Buscar

Prevenção e combate a incêndios e explosão - Livro-Texto Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

37
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Unidade II
3 PLANOS DE EMERGÊNCIA
3.1 Histórico
No Brasil, a norma técnica que trata da elaboração de planos de emergência é a NBR 15219, que, 
a partir de 2015, dá aos planos de emergência a relevância que têm de fato. Ela define as diretrizes a 
partir dos riscos. Baseia-se nos recursos humanos e nos materiais disponíveis, considerando o tamanho 
da brigada de incêndio, a obrigatoriedade ou não de bombeiros civis e, principalmente, faz referência à 
necessidade de profissionais capacitados para sua elaboração.
Um das principais referências internacionais para a criação de planos de emergência são as 
normas da NFPA e o Guia da Fema – Federal Emergency Agency (Guide for Business & Industry) 
sobre preparação, prevenção, mitigação dos efeitos, resposta e recuperação de todos os desastres 
domésticos, de causas naturais ou antropogênicas, incluindo atos de terror. Em 1934, a questão da 
assistência aos desastres nos Estados Unidos era fragmentada e problemática. Havia a necessidade de 
uma legislação que proporcionasse maior cooperação entre os órgãos federais, e a Fema participou 
ativamente nesse processo.
Apesar dos esforços, na década de 1960, as atividades de emergência e desastres ainda estavam 
fragmentados, época em que os riscos associados às usinas nucleares e ao transporte de substâncias 
perigosas foram adicionados aos desastres naturais. 
Em 1979, a fim de homogeneizar as ações, o presidente Carter (EUA) centralizou algumas das 
responsabilidades sobre desastres para a Fema, até então tratadas separadamente. Além de outras 
agências, a Fema absorveu as responsabilidades sobre as atividades de administração federal de seguros, 
de preparação e resposta relacionadas à Defesa Civil nacional, e a administração federal da assistência a 
desastres, ao serviço do programa comunitário de preparação nacional de meteorologia e à prevenção 
nacional de incêndios.
 Observação
Atualmente, no Brasil, ainda há essa fragmentação. A Defesa Civil 
nacional atua em desastres naturais; os bombeiros estaduais, nas questões 
referentes a incêndios.
38
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
3.2 Recomendações para elaboração de um plano de emergência
Em 1993, a Fema divulga o manual Emergency Management Guide for Business & Industry. 
O conteúdo do guia EMG foi pensando para ser abrangente e flexível, a fim de atender a indústrias de 
diferentes portes e riscos. Esse documento propõe que a elaboração dos planos de emergência seja feita 
em quatro passos: estabelecimento de uma equipe de planejamento; análise dos recursos disponíveis 
e riscos preponderantes; desenvolvimento do plano; implementação. Cada passo está associado a um 
conjunto de tarefas, descrito em linhas gerais.
Passo 1: estabelecer uma equipe para o planejamento
O Guia EMG propõe que seja criada uma equipe multidisciplinar. O manual entende que um grupo de 
pessoas, principalmente de diferentes áreas, permite que sejam somados pontos de vista e experiências 
distintas na elaboração do plano de emergência. Dependendo das características e riscos presentes no 
local, a contribuição de entidades como Corpo de Bombeiros, concessionárias de água e de energia 
elétrica, comunidades e indústrias vizinhas, representantes do poder público, gestores e profissionais de 
manutenção, segurança, jurídico, finanças e compras será de grande valia.
É nesse momento que se define a linha de autoridade entre os membros do grupo, com o cuidado 
para que essa estrutura não seja tão rígida a ponto de inibir a participação das pessoas. Também esboça, 
de forma concisa, o propósito do plano, com a divisão de responsabilidades entre os envolvidos, bem 
como o estabelecimento da autoridade e a estrutura do grupo de planejamento.
Em seguida, deve-se estabelecer um programa e os custos envolvidos no desenvolvimento, 
implantação e manutenção do plano de emergência e de onde virão os recursos. Definidos os meios 
disponíveis, cria-se uma agenda de cronograma de trabalho. 
Passo 2: analisar os riscos e capacidade de combate ao incêndio
Nesta etapa deve-se definir o melhor método para se identificar e analisar os riscos, utilizando a 
ferramenta de análise de riscos mais adequada ou a que for de domínio dos membros da equipe. Também 
são estudadas as normas e leis sobre as exigências para proteção contra os riscos de incêndio presentes 
no local. Dessa forma, entende-se a vulnerabilidade (desconhecimentos dos riscos pela população fixa 
e/ou flutuante, rotatividade etc.) e a capacidade de ação e recursos disponíveis e, ainda, as políticas e 
procedimentos internos vigentes. Devem-se ser destacados os pontos críticos em atividades perigosas, 
referentes à interrupção de fornecimento de água, energia, telefone e gás ou outros serviços.
Verificam-se, nessa etapa, aspectos como: o método construtivo das instalações, iluminação, rotas de 
fuga e saídas de emergência; proximidade de rodovias, aeroportos; problemas antropogênicos (restrição 
de locomoção, limitações relacionados às faixas etárias etc.).
Com relação à capacidade de combate, é preciso listar os recursos humanos e materiais disponíveis 
para ação imediata: quantidade e localização dos brigadistas, preparação das equipes de abandono, 
39
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
equipamentos de combate a incêndio e primeiros socorros, sistemas de alarme e de comunicação, 
materiais de proteção individual, além de fornecedores ou potenciais fornecedores desses utensílios etc.
Há muitos recursos externos que podem ser necessários em uma emergência, como os acordos 
formais para definir os relacionamentos regionais: defesa civil; corpos de bombeiros; Samu e a companhia 
de fornecimento de energia elétrica, por exemplo.
 Lembrete
Quanto melhor for o recurso externo disponível, melhor para o plano. 
Para avaliá-lo, é preciso saber se eles são capazes de responder a emergências 
tão rápido quanto necessário, de quais meios dispõem, e, principalmente, 
quais ações podem auxiliar o atendimento externo.
Passo 3: desenvolver o plano
A etapa de desenvolvimento do plano refere-se à formalização da definição dos facilitadores, 
responsabilidade das autoridades e pessoas-chave nesse processo, os tipos de emergência que podem 
ocorrer e como serão administradas. O plano deve conter: priorização das atividades; definição das 
equipes de emergência e estratégias de combate e abandono, além do programa de treinamento; 
proposta de manutenção do plano; revisão após o treinamento e divulgação do projeto.
Passo 4: implementação do plano
O plano de emergência será considerado implementado quando todos compreenderem os seus 
papéis, sejam eles membros das equipes de emergência, sejam membros da população fixa. Ou seja, essa 
etapa é basicamente destinada ao treinamento das pessoas.
Tal prática deve ser aprimorada ao longo dos anos, para dar conta da crescente complexidade das 
grandes cidades, do aumento do tempo/resposta de atendimento às ocorrências por conta do tráfego 
ruim, que dificulta o deslocamento das viaturas, dos diferentes tipos de edificações, cada vez mais altos, 
e com múltiplas ocupações. Seito (2008) ainda destaca que os Corpos de Bombeiros se depararam com 
um problema: a impossibilidade de estarem presentes em todas as empresas, indústrias, hotéis, hospitais, 
comércios, shoppings e igrejas.
A melhor solução, portanto, é treinar grupos de pessoas para combater incêndios, realizar o abandono 
do local e outras situações de emergência. Visando regulamentaressa solução, a NBR 14276 (ABNT) foi 
publicada em 1999.
3.3 Estabelecimento de brigada de incêndio a partir do plano de 
emergência
Uma brigada de emergência deve ser pensada no âmbito de um plano de emergência, com as 
seguintes atribuições:
40
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
• execução as ações de prevenção (definidas no plano de emergência);
• avaliação do nível dos riscos existentes;
• inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
• elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
• encaminhamento do relatório aos setores competentes;
• inspeção geral das rotas de fuga;
• orientação à população fixa e flutuante;
• participação nos exercícios simulados;
• execução das ações de emergência (definidas no plano de emergência);
• identificação da situação;
• alarme/abandono de área;
• acionamento do corpo de bombeiro e/ou ajuda externa;
• corte de energia;
• primeiros socorros;
• combate ao princípio de incêndio;
• recepção e orientação ao corpo de bombeiros;
• inspeções periódicas dos equipamentos de proteção contra incêndio e dos pontos de risco;
• treinamento das pessoas para a evacuação; e
• manutenção dos equipamentos da brigada.
No caso de uma emergência, desde que submetida a treinamentos considerados eficazes, as 
responsabilidades da brigada também podem incluir:
• a garantia de que o alarme chegue a todos os empregados e ao corpo de bombeiros;
• auxílio na evacuação;
41
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• supervisão das válvulas de controle do sistema de chuveiros automáticos;
• controle das instalações e dos equipamentos na área do incêndio;
• controle ou extinção do princípio de incêndio;
• auxílio aos feridos;
• resgate e/ou isolamento do patrimônio para reduzir as perdas; e
• restauração dos sistemas de proteção da empresa.
