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Introdução ➢ Métodos físicos utilizados na semiotécnica ● Palpação: ▪ Direta: com as mãos ▪ Indireta: quando coloca uma luva e faz uma análise transretal para verificar a cavidade abdominal, sistema gênito-urinário etc. ● Inspeção: onde se utiliza a visão podendo ser ▪ Direta: olhar diretamente para o animal e perceber alguma alteração. ▪ Indireta: é quando temos a necessidade de visualizar uma estrutura com o auxílio de um equipamento. Ex: endoscopia ● Auscultação: com a utilização do estetoscópio. ● Percussão: é um método físico utilizado onde vamos avaliar o som obtido através de um estímulo. Em grandes animais existe também a percussão dolorosa em que se avalia quando o animal é submetido há um estimulo e esse estimulo é um estimulo doloroso, se ele tiver uma alteração, vai produzir o som (gemido de dor), geralmente esse método é utilizado em casos específicos do sistema digestório. ● Olfação: utiliza o nosso olfato para determinar alguns odores diferentes, mas determinadas espécies de animais eles exalam odores diferentes. Ex: bode ➢ Exame clínico: ● Identificação: nome, espécie, raça, sexo, idade, cor pelagem e peso vivo. Pode ser através de balança ou em grandes animais utiliza uma fita de perímetro torácico que estima o peso (margem de erro 5%). ● Anamnese: é fundamental para obter dados do histórico do paciente. Regra das vogais: ▪ Atenção: significa você estar focada naquele momento no paciente e ao mesmo tempo tem que ser atencioso ▪ Estimular: estimular a pessoa que está fornecendo os dados a dizer a você a verdade, pode ser fazendo a mesma perguntas de formas diferentes. ▪ Instigar: para a pessoa que está ali diga de alguma maneira o que realmente aconteceu ▪ Observação: em relação ao paciente desde o primeiro momento ▪ União: todos os dados que foram conseguidos durante a anamnese. ● Exame físico ▪ Geral: observar os parâmetros vitais do paciente ❖ Frequência cardíaca (FC): pode ser aferida na área de ausculta cardíaca de preferência do lado esquerdo entre o 5° e 7° espaço intercostal ❖ Frequência respiratória (FR): tem que ser aferida durante 1 minuto. Pode se colocar a mão na frente das narinas, colocar o estetoscópio na traqueia cervical ou visualizar ou colocar a mão no flanco e observar a movimentação ❖ Temperatura retal (TR): precisa aguardar entre 1min ou 1,5min. Tem que levar em consideração a temperatura e umidade do dia. ❖ Coloração e umidade das mucosas aparentes: o Fêmeas: oral, vulvar e ocular o Machos: oral e ocular ❖ Tempo de preenchimento capilar: até 2 segundo é normal. Se faz uma pressão na mucosa oral ❖ Turgor cutâneo: quando se faz uma prega na pele avaliando a hidratação desse animal ❖ Score corporal: (olhar tabela abaixo) ❖ Postura: a postura normal dos animais de produção é em estação ❖ Comportamento: se o animal esta alerta, apático, se ele responde ou não aos estímulos etc. ▪ Específico: ● Exames complementares ▪ Hemograma ▪ Raio-x ▪ Ultrassonografia etc. ● Diagnóstico ● Tratamento ● Prognóstico: pode ser bom, reservado ou ruim. É sempre melhor manter o proprietário informado. Tabela de Score Corporal: Tabela com parâmetros vitais: Contenção Equinos Engloba equinos, muares (cruzamento de equinos x asininos = burro e mula) e asininos (jumentos). Os muares e os asininos são mais sensíveis em uma contenção química. A contenção é feita para que possa ter mais segurança no manejo do animal evitando um acidente, tanto para o animal como para o veterinário. Em equídeos especificamente quando precisa ser feito um derrubamento, precisa fazer uma contenção química previa. ➢ Contenção química: utilizado tranquilizante produzindo depressão no sistema nervoso. ● Fenotiazínicos ▪ Acepromazina: ● Alfa2 Agonista ▪ Xilazina ▪ Detomidina ▪ Ketamina ● Benzodiazepínicos ▪ Midazolam ▪ Diazepam ▪ Fenobarbital ● Opióides ▪ Morfina ➢ Contenção física: refere-se a prática para deixar os animais “inofensivos” e restringir seus movimentos. ● Dolorosa ▪ Prega na pele (beliscão) ▪ Cachimbo: instrumento que faz a torção do lábio superior e inferior produzindo uma dor considerável o que deixara o animal quieto; ▪ Torção da orelha ● Não dolorosa ▪ Brete de contenção ▪ Cabresto ▪ Biqueira: conhecida como focinheira. Se o animal conseguir tirar a biqueira tem que colocar a cisgola associado que é uma cordinha que passa embaixo do pescoço. ▪ Rosário: é um tipo um colar colocado no animal que impede o animal movimente o pescoço impedindo que ele tenha acesso ao abdômen ventral, apêndice pélvico etc. ▪ Mão e pé amigo: realiza a contenção do membro posterior para impedir o coice do animal Bovinos ➢ Contenção física: ● Dolorosa ▪ Brete de contenção ▪ Peia ▪ Mão e pé amigo ● Contenção dolorosa ▪ Torniquete ▪ Formiga ▪ Argola http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso ▪ Mão no septo nasal com orelha (bezerros) ▪ Eletrochoque ▪ Gancho para flanco Técnica de derrubamento Ovino e Caprinos: Mão direta/esquerda no apêndice torácico direito/esquerdo, a outra mão na prega da pele, suspende e sustenta o animal de forma que o animal fique em decúbito e depois amara as patas. Outra maneira é colocar o polegar na cavidade oral os outros 4 dedos no queixo do animal, flexiona o pescoço do animal a outra mão vai no flanco desequilibra o animal e coloca o animal em decúbito. Bovino e Bubalinos ➢ Método Italiano: uma corda de 20m, divide ao meio, o meio da corda passa em cima do bordo dorsal do pescoço, fax um X no peitoral, passa a corda na face interna dos apêndices torácicos, faz um X na região final da coluna torácica, em seguida passa pela face interna dos apêndices pélvicos e depois duas pessoa tracionam simultaneamente as cordas e uma pessoa segura o cabresto para sustentar a cabeça, depois prende a cabeça no jarrete. ➢ Método Burley: é muito parecido a única diferença é que não tem o X no peitoral Exame Semiológico Pele e anexos ➢ Constituída: ● Epiderme: epitelial superficial ● Derme: intermediário ● Hipoderme: profunda ➢ Funções: ● Defesa: contra agente químicos, físicos, microbiológicos ● Termoregulação ● Excreção: produção de hormônios característicos relacionados a épocas de reprodução ou relacionado a própria espécie. ● Flexibilidade: é necessária para promover a movimentação natural dos animais. ➢ Exame clinico ● Resenha: nome, idade, espécie, raça ➢ Anamnese: ● Tempo de evolução ● Forma de evolução ● Se o animal já recebeu algum tratamento ● Se o tratamento foi feito até o fim ● Foi feita alguma mudança no manejo e/ou ambiente ● Conhecimento se a doença ocorre somente em um indivíduo ou no rebanho também ➢ Exame Físico: ● Inspeção ▪ Pelagem: ❖ Sadios: os animais possuam uma pelagem lisa, macia, brilhosa, uniforme etc. ❖ Enfermos: os animais podem apresentar pelagem opaca, pelos quebradiços, falhas simétricas ou não. É necessário ao fazer o exame físico que se anote onde tem falha na pelagem desse animal, se é localizada, generalizada, simétrica etc. ❖ Mudas: o pelo tem um ciclo então tem a fase de crescimento depois começa a fase de regressão até cair. É normal na época mais fria do ano o animais terem uma pelagem mais espessa ao contrário do calor. Se o animal for mais gordo também influencia na espessura do pelo. ❖ Atriquia: não tem crescimento definitivo do pelo ❖ Hipertricose: aumento do crescimento do pelo, o comprimento do pelo está maior mas não significa que a qualidade do pelo está maior. Pode ocorrer do pelo encaracolar. ❖ Hipotricose: diminuição do tamanho do pelo ❖ Acromotriquia: ausência de pigmentação no pelo (na velhice é fisiológico a alteração do pelo) ❖ Hipocromotriquia: diminui a pigmentação do pelo ❖ Alopecia: áreas onde não há temporariamente o crescimento do pelo ▪ Cor da pele: num mesmo animal pode-se ter várias cores. A pele despigmentada não é favorável para animais de produção,é um fator predisponente para desenvolver neoplasias do sistema