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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA) DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS E PROTEÇÃO AMBIENTAL (DRNPA) RELATÓRIO 1: Identificação de Minerais Disciplina: Solos 1 André Lélis Dias RA: 770729 Gabriel Guimarães Jacintho RA: 770735 Gianluca Aggio RA: 772150 João Pedro Braga de Castro Martinelli RA: 770747 Rafaela Oliva da Silva RA: 771263 ARARAS-SP 2020 RESUMO Solos são produtos friáveis e móveis que recobrem as rochas, sendo constituído primordialmente de fragmentos de rocha de origem, matéria orgânica, água e ar. Os solos podem ser classificados de diversas formas, por exemplo pela sua fertilidade, desenvolvimento, atributos físicos, seu estado de conservação, entre outros. Isso ocorre por conta dos diferentes materiais de origem, dessa forma, é possível observar diferentes minerais e suas concentrações em cada tipo de solo. Nesse sentido, o presente trabalho de revisão literária trata dos aspectos de alguns minerais, visando abordar suas classes, grupos, fórmula química, além de uma breve descrição de suas propriedades determinativas. Palavras chave: solos, minerais, propriedades determinativas. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3 CALCANTITA 4 CELESTITA 5 GIPSITA 6 HALITA 7 OPALA 8 TOPÁZIO 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 3 1. INTRODUÇÃO Segundo Klein e Dutrow (2012) o mineral é um sólido de ocorrência com um arranjo atômico altamente ordenado, que possui uma composição química homogênea e são formados frequentemente por processos inorgânicos. Os minerais e seus derivados podem ser encontrados em todos os lugares, podemos caminhar sobre eles na praia, usá-los como adereços e inclusive escovar os dentes com eles, transportam a eletricidade até às nossas casas, além disso não teríamos começado o nosso primeiro sistema econômico e possivelmente nem uma terra sólida. O reconhecimento e classificação dos minerais são de suma importância para compreender várias propriedades determinativas utilizadas como a dureza, densidade e cores; essas características podem ser aplicadas a vários setores e atividades onde os minerais se encontram, como a produção de joias e até instrumentos de corte. Portanto, essa revisão bibliográfica tem por objetivo agrupar alguns dos milhares de minerais e explanar um pouco sobre a suas características e curiosidades, a fim de trazer conhecimentos sobre a importância e realizar a identificação destes. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Para a elaboração do relatório foram selecionados seis diferentes minerais, sendo eles: Celestita, Calcantita, Gipsita, Halita, Opala e Topázio e realizada revisão bibliográfica sobre os mesmos em livros e revistas acadêmicos científicos disponíveis online, bem como foram feitas buscas em bases de dados eletrônicas do Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert da Unesp, reuniu-se diferentes dados encontrados nas fontes de consulta e com isso foi possível identificar e descrever os minerais, assim como discorrer sobre algumas curiosidades e usos desses minerais. 4 3. CALCANTITA Fonte: https://museuhe.com.br Segundo dados do Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert (2017), a calcantita é um mineral da classe dos sulfatos, sua classe cristalográfica é Pinacoidal, tem a fórmula química representada por CuSO4.5H2O, sua dureza é considerada baixa e sua fratura é conchoidal. Esse mineral é encontrado em regiões áridas, podem ser indicadores de jazidas de cobre em profundidade, pois são encontrados próximo da superfície terrestre em filões de cobre, são feitos pela oxidação e hidratação de sulfetos de cobre. A calcantita possui ainda duas clivagens, uma perfeita e uma imperfeita; Sua coloração pode ser azul, azul esverdeado, azul céu e verde; Possui também um traço branco, um brilho resinoso, vítreo; O hábito é comumente estalactítico, em crostas reniformes e/ou