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16/06/2022 17:06 Fundamentos do Design
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FUNDAMENTOS	DO	DESIGN
CAPI�TULO 2 - COMO O DESIGN	SURGIU E
EVOLUIU?
Nadja Maria Mourão
16/06/2022 17:06 Fundamentos do Design
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Introdução
O design, em conceito simpli�icado, refere-se à elaboração e desenvolvimento de um projeto capaz de atender
às necessidades do usuário, em domı́nio fı́sico, sensorial e múltiplo. “No senso comum, o termo design	está
fortemente associado às atividades estético-formais. Isso ocorreu em diversos paı́ses, mas assumiu
conotações peculiares no Brasil” (BONSIEPE, 2011, p. 13). Ou seja, conforme o paı́s e a ocasião, o design
adquiriu aspectos de função, forma, estética e, principalmente, usabilidade, que lhe condicionou
interpretações variadas.
O design nobre e elegante foi associado aos atributos de extravagante, efêmero, emotivo, social, de serviços,
entre outros. Dessa forma, procura-se conhecer como o design surgiu? Como é a sua história? O que é design
hoje e para o futuro?
Nesse capı́tulo será apresentado um estudo resumido sobre fatores que conduziram ao surgimento do design,
especi�icamente o pré-design e seu vı́nculo com a arte. Veremos o design como atividade independente, seu
contexto a partir dos sistemas de produção em diferentes épocas e um sucinto estudo do design no Brasil.
Você também irá conhecer exemplos do design contemporâneo e quais as referências atuais. Para �inalizar,
visualiza-se o design de hoje e para o amanhã.
Interessante, não é? Vamos estudar a partir de agora, acompanhe!
2.1 O Design antes do Design
Muito antes da existência do termo design, suas atribuições eram empregadas conforme as necessidades para
o desenvolvimento de produtos. O propósito de elaborar uma técnica para atender a uma �inalidade fez do ser
humano um criador de objetos.
Leroi-Gourhan (1993) relata que a técnica, nesse contexto, se refere a um conceito abstrato voltado a entender
os resultados da ação do ser humano sobre a natureza ao seu redor, especi�icamente sobre a matéria. Essa
ação teria um caráter previsı́vel e retilı́neo, simplesmente para atender a um desı́gnio.
Considerando os trabalhos egı́pcios e de outros povos da antiguidade, pode-se dizer que os primeiros traços
do design estão contidos nas pirâmides, na simbologia das pinturas, nos adornos reais, nos objetos em ouro,
entre outros. A fundição de metais para produção de adornos e joias, por exemplo, pode ser uma das origens
que envolvem o desenvolvimento do design, segundo Bürdek (2010).
Na imagem a seguir, observam-se os registros da escrita egı́pcia. Nota-se o uso de sı́mbolos e da forma
humana como recurso de comunicação e de expressão dos desejos daquela civilização. 
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Assim, a criação dos objetos, o desenvolvimento da agricultura e a construção de moradias, são resultantes da
evolução humana. Atribuı́-se aos primórdios do design os procedimentos que atendem, além da função, aos
anseios de estética e forma, elementos estruturais da concepção do design.
Alguns teóricos consideram o surgimento do design desde os tempos antigos. Bürdek (2010) diz que foram
encontrados registros do artista, engenheiro e construtor Vitruvius (80 a 10 a.C), com a denominação de “Dez
livros sobre a arte da construção”. No entanto, segundo Bom�im (2002, p. 7) “o termo design teria surgido na
Inglaterra como tradução da palavra italiana disegno, no século XVII. Mas, foi a Revolução Industrial, a criação
das Schools	of	Design e o progresso que abriram caminhos para o design no mundo. 
Figura 1 - Os Egı́pcios deixaram um legado de registros em escrita, pinturas, esculturas e objetos,
enriquecidos com sı́mbolos e signos para o futuro da humanidade.
Fonte: In Green, Shutterstock, 2019.
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2.1.1 O Pré-Design
Considera-se o pré-design como a intenção de atender a um determinado propósito a partir de técnicas e
métodos que resultem no desenvolvimento de um projeto. Clique na interação a seguir para saber mais. 
Pode-se observar na imagem a seguir o detalhe do pequeno banquinho aos pés da dama e seus adornos, que o
con�igura como um objeto utilitário, confortável e estético. 
Ou seja, “uma sempre maior e�icácia técnica não seria alcançada apenas a partir de lógicas de
produção, mas a partir principalmente de necessidades e modalidades de uso dos elementos
almejados” (MURA, 2011, p. 119).
Cada objeto era confeccionado individualmente pelas mãos hábeis de artesãos, que muitas vezes,
passava as técnicas e seus conhecimentos aos seus �ilhos, que também se tornavam artesãos.
Assim, os objetos de adornos, utensı́lios, construções entre outros, seguiram os séculos
re�letindo a cultura dos homens que os produziam. 
Para compreender melhor os caminhos percorridos para a concepção do design, aconselha-se
retornar ao perı́odo medieval. Objetos e utensı́lios, dotados de elevado valor artı́stico e
qualidades produtivas, serviam para atender as exigências da corte, do clero e dos ricos
comerciantes. Os artefatos eram desenvolvidos em laboratórios artesanais, com número limitado
de produção, segundo Moraes (1999).