tegumentar. ❖ Albinismo: condição genética onde não há pigmentação em todo o corpo do animal ❖ Vitiligo: é uma despigmentação que o animal começa a ter. ❖ Pigmentação intensa: normalmente está relacionado a doenças endócrinas. Tem uma pele rosa e essa pele começa a escurecer. Pode ser em algumas áreas ou no corpo todo. ❖ Hiperemia: vasodilatação periférica, deixando a pele avermelhada. Tem que se fazer uma vitropressão, quando se faz uma pressão sobre a pele e essa região enquanto está fazendo vitropressão ela fica esbranquiçada não é alteração de coagulação mas se a cor não muda pode se dizer que é uma alteração relativa a coagulação. ❖ Cianose geral ou local: uma pele azulada ou arroxeada, geralmente associada a alteração na oxigenação. ❖ Icterícia: pele fica com cor amarelada. Pode ser leptospirose ou doença hepática. ● Palpação: numa pele que não está normal podemos encontrar espessamento (mm), é medido com um paquímetro. ▪ Consistência ❖ Sadia: turgescência ❖ Firme: relacionado a fibrose ❖ Dura: neoplasia de queratinócitos, por exemplo ❖ Macio: em casos de edema, com o sinal de godet positivo ❖ Mole ❖ Áspera: ligado ao ressecamento da pele podendo haver alteração nas glândulas sebáceas e/ou sudoríparas, podendo estar aumentadas ou diminuídas. ▪ Odor: as espécies tem um odor característico mas tem algumas situações na clínica que tem um odor característico. ▪ Secreção ❖ Sebáceas: o animal que tem aumento da secreção das glândulas sebáceas acaba ficando com placas de gordura na pelagem o Seborreia: placas de gordura na pele o Esteatose ❖ Sudoríparas o Écrinas (Termoregulação) o Apócrinas (substâncias odoríferas) o Hiperidrose e anidrose: principalmente nos equinos onde essas glândulas ficam muito ativadas ou simplesmente elas podem para de funcionar. O animal fica com dificuldade na Termoregulação e a pelagem fica ressecada, fosca, descamação. ▪ Edema: O animal tem sinal de godet positivo. Acúmulo de líquidos tissulares nos espaços intercelulares da pele e do tecido subcutâneo ❖ Generalizado (Anasarca) ❖ Localizados (Natureza mecânica ou inflamatória) ▪ Enfisema ❖ Consistência fofa ❖ Presença de ar ou gases no tecido subcutâneo ▪ Temperatura da pele ▪ Eflorescências cutâneas ❖ Erupções o Mácula: modificação limitada e circunscrita à cor da pele diâmetro <1,0cm o Mancha lesão cutânea plana: alteração na cor da pele >1,0cm diâmetro o Pápula: pequenos nódulos de diâmetro <1,0cm) o Placa: lesão cutânea elevada >1,0cm diâmetro o Nódulo: elevação circunscrita e sólida (podem ser palpados facilmente) o Urticária (lesão urticariforme): edema subepidérmico (elevação achatada) o Vesícula: acúmulo de líquido seroso sob a cama da superficial da pele o Bolha: vesícula com diâmetro >1,0cm o Pústula: vesícula contendo piócitos ❖ Escama: células epidérmicas queratinizadas que se desprendem ❖ Crosta: dessecamento de exsudato, poeira e pelos ❖ Erosão: lesão deprimida, da epiderme ❖ Úlcera: destruição da epiderme em todas sua espessura e parte da derme papilar ▪ Inflamação da pele: tem que saber qual/quais camadas da pele estão sendo acometidas. ❖ Exantema ❖ Dermatite ▪ Parasitas: se faz a inspeção da pelagem e exames complementares ❖ Sarnas: demodex, sarcoptes etc. ❖ Pulgas: existe pulga em animais de produção mas é muito menos comum ❖ Piolhos ❖ Carrapatos: boophilus, anocentor etc. ▪ Dermatomicoses: na suspeita faz exames complementares como cultura, tricograma, histopatologia etc. ❖ Microsporum spp.: a lâmpada de wood só serve para Microsporum canis ❖ Trycophyton spp. ▪ Dermatofitose ▪ Prurido cutâneo ❖ Coceira que possui várias origens ▪ Piogranulomas e Granulomas Sistema Respiratório ➢ Divide-se em: ● Trato respiratório anterior: ▪ Coanas ▪ Seios Paranasais ▪ Faringe ▪ Laringe ▪ Traquéia ● Trato respiratório posterior: ▪ Traquéia ▪ Brônquios ▪ Pulmões ▪ Pleura e espaço pleural ▪ Diafragma ▪ Parede torácica ➢ Mecanismo de defesa (função): ● Aquecimento e umidificação do ar inspirado ● Manutenção da natureza e a funcionalidade das vias respiratórias ● Impedir a entrada de agentes etiológicos e elimina-los imediatamente ● Captar e inativar os agentes etiológicos que se tornam virulentos, após penetrarem ou ultrapassarem a mucosa respiratória ● Oxigenação sanguínea ● Eliminação do gás carbônico ● Termorregulação ● Fonação ● Manutenção ácido-base ● Defesas inespecíficas: barreira mecânica ▪ Mucosa traqueobrônquica: Transporte mucociliar: ❖ Partículas grandes (diâmetro maior de 10µm) ❖ Partículas médias (diâmetro de 3 a 10µm) ▪ Bronquíolos terminais, respiratórios e alveolares ❖ Partículas menores que 3µm, eliminadas por expiração ou macrófagos alveolares ● Defesa Especifica: ▪ Defesa celular e mediada por anticorpos ▪ Broncoalveolar: macrófagos alveolares 75%, linfócitos 20 % e neutrófilos 5% ▪ Traquéia e brônquios: predominam os neutrófilos ▪ Tecido linfóide associados aos brônquios ▪ Fossas nasais: IgA ▪ Broncotraqueal, bronquíolos e alvéolos: IgG ▪ Muco possui enzimas proteolíticas (opsoninas) estimulantes de fagocitose ➢ Fatores nocivos ao sistema respiratório: ● Transporte prolongado, aglomeração de animais, umidade relativa e temperatura do ar elevadas e falta de agua ● Queda repentina e brusca da temperatura do ar, diminuição da umidade relativa e presença de gases tóxicos (amônia, poluição ambiental) ● Poeira (feno) ● Corticoides ➢ Exame físico: ● Localizar em qual parte há o problema ● Estabelecer se a sua natureza é congênita ou adquirida ● Etiologia do processo (fungo, bactéria ou bactéria) ● Secreção nasal ● Tosse seca ou produtiva ● Ruídos respiratórios anormais ● Respiração rápida e superficial (taquipnéia) ● Dificuldade respiratória (dispnéia) ➢ Anamnese: ● Problema individual/rebanho ● Início do processo: surtos/casos esporádicos ● Tempo/evolução: estabelecer a gravidade, patogenicidade e transmissão do agente etiológico ● Tratamentos anteriores ● Sinais clínicos x ambiente x manejo ● Idade ● Viagem ou transporte recente ● Vacinação ➢ Inspeção audiovisual da respiração: ● Frequência respiratória: taquipnéia, bradipneia ou apneia ● Ritmo repiratório ● Atividade respiratória: eupneia, dispneia (inspiratória, expiratória ou mista) ● Tipo respiratório: costoabdominal, costal (doença que afeta o sistema digestório – peritonite) ou abdominal ● Profundidade (amplitude respiratória): hiperpnéia ● Simetria de caixa torácica ➢ Focinho, fossas nasais e seios paranasais ● Secreção nasal: tipo, quantidade, cor, consistência, odor e corpos estranhos ● Ar expirado: temperatura, força da corrente respiratória e odor ● Fossas nasais: exploração externa e interna ● Seios paranasais: inspeção, palpação e percussão ➢ Laringe ● Inspeção indireta e direta ● Voz do animal ➢ Traqueia ● Inspeção (aumento ou depressão), palpação (para reflexo de tosse) e auscultação (normal – som suave e alto, secreção – som úmido) ● Traqueobroncoscopia (endoscopia respiratória na traqueia) ➢ Brônquios, pulmão e pleura ● Exploração do tórax: inspeção, palpação e auscultação ● Delimitação do campo pulmonar ● Pleurodinia: dor na pleura ➢ Limite pulmonar: ➢ Toracocentese ● Limite inferior: veia torácica externa ▪ Equino: borda anterior da 6ª e 7ª costelas ▪ Bovino: borda anterior da 6ª costela ▪ Suíno: borda anterior da 5ª costela ➢ Exames complementares ● Lavado bronco alveolar (LBA) ● Aspirado trans traqueal (ATT) ● Hemograma completo (fibrinogênio) ● Raio X: bovino e equino adulto não há possibilidade de fazer, pois não há maquina capaz de fazer no Brasil ● USG Deve se possível observar o animal de longe primeiro, pois o fato de conter já o faz modificar a respiração. Avalia-se:➢ Frequência respiratória (movimentos por minuto) através da movimentação do flanco. ● Classificação da frequência respiratória (normopnéia, taquipnéia, bradipnéia ou apnéia (incomum de ocorrer)). ● Presença de hiperpnéia (amplitude respiratória reduzida + taquipnéia). ● A amplitude respiratória pode