A NBR 14276 (Brigada de Incêndio – Requisitos) foi publicada em 1999, com o objetivo de orientar o 
dimensionamento da brigada e a sua distribuição na planta, especificando sua área de atuação, a saber:
• prevenção e combate ao princípio de incêndio;
• procedimento de abandono do local sinistrado;
• aplicação dos primeiros socorros às possíveis vítimas. 
Conforme descrito em sua introdução, a NBR 14276 foi elaborada com base nas melhores práticas 
do mercado brasileiro. A norma define o número de pessoas que devem compor as brigadas, a estrutura 
a ser adotada e o tipo de formação exigida, ou seja, o nível do treinamento a ser empreendido (básico, 
intermediário ou avançado). 
Com relação à composição das brigadas, devem ser considerados os seguintes aspectos: a população 
fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupações da planta, todos definidos nos decretos estaduais 
dos Corpos de Bombeiros. No estado de São Paulo, essa informação encontra-se nos anexos do Decreto 
nº 56.819, de 2011.
Destaca-se que há critérios para composição da brigada de incêndio que consideram metragem x 
altura da edificação e população fixa. Estes podem, por vezes, criar um quadro irreal e exigir um número 
ideal de brigadistas, tanto para mais quanto para menos (CAMILLO JR., 2008).
Uma alternativa para a composição mais adequada dessas equipes é a definição de parâmetros 
norteadores, que devem ser considerados como pressupostos. Duas perguntas vêm à baila: 1) Há sistemas 
de proteção passivos e ativos instalados? 2) Há equipamentos de prevenção e combate a incêndios 
instalados, de acordo com a legislação vigente?
Os materiais instalados, em especial os hidrantes e extintores de incêndio, exigem treinamentos e 
número de pessoas suficientes para operá-los com segurança. Dificilmente serão usados, ao mesmo 
tempo, todos os hidrantes da edificação.
42
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Com relação à formação da brigada, a NBR 14276 apresenta organogramas como exemplos de 
formação, deixando claro que “formação”, nesse caso, deve ser entendida apenas como forma de 
organização. 
De acordo com a NBR 14276, a formação da brigada constitui uma hierarquia organizada da seguinte 
forma: 
– coordenador geral da brigada: o brigadista responsável pela coordenação 
e execução das ações de emergência de todas as edificações que compõem 
uma planta, independente do número de turnos; 
– chefe da edificação ou do turno: brigadista responsável pela coordenação 
e execução das ações de emergência de uma determinada edificação ou 
planta;
– líder do setor: o responsável pela coordenação e execução das ações de 
emergência de um determinado setor/compartimento/pavimento da planta; 
– brigadista: pessoa que pertencente à brigada de incêndio (NBR, 2008).
Coordenador geral da brigada
Líder do setor
(brigadista)
BrigadistaBrigadista Brigadista
Figura 3 – Organograma de formação da brigada
 Em uma situação de emergência, cada indivíduo deve saber qual o seu papel e o que deve fazer, seja 
como membro da população fixa, seja da flutuante, seja da brigadista (GILL; LEAL, 2008). 
Uma proposta diferente refere-se à atribuição clara de função para cada brigadista ou membro da 
equipe de emergência na planta.
Líder
Socorristas ConfinamentoEquipe de retirada Isolamento
Vigilância/
Alarme Combate
Figura 4 – Organograma das funções da brigada de incêndio
43
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Considerando o modelo vigente na NBR 14276, o conteúdo abordado deveria estar adequado aos 
diferentes níveis propostos, contemplando as especificidades e complexidade que cada posição exige. 
Por exemplo, que informações específicas os coordenadores de brigada devem ter para tomar as decisões 
acertadas sobre a necessidade de abandono ou não da edificação? Logo, o conteúdo do treinamento 
deve estar adequado à estrutura proposta, o que, na prática, não se verifica.
 Lembrete
A NBR 14276 prevê três níveis de treinamentos para as brigadas: básico, 
intermediário e avançado. 
A opção por um desses níveis se dá em função do grau de risco. Eles são compostos a partir de um 
currículo mínimo de 33 módulos, com assuntos específicos relacionados à teoria e à prática de combate 
a incêndio e à teoria e a prática de primeiro socorros. As cargas horárias mínimas são: 8 horas-aula – 
nível básico; 52 horas-aula – nível intermediário; e 63 horas-aula – nível avançado.
Diferente da proposta padronizadora da NBR 14276, a formação de uma brigada deve considerar o 
que pode ser negociado com a empresa contratada para executar o treinamento. Destacam-se alguns 
aspectos:
• as características e magnitude do risco existente preponderante;
• dimensão da área;
• quantidade de pessoas;
• proximidade/existência de quartel do Corpo de Bombeiros; 
• processos, produtos e materiais que requerem atuação especializada imediata.
Apresenta, ainda, as responsabilidades atribuídas aos membros da brigada:
• inspeção e manutenção dos materiais e equipamentos destinados ao uso da brigada (EPIs e EPC);
• inspeção e manutenção dos sistemas e equipamentos de extinção e proteção disponíveis;
• inspeção e manutenção dos sistemas de detecção e alarme, quando houver.
3.3.1 Erros mais comuns cometidos durante a implantação de uma brigada de incêndio
Há muitos equívocos durante a implantação de brigadas.
A principal missão da equipe de brigada é a prevenção de acidentes, assim como a proteção das 
vítimas. O papel de combate a incêndio é do Corpo de Bombeiros.44
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Esse grupo de pessoas trabalha enquanto os bombeiros não chegam ao local. Um detalhe 
ao qual devemos nos atentar é que uma pessoa treinada não é propriamente uma brigadista, só o 
comprometimento confere tal posição.
Destaca-se, ainda, o fato de que não se deve focar apenas na retirada de pessoas do local de incêndio, 
pois uma das principais causas de morte é a inalação de fumaça, o que exige medidas imediatas e 
eficazes.
Treinar as pessoas em condições muito diferentes das que vão encontrar no dia a dia é um dos principais 
erros. O correto é que a experiência adquirida no treinamento possa se converter em conhecimento útil 
no momento de um sinistro. Segundo diversos estudiosos, é incorreto realizar treinamentos em campos 
com equipamentos que apenas eles dispõem e acrescenta que treinamentos admiráveis nem sempre 
apresentam uma melhor preparação.
As equipes de emergência devem estar capacitadas para atuar preventivamente, bem como conhecer 
os principais riscos e recursos humanos e materiais disponíveis.
Para atender às exigências da Agência Americana de Segurança e Saúde Ocupacional (U.S. 
Occupational Safety and Health Administration – OSHA), uma brigada de incêndio deve ter uma 
declaração organizacional com definição dos deveres, da liderança, da filiação e do treinamento das 
brigadas. Essas informações devem ser apresentadas em um documento, e os detalhes da estrutura da 
organização e das funções da brigada de incêndio devem constar em tal arquivo; o documento também 
deve especificar o número de membros da brigada e o tipo, assim como a frequência e o conteúdo do 
treinamento.
Embora não seja obrigatório, recomenda-se ainda que sejam descritos os deveres de cada membro, 
a autoridade de cada “oficial” da brigada e o número de “oficiais” e de instrutores. A brigada deve, ainda, 
estar ciente e atenta aos riscos especiais e ao treinamento anual definido e previsto na declaração 
organizacional.
3.4 Bombeiro profissional civil
O bombeiro profissional civil deve ser parte integrante nos planos de emergência. O papel desse 
profissional está relacionado à prevenção de incêndio e atendimento de emergência em edificações e 
eventos. Deve apresentar capacitação requerida pela NBR 14608.
Suas atividades consistem em:
• identificação e avaliação de riscos existentes;
• inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndio;
• inspeção periódica das rotas de fuga, atentando-se para a manutenção da sua desobstrução e 
sinalização;
45
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• participação em exercício simulado;
• relato formal das irregularidades encontradas, com propostas de medidas corretivas;
• apresentação de eventuais sugestões para melhoria das condições de segurança;
• avaliação, liberação e acompanhamento de desenvolvimento de atividades de risco;
• participação na integração da empresa com o Corpo de Bombeiros público;
• atendimento ao plano de emergência da empresa.
A presença desse profissional pode reduzir o número de brigadistas na organização.
3.5 Treinamentos e simulados
Os simulados são formas de validação do processo de treinamento, e não um exatamente um 
treinamento, diferente da abordagem adotada pela Norma NBR 14276. Um exercício simulado bem 
planejado e devidamente registrado fornece as bases para a validação de um treinamento. Ou seja, a 
realização de um simulado depende de conceitos e conhecimentos anteriormente adquiridos, tanto 
pelos membros da brigada quanto pela população fixa.
De acordo com a ABNT ISO 10015, se os procedimentos definidos foram seguidos e os requisitos 
especificados foram alcançados, o treinamento é considerado válido e as equipes estão aptas para 
atuarem.