A valorização dos objetos adornados, em tempos passados, ocorre tal qual a valorização das
artes. Assim, não faltaram elementos que envolviam as artes aos ofı́cios de criadores e
inventores, apesar da distinção de ambos, nos processos precursores do design. 
Historicamente, o trabalho de confeccionar rendas, feito pelas mãos das mulheres árabes se
tornaram sı́mbolo de luxo e foram exportadas para Portugal e Europa no perı́odo das cruzadas. A
renda passou a ser produzida especialmente para “enfeitar os parlamentos, a vestimenta dos
o�iciais e os altares da Igreja Romana” (GOMES; ARAU� JO, 2013, p. 1).
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As etapas evolutivas da produção dos objetos possibilitaram o surgimento do design, inclusive como área de
atuação pro�issional para aqueles que criavam produtos diferenciados. 
Figura 2 - Imagem de uma dama da nobreza, sentada com os pés sobre um banquinho, revestido em tecido e
adornado com �itas rendadas.
Fonte: lynea, Shutterstock,2019.
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2.1.2 A arte e o design
Para entender as origens do design é preciso compreender as relações com as artes. Segundo Fischer (1983, p.
21), arte é a “prática de uma ideia aplicada pelo ser humano”, por meio da matéria. Dessa forma, na história da
humanidade a arte se faz presente nos elementos da religiosidade, costumes, tradições, estabelecendo
vı́nculos com o território.
A beleza é um dos atributos concedido à arte para a contemplação. No entanto, os gregos e os romanos do
século 44 a.C - 17 a.C, não separavam os princı́pios entre a arte e a técnica. Eles estabeleceram uma estreita
relação com as artes, valorizando o ofı́cio (pela funcionalidade) e a estética (pela técnica empregada para a
beleza). “As obras de arte, como outros produtos da indústria humana, eram apreciadas pelo nı́vel de trabalho
que revelavam” (OSBORNE, 1970, p. 32). Assim, seus mitos e fatos do cotidiano foram relatados por meio das
imagens produzidas nos vasos, nas construções e nos templos.
Na Europa, durante o século XIII, nasceu o movimento renascentista,evocando a tridimensionalidade que dá
prestı́gio e reconhecimento aos artistas, escultores e pintores. Nesse contexto, destaca-se Leonardo da Vinci,
que em paralelo a criação de suas pinturas e esculturas, desenvolveu estudos cientı́�icos de anatomia, ótica e
mecânica. Ele é considerado o precursor do conhecimento de máquinas, pela edição do Manual de Elementos
de Máquinas. “Como os artefatos práticos, máquinas e mecanismos têm mais um signi�icado técnico do que
uma orientação de conformação abrangida pelo termo Design” (BU� RDEK, 2010, p. 13). O autor complementa
que o modelo, como representação técnica, in�luenciou o surgimento do design: o designer como
criador/inventor.
Aliás, no século XVII, Giorgio Vasari – arquiteto, pintor e autor de textos sobre a arte –, foi um dos primeiros a
defender a arte por seus aspectos únicos como “obra de arte”. Havia uma diferença entre os termos de “disegno
interno e externo” como conceitos do esboço para a obra plástica. Vasari tratou a tradução de “disegno” mais
VOCÊ O CONHECE?
Leonardo di Ser Piero da Vinci (1452 – 1519) foi um cientista, matemático,
engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico,
durante o Renascimento na Itália. Seus cadernos formam um imenso laboratório de
pensamento. “São desenhos, ilustrações, estudos e notas que Leonardo escreve entre
os anos 1478 - 1518. Trata-se de um conjunto de muitas páginas manuscritas, mais de
5000, de difıćil leitura, pois Leonardo é canhoto e escreve do lado direito da página
para o lado esquerdo” (FONSECA, 1997, p.4)
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do que um simples desenho ou esboço, mais com a representação das três artes: pintura, plástica e arquitetura
(BU� RDEK, 2010, p. 13).
2.2 O design como atividade independente
Os primeiros registros do design como elemento histórico da vida humana, no perı́odo modernista,
condicionam determinadas normas e algumas restrições sobre o que poderia ser chamado de design ou não.
Na verdade, mais do que uma intercessão, há uma mistura do design com a arquitetura e a engenharia,
conforme Cardoso (2008).
Os designers, em sua formação e ocupação, adquirem e usam conhecimentos assumidos para resolução das
“necessidades” dos usuários. Essa a�irmação simplesmente quer dizer que “os designers, parcialmente
reproduzem a materialidade e os valores da cultura da qual eles são um produto, assumindo-a, incluindo suas
con�igurações de necessidade, como fundamento para a ação do design” (FRY, 2005, p. 63).
O design hoje está em tudo, envolve cada momento da vida urbana em todos os sentidos. A seguir, vamos
entender como o design surgiu e se desenvolveu, conhecendo um pouco da sua história.
2.2.1 Breve história do Design no mundo
Segundo Cardoso (2008), falar sobre a história dos artefatos em produção em grande escala é também a
história do design, pela revolução técnica que mudou signi�icativamente a produção em massa de
mercadorias, gerando o aumento do consumo.
