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Aula 6 - homologação decisão estrangeira - Renata Cortez

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Renata Cortez
Pós-Graduação "Advocacia Cível"
Ordem dos Processos nos Tribunais
Renata Cortez
Aula 6: 
- Homologação de decisão estrangeira e concessão do exequatur à 
carta rogatória
- Arts. 960 a 965 do CPC
- Homologação de decisão estrangeira e concessão do exequatur à 
carta rogatória nos tribunais
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_ aula 6
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_ parte I
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- Art. 105, I, i da CF: Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar,
originariamente a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às
cartas rogatórias;
- O CPC/2015 regula, entre os arts. 960 e 965, a homologação de decisão estrangeira e a
concessão de exequatur às cartas rogatórias. Antes da EC 45/2004, eram situações de
competência do STF, e passaram ao STJ.
- Segundo o art. 960, a homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de
homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário
prevista em tratado.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- A execução de decisão interlocutória pode se dar por carta rogatória.
- Deve a homologação obedecer ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e no
RISTJ.
- A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e
em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as regras previstas nos artigos 960 a 965.
- A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de
sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo
disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não
judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
- O §2º do art. 961 permite a homologação parcial da decisão estrangeira.
- A autoridade judiciária brasileira pode deferir pedidos de urgência e realizar atos de
execução provisória no processo de homologação.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal quando
prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade
brasileira.
- No caso das sentenças estrangeiras de divórcio consensual, não se faz necessária a
homologação pelo STJ.
- Nessa hipótese, compete a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em
caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em processo
de sua competência.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- O CNJ regulamentou o procedimento da averbação direta das sentenças de divórcio
consensual através do Provimento 53/2016.
- A averbação direta no assento de casamento da sentença estrangeira de
divórcio consensual simples ou puro, bem como da decisão não judicial de
divórcio, que pela lei brasileira tem natureza jurisdicional, deverá ser realizada
perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais a partir de 18 de março
de 2016.
- A averbação direta independe de prévia homologação da sentença estrangeira
pelo Superior Tribunal de Justiça e/ou de prévia manifestação de qualquer
outra autoridade judicial brasileira.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- O CNJ regulamentou o procedimento da averbação direta das sentenças de divórcio
consensual através do Provimento 53/2016.
- A averbação direta dispensa a assistência de advogado ou defensor público.
- A averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual, que, além da
dissolução do matrimônio, envolva disposição sobre guarda de filhos, alimentos
e/ou partilha de bens – aqui denominado divórcio consensual qualificado -
dependerá de prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
- Para averbação direta, o interessado deverá apresentar, no Registro Civil de
Pessoas Naturais junto ao assento de seu casamento, cópia integral da
sentença estrangeira, bem como comprovação do trânsito em julgado,
acompanhada de tradução oficial juramentada e de chancela consular.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- O CNJ regulamentou o procedimento da averbação direta das sentenças de divórcio
consensual através do Provimento 53/2016.
- Havendo interesse em retomar o nome de solteiro, o interessado na averbação
direta deverá demonstrar a existência de disposição expressa na sentença
estrangeira, exceto quando a legislação estrangeira permitir a retomada, ou
quando o interessado comprovar, por documento do registro civil estrangeiro a
alteração do nome.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Medidas de urgência, conforme o art. 962, podem ser objeto de execução de decisão
estrangeira.
- Nesse caso, a execução se dá por carta rogatória.
- A medida de urgência concedida sem audiência do réu pode ser executada, desde
que garantido o contraditório posterior.
- O juízo sobre a urgência da medida compete exclusivamente à autoridade
jurisdicional prolatora da decisão estrangeira.
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ESTRANGEIRA
- Quando dispensada a homologação para que a sentença estrangeira produza efeitos
no Brasil, a decisão concessiva de medida de urgência dependerá, para produzir
efeitos, de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz competente para
dar-lhe cumprimento, dispensada a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
- O art. 963 estatui os requisitos para homologar: I – ser proferida por autoridade
competente; II – ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III –
ser eficaz no país em que foi proferida; IV – não ofender a coisa julgada brasileira; V –
estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em
tratado; VI – não conter manifesta ofensa à ordem pública.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Não se pode homologar decisão estrangeira quando se estiver de matéria de
competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira. Da mesma forma,
numa situação assim, não se concede exequatur à carta rogatória.