estar normal, reduzida ou aumentada ▪ Aumentada: o animal tem respiração profunda ▪ Diminuída: o animal tem respiração curta ▪ Normal: equilíbrio entre inspiração e expiração ● Posição do animal ao respirar: se está assumindo postura ortopnéica, tentativa de melhorar a respiração por extensão do pescoço, abdução dos cotovelos, narinas dilatadas, face ansiosa, cavidade oral entre aberta à aberta. ● Presença de estridores respiratórios: sons audíveis sem a presença do estetoscópio e relacionado a obstrução de vias aéreas anteriores, que podem ser observados em animal em repouso ou em atividade física ● Observar nos EQUIDEOS se apresentam uma linha de hipertrofia muscular que ocorre quando o animal tem afecção crônica (bronquiolite ou bronquite crônica por ex.) e necessita fazer um esforço maior da musculatura abdominal para que haja expiração. ● Avaliar o ritmo respiratório, se está normal (inspiração, pequena pausa, expiração, pausa maior) ou seja, eupnéia; se não estiver normal eu classifico como arritmia respiratória (que ocorrem por alteração no centro controlador da respiração). Elas podem ser: ▪ Cheyme Stokes: provocada por insuficiência cardíaca, intoxicação por narcóticos e lesões cerebrais. ▪ Biot: enfermidades cerebrais ou de meninges. ▪ Kuss Maul: coma, intoxicação por barbitúricos. ➔ OBS: tenho dispneia (arritmia respiratória com produção de ruído) inspiratória e expiratória. ● Avaliar a simetria de expansão torácica ▪ Pequenos ruminantes e bezerros: observação por cima. ▪ Equídeos e bovídeos: ou subir em local mais alto ou observar pela frente ➢ Exame físico das narinas aos pulmões: ● Narinas: avaliar os dois lados, a simetria, se há lesão externa, se há secreção (uni ou bilateral), o tipo de secreção (aquosa, mucosa, purulenta, sanguinolenta, muco purulenta, sero sanguinolenta...), a quantidade da secreção (ATENÇÃO: sempre se encontrará um filete de secreção, isto é a lagrima que está sendo drenada pelo ducto nasolacrimal), avaliar o fluxo de ar exalado (se está normal, aumentado ou diminuído uni ou bilateralmente), a temperatura e o odor do ar exalado(em infecções micóticas o odor é pútrido). Nos CAVALOS é possível abrir a narina e com lanterna ou não, é possível observar o orifício nasal, nos PEQUENOS RUMINANTES o orifício nasal é bem pequeno e muitas vezes é difícil de se examinar, os BOVIDEOS tem o plano nasolabial denominado Muflo e é normal eles colocarem a língua dentro do nariz. ● Cornetos, ossos etmoidais, seios, laringe, traqueia, Carina e brônquios principais são avaliados apenas por endoscopia; a nossa visão é limitada. ● Seios paranasais: avaliar simetria e na percussão digito digital ouvir um som claro a timpânico; se houver assimetria por aumento eu relaciono a infecção por algum microrganismo e faço a palpação avaliando presença de calor, dor, consistência, presença de secreção... e faço a percussão sonora que será digito digital (não necessita martelo plexímetro) o som deve ser de sub maciço a maciço; se houver assimetria por diminuição eu relaciono a traumas. ● Linfonodos regionais: tamanho, posição, consistência. ● Laringe: cartilagens, se estão normais ou se há aumento (se é localizado ou difuso e à palpação avaliar calor, dor, consistência) ● Traqueia extra torácica: inspecionar a presença de aumento, palpar os anéis para presença de dor ou calor, palpar para perceber o tamanho (pode ocorrer hipoplasia traqueal, traqueia de tamanho diminuído), auscultar a traqueia. Realizar pressão na traqueia com a mão em forma de C para aferir a presença de tosse e classificar a frequência da tosse e se é seca (relacionada a processos alérgicos ou traqueites) ou produtiva (relacionada a presença de grande quantidade de muco e secreção). ▪ Nos EQUIDEOS existem as bolsas guturais (uma dilatação da tuba auditiva que produz muco que é drenado para a nasofaringe), se a drenagem está normal eu só percebo por endoscopia, mas preciso avaliar se há distensão uni ou bilateral através da visualização e palpação. Em POTROS é comum ter a distenção da bolsagutural por ar (é um defeito na entrada da bolsa gutural), na palpação é fria e de consistência elástica. Diante de infecção vou ter calor, dor, aumento de volume e na endoscopia a visualização da saída de secreção (o endoscópio só entra na bolsa com ajuda de pinça), é comum o surgimento de epistaxe severa. ➔ Hemoptise é sangue na boca, ele foi deglutido e está saindo na boca. ● Costelas, músculos intercostais, musculo diafragma, pleura parietal e visceral: palpar para verificar a integridade das costelas, para perceber se o paciente tem dor, se há região com calor, para perceber presença de ar (crepitação) ou liquido na pleura (casos de pleurite). ● Pulmões: ausculta (em cada espaço intercostal no mínimo 2 movimentos respiratórios no sentido craniocaudal e dorsoventral) e percussão (com martelo plexímetro nos espaços intercostais). Som mais claro sempre na região central. Limitar a área pulmonar: ▪ Equideos: Cranial: área de tronco pulmonar caudal a espádua. Dorsalmente: 2 palmos da coluna vertebral. Caudo ventral, Traçar 4 linhas horizontais imaginarias (tendo como pontos de referência a tuberosidade coxal, tuberosidade isquiática, articulação escapulo umeral e olecrano) e depois fixar pontos nestas linhas (na altura do 16º espaço intercostal, no 14º, no 11º e no 9º), ligar os pontos. Equinos têm 18 costelas. ▪ Ruminantes: lado direito e esquerdo diferem. Traço 3 linhas horizontais (tendo como referência a tuberosidade coxal, tuberosidade isquiática e articulação escapulo umeral) e marco os pontos (lado esquerdo – 11º, 9º e 6º. lado direito – 12º, 9º e 6º). Bovinos têm 13 costelas. OBS: se observar na percussão uma linha de som maciço isto indica efusão pleural (conteúdo liquido no espaço pleural), se ainda houver dúvida eu coloco o paciente em inclinação e percebo se a linha partiu de horizontal para vertical. Áreas de som maciço são comuns em tuberculose e pneumonia (pois há formação de abcessos. Posso ter som sub maciço em áreas de fibrose pulmonar (que diminui a complacência – capacidade de expansão- pulmonar e é comum surgir com a idade). OBS: posso usar o saco de re-respiração (re-inalação), que não deve obliterar a respiração do animal, o animal vai estar inalando o próprio ar exalado (rico em gás carbônico) e fará maior esforço para respirar, ao retirar o saco ele faz 3 respirações mais profundas e o som que é baixo fica mais audível à ausculta. O animal normal deve reestabelecer o ritmo respiratório após 3 respirações mais profundas. Animais com lesões em parênquima vão demorar mais movimentos para voltar ao normal. Digestório de Equídeos Equídeos não possuem vesícula biliar, lançando a bile direto no intestino. Permanecem 18horas do dia se alimentando em pequenas porções, pois o estomago tem pequena capacidade volumétrica. Por isso cavalos em estábulos tem como tendência maior a alterações digestivas. ➢ Considerações Anatomofisiológicas: ● Estômago (8,5%) ● Intestino delgado (30,2%) ● Ceco (15,9%) ● Cólon maior (38,4%) ● Cólon menor (7%) ➢ Alimentação: recomendado 1 Kg de concentrado para 100Kg de peso vivo. A ração deve ser bem fornecida, no máximo 2 Kg de cada vez, tendo 2 h no mínimo de intervalo. A Ração deve ser fornecida antes do volumoso ● Tipo: a ração normalmente é peletizada ● Quantidade e frequência ● Consistência do alimento ● Composição / Percentual de nutrientes da ração e forma de administração. Equídeos não digerem lignina. Todo equídeo que tem cólica está associado ao manejo. A alimentação tem que ser fornecida de acordocom o exercício físico e o escore corporal do animal. Cavalos jovens recebem dieta mais rica em proteínas e cavalos idosos não necessita de ração tão proteica. Éguas amamentando e animais atletas requerem ração mais energética, se o animal necessita de mais energia, a ração não pode ser somente de carboidratos, deve ser acrescido óleo