A seguir, iremos recordar algumas partes da história mundial que se relacionam diretamente à história do
design.
 
Primeira Etapa da Revolução Industrial (1760 – 1860) 
Inicia-se um resumido relato a partir da revolução industrial, que constituiu em um conjunto de mudanças
tecnológicas com profundo impacto nos processos de produção, na Inglaterra, em meados do século XVIII, de
acordo com Proni (1997), expandindo pelo mundo nos tempos seguintes.
Em1754, William Shipley	funda a Society	of	Arts (que se tornou a Royal	Society	of	Arts	– FRSA em 1908) com o
objetivo de unir e desenvolver a ciência, a arte, a manufatura e o comércio na Inglaterra. Em 1760 promoveu a
primeira exposição pública de arte. Mas, depois, seus esforços se concentraram no desenho industrial. No ano
de 1762, a FRSA já possuı́a 2500 membros. Pode-se dizer que a revitalização do trabalho manual abriu
caminhos para a produção de produtos do cotidiano mais estético, caracterı́stica do design de hoje.
Observa-se o ambiente de um fábrica e os processos de produção pelas máquinas, na �igura, diferente dos
processos de produção artesanal.
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A fotografia 
A fotogra�ia surgiu em 1826, resultado das primeiras experiências com imagens, por meio da ação da luz em
processo quı́mico em chapas (BENJAMIN, 2010). Contudo, não houve um impacto imediato. Somente com
novas tecnologias que o registro de imagens como comunicação visual tornou-se mais conhecido e barato.
 
As Grandes Exposições e inovações 
Cardoso (2008) relata que em 1851 foi inaugurada a “Grande Exposição dos Trabalhos de Indústria de Todas
as Nações” em Londres. As exposições de inovações modernas do mundo também in�luenciaram para a
codi�icação de normas e técnicas da sociedade, ao mesmo tempo em que ocorria uma conscientização do
novo mundo industrial. 
Um fato comum era a produção de peças especiais, exclusivamente para uma exposição. O objetivo era
mostrar a capacidade e qualidade técnica das indústrias. Os Estados Unidos e a Alemanha tiveram grandes
avanços em seus processos industriais, mas o consumo dos produtos semelhante aos da Inglaterra só
começaram no �inal do século XIX e no inı́cio do século XX, respectivamente. Pessoas do meio cultural e os
artistas do século XIX buscavam por um estilo que evidenciasse a efervescência do potencial criativo que a
modernidade transbordava na época. 
 
Segunda Etapa da Revolução Industrial (1860 – 1950) 
Figura 3 - Imagem do novo sistema de produção, em que as funções se fragmentam entre os operários,
possibilitando maior ı́ndice de produtos em menor tempo.
Fonte: Marzolino, Shutterstock, 2019.
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A indústria passou por um perı́odo de transformações entre as décadas de 1920 e 1940, intensi�icando o
trabalho de design. Os impressos, popularizados, demandaram intensa criatividade em produtos de
comunicação em massa, além da expansão do rádio e do cinema.
O Metropolitan	Museum	of	Art de Nova York foi um dos oito locais para as exposições itinerantes dedicadas às
artes decorativas e industriais modernas que ocorreram na década de 1920. Eles estimularam o interesse do
público e comercial em projetos inovadores em busca da so�isticação. As lojas de departamento de Nova York
exibiam peças do mobiliário interior de Jean Dunand e outros designers franceses.
 
Movimento Neoplasticismo
A publicação de manifesto “De Stijl”, em 1917, deu inı́cio ao neoplasticismo no design. O objetivo desse
movimento era reduzir e simpli�icar as formas, com traços retos e puros, cores primárias, valorizando o
abstrato. O preto e branco deram destaque a neoplástica (destaque para o pintor holandês Mondrian).
	
Art Nouveau e Art Déco 
O Art	 Nouveau surgiu em 1900, em Paris, com efeitos do Arts	 and	 Craft, re�letindo delicadamente as
contradições da era moderna, apresentando um estilo de�inido e bem caracterı́stico. O Art	 Nouveau se
apresenta com formas geométricas e angulares, linhas de contorno de�inidas, planos retos e delgados.
Produtos de vidro, estampas com arabescos ou formas como �lores, plantas e animais. Em alguns modelos, o
Art	Nouveau se confunde com o seu sucessor, o Art	Déco,	em 1925. Esse com produtos inspirados em asas de
aviões, proas de barcos, entre outros (LEMME, 1997). De qualquer forma, tanto em adornos quanto em
produtos utilitários, os estilos deixaram suas marcas. Alguns designers de destaque do Art	 Nouveau foram
Emilie Flögue (A� ustria), Emile Gallé (França), e o arquiteto espanhol Antoni Gaudı́.
 
Ensino do DesignVale ressaltar a união entre a arquitetura, as artes plásticas e desenho industrial que se fortaleceram pela
importância da escola de arte Bauhaus, criada em 1919, pela pelo arquiteto Walter Gropius, na cidade de
Weimar, na Alemanha. Em 1925, por discordar do governo alemão, a escola foi transferida para Dessau. A
Bauhaus foi perseguida pelos nazistas sete anos depois. Durante a guerra e no pós-guerra, a Europa vivia um
perı́odo de escassez e austeridade. A Bauhaus teve um papel fundamental no desenvolvimento do design,
proporcionando aos alunos um método de ensino totalmente diferente de qualquer outra escola. Os alunos
participavam de canteiros de obras, conheciam novos materiais, e ainda estudavam disciplinas técnicas da
engenharia. Dessa forma, se tornavam mestre da Bauhaus. Ficou conhecida no restante do mundo, onde se
fundaram escolas, com a participação de seus grandes mestres, gerando cursos inspirados na metodologia de
ensino (BUDEK, 2010). 