Durante a realização do simulado, se os procedimentos especificados não forem seguidos e 
os requisitos definidos forem alcançados, os procedimentos devem ser revistos e a equipe deve 
ser considerada capacitada. Caso os procedimentos forem seguidos e os requisitos não forem 
alcançados, então serão necessárias melhorias no treinamento, ou haverá a proposição de 
alternativas ao treinamento.
Para que essa análise possa ser feita, são necessários os registros apropriados das várias atividades 
que compõem os simulados e monitoração dos resultados obtidos e das ações planejadas, com base em 
critérios pré-definidos no próprio Plano de Emergência, que é o documento que define os resultados 
desejáveis para cada ação planejada. Isso se confirma quando analisamos as atribuições da brigada, e a 
primeira dessas ações de prevenção é conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta.
Se o treinamento for considerado ineficaz, o processo deve ser reiniciado. Então, inicia-se uma 
minuciosa análise para identificação dos possíveis desvios ou equívocos. Depois, é proposta uma ação 
corretiva, que pode ser um novo treinamento, o remanejamento dos papéis na brigada e até mesmo a 
revisão do plano de emergência. O que não pode ocorrer é esperar o período da reciclagem para efetivar 
as correções.
46
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
3.6 Planos de abandono
Os planos de abandono devem estar previstos nos Planos de Emergência, que são documentos 
capazes de analisar e definir as rotas de fuga eficientes e seguras, bem como os treinamentos que 
garantam a evacuação rápida e ordenada.
Os planos devem considerar as características da ocupação, por exemplo: escolas, hospitais, fábricas 
etc., além da altura da edificação e outras características como localização, acessos etc.
Em edifícios em que a lotação varia e não exista a possibilidade de treinar todos os ocupantes, como 
hotéis ou lojas, os treinamentos devem ser feitos com todos os funcionários. Eles devem ser treinados 
para direcionar os ocupantes eventuais do edifício a buscar as saídas seguras, em caso de incêndio. Em 
hospitais, por exemplo, devem incluir procedimentos adequados para a retirada de pessoas em macas e 
cadeiras de rodas. 
Os treinamentos de abandono devem ser conduzidos periodicamente e devem ser planejados com 
a cooperação das autoridades locais. Deve ser realizado com frequência, para que todos os ocupantes 
se familiarizem com os procedimentos e para que estes se tornem uma condição de rotina. O incêndio 
é sempre inesperado, e todas as pessoas precisam estar preparadas para agir, independentemente do 
turno ou da hora em que ocorrer.
A NFPA 101 – Life Safety Code e a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde do Trabalho do 
Ministério do Trabalho e Emprego, NR 23, destacam a importância de exercícios de abandono.
A NBR 14276 (Programa de Brigada de Incêndio), assim como as Instruções Técnicas dos Corpos de 
Bombeiros que tratam de brigadas de incêndio, determinam que os exercícios simulados de abandono 
sejam realizados, no mínimo, semestralmente, com a participação de toda a população. Logo após o 
simulado, deve ser realizada uma reunião para avaliação e correção das falhas eventuais. No entanto, 
nenhuma norma determina o procedimento a ser adotado para o exercício de abandono, em função das 
especificidades dos diferentes tipos de ocupação e uso das edificações.
A OSHA define cinco maneiras de uma empresa organizar seus empregados para emergências. Essas 
opções vão desde a imediata evacuação de todo o pessoal até a formação de um grupo organizado, 
treinado e equipado para o combate a incêndio.
A primeira opção é a empresa definir que todos os seus empregados devem evacuar imediatamente 
as áreas a partir do som de um alarme. Com essa opção, os empregadosnão precisam ser treinados para 
apagar o incêndio.
A segunda alternativa consiste no treinamento de todos os empregados na utilização de extintores. 
Quando o alarme é acionado, todos os funcionários se direcionam ao local de origem do incêndio para 
combatê-lo. Caso o fogo seja muito abrangente, não sendo possível controlá-lo com extintores, um 
alarme deve ser acionado. Logo em seguida, deve ser iniciada a evacuação de todos os empregados para 
uma área segura.
47
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
A terceira possibilidade é possuir grupos de funcionários designados em áreas específicas da empresa, 
treinados para o uso de extintores. Quando o alarme é acionado, eles se dirigem ao local para iniciar 
o combate ao fogo, enquanto os demais empregados da área abandonam o local. Caso o fogo saia do 
controle, todos os funcionários devem evacuar o prédio imediatamente.
A quarta opção é o estabelecimento de uma brigada de incêndio, que deve auxiliar na evacuação e na 
recuperação dos bens, após a extinção do incêndio. As atividades dessa brigada são limitadas ao combate 
de incêndios em sua fase inicial, enquanto o fogo pode ser controlado por extintores e, no máximo, onde 
não há necessidade de equipamentos de proteção individual específicos. Se os empregados precisarem 
curvar-se para evitar a camada de fumaça para combater o incêndio, este não se encontra mais num 
estágio inicial, e todos devem abandonar o local imediatamente.
A quinta e última alternativa é o estabelecimento de um corpo de bombeiros da empresa. Este grupo 
de funcionários é organizado, treinado e equipado para combater incêndios que passam do estágio 
inicial. Seus membros devem possuir formação e infraestrutura em um nível semelhante ao dos Corpos 
de Bombeiros, como fazem instituições como a Petrobras e outras entidades de alto risco.
Na verdade, a maneira como cada empresa organiza seus empregados para o combate ao fogo 
depende da disponibilidade e do potencial da assistência externa, por exemplo, a existência e proximidade 
de postos de bombeiros associados ao potencial de perigo ao pessoal e à propriedade; a frequência 
das ocorrências, das configurações das edificações; a existência de pessoal qualificado para treinar e 
participar da elaboração de planos de emergências eficazes, assim como outros fatores particulares de 
cada organização.
4 MEDIDAS PARA EVACUAÇÃO DE PESSOAS DA EDIFICAÇÃO
4.1 Saídas de emergência
As saídas de emergência são projetadas para garantir a evasão dos ocupantes dos edifícios em 
situações emergenciais de forma segura e rápida. Elas indicam um local seguro, normalmente 
representado por uma área livre e afastada do prédio.
Um projeto adequado deve permitir que todos abandonem as áreas de risco. Quanto maior o perigo, 
mais fácil deve ser o acesso até uma saída, pois, dependendo do tipo de construção, das características 
dos ocupantes e dos sistemas de proteção existentes, o fogo e a fumaça podem rapidamente impedir 
sua utilização. Para evitar tal inconveniência, a provisão de duas saídas independentes é fundamental, 
exceto onde o edifício ou o ambiente em questão apresentam dimensões tão pequenas ou são arranjados 
de tal forma que uma segunda saída não aumentaria a segurança das pessoas.
O projeto de saídas de emergência requer, dentre outros conhecimentos, o do comportamento das 
pessoas em uma situação crítica, pois a reação humana varia significativamente em função da capacidade 
física e mental dos ocupantes e do treinamento para tais situações, assim como da familiaridade com o 
edifício em questão.
48
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Além de permitir o abandono seguro dos edifícios pelos seus ocupantes, um bom projeto de saídas 
de emergência deve, ainda, proporcionar às equipes de salvamento e combate ao fogo um fácil acesso 
ao interior do edifício. Disso pode depender o sucesso das operações dessas equipes em salvar vidas e 
reduzir perdas patrimoniais. 
4.1.1 Rotas de fuga
Uma rota de fuga é um caminho contínuo de qualquer ponto do edifício até um local seguro e 
consiste, basicamente, de três partes distintas: o acesso à saída, a saída em si e a descarga.
A saída é a parte da rota de fuga separada do restante da área do edifício por paredes, portas, piso e 
outros elementos que protegem os ocupantes dos efeitos do incêndio. É composta por rotas horizontais 
e verticais resguardadas, que podem ser corredores, antecâmaras, escadas e rampas protegidas. Tal 
medida é definida pelas características de desempenho ao fogo dos elementos estruturais e construtivos 
de vedação e de acabamento interno que constituem a saída, além de sistemas ativos de proteção 
instalados.
Todas as saídas devem ter acesso direto a uma via pública ou a uma descarga que dê acesso à via 
pública. 
 Observação
Descarga é a porção da rota de fuga entre o término da saída e a via 
pública. Pode ser representada por jardins internos ou externos, corredores 
e passagens pelas áreas abertas ou outros tipos de espaço no interior do 
lote do edifício. 
No entanto, uma saída para o exterior não é necessariamente uma saída para um local seguro se 
esta não apresentar dispositivos e elementos de proteção. É preciso evitar a exposição dos ocupantes ao 
perigo direto do incêndio (calor, chamas através de aberturas próximas ou queda de objetos provenientes 
do próprio edifício, decorrentes do incêndio ou de seu combate). 
O pavimento de descarga deve ser devidamente sinalizado para orientação dos ocupantes no interior 
da escada. Quando existir pavimentos inferiores a este, as escadas que interligam pavimentos superiores 
não devem apresentar continuidade com os pavimentos inferiores, pois as pessoas que descem as 
escadas podem passar despercebidas pelo pavimento de descarga e comprometer sua própria segurança. 