- Não se deve confundir homologação/concessão de exequatur com
cumprimento de decisão estrangeira. Tratando-se de objetos distintos, a
competência é distinta. Homologação/concessão de exequatur competem ao
STJ; cumprimento compete ao juízo federal competente (CF, art. 109, I; CPC,
art. 965).
- Deve-se instruir o pedido de execução com cópia autenticada da decisão
homologatória ou do exequatur, conforme o caso.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Regimento Interno do STJ
- Art. 216-A a 216-N
- É atribuição do Presidente do Tribunal homologar decisão
estrangeira, ressalvado o disposto no art. 216-K.
- Serão homologados os provimentos não judiciais que, pela lei
brasileira, tiverem natureza de sentença.
- A decisão estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia
homologação do Superior Tribunal de Justiça.
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ESTRANGEIRA
- Regimento Interno do STJ
- Art. 216-A a 216-N
- A homologação da decisão estrangeira será proposta pela parte
requerente, devendo a petição inicial conter os requisitos
indicados na lei processual, bem como os previstos no art. 216-D,
e ser instruída com o original ou cópia autenticada da decisão
homologanda e de outros documentos indispensáveis,
devidamente traduzidos por tradutor ofi cial ou juramentado no
Brasil e chancelados pela autoridade consular brasileira
competente, quando for o caso.
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ESTRANGEIRA
- Regimento Interno do STJ
- Art. 216-A a 216-N
- A decisão estrangeira deverá: I - ter sido proferida por autoridade
competente; II - conter elementos que comprovem terem sido as
partes regularmente citadas ou ter sido legalmente verificada a
revelia; III - ter transitado em julgado.
- Se a petição inicial não preencher os requisitos exigidos nos
artigos anteriores ou apresentar defeitos ou irregularidades que
dificultem o julgamento do mérito, o Presidente assinará prazo
razoável para que o requerente a emende ou complete.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA- Regimento Interno do STJ
- Após a intimação, se o requerente ou o seu procurador não promover,
no prazo assinalado, ato ou diligência que lhe for determinada no curso
do processo, será este arquivado pelo Presidente.
- Não será homologada a decisão estrangeira que ofender a soberania
nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pública.
- Admitir-se-á a tutela provisória nos procedimentos de homologação de
decisão estrangeira.
- A parte interessada será citada para, no prazo de quinze dias, contestar
o pedido.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Regimento Interno do STJ
- A defesa somente poderá versar sobre a inteligência da decisão
alienígena e a observância dos requisitos previstos no Regimento.
- Revel ou incapaz o requerido, dar-se-lhe-á curador especial, que será
pessoalmente notificado.
- Apresentada contestação, serão admitidas réplica e tréplica em cinco
dias.
- Contestado o pedido, o processo será distribuído para julgamento pela
Corte Especial, cabendo ao relator os demais atos relativos ao
andamento e à instrução do processo.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
- Regimento Interno do STJ
- O relator poderá decidir monocraticamente nas hipóteses em que já
houver jurisprudência consolidada da Corte Especial a respeito do
tema.
- O Ministério Público terá vista dos autos pelo prazo de quinze dias,
podendo impugnar o pedido.
- Das decisões do Presidente ou do relator caberá agravo.
- A decisão estrangeira homologada será executada por carta de
sentença no Juízo Federal competente.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
ESTRANGEIRA
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_ aula 6
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_ parte II
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- É atribuição do Presidente conceder exequatur a cartas rogatórias,
ressalvado o disposto no art. 216-T.
- Será concedido exequatur à carta rogatória que tiver por objeto atos
decisórios ou não decisórios.
- Os pedidos de cooperação jurídica internacional que tiverem por objeto
atos que não ensejem juízo deliberatório do Superior Tribunal de
Justiça, ainda que denominados de carta rogatória, serão
encaminhados ou devolvidos ao Ministério da Justiça para as
providências necessárias ao cumprimento por auxílio direto.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- Não será concedido exequatur à carta rogatória que ofender a
soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem
pública.
- A parte requerida será intimada para, no prazo de quinze dias,
impugnar o pedido de concessão do exequatur.