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Assista ao vı́deo abaixo e aprenda mais sobre a in�luência de alguns movimentos artı́sticos para o design.
Outras escolas com o mesmo princı́pio da Bauhaus surgiram após a segunda guerra mundial. Em 1954, foi
fundada a Schule Für Gestaltung, na cidade de Ulm, na Alemanha. Denominada Ulm, essa escola tinha como
propósito continuar o trabalho de sua antecessora. Em 1956, o professor, pintor, designer e teórico Tomas
Maldonado redirecionou os métodos de ensino da Ulm, levando à re�lexão de bases tecnológicas.
O império das grandes empresas multinacionais foi um dos mais signi�icativos fenômenos do pós-guerra.
Surge a determinação para uma polı́tica econômica internacionalizada entre nações parceiras, iniciada na
década de desenvolvida 1940, destinada à recuperação e expansão das indústrias, além das fronteiras.
Havia uma tendência para a criação de formas universais, ou seja, o Estilo Internacional, que foi adquirindo
forças aos poucos, principalmente no pós-guerra e expandindo em todo mundo, inclusive no Brasil.
 
Automóveis
Dentro do campo do design, destaca-se o automóvel como produto emblemático na história dos objetos,
evoluindo tanto como veı́culo de transporte como produto de consumo. O Fusca, ou melhor, beetle (besouro)
da Volkswagen, foi criado por Ferdinand Porsche e lançado o�icialmente em 1935, sob o comando de Hitler.
Era um veı́culo inovador por seu motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts, câmbio seco de quatro
marchas (até o momento os carros eram de três marchas). O design do fusca sofreu poucas mudanças por
toda década de 1950, só ocorreram inovações estéticas e mecânicas a partir de 1957, mas manteve a sua
identidade se tornando o veı́culo mais amado por todos (BRANDA� O, 2011). 
VOCÊ QUER LER?
O legado da Bauhaus ao ensino do design é bastante discutido. Tudo que a Bauhaus
evoluiu em processos do desenvolvimento do design tornou-se paradigma ao ensino do
design no século XX. No artigo “Bauhaus: métodos de ensino em Weimar, Dessau e
Berlim”, de Paschoarelli e Silva, os autores discorrem sobre os métodos de ensino nas
diversas fases da vigência da Bauhaus e sua in�luência nos dias atuais. Disponıv́el em:
<https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/6138/1/Bauhaus.pdf
(https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/6138/1/Bauhaus.pdf )>.
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https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/6138/1/Bauhaus.pdf
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Terceira Etapa da Revolução Industrial (1950 – atualidade) 
O valor artı́stico retorna aos novos produtos na década de 1970, a funcionalidade passa para o segundo plano. 
Stephan Wewerka é um dos designers representante dessa época. Suas cadeiras possuem formas marcantes,
com elementos kitch, sı́mbolo dessa mudança (Bürdek, 2010).
No �inal dos anos de 1980, o termo em inglês para denominar o que chamamos de design, passou a ser
amplamente usado. O uso do termo design seguiu uma lógica dominante em todo o mundo urbano, sendo
inicialmente utilizada na Europa e, posteriormente pelos paı́ses asiáticos.
De acordo com Bürdek (2010), na década de 1990 o design se apresenta pela diversidade estilı́stica, com
objetos que representam mais os designers e seus projetos individuais. A internet e os meios de comunicação
apresentam novos aspectos que mudam o comportamento humano. Os usos de novos materiais sintéticos
permitiram uma variedade de cores e efeitos. O plástico assume amplo uso de pequenos objetos aos grandes
equipamentos. O MDF oferece novos modelos aos móveis, ainda das formas angulosas e rı́gidas.
Há uma pluralidade dos segmentos do design no inı́cio dos anos 2000 (MOURA, 2015). Há denominações para
setores, antes uni�icados, para que possam ser mais bem compreendidos. Clique nos itens a seguir para
conhecê-los.
Figura 4 - Além de serem conservados por colecionadores, os fusca também são encontrados no trânsito
urbano em vários paı́ses.
Fonte: tratong, Shutterstock, 2019.
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Design industrial, design de produto.
Design visual, design grá�ico, design comunicação.
Design de ambientes ou de interiores.
Design de moda, design de joias.
Design de superfı́cie, design têxtil.
Design de informação, design de hipermı́dia, design digital, design de games, design d
animação.
Design sustentável e ecodesign.
Contudo, o design permanece nas bases conceituais dos procedimentos: a criação, o projeto e o
desenvolvimento de produto ou serviço. O design se expande em denominações in�luenciando e sendo
in�luenciado pela busca de respostas ao que foi proposto. São questões mais abrangentes levadas aos
pro�issionais do design, que incorporam “atitudes e desa�ios polı́ticos e sociais, deixando de lado a
fragmentação das áreas e subáreas divisórias em busca de um pensamento projetual mais amplo e
consistente” (MOURA, 2015, p. 71). 