Normas e regulamentações exigem que todas as escadas do local terminem no pavimento de descarga.
As portas que compõem as rotas de fuga devem abrir sempre em direção do fluxo de saída das 
pessoas. As saídas de locais com grande concentração de público e outras definidas em normas vigentes 
devem ser equipadas com barras antipânico. As portas que acessam saídas protegidas (corredores 
protegidos, antecâmaras, escadas e áreas de refúgio) devem apresentar características especiais (portas 
corta-fogo) e estar constantemente fechadas para evitar sua contaminação pelo calor e a fumaça. 
49
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
As barras antipânico são instaladas em tipos de ocupação onde existe uma grande concentração de 
público, como escolas, teatros e cinemas. Basicamente, esses dispositivos são projetados para facilitar 
a abertura da porta, com uma simples pressão sobre ele, não superior a 70 N, no sentido do fluxo de 
saída. Tais aparatos são constituídos de barras ou painéis que se estendem ao longo da largura da folha 
da porta a uma altura entre 900 mm e 1100 mm do piso (NBR 11.785). As barras podem ser instaladas 
em portas comuns ou em portas corta-fogo. Neste último caso, elas devem ser submetidas a testes de 
resistência ao fogo. São disponíveis para portas de folha simples ou dupla, com diferentes mecanismos 
de montagem, que devem estar em conformidade com as especificações da norma.
4.1.2 Dimensionamento
O dimensionamento das partes que compõem as saídas depende da lotação das edificações e é 
definido de acordo com a classe de ocupação do local (que está relacionado ao seu risco), tudo amparado 
por normas e legislações vigentes. 
Existem, a princípio, dois métodosde cálculo das larguras das saídas, que se baseiam em duas 
características preestabelecidas: a lotação e o tipo de ocupação do edifício e de suas partes.
O método de cálculo pelo fluxo utiliza como conceito básico a determinação de um período 
máximo de tempo para evacuação de um edifício, e todos devem atingir um local seguro. Calcula-se, 
tradicionalmente, um fluxo de 60 pessoas/minuto por meio de uma largura de 560 mm.
O método de cálculo pela capacidade é baseado no pressuposto de que escadas em número e 
dimensões suficientes devem ser providas para que estas abriguem, adequadamente, todos os ocupantes 
no seu interior, sem a necessidade de movimento ou fluxo para o exterior da escada no piso de descarga. 
Neste caso, compreende-se que as escadas são áreas totalmente seguras e podem abrigar pessoas por 
tempo indeterminado, permitindo que se desloquem calmamente para a saída final do edifício (descarga).
Ambos os métodos podem ser aplicados para um projeto de saídas eficientes e seguras, considerando, 
é claro, suas circunstâncias específicas. Nos locais onde um número significativo de pessoas pode 
apresentar grande possibilidade de limitação física ou mental, temporária ou permanente, o método do 
fluxo não é recomendado. Nesses casos, o método da capacidade oferece um local para todos no interior 
de uma área segura (que pode ser um local de refúgio ou uma escada).
Assim, o dimensionamento das saídas se baseia em dois fatores: larguras mínimas e larguras de 
projeto obtidas pelo cálculo da população nos casos específicos, ambas determinadas por normas e 
regulamentações.
4.1.2.1 Larguras mínimas
Existe uma unidade de largura padrão amplamente utilizada para cálculo de saídas de 560 mm. Ela 
é determinada em estudos internacionais e corresponde à largura aproximada considerando o “ombro a 
ombro” de um adulto. Normalmente, duas unidades de largura padrão correspondem à largura mínima 
de saídas na maioria das situações.
50
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
A norma brasileira NBR 9077 utiliza o termo “unidade de passagem” para definir uma largura padrão, 
com o valor de 55 cm para acessos e descargas, sendo que a largura mínima das saídas deve ser de 1,10 m, 
correspondente a duas unidades de passagem, para ocupações em geral, havendo exceções em tipos de 
ocupações especiais como hospitais, onde a largura mínima é de 2,20 m. 
Já a largura mínima de “espaços de circulação coletiva”, segundo a legislação do Município de São 
Paulo, é de 1,20 m, correspondendo a quatro módulos de 0,30 m, adequado ao escoamento de 30 
pessoas por módulo, respeitada a largura mínima. 
Destaca-se, contudo, que este valor passa o dobro (2,40 m), no caso de edificações prestadoras de 
serviço de saúde.
A NR 23 determina que a largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20 m, e que as 
portas devem abrir no sentido da saída do local de trabalho. 
As portas colocadas ao longo dos corredores ou no acesso das escadas também devem atender às 
dimensões mínimas exigidas por normas. A norma brasileira NBR 9077 determina as seguintes condições 
de vão livre ou “luz” para as portas:
a) 80 cm para uma unidade de passagem;
b) 100 cm para duas unidades de passagem;
c) 150 cm, em duas folhas, para três unidades de passagem;
d) acima de 220 cm, instalação de coluna central (ABNT, 2001).
De forma complementar, a NBR 11.742 (Porta corta-fogo para saídas de emergência – Especificação) 
determina o seguinte: vão de luz mínimo – 800 mm de largura e 2.000 mm de altura; vão de luz máximo 
– 2.200 mm de largura e 2.300 mm de altura. Dispões, ainda, a exigência de folha dupla para os vãos de 
luz de 1.200 mm ou superiores.
4.1.2.2 Cálculo de lotação segundo o COE do Município de São Paulo
No Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei Municipal no 11.228, de 25 de junho 
de 1992) – COE, o dimensionamento das saídas depende da densidade populacional estimada por tipo 
de ocupação. Apresenta-se, na tabela a seguir, um exemplo da classificação e do valor dado para alguns 
tipos de ocupação.
A lotação é calculada considerando-se a área dos pavimentos, excluindo-se da área bruta as áreas 
de parede, das unidades sanitárias, dos espaços de circulação horizontais e verticais, dos vazios de 
elevadores etc. (exceção é feita aos locais de reunião de público e centro de compras, onde os espaços 
destinados à circulação horizontal devem ser contabilizados).
51
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
A lotação de cada ambiente, setor ou andar é corrigido em virtude da distância (altura) entre o local 
considerado e a saída, da seguinte forma:
Lc = (60 x Lo x Y)/ K.
Lc: lotação corrigida.
Lo: lotação original considerada.
K: constante determinada em tabela, de acordo com o tipo de circulação (corredores, rampas ou 
escadas) (Tabela 12.7.1.2 do COB).
Y = (Ho + 3) / 15 > 1. 
Ho: altura, em metros, da cota do pavimento de saída ao último pavimento.
Tabela 1 – Exemplos de classificação de ocupação
Ocupação m²/pessoa
Habitação 15,00
Comércio de serviço
Setores com acesso ao público
Setores sem acesso ao público
Circulação horizontal em centros comerciais
5,00
7,00
5,00
Bares e restaurantes
Frequentadores em pé
Frequentadores sentados
Demais áreas
0,40
1,00
7,00
Prestação de serviços de educação
Salas de aula
Laboratórios, oficinas
Atividades não específicas e administrativas
5,00
2,00
7,00
 Fonte: CBO (2010).
 Saiba mais
O site da Prefeitura de São Paulo apresenta informações sobre o CBO. 
Acesse: <http://www.prefeitura.sp.gov.br>. Acesso em: 13 mar. 2015.
4.1.2.3 Cálculo de lotação segundo a NBR 9077: saída de emergência em edifícios
A norma brasileira também determina que seja obtida a lotação estimada da edificação para o 
dimensionamento das saídas de emergência. Alguns dos valores para o cálculo da lotação são 
apresentados a seguir:
52
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Tabela 2 – Exemplos de classificação de ocupação
Ocupação m2/pessoa
Habitação residencial 2 pessoas/dormitório
Comércio 3,00
Serviços 7,00
Bares e restaurantes 1,00
Prestação de serviços de educação 1,50
(seguem demais tipos) :
Fonte: ABNT (2001).
Para o cálculo da população feito por pavimento, leva-se em consideração a área de cada pavimento, 
excluindo-se áreas específicas em alguns tipos de ocupação, que devem ser consultadas no item 4.3.3 
da NBR 9077.
4.1.2.4 Rotas horizontais e verticais
As rotas de fuga horizontais são constituídas de corredores e passagens; as verticais, de escadas e rampas.
Tanto na norma brasileira NBR 9077 como no COE, os espaços de circulação são definidos em função 
do tipo de ocupação/lotação do edifício e de sua largura mínima.
De acordo com a norma, a largura de projeto das saídas é dada pela seguinte fórmula: 
N= P/C.
N: número de unidades de passagem.
P: população, conforme Tabela 5 da norma brasileira.
C: capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 da norma brasileira.