na ração. ➢ Apetite: ● Prazer ao ingerir os alimentos: animais que se alimentam muito devagar podem ter problemas na cavidade oral ▪ Normorexia ▪ Polifagia: aumentado ▪ Inapetência: diminuído ▪ Anorexia: ausente ● Ingestão hídrica: ▪ Normodipsia ▪ Hipodipsia ▪ Adipsia ▪ Polidipsia ● Preensão do alimento: feita com os lábios e cortam o alimento com os dentes incisivos ▪ Solípede ▪ Verificar a regularidade da preensão ● Mastigação: é feita com os molares. O alimento é umidificado com a saliva, se o animal ingerir o alimento muito rápido, pode causar uma obstrução esofágica. ● Insalivação: tem como função umidificar o alimento ▪ Glândulas Salivares ▪ Submaxilares ▪ Sublinguais ▪ Parótidas ▪ Glândulas da mucosa da boca: bucal, labial, lingual e palatina ▪ Sialorréia/Ptialismo: ▪ Aptialismo/Hiposialia ● Deglutição ▪ Reflexo para deglutição ▪ Disfagia ● Digestão e absorção ➢ Cavidade Oral: com o auxílio das mãos e/ou com espéculos orais (Cunha bucal, argola bucal ou abre-boca). Deve-se avaliar a temperatura, sensibilidade, cor, odor e condições dos dentes, lesões ● Exploração externa: inspeção e palpação ● Exploração interna: inspeção e palpação ➢ Faringe Bolsa gutural: problemas podem levar a disfagia ● Exploração externa e interna ● Inspeção: verificar a presença de abaulamentos difusos ou circunscritos da região ● Palpação: sensibilidade, temperatura e consistência ➢ Esôfago: difícil de palpar, no lado esquerdo da região cervical. Não é comum equinos ingerirem corpos estranhos mas gosta de frutas. ● Exploração externa: inspeção e palpação ● Exploração interna: sondagem nasogástrica, observar a coloração da mucosa, se há estenose esofágica, geralmente causada por trauma. Se tem obstrução no esôfago. ➢ Estômago: não se faz inspeção externa do estomago, somente inspeção visual indireta: gastroscopia. Pode-se fazer o uso da sonda nasogástrica para avaliar refluxo espontâneo que só ocorre na dilatação gástrica e observar quantos litros foi obtido desse refluxo. Avaliar o Ph, consistência, odor e coloração do conteúdo e se há presença de gás. ➢ Abdômen: avaliação da dor abdominal, classificação Leve: paciente suporta o desconforto, contínua ou intermitente Moderada: capacidade de suportar o desconforto insuficiente, paciente busca alívio, contínua ou intermitente Severa: atitudes violentas contínua ou intermitente ● Inspeção: Volume e forma ▪ Sobrecarga de alimentos: aumento de volume e modificação da forma ▪ Acúmulo de gás: aumento do perímetro do abdome ▪ Ascite: aumento do perímetro do abdome na região inferior e zonas altas ficam deprimidas ▪ Retenção de urina: aumento da região pré-pubiana ▪ Tumores ▪ Diminuição do volume do abdome ● Palpação ▪ Temperatura ▪ Sensibilidade ▪ Tensão da parede ▪ Estado físico do conteúdo ● Percussão ▪ Dolorosa: com martelo pneumático em caso de suspeita de peritonite ▪ Acústica: se há presença de gás ● Auscultação: ▪ Quadrantes abdominais ➢ Intestino ● Topografia ▪ Jejuno: flanco esquerdo (pequeno segmento) ▪ Ceco: flanco direito ▪ Cólon maior direito: flanco direito cranial ao ceco (médio e ventral) e região umbilical ▪ Cólon maior esquerdo: flanco esquerdo médio e ventral e região umbilical ▪ Cólon menor: flanco esquerdo dorsal ● Inspeção ● Palpação ● Percussão ● Auscultação ● Exame retal ▪ Aorta, rim esquerdo, ligamento nefroesplênico, baço, região inguinal, cólon maior esquerdo, pelve, ceco, cólon menor, peritônio ➢ Exames complementares: ● Coproparasitológico ● Endoscopia ● USG ● Avaliação de enzimas hepáticas ● Biópsia hepática ● Hemograma completo (sempre com fibrinogênio) ● Laparotomia exploratória Digestório de Equinos Depois da anamnese precisamos avaliar a presença de dor abdominal, se sim, precisamos caracterizar essa dor (continua ou intermitente; leve, moderada ou severa). O veterinário identifica o grau da dor através da mimica de dor que o animal apresenta (rolar, brincar com a água sem ingerir, elevação do lábio superior- reflexo de Flehmen, tateia o solo, se joga contra a parede e contra o solo, olha para o flanco, escoiceia o abdômen, demonstra áreas de sudorese, pode adotar postura alterada - como de micção ou esticada). Ao olhar para o animal eu observo o volume e forma do abdômen, pois se ele estiver muito distendido, é provável que o animal esteja com distensão das alças intestinais ao invés de ter laceração de língua, por exemplo; observo também alterações de lábios e língua (língua protusa pode ser indicio de doença neurológica). Quanto ao apetite eu recolhi dados da anamnese, mas posso também oferecer alimento ao animal para averiguar o apetite e observar a apreensão (equinos apreendem pelos lábios superiores e inferiores), o corte, à mastigação, a insalivação (em casos de alimentos secos ele deve aumentar a salivação), a deglutição (animal que apresenta disfagia tem dificuldade na deglutição do alimento). OBS: Alguns cavalos que têm alterações dentárias e recebem capim muito fibroso, fazem como se fosse chiclete de Capim e depois cospem, isto é um sinal para mudança de dieta, pois podem surgir problemas secundários. ➢ Exame físico: nem todas as estruturas anatômicas serão possíveis de se analisar com o que se tem disponível na semiotécnica (ex: estomago de equídeos não conseguimos palpar) ● Cavidade Oral: observar se há alteração na parte externa dos lábios, palpar dentes molares superiores (externamente) que não devem ter arestas dentárias (pontas), observar se há lesões na junção muco cutâneas (é comum surgimento de ulceras nesta junção quando o animal tem ulcera gástrica) ou nas comissuras labiais (por trauma direto - embocadura, ou lesão por actinomyces). Avaliar se a abertura esta normal (apenas em caso de trismo mandibular - ocorre no tétano - o animal não abre a cavidade oral normalmente) avaliar (internamente) a parte inicial levantando os lábios superiores e inferiores (observo incisivos superiores e inferiores, mucosa, gengiva, dentes caninos), avaliar (internamente) a cavidade oral com o espéculo oral ou segurando a língua e fazendo tração (firme, porém não bruta para não lesionar os ossos de base da língua) e apoiando a mão onde não tem dentes, faço a palpação dos molares (internamente) e avalio desgaste dentário. O exame da cavidade oral com o espéculo deve ser breve, pois provoca dor na articulação temporomandibular. ▪ À direita: espéculo oral para equinos com platô maior (para animais idosos, com dentes incisivos mais protuberantes). ▪ À esquerda platôs diversos de cima para baixo: para animais jovens (dentes incisivos são menores), para o espaço interdentária (para avaliar os dentes incisivos), para animais adultos (dentes incisivos um pouco maiores). ➢ Forma de uso: sempre a cremalheira deve estar para baixo, coloca- se com a mão pelo lado, ajusta a altura para fica bem apertado, o platô deve estar firme para dar estabilidade aos dentes, e faz-se a abertura por igual do espéculo oral. ● Após esta abertura mecânica observa-se a cavidade oral e faz-se a palpação dos dentes incisivos, pré-molares e molares. ➔ Geralmente usa-se uma sedação leve para relaxar o animal (pois ele fica tentando fechar a boca). ● Pode-se puxar a língua (levemente) ou contorna-la. ● Normalmente os dentes devem ser retos (sem pontas), pois na natureza o cavalo vez por outra come pedras ou capim mais fibroso, o que faz o desgaste do dente e evita essas pontas que podem lesionar a língua ou mesmo a cavidade oral. ➢ Faringe: vamos avaliar naregião da garganta, na parte externa, observando se há aumento de volume, se este aumento é difuso ou localizado, se há dor à palpação, se tem calor, a consistência, porém a visualização da parte interna da faringe é apenas por endoscopia. ➢ Esôfago: fica na borda ventral a traqueia e a esquerda, podemos oferecer alimento ao animal e observar a deglutição (o alimento passa no esôfago cervical, que é o único que podemos examinar). Se eu suspeito de corpo