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Finalizando essa etapa, busca-se uma retrospectiva dos fatos da revolução industrial que, por suas invenções
estão contidas na história do design. Veja no quadro o resumo dos perı́odos da Revolução Industrial. 
VOCÊ QUER VER?
A	Invenção	de	Hugo	Cabret, de Martin Scorsese. O �ilme, baseado no livro The	Invention
of	Hugo	Cabret, de Brian Selznick, narra a história de Hugo Cabret, uma criança que
vive escondida na estação de trem em Paris na década de 1930 após a morte de seu
pai. A única coisa que ele guarda de seu pai é um robô quebrado. O mais interessante
são as constantes referências ao inıćio do cinema, que coincide com a época da história.
Quadro 1 - Quadro sı́ntese da história da revolução industrial, dividida em três etapas.
Fonte: Elaborado pela autora, baseada em DUARTE, 1999.
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O design ganha destaque com as mudanças e com o fortalecimento das empresas e das indústrias em todo
mundo. Contudo, há uma di�iculdade de estabelecer a identidade nacional, seguindo os padrões
internacionais. Nesse aspecto a globalização afeta aos produtos que incorporam o conceito da marca,
independente da região que é concebido.
2.2.2 Design no Brasil a partir do Modernismo 
O modernismo tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922, e
considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira.O evento, organizado por um grupo de
intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência, declara o rompimento com o
tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artı́sticas anteriores: o parnasianismo, o
simbolismo e a arte acadêmica. Mas, para incorporação deste novo estilo, levaram-se alguns anos (COELHO,
1990).
De acordo com Landim (2010), no processo de industrialização, o modernismo contribuiu com a
simpli�icação das formas e funções, como no caso da indústria automotiva, pois havia uma necessidade de
quali�icar a mão de obra para atender ao desenvolvimento do setor.
A seguir, iremos apresentar o desenvolvimento do design por áreas.
 
Arquitetura
Houve uma grande expansão da arquitetura moderna brasileira a partir da década de 50, atendendo a clientes
públicos e privados. A casa construı́da pelo arquiteto Gregori Warchavchik, em São Paulo, no ano 1927, é
considerada a primeira casa modernista do Brasil. Mas foi o Edifı́cio do Ministério da Educação, construı́do
em 1936, no Rio de Janeiro, projeto do arquiteto Lúcio Costa, considerado o marco do Modernismo.
Deve-se registrar a construção do Museu de Arte de São Paulo, projeto de Lina Bo Bardi em 1957 e inaugurado
em 1968. Como também, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1954, projetado por Afonso Eduardo
Reidy (CARVALHO, 2005).
Oscar Niemayer (1907 -2012) foi um dos lı́deres modernistas na arquitetura e contribuiu efetivamente com
seus inúmeros projetos. Carvalho (2005) completa que, entre tantas obras, a cidade de Brası́lia foi um dos
grandes desa�ios. A capital brasileira foi construı́da na velocidade de um mandato do presidente Juscelino
Kubitschek de Oliveira (1956-1961) e Niemeyer planejou uma série de edifı́cios, para con�igurá-los em
poucos meses.
 
Mobiliário - Artistas e Designers
Com objetivo de atender à demanda por criações modernas das classes médias cultas que buscavam atualizar-
se, surgem as organizações de arquitetos e artistas em pequenos grupos.
Cardoso (2008) apresenta alguns exemplos que merecem destaque como: Joaquim Tenreiro; Estúdio Palma -
Lina Bo Bardi e G. Palanti; Móveis Z - Zanine Caldas; Forma; Unilabor; Oca - Sérgio Rodrigues; Mobı́lia
Contemporânea - Michel Arnoult; L’atelier - Jorge Zalszutin; Mobilı́nea - Ernesto Hauner.
A aproximação de desenho do móvel moderno com certos objetos da cultura brasileira e a não preocupação
com modismos, acentuam o espı́rito de brasilidade. O designer Sérgio Rodrigues foi premiado com a poltrona
Sheriff, durante a IV Bienal do Móvel, na cidade de Cantu - Itália, em 1961, conforme Cals (2000).
Os conceitos de móveis em série, modulados e mais acessı́veis, ganharam dimensões, segundo Cardoso
(2008). Clique nos itens a seguir para ver eventos de destaque do perı́odo. 
Geraldo de Barros, Zanine Caldas, Sergio Rodrigues, entre outros, projetam de acordo com
racionalização do processo produtivo, desde o inı́cio até a embalagem.
Machel Arnould é um dos grandes representantes desta forma de criação.
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José Carlos Bornancini teve fortes vı́nculos com o uso de novas tecnologias industriais.
José Carlos Bornancini, em parceria com Nelson Ivan Petzold, desenvolveu mais de duzent
produtos, para diversos segmentos da indústria: computadores, maquinário agrı́cola, móve
brinquedos, armas, interiores de elevadores e utensı́lios domésticos.