em veios tipo cross-vein; E na microscopia ele pode ser incolor ou apresentar-se em azul claro. A calcantita pode ser utilizada também pela indústria farmacêutica, ela pode ser utilizada como antídoto para o envenenamento causado por fósforo, no estômago ele se forma fosforeto de cobre sendo menos tóxico que o fósforo que causa o envenenamento, e ao revestir esse fósforo, impede a ação cáustica. (GALÁN; FORTEZA; LISO, 1985). https://museuhe.com.br/minerais/ https://museuhe.com.br/ 5 4. CELESTITA Fonte: https://museuhe.com.br A celestita é um mineral da classe dos sulfatos, sua classe cristalográfica é pinacoidal, representado pela fórmula molecular CuSO4.5H2O. Possui dureza moderada (3 a 3,5 na escala de Mohs), contém uma clivagem com três direções, uma perfeita, uma boa e uma fraca, sua fratura é irregular e a tenacidade é quebradiço. A coloração desse mineral pode ser bem diversa, como por exemplo, vermelho, azul, branco, amarelo, marrom, incolor, cinza, preto e rosa, e na microscopia, ela fica incolor quando está em lâmina. Esse é um mineral que possui densidade de 3,9 g/cm3 até 4 g/cm3, possuindo um traço branco e um brilho nacarado ou vítreo. Seu hábito é fibroso, ripiforme, lamelar, terroso, maciço ou granular. Forma cristais bem formados, tabulares finos a grossos. A principal origem desse mineral é sedimentar. Forma nódulos em rochas sedimentares, ocorre em depósitos de sal, gipsita ou argilas. Normalmente preenche fissuras e cavidades que se formam por conta da mudança de águas que possuem estrôncio em rochas carbonáticas. Pode se formar também por processos hidrotermais. A celestita de estrôncio comum e é muito utilizado na indústria de fogos de artifícios e na obtenção de hidróxidos de estrôncio, de acordo com informações do Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert (2017). https://museuhe.com.br/minerais/ 6 5. GIPSITA Fonte: https://museuhe.com.br Ainda conforme materiais do Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert (2017) a gipsita faz parte do grupo dos sulfatos, possui a fórmula química CaSO4.2H2O e sua cristalografia é classificada como monoclino, classe prismática. O termo gipsita vem do grego gypsum (gesso), também é chamada de pedra de gesso e sulfato de cálcio hidratado, sua cor geralmente é branca porém pode apresentar outras cores por conta de impurezas, possui dureza baixa, 2, na escala de Mohs e quatro direções de clivagem, uma direção de clivagem perfeita e três menos perfeitas a imperfeitas. É utilizada principalmente para a construção de moldes cerâmicos, também é usada na purificação da água para fabricação de cerveja, neutralização do excesso de cloreto de sódio em terras cultiváveis, entre outras diversas funções que esse mineral pode oferecer. Seu traço pode ser branco ou incolor e sua densidade relativa entre 2,312 e 2,322 g/cm3. A gipsita pode se associar com o calcário, folhelhos, margas e argilas junto a halita, celestita, calcita, araginita, anidrita, dolomitae enxofre. https://museuhe.com.br/minerais/ 7 6. HALITA Fonte: https://museuhe.com.br A halita é um mineral que pertence ao grupo dos Halogenetos, sendo tipicamente formado em evaporitos, sua fórmula é NaC1 sendo Hexaoctaédrica. Na maioria das vezes é encontrado de forma granular, estando compacto e maciço, raras vezes seus cristais são cúbicos ou octaédricos. Detém uma clivagem perfeita cúbica, uma tenacidade frágil, uma fratura subconchoidal e uma dureza baixa. Além disso, esse mineral é incolor em lâmina, mas quando encontrado ao olho nu, pode ter colorações diferentes, como: laranja, vermelho, azul, branco, amarelo, cinza, rosa, púrpura e também incolor. Seu traço é branco e possui um brilho vítreo ou graxo. Por causa de algumas dessas características, ele pode ser associado a outros minerais, como: gipso, anidrita, polialita, carnallita, glauberita, silvita e dolomita. (MUSEU DE MINERAIS, MINÉRIOS E ROCHAS HEINZ EBERT, 2017) https://museuhe.com.br/minerais/ 