estranho com aumento de volume eu posso passar a sonda nasogástrica (meço o ponto da obstrução externamente e passo a sonda para confirmação), se ela não for adiante eu não devo forçar. Posso analisar o esôfago também por utilização do endoscópio (visualização endoscópica) onde é necessário insuflar o esôfago para avaliar coloração de mucosa, presença ou não de lesões, se há estenose na parte ventral e/ou dorsal (diminuição da luz esofágica), animal com estenose pode ter regurgitação (no caso dos equinos o alimento sai pela narina, pois o palato mole dele é muito desenvolvido, o alimento então sai pela nasofaringe) e disfagia. ➢ Estômago: não posso palpar nem auscultar nem percutir, posso fazer inspeção indireta através da gastroendoscopia (deve-se estabelecer jejum solido e hídrico), posso avaliar o conteúdo do estômago através da sondagem nasogástrica (presença de ar, presença de refluxo espontâneo, cor, odor, consistência, Ph e volume). ● Como fazer: Passar uma sonda limpa e nova, podemos lubrificar com lidocaína gel, água, gel aquoso (nunca lubrificar com óleo mineral ou vaselina liquida, pois se por algum motivo a sonda for para a traqueia, às substâncias oleosas podem irritar e inflamar a traqueia), se o animal estiver com muita dor eu posso e devo fazer uma sedação leve, se o animal não for cooperativo eu posso e devo fazer contenção física dolorosa. Devo sentir uma resistência leve. Ao chegar ao estômago eu escuto barulho de gases e se assoprar sinto o cheiro do conteúdo estomacal. Para retirar a sonda fecho o orifício externo e gentilmente a retiro sem deixar que caia. ➢ Abdômen/ Intestino: verificar volume e forma, realizar a palpação (onde não será possível identificar qual o conteúdo esta nas alças intestinais) que vai me sinalizar uma peritonite (a tensão da musculatura abdominal será maior), percussão (que só é válida quando tenho um abdômen distendido por gás, o som que vou ter será timpânico, mais alto que som claro) e auscultação que é muito importante, pois verifica movimentos precursores, se há presença maior de líquido, de espasmo intestinal, de gás, etc. ● Como fazer a ausculta (são diferentes focos): ▪ Lado esquerdo do animal: quadrante dorsal esquerdo parte caudal (ausculta de cólon menor), parte cranial (ausculta intestino delgado), 3 focos de ausculta no quadrante ventral esquerdo (ausculta cólon maior esquerdo). ▪ Lado direito do animal: quadrante dorsal direito na altura da tuberosidade coxal (ausculta da descarga cecal que ocorre 1 a cada minuto), área de transição de quadrante dorsal direito e quadrante ventral direito (descendo o foco, corpo do ceco), quadrante ventral direito 2 focos (ausculta de cólon maior direito ). ➔ Equinos sentem cócegas na região da virilha, nunca se deve colocar a mão inicialmente nesta região, para ele perceber você e evitar acidentes. ➢ Paracentese abdominal é a coleta de liquido peritoneal, traçar uma linha mediana entre cartilagem xifóide ate cicatriz umbilical, ponto mais ventral, tricotomia, antissepsia, introduzir transversalmente uma agulha 40x12 ou um dreno de cateter n° 14, pode fazer botão de anestésico local, mas não é necessário, pego um tubo de tampa laranja e outro de tampa roxa e avalio o aspecto físico do liquido peritoneal (a cor normal é amarelo palha e translúcido), a amostra do tubo de tampa roxa (EDTA) vai para o laboratório para citologia e o de tampa vermelha ou laranja eu mando para analise bioquímica (se for o caso). ➢ Ânus: verificar coloração de mucosa se há lesões, se há prolapso, se o esfíncter esta com contração normal. A partir do ânus faço a palpação retal. ➔ Avaliar se o animal esta evacuando com frequência normal e avaliar as fezes (consistência, odor, cor que varia de acordo com a alimentação, presença de muco e a quantidade (muito muco indica que essas fezes permaneceram tempo maior do que o que deveria num determinado segmento do intestino), presença de parasitas, etc.). Sistema Digestório de Ruminantes São poligástricos. Em fase de lactação não são considerados ruminantes verdadeiros por conta da goteira esofágica, o leite cai diretamente no abomaso. Para estimular o início da alimentação mais cedo, oferece alimentos bem tenros de fácil digestão. O Rúmen ocupa 2/3 da cavidade abdominal, principalmente do lado esquerdo. Ruminantes não são seletivos o que pode acabar levando a ingestão de corpos estranhos. Já os caprinos são bem mais seletivos. ➢ Exame: ● Cavidade Oral: apreensão, mastigação e insalivação. Com o auxílio das mãos e/ou com espéculos orais (Cunha bucal, argola bucal ou abre-boca). tem que observar se o animal está se alimentando direito. Naturalmente, animais que ingerem alimentos com menos teor de umidade como ração e feno, produzem mais saliva, porém sialorréia ou ptialismo não são normais. ▪ Exploração externa: inspeção e palpação ▪ Exploração interna: inspeção e palpação ❖ Deve-se avaliar a temperatura, sensibilidade, cor, odor e condições dos dentes, lesões ❖ Faringe: visualizar se há aumento de volume, se há tosse. Para observar a faringe usa-se o endoscópio. ❖ Esôfago: tem atividade antiperistáltica. Fazem em torno de 40 a 60 movimento de ruminação por minuto, ficam pelo menos 4h do dia ruminando e esse tempo tem a ver com o tipo de alimento ingerido. Tem que verificar se há aumento de volume e a sua extensão, fazer a palpação. ➢ Anamnese e Exame do Ambiente: avaliar o pasto, verificando se está limpo, se tem plantas toxicas ● História recente da doença e manejo do animal ● Apetite ● Tratamentos prévios e resposta ● Natureza e volume fecal ● Inspeção da água e alimentos oferecidos aos animais ➢ Exame à distância: ● Hábitos: alterações no comportamento normal. ● Apetite e a presença / ausência ruminação ● Inspeção a defecação/fezes ● Inspeção da silhueta abdominal: contorno ▪ Timpanismo espumoso: conteúdo ruminal com bolha de gás, preenche todo lado esquerdo ▪ Timpanismo gasoso: observa-se aumento no flanco esquerdo ● Região umbilical: observa se há hérnias ● Região anal: observar se há prolapso ● Movimentação da parede abdominal ➢ Exame do abdome esquerdo: o conteúdo ruminal é uma estratificação em camadas, na parte mais ventral é liquido com partículas mais pesadas e no meio partículas mais leves e na parte mais dorsal existe gás (metano). Se o alimento possui muito carboidratos solúveis, ou é muito modificado, essa estratificação não existe levando ao favorecimento de alguns microrganismos. ● Inspeção fossa paralombar e região lateral: contrações do rúmen ● Palpação do rúmen: pode-se palpar a parte mais ventral. ● Auscultação: avalia o estado funcional ▪ Intensidade: baixa ou alta ▪ Duração: ciclo ruminal completo ou incompleto ▪ Frequência: pode variar de acordo com o alimento mas o normal é de 2 a 3 movimento ruminais em 4 minutos ● Percussão com auscultação simultânea: verificação de vísceras com gás ▪ Pings: som alta tonalidade (sino) ▪ Pongs: som de baixa tonalidade (tambor) ● Baloteamento com auscultação: para perceber se há liquido, também pode ser feita a sucção. ➢ Exame do abdome direito: deve-se fazer o mesmo procedimento anterior no lado direito ● Inspeção ● Palpação e Baloteamento ● Auscultação ● Percussão com auscultação simultânea ● Detecção e localização de dor: ▪ Prova da cernelha: ao pressionar a cernelha, o bovino abaixa e poderá se escutar um gemido do animal ▪ Prova do bastão: usar um bastão para fazer pressão no retículo,verificando se há dor ▪ Percussão dolorosa: com um martelo pneumático ➢ Exame do conteúdo ruminal: por sondagem orogástrica, acoplando um frasco de laboratório e começar a bombear, trazendo por pressão o conteúdo ruminal para o frasco. Esse conteúdo deve ser bem armazenado, se for observado algum tempo depois. Observa-se: ● Cor: cor normal é verde oliva ● Consistência: se há estratificação ● Odor: ● Ph: o normal é neutro ● Nível de atividade dos protozoários: coletar uma gota do líquido