 
O desenvolvimento do Design Gráfico 
O inı́cio da década de 1970 foi um perı́odo ainda conturbado pelos problemas polı́ticos. A situação havia
mudado, e com o progresso desta atividade, os recursos grá�icos passaram a ser usados para atender aos
novos padrões de criação e propagandas de produtos diversi�icados.
A simbologia ganha espaço, sendo este, o momento de criação de diversas instituições �inanceiras e
industriais. Cardoso (2008) relata o surgimento do tropicalismo, um novo estilo de música na voz de Caetano
Veloso cuja capa do disco LP despertou muito interesse. São variados acontecimentos que ampliam as formas
de atuação para o designer grá�ico.
As contribuições de Aloı́sio Magalhães foram muito importantes como defensor do design. Ele foi sucesso na
Bienal de Veneza, desenvolveu várias marcas para instituições bancárias, industriais, datas comemorativas.
Criou o padrão monetário do cruzeiro, em 1967, e desenhou as notas do cruzeiro novo, em 1976. 
Assim, o design grá�ico no Brasil se destaca nos cartazes, marcas, na indústria fonográ�ica (com as capas de
discos de vinil), nos projetos editoriais (capas de livro, revistas e jornais), na televisão, propagandas, entre
outros (CARDOSO, 2008).
 
Início das instituições de Ensino do Design  
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VOCÊ SABIA?
Em 1998, o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou
um decreto instituindo o dia 5 de Novembro como o Dia Nacional do Design, data
de nascimento de Aloıśio Magalhães. O artigo “O design diferencial de Aloıśio
Magalhães” apresenta algumas de�inições sobre os conceitos de design e faz um
paralelo com a atuação do designer brasileiro Aloıśio Magalhães, considerado um
dos mais in�luentes designers do século 20 (NASCIMENTO, 2010).
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A primeira escola de ensino do design no Brasil foi a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), no Rio de
Janeiro. A constituição da escola ocorreu no perı́odo de transição de governos em 1960 e o golpe militar de
1964, o que afetou os métodos de ensino e a estrutura pedagógica da instituição. No inı́cio, a escola buscou
seguir os métodos da Bauhaus, entre as ciências humanas e o conhecimento tecnológico. Mas, em 1968 houve
mudanças no seu foco pelas restrições da ditadura e foi pressionada a ter um direcionamento de ensino
tecnológico (SOUZA, 1996).
Em 1956, em Belo Horizonte, a Escola de Artes Plásticas (oriunda da U.M.A. - Universidade Mineira de Arte -
Fundação Educacional), realizou o primeiro vestibular para os cursos de 1957. Em 1964 ela passou a ser a
Fundação Mineira de Arte - FUMA, hoje Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais
(OZANAN, 2005).
 
Tendência de um novo tempo 
O design brasileiro, em concordância ao modelo pós-moderno na década 1980, produziu pouco. Mas é nesta
fase que se inicia um novo processo para o reconhecimento de uma estética multicultural brasileira. O
fechamento de grandes empresas, no �inal dos anos 80, coincidiu com a falta de investimentos e de obras
públicas, uma das mais graves crises vividas no Brasil. A globalização acelerada na década de 90 modi�icou o
quadro de atuação, contribuindo para a formação de grupos de pro�issionais (LANDIM, 2010).
Uma nova perspectiva para o design por meio da decodi�icação do próprio pluralismo étnico e estético local,
cujo exemplo, de forma mais segura, apresenta como uma nova cultura projetual, evidenciada a partir dos
anos 1990.
A história do design se integra à história dos objetos e da humanidade. Na imagem a seguir, é possı́vel
acompanhar alguns fatos pela sı́ntese da linha do tempo.
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Figura 5 - Imagem da resumida da linha do tempo do design, considerando eventos do século XVIII, outros
eventos de 1900 a 2000, somente como divisão esquemática.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
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O design adquire reconhecimento internamente e internacionalmente, os aspectos do multiculturalismo
brasileiro se agregam aos elementos culturais e ao potencial criativo e despojado do design brasileiro. 
2.3  Design contemporâneo
A vida urbana em todo o mundo contemporâneo está integradaaos elementos que sistemicamente, atuam em
todas as áreas. Observa-se a expansão tecnológica, como o processo de miniaturização dos componentes
eletrônicos, que tornaram possı́veis o uso de objetos e recursos de comunicação universais.
O mundo mergulhou no excesso de informações e bombardeios de recursos visuais incentivadores do
consumo. E� um resultado programado pelo capitalismo e por uma estratégia estatal de geração de capital. O
ritmo da vida cotidiana é marcado pelas táticas da reprodução das relações sociais - pela compra e venda, pela
re�lexão no espaço. “Numa sociedade de consumidores - um mundo que avalia qualquer pessoa e qualquer
coisa por seu valor como mercadoria -, são (subclasses) pessoas sem valor de mercado” (BAUMAN, 2008, p.
157).
Ao mesmo tempo há também correntes contrárias, que usam os recursos do design para preservação
ambiental. Há uma necessidade de mudanças em diversas áreas no mundo, no design não é diferente. Nesse
mundo contemporâneo o design tem seu papel a cumprir. Acompanhe a seguir. 
2.3.1 O que é o design contemporâneo?
Clique na interação a seguir para ler!
