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Clínica de Aves ▪ Ter consciência das particularidades das espécies para realizar atendimento clínico ideal e orientar o tutor sobre o manejo ▪ Ave de vida livre X ave de cuidados humanos ▪ Equipamentos adequados para cara espécie ▪ Rapinantes: colocar capuz ou toalha para o animal relaxar ▪ Animais de metabolismo acelerado ▪ São pouco resistentes ao estresse ▪ Realizar inspeção à distância antes de realizar a contenção ▪ Fazer pesagem com balança de precisão para maior segurança no cálculo de doses ▪ Agonia respiratória ou miopatia de captura são comuns ▪ Quimioterápicos e clorafenicol (hipoplasia de medula) não podem ser feitos por via intraóssea, sempre optar por via IV ▪ T corpórea alta oscilando entre 39 a 40 graus ▪ Fotoperíodo: regulação do eixo hormonal, principalmente em fêmeas (ovopostura) o Muito desregulado em aves cativas o Primavera: dias mais longos – época de reprodução o 12h de luz e 12h de escuro é o ideal EXAME FÍSICO ▪ Começar pela cabeça o inspeção de cavidade oral e coleta de amostras para exames complementares o avaliar sistema digestório e porção inicial do esôfago o Avaliar secreção, obstrução ou sangramento nas coanas o Microbiota particular – diariamente entram em contato com outras devido à alimentação de presas que normalmente não tem manejo sanitário adequado ▪ Pesar e avaliar o escore (varia com as espécies) ▪ Cuidado ao avaliar peso visceral e escore – o animal pode ter escore baixo e peso ideal, pois os órgãos podem estar aumentados ▪ Inspeção de cavidade oral: ▪ Ausculta o Pulmonar o Cardíaca ▪ Vias de coleta – variam com as espécies o Jugular – pequenos psitacídeos e passeriformes o Metatársica medial o Ulnar o Obs.: a jugular é localizada em região aptérica (sem penas). A jugular direita é sempre mais calibrosa que a esquerda o Muito cuidado na veia ulnar, pois embaixo dela passa a veia ulnar – risco de hemorragia o Em animal saudável, coletar 1% do peso vivo ex.: animal de 100g, coletar 1 ml de sangue. Em animais doentes, optar por coletar 0,5% ▪ Vias de aplicação de fármacos: o Subcutâneo – 2 pregas inguinais (suportam um volume maior); 2 pregas no propatagio e uma em região dorsal (cuidado com os sacos aéreos) o Via oral: animais pequenos podem fazer falsa via ▪ Deixar a ave em posição vertical ▪ Introduzir pausadamente ▪ Usar pequenos volumes ▪ Se houver a necessidade de fornecer grandes volumes, o ideal é sondar o animal o Intraóssea ▪ Rápida – maior absorção ▪ Membro torácico: ulna (acesso distal proximal) ▪ Membro pélvico: tibiotarso (acesso proximal distal) ▪ Cuidado com o fêmur pneumático – possui ligação com sacos aéreos (risco de afogamento) EXAMES COMPLEMENTARES ▪ Coproparasitológico ▪ Hematológicos ▪ Bioquímicos ▪ Imagem o Us é desafiadora devido às penas ▪ sexagem – pena + canhão (bulbo da pena) ou sangue ▪ dermatoscopia CASUÍSTICA MAIS COMUM: ▪ Deficiência nutricional em decorrência de erros de manejo causam diversas consequências como obesidade, caquexia, alterações de empenamento, alterações em bico, Osteodistrofia, hiperqueratose, etc ▪ flavismo: coloração mais amarelada ▪ Lipoma: geralmente são pericloacais o Associados à dieta À base de alimentos ricos em gordura em psitacídeos cativos o Caso cirúrgico ▪ Intoxicações: o Metais pesados: tinta de chumbo na gaiola o Plantas tóxicas: folhagens ornamentais (ex.: jiboia, flor do deserto, costela de adão) o Teflon: mais perigoso – risco de hemorragia respiratória o Brincos ou bijuterias que caem no chão o Alimentos tóxicos ▪ Traumas: o Muito comuns o Acidentes domésticos o Atropelamento o Choque em vidros o Corte incorreta das asas: ruptura de papo, fratura de bico, fratura de canhão de sangue, fratura de membros o Relação interespécie: papagaio X ringneck Considerações finais: a maioria dos casos em clínica de aves são urgências e doenças crônicas, sendo assim uma área muito delicada que requer muita atenção. Orientar o tutor a sempre fazer check-ups para prevenção de doenças