- A medida solicitada por carta rogatória poderá ser realizada sem ouvir a
parte requerida, quando sua intimação prévia puder resultar na
ineficiência da cooperação internacional.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- No processo de concessão do exequatur, a defesa somente poderá
versar sobre a autenticidade dos documentos, a inteligência da decisão
e a observância dos requisitos previstos neste Regimento.
- Revel ou incapaz a parte requerida, dar-se-lhe-á curador especial.
- O Ministério Público terá vista dos autos nas cartas rogatórias pelo
prazo de quinze dias, podendo impugnar o pedido de concessão do
exequatur.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- Havendo impugnação ao pedido de concessão de exequatur a carta
rogatória de ato decisório, o Presidente poderá determinar a
distribuição dos autos do processo para julgamento pela Corte Especial.
- Das decisões do Presidente ou do relator na concessão de exequatur a
carta rogatória caberá agravo.
- Após a concessão do exequatur, a carta rogatória será remetida ao Juízo
Federal competente para cumprimento.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- Das decisões proferidas pelo Juiz Federal competente no cumprimento
da carta rogatória caberão embargos, que poderão ser opostos pela
parte interessada ou pelo Ministério Público Federal no prazo de dez
dias, julgando-os o Presidente deste Tribunal.
- Os embargos de que trata o parágrafo anterior poderão versar sobre
qualquer ato referente ao cumprimento da carta rogatória, exceto
sobre a própria concessão da medida ou o seu mérito.
- Da decisão que julgar os embargos cabe agravo.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- O Presidente ou o relator do agravo, quando possível, poderá ordenar
diretamente o atendimento à medida solicitada.
- Cumprida a carta rogatória ou verificada a impossibilidade de seu
cumprimento, será devolvida ao Presidente deste Tribunal no prazo de
dez dias, e ele a remeterá, em igual prazo, por meio do Ministério da
Justiça ou do Ministério das Relações Exteriores, à autoridade
estrangeira de origem.
D a C o nc e s s ã o de Exeq ua t u r a C ar t a s
Rogatór ia s no R e g iment o I n t e rno do
STJ
- Determino às requeridas o ressarcimento das custas processuais adiantadas pela
parte requerente, mas deixo de condená-las em honorários advocatícios, uma vez que
não houve contestação ou qualquer oposição à homologação pleiteada. (HDE
1.600/EX, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em 01/09/2021,
DJe 13/09/2021)
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- A homologação de decisão estrangeira, mesmo quando contestada, é causa
meramente formal, na qual a Corte Superior exerce tão somente juízo de delibação,
não adentrando o mérito da disputa original, tampouco averiguando eventual
injustiça do decisum alienígena (CPC, arts. 960 a 965).
- Por isso mesmo, descabe examinar, entre outras questões envolvidas com o mérito e
já examinadas e decididas no juízo estrangeiro, a legitimidade da requerente para
instaurar o procedimento de arbitragem ou a correção do valor da condenação.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- É irrelevante para o exame do pedido de homologação de decisão estrangeira o fato
de a sociedade empresária requerida encontrar-se submetida a processo de
recuperação judicial no Brasil. Afinal, somente após a eventual homologação será
possível à requerente deduzir qualquer pretensão executiva perante o Judiciário
brasileiro. E, nessa outra fase procedimental, é que eventualmente poderão incidir os
ditames da Lei 11.101/2005, caso venha a ser o crédito submetido ao processo do
juízo recuperacional.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Em pedido de homologação de decisão estrangeira, contestado pela própria parte
requerida, a verba honorária sucumbencial deve ser estabelecida por apreciação
equitativa, nos termos do § 8º do art. 85 do CPC de 2015, com observância dos
critérios dos incisos do § 2º do mesmo art. 85. Dentre os critérios legais indicados, a
serem atendidos pelo julgador, apenas o constante do inciso III refere imediatamente
à causa em que proferida a decisão, sendo, assim, fator endoprocessual, dotado de
aspecto objetivo prevalente, enquanto os demais critérios são de avaliação
preponderantemente subjetiva (incisos I e IV) ou até exógena ao processo (inciso II).