Atualmente, percebe-se uma popularização do uso do termo design e dos conceitos que surgiram
associados a valores estéticos, globalizados e de domı́nio. Esses novos conceitos incidem sob a
expansão do design para outros aspectos, buscando quali�icá-lo como processo criativo, inovador
e provedor de soluções em quaisquer áreas que no design possa ser agregado. 
Por isso, o design transita nas re�lexões contemporâneas sobre as questões sociais e polı́ticas,
questionando a vida do homem (do óbvio ao absurdo) e nas angústias (éticas) da sociedade. As
possibilidades são inúmeras, lembrando, porém, que as limitações também são. Uma pesquisa
realizada pela Brand ID mostra que o consumidor brasileiro contemporâneo busca valores
humanos nas marcas e tem a expectativa de construir um relacionamento pautado pela
transparência, honestidade, con�iança, integridade, respeito e ética.
Nas últimas décadas, muitos designers têm dialogado com as artes plásticas, principalmente ao
transformar o ato de projetar numa operação. Os irmãos Campana, por exemplo, trabalham com
refugos industriais, criando um "estilo brasileiro”. São reconhecidos internacionalmente por seus
trabalhos de Design-Arte. Elementos do cotidiano ou simplesmente produtos sem nenhum valor,
são transformados em peças de caráter extremamente artı́stico, com linguagem única e de
possı́vel uso. 
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Há muitos avanços que chegam até o público, como o Prêmio Design MCB - Museu da Casa Brasileira. Este
evento, desde 1986, vem gerando incentivo aos novos designers. Contudo, muitos �icam somente no
protótipo e outros são tendências que aos poucos se agregam aos produtos nacionais. 
2.3.2 Quem são os designers da atualidade?
Relatam-se novos produtos dos designers Carlos Motta, Rodrigo Almeida, Maurı́cio Arruda e dos irmãos
Campana. Estes produtos premiados demonstram elementos de inovações e a qualidade técnica do design, que
compõem diretrizes para o design brasileiro (MOURA, 2011).
Nesta geração, de acordo com Leon (2005), surgem os produtos brasileiros fabricados por indústrias
europeias. Além dos designers citados anteriormente, deve-se ainda destacar a participação de outros como:
Guto I�ndio da Costa, Freddy Van Camp, André Cruz, Gerson de Oliveira, Luciano Martins, Jacqueline Terpins,
Camila Fix, Angela Carvalho e Alex Neumeister. 
Dessa forma, os processos produtivos também são norteadores do conceito do design nacional
contemporâneo. As tecnologias modernas de industrialização convivem lado a lado com as
artesanais, conceituando os produtos produzidos como objetos-arte (MOURA, 2011). 
CASO
A partir do vidro e do metal, Matthias Megyeri, designer alemão, trouxe a re�lexão
sobre os problemas contemporâneos como a insegurança e a crueldade. O
designer atribuiu um novo conceito ao que se considera “normal” na atualidade:
as grades de segurança e os recursos utilizados para a proteção. Dessa forma,
explorou e relacionou as sensações e percepções humanas com a ingenuidade.
Utilizou �iguras de coelhos e pinguins, sequências de pequenas borboletas que
lembram �lores e o per�il de imagens de cidade que lembram o clima natalino:
pinheiros, casas com chaminé, igrejas, fábrica e um pássaro que parece ter
pousado em um muro para observar o silêncio e a singela paisagem. Porém, essa
cena é montada com objetos cortantes, de forma a assustar. Traz a fragilidade e
crueldade juntas, pelo propósito de segurança urbana. Megyeri diz que
“designers devem oferecer soluções para as necessidades e problemas reais
contemporâneos [...] uso os produtos como veıćulo para explorar questões sociais
relevantes com abordagens crıt́icas” (CATA� LOGO DA I MOSTRA INTERNACIONAL
DE DESIGN, 2006, p. 7 apud MOURA, 2005, p. 76).
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Neste contexto, os designers também utilizam a arte para propor a re�lexão sobre os problemas
contemporâneos, questões sociais e polı́ticas, criando oportunidades para que o usuário possa questionar
sobre as escolhas que a sociedade faz atualmente. 
2.4 Design e futuro
Atualmente, praticamente todos vivem no sistema, no qual quase tudo que se consome é produzido por
indústrias. Elementos e princı́pios do design ainda passam por um processo de solidez. Assim, alguns se
destacam como base para o futuro como a territoriedade, empreendedorismo e inovação. Clique nos cards a
seguir para saber mais sobre o futuro do design no Brasil e no Mundo.
Mundo
Em diversas partes do planeta, observam-se pessoas protagonistas, engajadas em soluções de
problemas socioambientais cujos métodos do design contribuem com outras áreas. Médicos,
engenheiros, sociólogos, contadores, entre outros, utilizam ferramentas
do design compartilhando resultados em sistemas integrados pelos recursos digitais.
Brasil
Em “O futuro do design no Brasil”, SILVA et al. (2012, p. 53) relata que existe “a necessidade de
se desenvolver um modelo para um novo tipo de designer, munido de uma compreensão mais
aprofundada e bem mais complexa da questão de valores, e da sua responsabilidade com o
mercado, com a sociedade e com o meio ambiente”. 