Essa norma dispõe, ainda, que a capacidade da unidade de passagem é dada em função do tipo de 
ocupação. Por exemplo, para residências, segundo a legislação do Corpo de Bombeiros do Estado de São 
Paulo, são definidas conforme a tabela a seguir:
Tabela 3 – Exemplo de capacidade de unidade de passagem
Ocupação(o)
População (A)
Capacidade da unidade de passagem (UP)
Grupo Divisão Acessos e descargas
Escadas e 
rampas Portas
A
A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)
60 45 100A-3 Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m² deárea de alojamento(D)
B Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)
53
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
C - Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M)
100 75 100
D - Uma pessoa por 7 m² de área (L)
E
E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula(F)
30 22 30
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)
F
F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área
100 75 100
F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m² de área (E) (G) (N)
F-3, F-6, F-7, F-9 Duas pessoas por m² de área (G) (1:0,5 m2)
F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F)
G
G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo
100 60 100
G-4, G-5 Uma pessoa por 20 m² de área (E)
H
H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100
H-2 Duas pessoas por dormitório
 (C) e uma pessoa por 4 
m² de área de alojamento (E)
30 22 30
H-3 Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m² de área de ambulatório (H)
H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100
I - Uma pessoa por 10 m² de área
100 60 100
J - Uma pessoa por 30 m² de área (J)
L
L-1 Uma pessoa por 3 m² de área
100 60 100
L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m² de área
M
M-1 + 100 75 100
M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100
M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100
Notas:
(A) Os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população.
(B) As capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída 
descendente. Nos demais casos devem sofrer redução como abaixo especificado. Estas percentagens de redução são 
cumulativas, quando for o caso:
a. lanços ascendentes de escada com degraus até 17 cm de altura: redução de 10%;
b. lanços ascendentes de escadas com degraus até 17,5 cm de altura: redução de 15%;
c. lanços ascendentes de escadas com degraus até 18 cm de altura: redução de 20%;
d. rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por grau percentual de inclinação (1% a 10%);
e. rampas ascendentes de mais de 10% (máximo: 12,5%): redução de 20%.
(C) Em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (3 
e mais dormitórios), as salas, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para 
empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para 
cada 6 m² de área de pavimento;
(D) Alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10 m²;
(E) Por ”área” entende-se a “área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme a terminologia da IT O3; quando 
discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão;
(F) Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos 
grupos de ocupação F-5, F-6 e outros, conforme o caso;
(G) As cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma 
pessoa por 7 m² de área.
54
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
(H) Em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, 
a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7 m²;
(I) O símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta IT;
(J) A parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C;
(K) Esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3 e F-7, com população total 
superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12/11;
(L) Para ocupações do tipo call-center, o calculo da população é de uma pessoa por 1,5 m² de área;
(M) Para a área de lojas adota-se no cálculo uma pessoa por 7 m² de área;
(N) Para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanentes) apresentado em planta;
(O) Para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Código de Segurança Contra Incêndios e 
Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Paraná.
Fonte: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (2011).
No COB, a Tabela 12.7.1.2 define os valores do fator K para o cálculo da largura dos espaços de 
circulação coletiva, como segue:
Tabela 4 – Valores do fator K
Tipo de circulação Corredores e rampas Escadas
Uso Coletivo Coletivo protegido Coletivo Coletivo protegido
Residencial 60 240 45 100
Prestação de serviço de 
saúde 30 75 22 55
Demais usos 100 250 65 160
Fonte: COE (2011).
Definindo-se a lotação corrigida utilizando o valor de K apropriado, é possível determinar a largura 
mínima dividindo-se o valor desta lotação pela taxa de escoamento de 30 pessoas por módulo (cada 
módulo corresponde a 0,30 m).
Em ambos os casos, a largura da via de escoamento vertical (escada ou rampa) deve ser dimensionada 
em razão do pavimento de maior lotação dentre todos os pavimentos do edifício que utilizam essa via 
de escoamento (vide detalhes no item 4.4 da norma NBR 9077 e o item 12.7.1.4 do COB).
As vias de escoamento vertical devem atender a exigências mínimas de segurança determinadas 
pelo dimensionamento da largura, altura e inclinação dos degraus, da largura dos patamares, da altura 
e disposição dos corrimãos e guarda-corpos, que devem ser atentamente considerados para garantir 
a segurança dos ocupantes na circulação por esse meio, tanto no cotidiano como numa situação de 
emergência.
4.1.2.5 Degraus e patamares
Os espaços de circulação coletiva podem apresentar desníveis em situações variadas, que são 
vencidas por sequências de degraus e patamares. Em qualquer circunstância, tais espaços devem 
proporcionar condições adequadas de circulação entre esses desníveis. Isso se dá por meio do devido 
55
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
dimensionamento de altura e largura de degraus, de patamares, do número de degraus por lance, das 
características do piso etc.
Para se obter degraus e patamares que garantam segurança no seu uso normal e de emergência, é 
necessário que estes sejam projetados e executados de modo que todos os degraus de um lance tenham 
dimensões uniformes e que os patamares sejam localizados em altura intermediária entre dois desníveis. 
Um descompasso no ritmo descendente, principalmente em situações em que há uma altura de mais de 
dois pavimentos a ser vencida, pode provocar tropeços e atropelamentos durante o escoamento de pessoas.
Tanto a norma NBR 9077 como o COB estabelecem regras básicas para o dimensionamento de 
degraus e patamares, conforme pode ser visto a seguir:
Tabela 5 – Condições de dimensionamento de degraus e patamares
Código de Obras e Edificações NBR 9077
Degraus
a (altura) < 0,18cm 
l (piso) > 0,27 m
sem saliências
altura: 0,16m < h < 0,18m
piso: 0,63 m < (2h+b) < 0,64m
saliência > 1,5 cm (bocel)
deve ter 3 degraus contínuos, no mínimo
Patamares
piso > 1,20 m sem mudança de 
direção
piso > largura de escada na 
mudança de direção
patamar intermediário quando 
desnível > 3,25
p (piso) = (2h + b) n+b, em que n é um 
número inteiro
p > largura de escada na mudança de 
direção
patamar intermediário quando desnível 
> 3,7m
Fonte: COB (2011).
4.1.2.6 Rampas
Em geral, as rampas são utilizadas para vencer desníveis. São especialmente adequadas para o acesso 
aos edifícios e a circulação no seu interior por pessoas com alguma deficiência físicatemporária ou 
permanente. 
As exigências apresentadas no COB e nas normas brasileiras NBR 9077 e NBR 9050 são em relação à:
• declividade ou inclinação máxima – 10% (COB); entre 10% e 12,5% (NBR 9077); e 5% a 12,5% 
(NBR 9050);
• colocação de patamares intermediários;
• instalação de pisos antiderrapantes duráveis;
• colocação de corrimãos e guarda-corpos.
56
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
No município de São Paulo, rampas de acesso são obrigatórias em locais de reunião públicas com 
mais de cem pessoas e em qualquer outro uso com mais de seiscentas pessoas.
4.1.2.7 Corrimãos e guarda-corpos
Corrimãos e guarda-corpos devem ser instalados ao longo das rotas de fuga toda vez que houver 
algum desnível no piso de circulação coletiva vertical ou horizontal, seja este vencido por rampa, seja 
por degraus de escada, a fim de proporcionar pontos de apoio para os usuários.
Os corrimãos devem ser implementados de modo que possam ser agarrados facilmente pelas 
pessoas. Devem, também, permitir o deslocamento contínuo da mão ao longo de toda sua extensão, 
prolongando-se por 30 cm de seu início.
Guarda-corpos devem ser projetados em locais que apresentam desnível, como escadas, rampas, 
terraços, balcões e mezaninos, e que não são isolados de áreas adjacentes por paredes. Os guarda-corpos 
se constituem de obstáculos de proteção contra quedas, tendo altura mínima de 1,05 m ao longo de 
patamares de áreas internas, e 1,30 m em escadas e patamares em áreas externas, as quais servem a 
alturas superiores a 12,0 m acima do solo. Essas barreiras físicas devem apresentar condições de suporte 
a cargas horizontais e verticais de pessoas em circulação normal e de emergência, todas estabelecidas 
na NBR 9077.
Corte
3,5-4,5 4,0 cm
Mínimocm
Parede
Corrimão
Vista superior
Figura 5 – Detalhamento de corrimãos 
Balaustres
< 15 cm
Longarinas Grade ou tela Lavenaria
< 15 cm
Figura 6 – Exemplo de guarda-corpos 
57
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
4.1.2.8 Localização
As saídas do prédio devem estar bem distribuídas, de modo que os ocupantes possam alcançá-las 
rapidamente de qualquer ponto. Caso uma delas seja eventualmente inutilizada (pela fumaça e pelo 
fogo, por exemplo), as demais devem se manter intactas e acessíveis aos ocupantes.
O número e a disposição das saídas em um edifício são definidos por fatores, por exemplo, como a 
distância a ser percorrida até uma saída de pavimento, a proteção da área por chuveiros automáticos 
ou não, o tipo de ocupação e o número de pavimentos (altura) do prédio.
