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Página 1 de 20 RESUMO PROVA DE PATOLOGIA MÉDICA II - 06/04/2022 Thaís Viana de Ávila Oliveira - FCMMG ÍNDICE 1. DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO SISTEMA GENITAL FEMININO 2. COLO UTERINO 3. CORPO UTERINO 4. OVÁRIOS 5. MAMAS 6. PLACENTA E GESTAÇÃO 7. PRÓSTATA 8. GLOMERULOPATIAS Doenças inflamatórias do sistema genital feminino PÓLIPO ENDOCERVICAL Hiperplasia/proliferação do estroma+mucosa, revestida por endocervice (colunar simples e mucossecretor). 40-60 anos PATOGÊNESE - Já deu tempo de ter várias inflamações no colo ao longo da vida → exposição a inflamação e citocinas → proliferação do tecido endocervical → organização em pólipo - Ciclos anovulatórios = proliferação do tecido endocervical → pólipos CLÍNICA: sangramentos (pólipos são bem irrigados) ou corrimento vaginal. MORFOLOGIA: lesões pediculadas, alongadas ou arredondadas, rósea-avermelhadas (ricas em vasos), esponjosas ou lisas no canal endocervical. ENDOMETRITES Inflamação do endométrio. PATOGÊNESE: Normalmente o endométrio é bem resistente às infecções (tem o MUCO que atua como tampão, barrando a ascensão de patógenos para o endométrio) → a presença de portas de entrada podem permitir essas inflamações → pode ascender e atingir tubas e ovários. CLÍNICA: sangramento, dor pélvica, secreção vaginal e infertilidade. ENDOMETRITE AGUDA: pós-parto, aborto (curetagem) e usuárias de DIU. MORFOLOGIA: infiltrado inflamatório (neutrófilos + plasmócitos). ENDOMETRITE CRÔNICA Seguintes às endometrites agudas OU são inflamações crônicas especificas MORFOLOGIA: presença de plasmócitos + IIMN (linfócitos) OBS: plasmócitos só estão presentes no endométrio em infecções = se tem plasmócito, tem processo patológico. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA - DIP Inflamação do trato genital feminino superior (acima do orifício interno do colo do útero). Mais comum nas tubas uterinas → pode ser AGUDA (piogênicas) ou CRÔNICA (evolui das agudas). ESTÁGIOS I: salpingite aguda SEM peritonite (+ possível endometrite aguda) II: salpingite aguda COM peritonite III: salpingite aguda com sinais de oclusão tubaria ou abcesso tubo-ovariano. IV: clínica de ruptura de abcesso tubo-ovariano (+ GRAVE) 15-39 anos → muco cervical mais jovem é mais pérvio para passagem de MO e ainda não tem Ac contra Chlamydia. MOBIDADE GRANDE. CAUSAS: gonococos (Neisseria), Chlamydia, Strept, E. coli, anaeróbios. Tratamento laboratorial Tratamento hospitalar Página 2 de 20 VIAS: ascendente (a partir da vagina → 90% = via sexual), peritônio ou vasos linfáticos e sanguíneos. FATORES PREDISPONENTES: início precoce da atv sexual, tabagismo, alcoolismo e drogas, múltiplos parceiros, tipo de contraceptivo (ACO deixa o muco menos permeável), história prévia de IST ou de DIP, idade e imunodeficiência. CLÍNICA: assintomáticas ou dor pélvica crônica, sensibilidade de anexos, febre, secreção vaginal (corrimento purulento ou sanguinolento). MORFOLOGIA: tubas preenchidas por material amarelado e purulento + IIPMN. DIAGNÓSTICO: não há padrão ouro. PCR sérica elevada, leucocitose com desvio à esquerda, teste laboratorial cervical positivo para gonococo e clamídia, biópsia endometrial positiva, ecografia, ressonância e laparoscopia. DD: apendicite aguda, torção ou rotura de cistos ovarianos, ITU aguda, gravidez ectópica. SEQUELAS da inflamação nas TUBAS: piossalpinge ou hidrossalpinge, dor pélvica crônica (aderências), infertilidade (devido as sequelas na tuba) e gravidez ectópica. Aderências das fimbrias → oclusão tubaria → represa de pus na tuba = PIOSSALPINGE → pus é reabsorvido e substituído por líquido claro → tuba preenchida de líquido claro → dilatação da tuba + destruição e danificação do epitélio tubário = HIDROSSALPINGE Colo uterino ECTRÓPIO Eversão da junção escamocolunar (JEC). O epitélio colunar simples mucossecretor (endocervice) começa a aparecer na ectocervice (epitélio escamoso não queratinizado). Pode virar metaplasia escamosa. METAPLASIA ESCAMOSA Após a eversão, a endocervice sofre pelas condições do meio vaginal e o epitélio tenta se adaptar. CISTO DE NABOTH: glândulas dilatadas com muco retido, pois o epitélio escamoso bloqueia a saída desse conteúdo (muco). TESTE DE SCHILLER: iodo gruda só na ectocervice, deixando uma parte de iodo negativa na endocervice aparente. NEOPLASIA CERVICAL Displasia do colo uterino → alteração não fisiológica e não controlada do genótipo OBS: DISPLASIA = alteração da diferenciação celular + distúrbio do crescimento. 3º tumor mais incidente em mulheres. “IST”. Fatores de risco: HPV (dependendo do tipo), tabagismo, ISTs, imunossupressão, HSexual. Como reduzir a mortalidade: EXAME COLPOCITOLÓGICO = PAPANICOLAU = preventivo ≠ biópsia; tratamento de lesões precursoras de alto grau; programas de prevenção. HPV VÍRUS DE DNA. BAIXO GRAU: tipos 6, 11, 42 e 44. NIC I = neoplasia intraepitelial cervical de grau I Condiloma acuminado e raramente lesões de alto grau A proteína E6 (inibição da apoptose) não se liga a níveis detectáveis a p53 = baixa inibição da apoptose e da redução do reparo ao DNA. Mas a E7 está ativa. ALTO GRAU: tipos 16, 18, 31 e 33. → números mais “altos” VACINA: tipos 6, 11, 16 e 18 Página 3 de 20 Integram ao DNA Lesões de alto grau → Carcinoma invasor Aumento de E6 e de E7 = maior sinais de CA PATOGÊNESE Lesões no colo uterino → HPV entra via sexual → HPV fica na camada basal do colo → HPV latente ou início das alterações displásicas (NIC = neoplasia intraepitelial cervical): 1. Displasia 2. NIC I = BAIXO GRAU: 1ª camada epitelial = displasia leve → CONDILOMA ACUMINADO NA MACRO = efeito citopático (COILOCITOSE (halo claro em volta de núcleo atípico) + BINUCLEAÇÃO) 3. NIC II = ALTO GRAU: 2 terços do epitélio = displasia moderada 4. NIC III = ALTO GRAU / CA IN SITU (não é invasor): 3 terços do epitélio = displasia acentuada 5. NIC IV = CA microinvasor ou invasor → mais perto dos vasos = metástase OBS: a evolução das NICs é em ± 10 anos = preventivo tem tempo A proteína E2, que inibe expressão das oncoproteínas E6 e de E7, é bloqueada (transcrição interrompida ou sua sequência é deletada) = → de E6 e de E7 = RESPECTIVAMENTE: inibição da apoptose e redução do reparo do DNA de células tumorais e Estímulo à proliferação celular. Preferência de localização é na JEC (> atv celular). CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS - CCE Neoplasia epitelial invasiva → 85-90% dos casos. 40-50 anos de idade. Associado ao tipo 16 de HPV (alto grau). PAPANICOLAU ou SCHILLER (ectrópio). ORIGEM = Ectocervice → colunar simples mucossecretor vira escamoso não queratinizado (ectocervice vira endocervice) → lesões vegetantes + úlceras CCE = PÉROLAS CÓRNEAS → ninhos de células escamosas invasivas que produzem queratina Quanto mais pérolas, mais bem diferenciado é o tumor = melhor PROGNÓSTICO OBS: PPP = neoplasias Pouco diferenciadas = Pior Prognóstico EVOLUÇÃO: INVASÃO do útero e dos anexos vizinhos (bexiga, reto), METÁSTASES. ADENOCARCINOMA Neoplasia epitelial invasiva glandular Associado ao tipo 18 de HPV (alto grau) (em sua maioria). ORIGEM = Endocervice (há proliferação glandular no estroma adjacente)→ escamoso não queratinizado vira colunar simples mucossecretor (ectocervice vira endocervice) → massa esponjosa. Proliferação de glândulas revestidas por células atípicas e em estratificação no colo uterino PROGNÓSTICO → ESTADIAMENTO TNM. Pior que CCE = não epidermoides <2cm = sobrevida de 95% em 5 anos 2-3cm = sobrevida de 79% em 5 anos >4cm = sobrevida de 47% em 5 anos Corpo uterino OBS: ciclos anovulatórios = mais tempo em fase proliferativa/primeira fase = estrógeno = proliferação exagerada do endométrio = possível hiperplasia endometrial e possível neoplasia. Página 4 de 20