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Reconhecido pela capacidade de agregar valores e oferecer melhor qualidade de vida, o design busca oferecer
contribuições para o artesanato popular e provavelmente esse será um dos caminhos para o design do futuro.
Investimentos atuais, com assessoria de institutos de fomento, estabelecem novos caminhos para a economia
nacional. Percebe-se a ascensão pela aceitação do gosto popular e dos produtos artesanais, com melhoria no
processo de produção e acabamento dos artefatos, adornos e produções experimentais. 
Os exemplos de pro�issionais e fatos apresentados esclarecem a diversidade e expansão da nação brasileira,
cujo povo busca constante soluções harmoniosas, uma empatia pela diversidade cultural. A analogia da
evolução do design brasileiro às diretrizes que aos poucos adquire a nitidez é um fator possı́vel em busca de
um futuro identitário e promissor. Busca-se uma conscientização da realidade para conduzir o futuro do
design.
2.4.1 O design nos próximos anos
Segundo Le Breton (2009, p. 112) “o homem não se insere no mundo como um objeto atravessado de
sentimentos passageiros”, ele está inserido em suas ações, nas relações com os outros, com os objetos que o
entornam. Ou seja, ele está permanentemente sob a in�luência dos acontecimentos esendo por eles tocados.
A partir do paradigma da hipermı́dia, acima das a�irmações estabelecidas sobre a relação do objeto e a sua
função, encontra-se a sistematização da acoplagem do design ao corpo humano. Trata-se do vı́nculo entre o
inteligı́vel-sensı́vel, de forma a expandir os signi�icados em contextos diversos.
Acredita-se na possibilidade da in�luência da tecnologia sobre a vontade humana. Por vezes, na
contemporaneidade, já existem fatos reais da sobreposição do uso de dados digitais sem a percepção ou
consentimento do usuário. E� preciso considerar a relevância da tecnologia e ponderar sobre a extensão de
domı́nio dos produtos, que nem sempre na história foi um resultado de progresso.
VOCÊ QUER VER?
O documentário	A	Vida	em	um	Dia, de Kevin Macdonald (2010) é composto por vários
vıd́eos que foram selecionados dentre aproximadamente 80 mil vıd́eos enviados por
youtubers. A ideia é mostrar o que acontece em vários lugares do mundo em um único
dia, 24 de julho de 2010, na vida de pessoas comuns. Disponıv́el em:
<https://www.youtube.com/watch?v=JaFVr_cJJIY (https://www.youtube.com/watch?
v=JaFVr_cJJIY)>.
https://www.youtube.com/watch?v=JaFVr_cJJIY
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Certamente, há inúmeras vantagens para o ser humano em desenvolver, cada vez mais, as possibilidades
tecnológicas. Alerta-se para as aplicações do design em face às subjetividades que sinalizem aspectos
socioculturais e polı́ticos. 
Figura 6 - E� preciso saber onde o ser humano se encontra e o que ele quer para visualizar o papel do design
no futuro.
Fonte: nopporn, Shutterstock, 2019.
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O design, no entanto, acordado aos objetivos propostos e valores destacados no desenvolvimento do projeto,
amplia as possibilidades de sucesso quando acordado ao potencial tecnológico, em expansão pela era da
informática.
Sabe-se que o design está, na atualidade, no ambiente que se conquistou, e, portanto, o que será feio a seguir,
depende de uma in�inidade de fatos que representam sua história. Sem um passado não há expectativa de
presente ou de futuro.
VOCÊ SABIA?
Mais da metade da população mundial vive em ambiente urbano. O pesquisador
Volker Minks (2013), busca soluções para o futuro do planeta. No artigo “A Rede
de Design Verde Urbano – uma alternativa sustentável para megacidades?”, Minks
destaca o trabalho da rede que promove a proteção, criação e conexão de espaços
verdes em áreas urbanas, incentivando a biodiversidade, a segurança alimentar.
Também realizam projetos em telhados verdes, horticultura urbanas, hidroponia e
aeroponia, entre outros. Saiba mais em:
<http://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/81089/84732
(http://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/81089/84732)>.
Síntese
Chegamos ao �im do capı́tulo. Conhecemos melhor como o design surgiu e evoluiu. Vimos um pouco da
história do design e também o que é o design na atualidade. Conhecemos um pouco do design no mundo e no
Brasil por meio dos fatos históricos. Esses conteúdos auxiliaram a compreender a função do design e
possibilidades do design para o futuro. 
Neste capı́tulo, você teve a oportunidade de:
identificar elementos estruturais da disciplina;
identificar aspectos históricos importantes para a conformação
do Design como disciplina e área de atuação profissional;
relacionar aspectos históricos e conceitos fundamentais do
Design;
identificar os aspectos que diferenciam o design de outras
atividades de configuração de objetos de uso;
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http://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/81089/84732
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relacionar aspectos culturais, tecnológicos, modos de produção e
sistemas econômicos com os diferentes momentos da história do
design;
relacionar aspectos históricos e conceitos fundamentais do
Design;
relacionar aspectos culturais, tecnológicos, modos de produção e
sistemas econômicos com os diferentes momentos da história do
design;
identificar o design contemporâneo e seus expoentes;
visualizar e projetar o design do futuro;
construir possibilidades futuras para o design.
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Bibliografia
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