O número de saídas está relacionado ao nível de risco da edificação, às distâncias máximas que 
podem ser percorridas até uma saída e à existência de sistemas de chuveiros automáticos. 
A NBR 9077, para edifícios resistentes ao fogo (tipo Z), apresenta a seguinte tabela:
Tabela 6 – Distâncias máximas a serem percorridas
Tipo de 
edificação
Grupo de
ocupação
sem chuveiros automáticos com chuveiros automáticos
saída única + de uma saída saída única + de uma saída
X Qualquer 10,00 m 20,00 m 25,00 m 35,00 m
Y Qualquer 20,00 m 30,00 m 35,00 m 45,00 m
Z
C, D, E, F, G-3, G-3, G-5, H, I 30,00 m 40,00 m 45,00 m 55,00 m
A, B, G-1, G-2, J 40,00 m 50,00 m 55,00 m 65,00 m
Fonte: ABNT (2001).
A distância deve ser medida do ponto mais remoto da área considerada até uma saída, considerando 
o percurso real mais crítico observado no projeto, e não uma distância imaginária em linha reta. 
Conceitualmente, a distância a percorrer pode ser acrescida em 50% quando o edifício é protegido por 
um sistema de chuveiros automáticos. Entretanto, esse valor pode variar de acordo com a norma ou 
regulamentação vigente.
A NR 23 determina que entre as saídas e quaisquer locais de trabalho não se tenha uma distância 
superior a 15 metros a percorrer em áreas de maior risco, e 30 metros em risco médio ou pequeno.
4.1.2.9 Proteção das rotas de fuga
As rotas de fuga que dão acesso a uma saída devem apresentar proteção contra os efeitos do incêndio 
condizente com o risco de uso e da ocupação do local, representadas por medidas de proteção ativa e passiva.
4.1.2.10 Proteção passiva associada às saídas de emergência
As medidas de proteção passivas controláveis em projeto se encontram basicamente nos aspectos 
do sistema construtivo e de acabamento da edificação, podendo ser constituídas, essencialmente, pela 
58
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
compartimentação e pelo controle dos materiais utilizados no acabamento de interiores e no isolamento 
termoacústico dos ambientes. 
Conceitualmente, tais medidas são destinadas à diminuição da probabilidade de ocorrência de um 
início de incêndio, ao impedimento do seu rápido desenvolvimento por meio do controle dos tipos de 
materiais encontrados (reação ao fogo) e por meio de barreiras à expansão da fumaça, do calor e das 
chamas nos ambientes e nas rotas de fuga protegidas (resistência ao fogo/compartimentação). 
O cumprimento de algumas dessas medidas é exigido por normas e regulamentações, ainda que de 
modo insuficiente no país.
O COB exige que as rotas de fuga protegidas (espaços de circulação protegidos) verticais e horizontais 
sejam constituídas de paredes com resistência ao fogo de 120 minutos e portas corta-fogo P-60. Dispõe, 
ainda, que os materiais de revestimento de paredes e pisos tenham a seguinte classificação:
Tabela 7 – Aplicação das classes de materiais de revestimento
Uso
Espaços de circulação protegidos
Saída Acesso das saídas Outros espaços
Educacional AI ou II A ou B*I ou II** A, B ou C
Tratamento de saúde A
I
A
I
A
Residencial A
I
A ou B
I ou II
A, B ou C
Locais de reunião A A ou B A, B ou C
Comércio de serviços A ou B A ou B A, B ou C
Indústria e depósito A ou B A, B ou C A, B ou C
*A, B, ou C: classes de materiais para revestimento de paredes (segundo NBR 9442)
**I ou II: classes de materiais para revestimento de piso (segundo NBR 8660)
Fonte: ABNT (2013).
Por sua vez, a norma brasileira NBR 9077 determina que somente as escadas protegidas sejam 
constituídas de material incombustível com resistência mínima ao fogo (120 minutos, com escada 
enclausurada protegida) e resistência máxima (480 minutos, com escada enclausurada à prova de 
fumaça), portas p-30 e patamares revestidos com material Classe A (NBR 9442).
4.1.2.11 Proteção ativa associada às saídas de emergência
As medidas de proteção ativa são igualmente importantes para a garantia de segurança dos ocupantes 
das edificações em situações de incêndio, exercendo papel fundamental sob diferentes aspectos, como: 
rápida detecção e aviso (sistemas de detecção e alarme de incêndio), orientação visual (sistema de 
iluminação de emergência) e sonora (sistema de comunicação de emergência) e contenção do incêndio 
e de seus efeitos (sistemas de extinção de incêndio e de controle de fumaça).
59
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
4.2 Escadas de incêndio
A denominação dada aos vários tipos de escada difere de acordo com as normas e regulamentações 
que definem seu uso. Nesta obra adotamos a terminologia utilizada pela NBR 9077, que pode, 
eventualmente, ser discutida e comparada com os termos do COB (seção 12.8 – Disposição de Escadas 
e Saídas – Anexo B e Anexo C).
Além das escadas apresentadas a seguir, a referida norma brasileira também regula escadas com 
lancescurvos e lances mistos para a saída de emergência, ainda que de modo restrito, isto é, admitidos 
somente em alguns tipos de ocupação e proibidos para escadas à prova de fumaça. Tais tipos de escada 
não são admitidos no COB como saída de emergência de edificações novas, podendo ser, eventualmente, 
aceitos em edifícios existentes, anteriores a 1975. 
A utilização de escadas com lances curvos ou mistos não são desejáveis. Podem causar muitos 
problemas no fluxo de saídas dos ocupantes dos edifícios, pois a diminuição e/ou variação nos lances 
causam uma desaceleração no fluxo, que pode ter como consequência maior acidentes como quedas e 
atropelamentos.
4.2.1 Escadas abertas (comuns ou não enclausuradas)
Também denominada escada comum, faz parte da rota de fuga e se comunica diretamente 
com os demais ambientes de circulação horizontal, ou seja, não é isolada por paredes resistentes 
ao fogo ou portas corta-fogo. Entretanto, deve ser constituída de elementos estruturais com 
resistência ao fogo de 120 minutos, no mínimo. Em geral, são admitidas somente em edificações 
de pequeno porte (até 9 ou 12 metros de altura), locais onde a evacuação pode ser garantida 
antes do comprometimento das escadas pelos efeitos do incêndio, devido ao pequeno número de 
ocupantes (até 100 pessoas).
4.2.2 Escadas enclausuradas protegidas
Este tipo de escada é constituído de paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. Apresenta 
aberturas para ventilação e iluminação voltadas diretamente para o exterior em todos os pavimentos e 
no topo da escada. Em geral, encontram-se em edifícios de pequeno porte (até 12 metros), com exceção 
dos apartamentos residenciais, onde se pode encontrar esse tipo de escada em construções de porte 
médio – até 27 metros (COB) ou 30 metros (NBR 9077) de altura.
60
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Paredes 
resistentes ao 
fogo (RF>120)
Paredes 
resistentes ao 
fogo (RF>120)
Porta corta-fogo 
(P90)
Figura 7 – Exemplo de escada enclausurada protegida
4.2.3 Escadas enclausuradas à prova de fumaça
Esta escada consiste de uma escada enclausurada protegida, precedida de antecâmara enclausurada 
com ventilação natural, balcão ou terraço, cuja função é a dispersão do calor e da fumaça do incêndio 
que venha a se infiltrar no ambiente, impedindo sua penetração na escada. 
Segundo a norma NBR 9077, a antecâmara enclausurada deve apresentar um sistema de 
exaustão natural por dois dutos (um com tomada de ar na base e outro com saída no topo), 
servindo todos os pavimentos.
Quando a escada é denominada escada protegida com antecâmara, o COB exige a ventilação 
natural da antecâmara por aberturas diretas para o exterior ou por um duto apenas, com tomada 
de ar na sua base.
O sistema de escadas com antecâmaras com dutos de ventilação natural sofre muita influência 
das condições meteorológicas, do efeito chaminé e do próprio calor gerado em uma situação de 
incêndio, que podem rapidamente comprometer seu desempenho, prejudicando o uso da escada 
para o abandono do edifício e para as ações para combate ao fogo. Quanto mais alto for o 
sistema, mais vulnerável se torna.
Portanto, o sistema de escadas à prova de fumaça mais recomendado é aquele com a 
antecâmara em forma de balcão ou terraço, em que se garante uma ventilação considerável por 
meio do contato direto com o exterior. Contudo, esse tipo de situação é raro por duas razões 
básicas: a primeira é a dificuldade de se projetar escadas com antecâmaras voltadas para o 
exterior ocupando grande área nas fachadas e a segunda é a dificuldade de circulação por esse 
tipo de antecâmara no dia a dia.
