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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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Professora: Ana Gabriela Fernandes
Aluno: Felipe Augusto Uchôa Oliveira 
Turma de Direito: A
Número da Matricula: 04092138
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito
Resumo de Introdução ao Estudo do Direito:
1 Direito natural e direito positivo: perspectivas históricas da dicotomia:
Este artigo tem por fito demonstrar a evolução do direito natural e do positivo descrita pelo autor Norberto Bobbio em sua obra O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. Nesse sentido, busca-se evidenciar que no transcorrer dos diferentes períodos históricos, ambos os direitos tiveram seu estado de eficácia alterado, porém, a norma natural e a positiva, continuam imprescindíveis no presente quadro de desenvolvimento social. Conhecer as definições dos mencionados direitos é imprescindível para compreender como se desenvolveram ao longo da história. Nessa perspectiva, para Andityas Soares de Moura Costa Matos (2006, p. 191) o direito natural é: “a doutrina idealista do direito que enxerga ao lado, ou melhor, acima do direito positivo algumas normas imutáveis e de observância obrigatória, postas por uma autoridade supra-humana (que seria a natureza, Deus ou a razão humana, como veremos adiante. As normas jusnaturais se dão a conhecer por meio das leis naturais que, em conjunto, formam o que se chama de ordem natural”. Diante dessas considerações o direito natural pode ser definido como aquele estabelecido por algo que se encontra em uma posição superior ao do homem, como, por exemplo, a natureza ou Deus. Tal direito é imutável e possui eficácia universal, isto é, tem validade em todo lugar. Conquanto, o direito positivo é conhecido como o pensamento que dispõe a superioridade da norma escrita sobre a não escrita (direito natural). A norma positiva é posta pelo homem, possui eficácia limitada, sendo válida somente nos locais nos quais a observa, bem como, é constantemente alterada. Os positivistas defendem que o direito positivo é o único capaz de dizer o direito, conforme menciona Tércio Sampaio Ferraz Júnior em seu livro Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, denominação (apud MATOS, 2006, p. 189): “A tese de que só existe um direito, o positivo nos termos expostos, é o fundamento do chamado positivismo jurídico. Explanadas tais reflexões, passaremos ao estudo dos fatos históricos que torneiam os referidos direitos.
1.1 Jusnaturalismo e juspositivismo como modelos de explicação para surgimento e funcionamento do direito:
O Jusnaturalismo também denominado direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza. A Corrente do Jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um ideal de justiça. A concepção jus naturalista foi o resultado de transformações econômicas e sociais que impuseram mudanças na concepção de poder do Estado, que passou a ser compreendido como uma instituição criada através do consentimento dos indivíduos através do contrato social. O declínio das relações feudais de produção, desenvolvimento econômico da burguesia, a Reforma Protestante, as revoltas camponesas e as guerras ocorridas durante o processo de formação do capitalismo propiciaram uma nova situação social. Em oposição aos privilégios da nobreza, a burguesia não podia invocar o sangue e a família para justificar sua ascensão econômica. Em outras palavras, a partir da secularização do pensamento político, os intelectuais do século XVII estão preocupados em buscar respostas no âmbito da razão como justificativa do poder do Estado. Daí a preocupação com a origem do Estado. Porém, não se tratava de uma busca histórica, mas sim de uma explicação lógica que justificasse a ordem social representada pelos interesses da burguesia em ascensão.
1.2 Evolução da dicotomia: diferenciação, Jusnaturalismo teológico, antropológico; positivismo jurídico:
A interação entre os seres humanos é imprescindível no convívio social. Todavia, para a preservação de tais relações, dirimindo as controvérsias apresentadas, faz-se necessário o estabelecimento de normas jurídicas positivadas de observância obrigatória por parte de todos os que pertencem a um meio social. Tais normas fazem parte do chamado Direito Positivo, que contém regras de conduta que buscam o equilíbrio social. Por outro lado, Direito Natural é aquele que não está imposto em nenhuma sociedade, nascendo com o próprio indivíduo, apresentando conceitos inerentes à natureza humana e o convívio entre as pessoas, não encontráveis em nenhum ordenamento jurídico. Apesar de aparentemente divergentes, é indiscutível a forte ligação existente entre as normas contidas no Direito Natural (Jusnaturalismo) e as leis modernas. Todavia, o Direito Natural evolui bastante desde seus primeiros registros até o que é tido por Direito Natural nos dias de hoje. De uma vertente totalmente mística, que fundamentava os privilégios de poucos na vontade divina ou em obediência aos astros, até sua concepção mais racional, que prega conceitos basilares sobre Moral e Ética, o Jus naturalismo tem evoluído bastante sem deixar de estar presente nos atuais ordenamentos jurídicos. O Direito Natural de Origem Divina evolui ao longo dos séculos, fazendo-se presente até os dias atuais naquelas sociedades conduzidas por monarquias religiosas. Na Idade Média temos a doutrina, para alguns, de um direito natural que se identificava com a lei revelada por Deus a Moisés e com o Evangelho. Foi obra, sobretudo de Graciano (séc. XII) e de seus comentadores. Santo Tomás recebera de Roma, ao tempo da Suma, a missão de cristianizar Aristóteles, colocando-o, dentro do possível, de acordo com Santo Agostinho e com os princípios do catolicismo e o direito canônico que já não atendia à sociedade de forma satisfatória.
