliculite bacteriana) – prurido geralmente ausente. Pseudomicetona dermatofítico Invasão do folículo piloso e penetração no tecido adjacente. Reação granulomatosa. Diferenciar: Foliculite bacteriana. Dermatofilose. Material: Bordas, antes passar álcool 70, sem óleo. Diagnóstico: Lâmpada de Woody ( só para M. canis). Exame direto – artroconídeos (se der negativo fazer cultivo). Cultura – macronídeos. DIAGNÓSTICO POR ELISA Ensaio imunoadsorvente ligado à enzima. Muito sensível e muito específico. Sensível – precisa de pouco antígeno para detectar. Específico – detectar o que está procurando e não algo parecido. Anticorpos – NEUTRALIZAÇÃO. IgM é a melhor por apresentar 10 sítios de ligação (mas não é usado no ELISA por que tem ligação fraca e inespecífica). Interação antígeno-anticorpo imunocomplexos. Sensibilizar com antígeno lavar bloquear com leite em pó lavar adicionar soros lavar adicionar conjugado lavar adicionar substrato bloquear leitura em espectrofotômetro. Não mostra título de ac, e sim nível de ac. Ponto de corte = CN + 2 DP DIAGNÓSTICO POR PCR Reação de polimeralização em cadeia: amplificação de uma sequência de DNA, única de um determinado indivíduo. Enzima transcriptase reversa
Compartilhar