ruminal e observa no microscópio. O normal é encontrar de 6 a 8 protozoários por campo e que estejam se movimentado. ● Determinação da concentração de cloretos: inferior a 30 mEq/L ● Redução do azul de metileno (Potencial Redox): pingar 1 gota no controle e no conteúdo ruminal ficando azul, deve-se avaliar o tempo de retorno para a cor original que deve ser de até 15min. Se for superior a 15 minutos quer dizer que grande parte das bactérias estão mortas. ➢ Exames complementares: ● Paracentese Abdominal: coletar o liquido peritoneal ● Laparotomia exploratória ● Avaliação hepática: AST e CK ● Detector de metais ● Exame de fezes ● Hemograma Digestório de Ruminantes. Comumente vamos receber críticas relacionadas ao apetite (falta ou diminuição); dificuldade de ganho de peso ou perda de peso. Quando chegamos para ver o animal o ideal é primeiro observa-lo onde ele vive (sem contenção). ➢ Anamnese buscar: se afeta apenas um indivíduo ou mais (doença de rebanho, comum nas diarreias dos bezerros), examinar o ambiente, a infraestrutura, se o animal vive em ambiente úmido, com pouca ventilação, bezerros de idades diferentes juntos, onde o mais novo não tem a mesma resistência que o mais velho, podemos observar diarreias, observar a sujidade da diarréia no animal (membros posteriores ou cauda) ou no ambiente (paredes e chão); percorrer o pasto para observar se é limpo, se tem plantas tóxicas invasoras; observar as fezes, a frequência de evacuação, se há tenesmo, a textura das fezes e a quantidade, observar se os animais tem acesso à sacos plásticos (em caso de manejo incorreto com carência nutricional é comum pequenos e grandes ruminantes terem esta prática), observar o local onde se armazena o alimento (as vezes é muito úmido, muito sujo, ou o alimento é mal armazenado), observar o tipo, a frequência e a qualidade do alimento (pode ocorrer presença de micotoxina, coleta-se ração e leva para análise em universidade), observar a qualidade, quantidade, disponibilidade e frequência da água oferecida para os animais (o ideal é que seja oferecida a vontade, sem limitações). ➢ Exame físico: antes de começarmos a examinar desde a cavidade oral até o ânus devemos observar se há ruminação (se não estiver presente o animal pode estar em jejum ou com alteração gastrointestinal), lembrando que contido o animal diminui a frequência ou até mesmo paralisa a ruminação. O ideal é que o ruminante faça de 50 a 70 movimentos ruminais por minuto. Identificar a presença de dor, porém algumas espécies sinalizam mais (caprinos berram, ficam inquietos, deitam e levantam várias vezes) através da mimica de dor e outras menos (bovinos e ovinos não berram tanto, adotam postura antiálgica para a dor abdominal - arqueamento da coluna vertebral, cifose- para diminuir o peso das vísceras sobre o local dolorido). Identificar alteração na silhueta abdominal pode sugerir a víscera afetada; Ex: alteração no lado esquerdo dorsal sugere enfermidade ruminal. Identificar sialorréia me sugere lesões de cavidade oral fratura de dentes, estomatite ou mesmo corpo estranho no esôfago. Identificar disfagia me sugere alteração na faringe ou esôfago. ● Cavidade Oral: na parte externa observar presença de alteração, lesão, língua protusa (se observar alteração faz-se palpação para verificar presença de dor, calor e qual a consistência). Internamente vamos examinar dentes incisivos inferiores, bochechas com papilas cônicas, língua, palato duro, e a ausência ou presença de trismo mandibular. Para abrir a cavidade oral podemos: ▪ Colocar a mão pela lateral onde não há dentes. ▪ Usar um cano PVC inserido horizontalmente. Porém vamos observar apenas a porção anterior da cavidade oral (dentes incisivos, parte da bochecha e língua (se puxar levemente)). ▪ Usar espéculo oral ou abridor de boca. Onde será possível observar toda a cavidade. ❖ O espéculo da esquerda entra inclinado depois fica na vertical; porém só pode ser utilizado em bovinos adultos. ❖ O espéculo da direita pode ser usado em ruminante de qualquer tamanho pois tem a possibilidade de ser ajustado à abertura da cavidade oral. A desvantagem dele está no peso, preciso de um examinador para conter o animal, um para segurar o espéculo e um terceiro para rodar e ajustar a abertura. ❖ Nenhum dos espéculos devem ser retirados brutalmente pois podem ocasionar fraturas. Esta ferramenta é utilizada quando deseja-se fazer um desmame forçado do bezerro pois cada vez que ele vai mamar espeta a mãe e ela sai de perto dele. É como se fosse uma argola que se prende ao septo nasal do bezerro. Isto é uma forma rude de fazer o desmame e quase nao utilizada mais (apenas em pequenas fazendas de interior). Outro fator é que essas lesões no teto da mãe podem ocasionar infecções secundarias (lesões no úbere). O nome popular é argola para bezerro. ● Faringe: pela inspeção visual direta vamos observar se há algum aumento de volume, se ele é localizado ou difuso, se à palpação há presença de dor, calor, qual a textura (em caso de aumento). Se o animal apresenta disfagia ou não, pois ele pode ter paralisia na faringe de origem central (ex. Encefalite por raiva). ● Esôfago: vamos visualizar no pescoço do lado esquerdo, na parte ventral se há algum aumento de volume ou presença de fístula esofagiana (onde drena alimento com saliva); se houver aumento de volume deve-se palpar para conferir presença de dor, calor, formato, consistência (em bovinos é comum a ingestão de frutas). ➔ Obs: em caso de ingestão de fruta que fique obstruindo o esôfago, pode-se tentar tirar com a alça da sonda orogastrica ou tentar empurrar e depois fazer uma ruminotomia. ● Abdômen: vamos observar a silhueta e dividir em lado esquerdo (com rúmen e retículo cranialmente) e lado direito (com cólon maior na parte dorsal e intestino delgado na parte ventral com abomaso mais cranial). Observar do lado esquerdo as contrações primárias e secundarias onde há o preenchimento da fossa para lombar esquerda. Palpar o rúmen para perceber se há alteração só conteúdo ruminal (dividido em camadas: ventral (liquido + partículas solidas mais pesadas), média (líquido + partículas solidas mais leves), dorsal (liquido + gás livre), o animal normal eructa o gás livre (ausência de eructação não é comum nem normal). ▪ Realizar a auscultação avaliando a frequência, intensidade e duração dos movimentos ruminais (como uma onda). O foco de ausculta é na fossa para lombar esquerda (devo auscultar no mínimo 4 minutos e o normal é de 2 a 3 movimentos ruminais em 4 minutos). ▪ Realizar ausculta com percussão simultânea (com uso apenas do martelo) para identificar presença de sons anormais (ping, "sino" e pong, "tambor”, por ex.) que indicarão vísceras distendidas por gás e/ou deslocamento (uma das formas de identificação de deslocamento de abomaso- na esquerda ou direita, dependendo da intensidade da distensão) ou presença de metais no rúmen. ▪ Realizar ausculta com baloteamento para perceber a presença de líquido que é feita apenas do lado esquerdo; deve-se empurrar e soltar o animal para com o esteto perceber o som do liquido no rúmen. ▪ Realização de percussão sonora (com martelo e plexímetro) no rúmen, onde o som deve ser maciço (ventralmente), sub maciço (medialmente) e mais claro (dorsalmente). À esquerda tem-se uma capsula de imã; sua ingestão é forçada, o animal não come naturalmente;é usada em caso de suspeita de corpo estranho metálico pois ele (s) vai (ão) se aderir ao imã e depois realizo uma ruminotomia (abertura cirúrgica do rúmen) e retirar a capsula com o (s) corpo (s) metálico(s) aderido(s) a ela. Se eu tenho um animal que tem distensão dorsal do lado esquerdo posso fazer a utilização do trocáter ruminal (à direita na foto); ele não precisa ser estéril, apenas limpo; para colocá- lo faz-se tricotomia, assepsia, bloqueio anestésico e colocação podendo até suturar o aparelho na parede abdominal. Muitas pesquisas