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Desse modo, ao arbitrar, por apreciação equitativa, os honorários advocatícios
sucumbenciais, não pode o julgador deixar de atentar para a natureza e a importância
da causa, levando em consideração a natureza, existencial ou patrimonial, da relação
jurídica subjacente nela discutida, objeto do acertamento buscado na decisão
estrangeira a ser homologada. Com isso, obterá também parâmetro acerca da
importância da causa.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Por relação jurídica de natureza existencial, deve-se entender aquelas nas quais os
aspectos de ordem moral, em regra, superam os de cunho material.Por isso, a
importância da causa para as partes não estará propriamente em expressões
econômicas nela acaso envolvidas, mas sobretudo nos valores existenciais
emergentes. Já a relação jurídica de natureza patrimonial refere, comumente, a
objetivos econômicos e financeiros relacionados com o propósito das partes de
auferir lucro, característico dos empresários e das empresas atuantes nas atividades
econômicas de produção ou circulação de bens e serviços
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Para estes sujeitos, a importância de uma ação judicial é, em regra, proporcional aos
valores envolvidos na disputa, ficando os aspectos morais num plano secundário,
inferior ou até irrelevante.
- Assim, o estabelecimento, por equidade, de honorários advocatícios sucumbenciais
nas homologações de decisão estrangeira contestada, conforme a natureza
predominante da relação jurídica considerada, observará: a) nas causas de cunho
existencial, poderão ser fixados sem maiores incursões nos eventuais valores apenas
reflexamente debatidos, por não estar a causa diretamente relacionada a valores
monetários, mas sobretudo morais;
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- b) nas causas de índole patrimonial, serão fixados levando em conta, entre outros
critérios, os valores envolvidos no litígio, por serem estes indicativos objetivos e
inegáveis da importância da causa para os litigantes.
- Não se confunda, porém, a utilização do valor da causa como mero critério para
arbitramento, minimamente objetivo, de honorários sucumbenciais por equidade,
conforme o discutido § 8º do art. 85, com a adoção do valor da causa como base de
cálculo para apuração, aí sim inteiramente objetiva, dos honorários de sucumbência,
de acordo com a previsão do § 2º do mesmo art. 85 do CPC. São coisas bem
diferentes.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Na espécie, tem-se relação jurídica de natureza patrimonial, de maneira que a fixação
da verba honorária, por equidade, nesta demanda, deve levar em consideração o
vultoso valor econômico atribuído à causa, decorrente da natureza desta e indicativo
da importância da demanda para ambos os litigantes.
- Pedido de homologação da decisão estrangeira deferido.
- Honorários advocatícios sucumbenciais fixados, por equidade, em R$40.000,00.
- (HDE 1.809/EX, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, CORTE ESPECIAL, julgado em 22/04/2021,
DJe 14/06/2021)
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- O Código Fux, por meio do disposto no art. 963, III, derrogou a exigência de que haja
o trânsito em julgado da decisão a ser homologada, sendo suficiente, para efeito de
homologação, que seja eficaz no país em que foi proferida. Nesse sentido: HDE
818/EX, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 10.9.2019.
- (HDE 1.940/EX, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, CORTE ESPECIAL,
julgado em 05/02/2020, DJe 17/02/2020)
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Segundo a legislação pátria, a adoção de menor que tenha pais biológicos no
exercício do pátrio poder pressupõe, para sua validade, o consentimento deles,
exceto se, por decisão judicial, o poder familiar for perdido. Nada obstante, não se
pode formular exigências descabidas e inexequíveis, sob pena de se negar acesso à
Justiça nacional.
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Sentença estrangeira de adoção, assentada no abandono pelo pai de filho que se
encontra por anos convivendo em harmonia com o padrasto que, visando legalizar
uma situação familiar já consolidada no tempo, pretende adotá-lo, prescinde de
citação, mormente se a Justiça estrangeira, embora tenha envidado esforços para
localizar o interessado, não logrou êxito. Precedentes do STJ.
- Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido.
- (HDE 144/EX, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/09/2019,
DJe 13/09/2019)
H OMOLOGA Ç Ã O D E D E C I SÃ O
E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ
- Cabe ao juízo federal competente sobre a viabilidade e necessidade do emprego da
técnica coercitiva consubstanciada na prisão civil para compelir o devedor de
alimentos a adimplir a obrigação, bem como o exame de quaisquer outras questões
relacionadas à execução de alimentos. Inteligência do art. 965, caput, do CPC/15.
- (HDE 278/EX, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em
07/03/2018, DJe 23/03/2018)
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E STRANG EIRA N A JURIS P RUDÊN CI A
D O STJ

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