Se não for bem planejado, o balcão ou terraço pode prejudicar na maximização do uso da fachada 
do edifício, pois, além de tudo, não devem existir outras grandes aberturas próximas, pelas quais 
61
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
podem se transmitir os efeitos do incêndio. Em alguns casos, ainda, o uso e a manutenção do balcão 
para circulação cotidiana podem ser comprometidos pelas condições climáticas, principalmente nos 
pavimentos mais altos.
L 
> 
1,
5 
d
Ve
st
íb
ul
o
Paredes resistentes
ao fogo (RF > 120)
Porta corta-fogo 
(P90)
Abertura direta para o exterior com 
área > 50% da superfície de L
d
>d
Figura 8 – Escada com vestíbulo do tipo terraço ou balcão
L 
> 
1,
5 
d
A 
> 
0,
7 
m
2
An
te
câ
m
ar
a
Paredes resistentes
ao fogo (RF > 120)
Porta corta-fogo 
(P90)
Porta corta-fogo 
(P90)
Duto:
Abertura para o duto > 0,7 m2, rente 
ao teto
Seção do duto > 0,03m x h
total do duto (m2) + círculoØ > 0,7m
>d
0,7 m
Figura 9 – Escada com antecâmara provida de um duto de saída de fumaça
62
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Duto de 
ventilação: 
entrada e saída
L 
> 
1,
5 
d
An
te
câ
m
ar
a
Paredes resistentes
ao fogo (RF 120)
Porta corta-fogo 
(P90)
Porta corta-fogo 
(P90)
>d
Figura 10 – Escada com antecâmara provida de dois dutos de ventilação
Esse tipo de escada é exigido para a maioria dos edifícios com mais de 12 metros de altura, exceto 
nos prédios residenciais, onde se admitem alturas mais elevadas.
4.2.4 Escadas à prova de fumaça pressurizada
A escada pressurizada, segundo a NBR 9077, deve ser projetada de acordo com as determinações da 
norma BS 5588: Parte 4. No entanto, existe a NBR 14880, que dispõe sobre Saídas de emergência em 
edifícios: Escada de segurança – Controle de fumaça por pressurização. Está em vigor desde 2002.
As normas brasileiras citadas já determinam alguns parâmetros para o projeto de escadas 
pressurizadas, reduzindo as opções aos projetistas dadas na norma inglesa.
Os parâmetros definidos na norma brasileira são os seguintes:
• as antecâmaras são dispensadas na maioria dos casos;
• recomenda-se adotar o sistema de pressurização de dois estágios;
• deve-se garantir o funcionamento do sistema por fonte de alimentação alternativa por, pelo 
menos, 4 horas.
Sistemas de pressurização devem ser adequadamente projetados para cada tipo de edifício e 
fielmente executados (inclusive a construção da caixa de escadas e a instalação de portas corta-fogo), 
de tal modo que seu funcionamento seja efetivo. Além disso, é essencial a prática de um sistema de 
manutenção preventiva e corretiva para que apresente desempenho satisfatório quanto requerido, 
conforme a NBR 14480.
63
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
4.2.5 Escadas externas
A NBR 9077 não regula as escadas externas, mas estas são admitidas no COE nas seguintes condições:
• seja limitada a altura máxima de 27 metros, sem obrigatoriedade de comunicação por antecâmara;
• tenha aberturas para ventilação natural correspondente a pelo menos 50% do seu perímetro;
• que as faces abertas fiquem distanciadas de qualquer outra abertura na mesma edificação em, 
pelo menos, 5 metros.
Esse tipo de escada foi muito utilizado na adaptação às condições de segurança de edifícios 
construídos antes de 1975, ano do surgimento do primeiro código de obras que regulamentava as 
medidas de segurança contra incêndio no município de São Paulo. No entanto, são aceitas no COE como 
rota de fuga vertical também em edifícios novos.
Porta corta-fogo
(P90)
> 5 m
> 5 m
> 3 m Limite do lote
Edificação 
vizinha no 
mesmo lote
Faces abertas
Figura 11 – Exemplo de escadaexterna
4.3 Sinalização de emergência
A sinalização de segurança contra incêndio propicia informações aos ocupantes do edifício, com o 
intuito de restringir o risco de ocorrência de incêndios e indicar ações apropriadas a serem adotadas 
em caso de incêndio. As recomendações e os conceitos aqui apresentados fazem parte da norma NBR 
13.434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.
4.3.1 Funções da sinalização
A sinalização de segurança contra incêndio possui duas funções básicas distintas: uma busca reduzir 
o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos potenciais; e a outra, considerando que o 
incêndio tenha ocorrido, visa garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco.
64
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
4.3.1.1 Sinalização básica
Este tipo de sinalização deve ser dividido em quatro categorias, de acordo com sua função:
• sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou 
ao seu agravamento;
• sinalização de alerta, cuja função é destacar áreas e materiais com potencial de risco;
• sinalização de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de fuga e as ações necessárias 
ao seu acesso;
• sinalização de equipamentos de combate a incêndio, cuja função é indicar a localização de 
materiais disponíveis para proteção contra incêndios.
4.3.1.2 Sinalização complementar
A sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregada 
nas seguintes condições:
• indicação continuada das rotas de saída;
• indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída, como pilares, arestas de paredes, 
vigas etc.;
• específicas mensagens escritas que acompanham a sinalização básica, sempre que houver 
necessidade da complementação da mensagem dada pelo símbolo.
4.3.2 Aplicação da sinalização nas edificações
Os diversos tipos de sinalização de segurança contra incêndio devem ser instalados em função 
das características específicas de uso e dos riscos, bem como em função das necessidades básicas 
para a garantia da segurança contra incêndio nas edificações. Os procedimentos de projeto e 
instalação são definidos pela NBR 13434-1: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico: 
Princípios de projeto.
Estudaremos a seguir como as sinalizações de emergência devem ser empregadas nas edificações, de 
acordo com o tipo de sinalização.
4.3.2.1 Sinalização básica
De acordo com a norma brasileira NBR 13431-1, as sinalizações de orientação e salvamento, 
assim como a de equipamentos de combate e alarme, devem apresentar efeito fotoluminescente 
comprovado.
65
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Todos os tipos de sinalização devem ser instalados em local visível, em dimensões e cores adequadas 
para sua leitura a distância, conforme critérios definidos na NBR 13434-2: Sinalização de segurança 
contra incêndio e pânico: Símbolos e suas formas, dimensões e cores. A tabela a seguir apresenta um 
resumo das exigências de instalação da sinalização básica.
Tabela 8 – Resumo das exigências de instalação das sinalizações básicas
Tipo Altura Localização Distanciamento entre sinalizações
Proibição > 1,80 m do piso acabado à base inferior da sinalização
+ de um ponto ao longo do 
perímetro da área de risco < 15 m 
Alerta > 1,80 m do piso à base inferior da sinalização
próximo ao risco isolado (1 
sinalização) ou ao longo da 
área de risco generalizado (+ 1 
sinalização)
< 15 m
Orientação e 
salvamento
> 1,80 m do piso (geral);
< 10 cm acima da verga da porta 
(saída) ou na porta, centralizada 
a > 1,80 m do piso acabado.
ao longo da rotas de fuga (+ 1 
sinalização) < 15 m
Equipamentos de 
combate > 1,80 m do piso acabado.
Fonte: ABNT (2014).
4.3.2.2 Sinalização complementar
As mensagens específicas que acompanham a sinalização básica devem se situar imediatamente 
adjacente à sinalização que complementa, devendo estar no idioma português. Caso exista a 
necessidade de se utilizar um segundo idioma, este nunca deve substituir o idioma original, mas ser 
incluso adicionalmente.
A sinalização de indicação continuada das rotas de fuga deve ser implantada sobre o piso acabado 
ou sobre as paredes das rotas de saída. O espaçamento da instalação deve ser de no máximo 3,0 m entre 
cada sinalização e a cada mudança de sentido. Já a sinalização de indicação de obstáculos ou de riscos 
na circulação das rotas de saída deve ser implantada toda vez que houver desnível de piso, rebaixo de 
teto ou outras saliências resultantes de elementos construtivos ou equipamentos que reduzam a largura 
das rotas ou impeçam o seu uso.
4.3.3 Fabricação e materiais empregados na sinalização de emergência
A sinalização pode ser confeccionada em placas, chapas ou películas a serem afixadas 
posteriormente nos locais ou pode ser pintada diretamente sobre a superfície da área a ser sinalizada. 
Assim, o material que compõe pode ser rígido ou flexível, desde que atenda às exigências da norma 
quanto à resistência mecânica, uniformidade de superfície, resistência à lavagem e resistência 
à luz, conforme NBR 13434-3: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico: Requisitos e 
métodos de ensaio.