mantém os animais com fístulas ruminais para facilitar o manuseio do conteúdo ruminal. Se houver suspeita de corpo estranho no retículo deve-se fazer testes dolorosos, normalmente a gente faz quando há queixa de que o animal desce devagar uma superfície inclinada ou tem resistência para descer. ▪ Teste da cernelha: faz-se beliscão na cernelha e por reflexo o ruminante arqueia o dorso para baixo, quando ela faz isso se houver corpo estranho no retículo ela ao jogar o peso para baixo dá um gemido que é percebido por um outro examinador (este gemido geralmente é leve). ▪ Percussão dolorosa: usa-se o martelo pneumático e apesar do nome "dolorosa", não deve ser traumática (na dúvida da intensidade da pressão faz-se na coxa, mão, barriga, para perceber a intensidade). O local é no término da cartilagem xifóide. ▪ Teste do bastão: dois examinadores seguram um bastão logo após a cartilagem xifóide e fazem uma pressão leve para cima e um terceiro examinador verifica se há gemido. ● Ânus: avaliar coloração de mucosa, presença de tenesmo, de atresia anal ou de prolapso retal e possível visualização de parasitos. ➢ Exame complementar: coleta de conteúdo ruminal para análise laboratorial. Com o bovino contido por formiga e no brete de contenção abre a cavidade oral, puxa a língua para uma das laterais e introduz-se a sonda até que se alcance o rúmen. Chegando no rúmen a pessoa responsável pela bomba começa a bombear (rápida e constantemente) para retirar o ar do frasco de erlenmeyer e fazer uma pressão negativa consequentemente puxa o conteúdo do rúmen para o frasco. Para retirar a sonda retira-se de uma única vez e com cuidado para não cair no chão. Transfere o conteúdo para um Becker e observa-se o odor e a coloração (verde oliva), a decantação e divisão de camadas; excesso de gás não é normal. Pega-se 2 tubinhos e coloca a mesma quantidade de conteúdo ruminal em cada um deles (retirando com uma pipeta) e em um dos tubos pingamos 1 a 2 gotas de azul de metileno, homogenizamos e teremos um tubo verde e outro azulado. O tubo azul deve voltar ao verde oliva em no máximo 15 minutos. Com a pipeta coloca-se 1 a 2 gotinhas de liquido ruminal em uma lâmina, lamínula por cima e leva-se ao microscópio para observar e quantificar os protozoários. Pode ser na objetiva de 4 ou de 10. Sistema locomotor No exame semiológico do sistema locomotor devemos começar o exame a distância e uma das principais queixas é a claudicação (manqueira), não devemos nos deixar levar pela queixa principal pois ela pode ser secundaria, a pessoa pode ter observado mal ou ela pode estar apenas sugerindo (obvio que em claudicação severa onde o animal não encosta a pata no chão as dúvidas devem ser mínimas), devemos sempre examinar o animal. Claudicação sutil pode não ser percebida, pode ser descrita como uma dificuldade para realizar certo movimento ou diferença de hábito. Na inspeção visual observo se há adoção de postura antiálgica, se a distribuição do peso está igual nos 4 apêndices locomotores. Qualquer diferença de apoio pode ser percebido (dependendo do nível), como não apoiar nada (membro no ar), ou só apoiar a pinça (em equídeos, apoiar os posteriores alternadamente é normal. Se alternar com maior frequência ou maior tempo isso não é normal, nunca apoiar também não é normal). Devo observar se existem assimetrias (direito e esquerdo ou anterior e posterior) O animal diminui a carga no membro acometido e pode ter atrofia desses grupos musculares. Como ele passa a usar mais o outro lado este pode sofrer hipertrofia. ➢ Avaliação: ● Ruminante (Neve): se mostrou normal durante a inspeção visual. ● Equino (Oratória): se mostrou normal a inspeção visual. ● Equino (Sereli): se mostrou com o membro direito com aumento de volume no boleto (articulação metatarso falangeana, com metatarso, sesamóides proximais e falange proximal) do posterior direito e permanecendo apoiada por menos tempo nele (por sentir dor), a pata anterior direita projetada para frente (como forma de diminuir o peso). ● Equino (policia 1): se mostrou deitado pois apoiava em 3 patas (anterior direito não apoia). Quando o animal está em decúbito esternal ou lateral por mais tempo que o normal devo pensar que ele adota isto para diminuir o peso. A sobrecarga fica muito grande no membro contra lateral. Ele se lança para trás para aliviar o peso neste membro que está sobrecarregado. Ele tem presença de ulcera de decúbito (sinal de animal que passa mais tempo que o normal deitado) e isso pode indicar patologia de sistema locomotor. ● Equino (policia 2): observa-se deambulação, com aumento de volume dos posteriores, perna em pilão (boleto e quartela aumentados) e anterior direito (Carlos aumentados). A lesão dele foi no transporte. Presença de cicatriz no terço proximal do posterior esquerdo. Feridas nas patas. Quadros de clínica neurológica (convulsões). Toda vez que for avaliar os grupos musculares (observando ou palpando) é importante ter o animal apoiando o peso no apêndice (em descanso ele desce o corpo e já altera a conformação muscular). É melhor fazer a palpação e perceber a flacidez para afirmar a atrofia do que deduzir simplesmente porque o animal não apoia. As alterações podem ser: hipotrofia ou atrofia (por desuso) e hipertrofia (por excesso de uso). Devo perceber simetria (que é o normal) dos músculos do pescoço, peitorais, garupa, toracolombar e coxa face lateral e medial (pois do jarrete e carpo para baixo há pouca cobertura muscular). Devo avaliar a altura das tuberosidades sacrais, isquiáticas e ilíacas. Em animais de pelagem escura eu posso colar uma fita clara nas tuberosidades e avalio se os pontos correspondem. A palpação só é feita em animais extremamente confiáveis. ➢ Avaliação: ● Equino (Oratória): normal ● Equino (Sereli): atrofia de musculatura da garupa esquerda. Quando o animal parado não tem alteração eu devo avalia-lo na marcha pois o fato de ficar parado normalmente não indica que não tenha alteração. Ao avaliar a deambulação do animal eu observo a marcha e o trote. Devo submete-lo a superfície dura e a superfície macia e realização de círculos. ➢ Avaliação de marcha e trote: ● Equino (Oratória): presença de claudicação sutil, tem alteração ao fazer curva para a direita, ela levanta a cabeça quando apoia a mão direita no chão, isso indica presença de dor, é uma forma de diminuir o peso do apoio (se for torácico levanta a cabeça, se for pélvico abaixa a cabeça). Claudicação tem que ser consistente e persistente. Os equinos podem ter jeitos diferentes de olhar. ● Equino (Sereli): manca ao passo e ao trote. No passo tem elevação da garupa do lado direito e aumento da frequência respiratória aumentada por dor. Ela como todo animal idoso tem osteoartrose. O frio é ruim para o animal que tem osteoartrose. Não se movimentar também é ruim. Se for muito severa a movimentação deve ser com maior frequência e menor duração. Após avaliação visual inicia-se o exame físico do apêndice acometido (que se conseguiu ou não identificar). Devo saber qual estrutura está fazendo o animal mancar (casco, interior do casco, quartela, boleto, radio e ulna, tíbia e fíbula, úmero, fêmur, escápula ou osso coxal). ➢ Exame físico: ● Casco: preciso de limpador de casco e pinça de casco. Começo avaliando a qualidade (normal, úmido (esfarelado) ou ressecado (com rachaduras)) do estojo córneo. Depoiso formato (integro ou alterado, com ferradura ou sem ferradura e a posição da ferradura). Faço a percussão do casco e observo se há som oco (anormal) e/ou sensibilidade dolorosa (animais que apresentam tem processo inflamatório das linhas do casco, ex: na doença da linha branca, laminites ou que drenem secreção, e demasiado). A superfície pode estar irregular ou lisa (após ter sido grosado - lixado). Tento palpar e avaliar a intensidade do pulso da artéria digital palmar lateral e medial (se fizer muita força não sente o pulso