8 7. OPALA Fonte: https://museuhe.com.br A opala é um mineral de origem hidrotermal de baixa temperatura (forma-se pela decomposição termal de silicatos e rochas silicatadas) a sua composição química é SiO2.n (H2O) e ele pode ser encontrado em rochas vulcânicas e tufos, em diferentes tipos de rochas sedimentares, em remanescentes orgânicos e nascentes quentes, secundária na zona de erosão de diferentes tipos de rochas. Ocorre em fendas e cavidades de rochas ígneas, metamórficas e sedimentares; como nódulos em calcários; veios; fontes termais. É um minério que possui uma dureza de alta para moderada e tem uma densidade baixa de em média 1,9g/cm³, as propriedades ópticas do mesmo podem ser caracterizadas em incolor, cinza e marrom. Ele geralmente pode ocorrer associado a calcedônia, com base em informações do Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert (2017). https://museuhe.com.br/minerais/ 9 8. TOPÁZIO Fonte: https://museuhe.com.br Com base em pesquisas no Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert (2017), o topázio é um mineral nesossilicato, com fórmula química Al2SiO4(F,OH)2. Possui classe cristalográfica bipiramidal rômbica. Tem uma dureza alta, de 8 na escala de Mohs, detém uma clivagem perfeita basal, a fratura é subconchoidal a irregular, densidade relativa 3,5-3m6 g/cm³, seu traço é branco e quanto a tenacidade o topázio é quebradiço. Seu hábito comumente exibe cristais bem formados, seus cristais são frequentemente prismáticos com terminação piramidal ou pinacoidal. No que se refere a cor, tipicamente pode ser laranja, vermelho, azul, verde, branco, amarelo, incolor e cinza, em lâmina apresenta-se incolor, azul, amarelo e vermelho e seu brilho é vítreo. Pode ocorrer associado à turmalina, berilo, microclínio, albita, fluorita, cassiterita, zinnwaldita, quartzo, etc. As variedades coloridas são empregues como gemas, sendo que as variedades incolores, são pouco empregadas. Em circunstâncias especiais o topázio pode ser usado também na indústria cerâmica, quando aproveitado o flúor, extraído a alta temperatura, capaz de gerar um resíduo de sullimanita ou mullita. https://museuhe.com.br/minerais/ 10 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das revisões bibliográficas que realizamos referentes a este trabalho, podemos observar que os minerais possuem uma diversidade imensa, suas propriedades físicas, ópticas, morfológicas e químicas se diferem entre eles. Porém, também observamos a dependência e a correlação entre eles, sendo associados uns aos outros por conta de algumas características semelhantes. Assim, percebemos a importância da classificação desses anorgânicos, já que a partir das propriedades de cada um conseguimos saber qual é o mineral encontrado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALÁN, Emilio; FORTEZA, Matilde; LISO, M.J. Minerales utilizados en la industria farmaceutica. ResearchGate, 1985. E-book. KLEIN, Cornelis; DUTROW, Barbara. Manual de Ciência dos Minerais. 23. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 724 p. E-book. UNESP. Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert. CALCANTITA: Chalcanthite. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/calcantita-chalcanthite/>. Acesso em: 14 set. 2020. ______. CELESTITA: Celestite, Celestine. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/celestita-celestite-celestine/>. Acesso em: 16 set. 2020. ______. GIPSITA: Gypsum. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/gipsita-gypsum/>. Acesso em: 14 set. 2020. ______. HALITA: Halite. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/halita-halite/>. Acesso em: 16 set. 2020. ______. OPALA: Opal. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/opala-opal/>. Acesso em: 16 set. 2020. ______. TOPÁZIO: Topaz. Rio Claro, 2017. Disponível em: <https://museuhe.com.br/mineral/topazio-topaz/>. Acesso em: 15 set. 2020.
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