66
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
A seguir apresentam-se alguns exemplos da sinalização básica:
Quadro 3 – Sinalização de proibição
Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação
1 Proibido fumar
Símbolo: circular
Fundo: branca
Pictograma: preta
Faixa circular e barra 
diametral: vermelha
Todo local onde o fumo 
possa aumentar o risco de 
incêndio
Quadro 4 – Sinalização de alerta
Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação
6 Cuidado, risco de incêndio
Símbolo: triangular
Fundo: amarela
Pictograma: preta
Faixa triangular: preta
Próximo a materiais 
ou áreas com presença 
de produtos altamente 
inflamáveis
Quadro 5 – Sinalização de orientação e salvamento
Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação
12
Saída de emergência
Símbolo: retangular
Fundo: verde
Pictograma: 
fotoluminescente 
Indicação do sentido (esquerda 
ou direita) de uma saída de 
emergência, especialmente 
para ser fixado em colunas
Dimensões mínimas: 
L = 1,5 H
13
Saída de emergência
Símbolo: retangular
Fundo: verde
Pictograma: 
fotoluminescente 
Indicação do sentido (esquerda 
ou direita) de uma saída de 
emergência
Dimensões mínimas: 
L = 2,0 H
14
Saída de emergência
Símbolo: retangular
Fundo: verde
Pictograma: 
fotoluminescente 
Indicação de uma saída de 
emergência a ser afixada 
acima da porta, para indicar 
o seu acesso
67
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
4.4 Controle do movimento da fumaça
Incêndios de qualquer natureza podem produzir fumaça. Caso ela não for devidamente controlada, 
pode-se espalhar rapidamente pelo interior do edifício, colocando em risco a vida humana e 
comprometendo os bens materiais. Um sistema de controle de fumaça deve ser projetado essencialmente 
para impedir que seu fluxo, quando em situação de incêndio, esteja na direção das rotas de fuga e das 
áreas de refúgio, possibilitando a evacuação segura dos ocupantes da edificação.
O sistema de controle de fumaça deve se manter operante durante todo o período de evacuação 
das áreas protegidas. Deve ser projetado para ocupações e arquiteturasespecíficas. Adicionalmente, o 
projeto desse sistema deve ser compatibilizado com todos os demais sistemas de segurança do edifício, 
e não apenas com os de segurança contra incêndio. É importante que abranjam, principalmente, os de 
segurança patrimonial, para que possa complementá-los.
Assim, os objetivos dos sistemas de controle de movimentação de fumaça são:
• garantir aos ambientes condições aceitáveis para a realização da evacuação segura durante o 
período necessário para essa operação;
• controlar e reduzir o deslocamento da fumaça do incêndio;
• oferecer condições para que os bombeiros possam atuar nas operações de localização e salvamento 
de pessoas assim como de combate ao incêndio;
• contribuir para a proteção das perdas patrimoniais.
4.4.1 Princípios básicos
Normalmente, a fumaça segue o fluxo de movimentação do ar no interior da edificação. O incêndio, 
mesmo quando compartimentado em ambiente resistente ao fogo no interior de um prédio, a fumaça 
gerada pode se propagar rapidamente para áreas adjacentes através de aberturas como vãos, shafts, 
dutos e portas abertas. 
Os principais fatores que permitem a propagação da fumaça para os outros compartimentos que 
não de origem do incêndio são:
• efeito chaminé, em função da diferença entre temperatura interna, antes e durante o incêndio, e 
a temperatura externa;
• condições meteorológicas, particularmente ventos;
• sistemas mecânicos de ventilação e ar-condicionado.
Os fatores indicados causam diferenças de pressão entre ambientes que podem propiciar a 
propagação da fumaça. O movimento da fumaça pode ser controlado por meio da alteração dessas 
68
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
diferenças de pressão. Componentes e elementos construtivos como paredes, pisos, portas, registros 
corta-fogo (popularmente conhecidos como dampers) e escadas a prova de fumaça podem ser utilizados 
em conjunto com sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado para auxiliar no controle do 
movimento da fumaça. 
Um projeto arquitetônico que considere esses aspectos, associado a uma execução adequada das 
medidas na edificação, é essencial para o controle do movimento da fumaça.
Figura 12 – Aberturas em piso sem e com proteção por selagem corta-fogo para contenção da fumaça
Tubulação de 
aço 10 cm (4”)
Tubulação de aço 
20 cm (8”)
Tubulação de cobre 7,5 cm (3”)
Mastic corta-fogo
Laje de 
concreto
Manta cêramica
Figura 13 – Exemplo de selagem corta-fogo de shaft de tubulação
69
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
O primeiro princípio é conhecido como ventilação e exaustão natural, o segundo, como pressurização. 
Este último estabelece uma maior pressão nos espaços adjacentes às zonas ocupadas pela fumaça, 
fazendo que esta não se espalhe para ambientes indesejáveis: as rotas de fuga e áreas de refúgio.
O terceiro princípio, o controle por meio do fluxo de ar, pode ser utilizado para impedir o movimento 
da fumaça de um espaço para outro. Este princípio é muito utilizado no controle do movimento com 
as portas abertas. O fluxo de ar que passa através de uma abertura para uma área comprometida pela 
fumaça pode ter uma velocidade tal, que não permita que a fumaça deixe o local e se espalhe para 
outros ambientes, através das próprias aberturas. Como a quantidade de ar necessária para esse controle 
é grande, o fluxo de ar não é o método mais prático de controle de movimento de fumaça.
4.4.2 Parâmetros de projeto
Os critérios para projeto devem estar contemplados nos códigos e nas regulamentações de segurança 
contra incêndio e nas normas a que estes fazem referência. 
No entanto, também deve haver um estudo cuidadoso para determinar se o resultado é um sistema 
realmente efetivo. Se necessário, o projeto deve procurar soluções alternativas, equivalências ou alterações 
aos códigos e regulamentações. Isso inclui um melhor entendimento com órgãos regulamentadores 
sobre o desempenho desejado para o sistema e os procedimentos dos testes de aceitação.
Atualmente, o controle de movimento de fumaça é exigido, principalmente nas escadas de segurança, 
pelas normas brasileiras NBR 9077 e NBR 14880. O controle de movimentação de fumaça, para outros 
ambientes diferentes da escada de segurança, foi contemplado no Decreto Estadual no. 56.819/2011 e 
na Instrução Técnica 15: Controle de Fumaça, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, com sua 
exigência e aplicabilidade no âmbito do Estado de São Paulo. 
4.4.3 Sistemas naturais de controle de movimento de fumaça
Os sistemas naturais de controle de fumaça são compostos, basicamente, por duas medidas 
construtivas combinadas: aberturas para exaustão natural da fumaça e barreiras para contenção de sua 
propagação.
As aberturas para exaustão natural da fumaça devem estar localizadas próximas à região onde a 
fumaça tende a se acumular, portanto, rente ao teto. O tipo de abertura deve ser determinado de acordo 
com as características das áreas a serem protegidas pelo sistema e do próprio edifício como um todo. 
Um exemplo disso são os edifícios de área extensa, mas com pouca compartimentação (essencialmente 
de caráter industrial); como os pisos contínuos são necessários para operacionalização das atividades e 
dos processos, devem apresentar aberturas contínuas ou individuais para exaustão de fumaça em toda 
sua área, que são, normalmente, aberturas no teto ou na lateral (aberturas zenitais), como pode ser visto 
nas figuras a seguir.
70
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
Unidade II
Selo de neoprene
Tampo metálico
Isolamento térmico
Fusível térmico
Acionador manual
Figura 14 – Abertura para exaustão natural zenital
Forro 
incombustível
Painel sólido ou vidro 
temperado em posição 
aberta
Acionador 
da abertura
Figura 15 – Abertura para exaustão natural lateral
Tais aberturas para exaustão são necessárias para garantir a acessibilidade de equipes de 
combate ao local de origem do incêndio, assim como para evitar a rápida expansão da fumaça 
por toda a área. Associadas a essas aberturas, é importante a presença de barreiras para contenção 
da expansão horizontal da fumaça, também conhecidas como abas verticais, mostradas na figura 
a seguir.
71
GS
T 
- 
Re
vi
sã
o:
 V
ito
r -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
6/
03
/2
01
5
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Aba de contenção
Figura 16 – Edificação com e sem aberturas zenitais e abas para controle da fumaça
Tais abas devem ser constituídas de material incombustível e com propriedades térmicas para manter 
sua função de barreira pelo menos até que se garanta a evacuação segura dos ocupantes da área em 
questão. Esse sistema é apresentado com detalhes na norma NFPA 204 M, que é um guia para projeto 
de sistemas de exaustão de emergência da fumaça do incêndio em edifícios de um só pavimento, tendo 
propostas para situações com ou sem instalação de sistema de chuveiros automáticos. Também pode ser 
aplicado para o último pavimento de edifícios com mais de um pavimento. 
Normalmente, as aberturas para exaustão podem ter dois tipos de operação, ou seja, abertos 
mecanicamente ou pelo efeito da gravidade.
Todos os sistemas devem ser assistidos por manutenção periódica de caráter preventivo e corretivo, 
que garantem o seu funcionamento em caso de incêndio.
As aberturas para exaustão acionadas mecanicamente (por meio de alavancas ou sistemas 
pneumáticos) são normalmente providas de dispositivos de acionamento manual que permitem inspeção