2 Direito e historiografia: direito antigo e medieval:
Apesar de adotarem premissas calcadas na religiosidade, as sociedades da antiguidade ocidental não desenvolveram o Jus naturalismo propriamente dito, sendo esse somente desenvolvido a partir das Cidades-estados da Grécia Antiga. É quando, de fato, observa-se o desenvolvimento de um conhecimento científico de cunho metafísico, bem diferente daqueles até então desenvolvidos pelas sociedades da Antiguidade Oriental. Figuras como os Pré-Socráticos, os Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolvem conhecimentos de cunho filosófico que buscam entender a ligação do homem com Deus, esse ser do qual emana a justiça pura e absoluta. Da antiguidade, pode-se dizer que foi no século VI antes de nossa era que a filosofia grega se manifestou, tendo atingido seu apogeu dois séculos mais tarde com Platão e Aristóteles. Alguns historiadores fazem remontar a noção de Direito Natural a Heráclito, pré-socrático do século VI antes de Cristo.
2.1 Raízes greco-romanas, bárbaras e canônicas do Direito Moderno:
A influência que o Direito Antigo e o Direito Medieval terão na formação do Direito Moderno é fruto de centenas de eventos históricos diferentes e também da forma como se preservou e se absorveu o conhecimento jurídico acumulado. De certo modo, pode-se dizer que uma boa parte desse legado se deve à forma como se desenvolveu posteriormente se dissolveu a civilização romana. Ordinariamente, vemos a civilização romana ser denominada de “Império”, no entanto, desde sua fundação até sua queda, Roma passou por três momentos de organização política diferentes Começou como uma Realeza, do ano de 753 a.C. até o ano 510 a.C., quando passou a ser uma República, e só retornou um Império no ano de 27 a.C. A queda do Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, ocorreu em 476 e a queda do Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla (que antes se chamava Bizâncio e atualmente é Istambul, na Turquia) ocorreu em 1453, quando foi tomada pelos turcos.
2.2 Tradição escolástica:
Pode-se afirmar que,de homogêneo, nesse processo, são alguns elementos comuns da romanização, como a adoção de terminologias comuns, o reconhecimento da regra de direito, do princípio de justiça e de razoabilidade do direito, a busca da lei como fonte de direito. Tradição escolástica escolástica constitui um método de estudo de filosofia e teologia que surge em universidades medievais a partir dos séculos XII e XIII para trabalhar preceitos cristãos de forma sistematizada. É importante lembrar que acultura universitária europeia se consolida por meio do trabalho da Igreja, que dominava o espaço intelectual. O principal expoente da escolástica é Tomás de Aquino, nascido em 1225.
2.3 Tradição jurídica medieval: os glosadores:
Um monge chamado Irineu dá início, no século XII, ao estudo do direito Justiniano na Universidade de Bolonha, movimento que depois extrapola os muros dessa Universidade e atinge diversos outros centros de estudo na Europa. O método se baseava na fidelidade ao texto Justiniano e tinha carácter analítico, tratando os textos como quase sagrados – só poderiam ser interpretados cuidadosa e humildemente. A glosa era exatamente uma explicação de um trecho que suscitasse dificuldades, feita à margem do livro.). De qualquer modo, cabe aos glosadores o mérito de terem recriado, na Europa Ocidental, uma linguagem técnica sobre o Direito. Não se trata mais de descrever ou reproduzir algumas normas ou fórmulas de Direito Romano,16com intuitos exclusivamente práticos, como tinha sido relativamente comum nos estudos de arte notarial usuais em algumas chancelarias eclesiásticas ou seculares. O que este movimento promove, ao fim e ao cabo, é uma racionalização e uma sistematização do direito europeu, que passa a se orientar pela busca do justo, do razoável e de uma aplicação comum, abrindo caminho para o desenvolvimento da preponderância da lei como fonte do direito – que será uma das características dopositivismo jurídico, como já visto anteriormente.

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