pois fecha a artéria). O casco é formado pela parede do casco (região dos quartos, pinça e parede dorsal do casco), sola do casco, sulco lateral e medial da ranilha, sulco central da ranilha, sulco dos talões, bulbo dos talões e talões. Se eu tenho diferença da altura dos talões eu tenho um casco com desequilíbrio latero-medial. Para avaliar a parte ventral do casco eu devo limpa-lo com um limpador de casco. Vou fazer o exame com a pinça de casco como forma de palpação. Em animais com ferradura o local onde é inserido os cravos se chamam craveiras, vou com a pinça de casco examinar cada ponto da sola inclusive no ponto das craveiras. Avalio se o animal tem sensibilidade dolorosa. Em pequenos ruminantes não usa-se a pinça de casco pois se apertar o estimulo será exagerado e o animal sentirá dor. Eu palpo com as mãos e avalio o espaço interdigital. A sola do casco é macia. ● Coroa: observar se há ponto de drenagem. ● Bulbo dos talões: observar se há ponto de drenagem. ● Quartela: observar se há aumento de volume (lateral, medial, dorsal, palmar ou plantar) e qual a consistência, se há presença de dor, calor ou rubor, se à palpação demostra mimica de dor. ● Boleto: região onde há 2 articulações interfalangeanas (distal e proximal), quando suspeita-se de lesão na articulação pode-se realizar o teste de Flexão. Realizo a palpação dos ossos sesamóides proximais (ramos lateral e medial do suspensório do boleto se inserem no sesamóide), em suspeita de desmite (inflamação do ligamento) a palpação é fundamental. Flexiona-se a articulação metacarpo falangeana. Na frente palpa-se tendão extensor digital comum, na face palmar os ossos metacárpicos (2° e 4°), tendão flexor digital superficial (primeira estrutura após a pele), profundo, acessório do profundo e suspensório do boleto. Na articulação do carpo temos os ossos cárpicos e as articulações intercárpicas, mas não preciso da flexão máxima para palpar essas regiões. ● Radio e Ulna: começa a ter maior massa muscular e passa a ficar difícil a palpação dos ossos. Articulação úmero radio ulnar pode ser avaliada com uma leve adução e abdução, leve tração para trás (que movimenta a articulação escapulo umeral, é até uma das formas de aumentar a tensão na articulação escapulo umeral, puxa radio e ulna para trás e empurra olécrano para frente.) ● Úmero: articulação úmero radio ulnar e escapulo umeral, faz se o teste de flexão tracionando o para trás, extensão, adução, abdução. Se eu suspeito que o animal tem movimentação na patela entrelaça-se os dedos na patela e traciona levemente para trás. É um movimento que deve ser feito com muita segurança e confiança, o ideal é no brete de contenção ou com alguém fazendo mão de amigo do lado que estiver sendo examinado. A articulação coxo-femural de equinos é pouco examinada pela falta de facilidade de colocar em decúbito lateral, flexionar, estender, etc, mas existe a possibilidade de fazer esses testes apesar de serem incomuns. Em cavalos com desequilíbrio não se faz. ● Outros locais: Palpação da musculatura da coluna, movimentação de pescoço. Articulação sacro ilíaca deve ser palpada, para verificar se realmente não há dor flexiona-se o membro e palpa. ➔ Teste de Flexão: consiste em flexionar a articulação durante 1 a 2 minutos, evitando flexionar outras articulações e depois deambular o animal e verificar se há piora da claudicação. Sistema Nervoso Há alterações no sistema nervoso central, que são caracterizadas pela interferência no nível de consciência do paciente. Um paciente com encefalite, de origem infecciosa, bacteriana, viral, traumática, que ocasiona um aumento da região craniana e há edema cerebral, ou animal desenvolveu um abcesso cerebral ou neoplasias do sistema nervoso central. Ainda não é rotina na clínica diária o exame neurológico, pela dificuldade de exames para se fechar o diagnóstico. Não há como enviar o paciente para um exame mais elaborado, como tomografia, sem fazer o exame semiológico do sistema. É preciso estudar muito a neuroanatomia para que se seja capaz de localizar anatomicamente as partes e funções do SNC ➢ Sistema nervoso é composto por: ● Sistema nervoso central: principal órgão do corpo humano, mais nobre. É dele que vem todos os comandos ● Medula espinhal ● Pares de nervos cranianos: são 12: olfatório, óptico, oculomotor, troclear, trigêmeo, abducente, facial, vestibulococlear, glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso. ● Sistema nervoso periférico Se estou diante de um paciente com enfermidade cerebral ou medular (cervical, torácica, lombar, sacro, coccígea) eles apresentaram clínica diferente. Ex: lesão cervical geral tetra paralisia; se tenho lesão coccígea ele pode ter diminuição de reflexos retais. Quando se recebe um animal com clinica neurológica. Não se dá diagnóstico apenas com uma única observação, deve-se estudar o caso. Para animais de grande porte (equídeos e bovinos) não se tem nem a possibilidade de fazer um raio X de coluna, isso já nos limita no diagnóstico do caso. ➢ Objetivos: ● A doença é do sistema nervoso: Existem doenças primarias do SN (encefalite pelo vírus da raiva) e secundárias (encefalopatia hepática). Exemplo de doença não neurológica é uma estomatite grave que leva a sialorréia e o proprietário diz que o animal tem raiva, por isso é preciso ter cuidado com o que o proprietário diz e fazer o diagnóstico. Outro exemplo é quando chega o animal com claudicação e pode-se confundir o membro que ele claudica, por isso não se deve basear apenas naquilo que a pessoa que traz o animal fala pra você. ● Localização da (s) lesão (ões) no SN: Após caracterizar que é uma enfermidade do sistema nervoso é necessário localizar a lesão (ou lesões). Isto não é uma tarefa fácil, o ideal é sempre fazer necropsia de animal com sintoma neurológico, pois o ideal é que em rebanho se tente fechar um diagnóstico, pois podem ser zoonoses importantes. Por mais trabalhosa que seja a necropsia, é de extrema importância. Ex: vejo um animal mordido de morcego, não vou pensar em doença da vaca louca e sim em raiva, pois é mais comum. ● Formular diagnóstico diferencial realista, plano terapêutico e prognóstico. O plano terapêutico para animal com doença neurológica muitas vezes é apenas suporte, por exemplo um animal com herpes vírus deve-se melhorar o quadro e dar suporte. O prognóstico vai depender da patologia, raiva tem prognóstico ruim (o animal vai vir a óbito), botulismo e tétano tem prognóstico reservado, na maioria dos quadros neurológicos o prognóstico não será muito bom. Dificilmente ter um prognostico bom, apenas em caso de envolvimento de nervo periférico. ➢ Anamnese: ● Perguntas de acordo com a queixa principal sempre. ● Duração: desde quando o animal apresenta as alterações, evolução da doença (rápida ou progressiva). ● Afeta um ou vários indivíduos do rebanho ● Qual a idade do animal (jovem, adulto, idoso) ● O animal foi exposto a alguma substância toxica (Comum a intoxicação por organofosforado). ● Algum outro animal com grau de parentesco (hereditário) ou contato (infecto contagiosa) apresentou problemas semelhantes ● Qual a dieta, houve mudança brusca na alimentação. Comum contaminação por fungo em ração ou milho mofado. ● O animal foi vacinação, existem algumas que são importantes para prevenir doenças neurológicas. Ex: raiva, herpes vírus ● Histórico de viagem recente, dependendo pra ondeo animal foi, pode ser um local endêmico de alguma doença, ou pode haver queda do sistema imune devido o transporte. ➢ Estado mental (nível de consciência) e Comportamento: ● Córtex cerebral e Sistema Ativador Reticular (SAAR): são responsáveis pelo estado de consciência do animal ● Deve-se avaliar a resposta aos estímulos ambientais (luz, som) pois nossos pacientes não verbalizam. ● Normal é o animal estar em alerta. ● Avaliar comportamento: qualquer comportamento anormal deve ser registrado. ● Alerta, Apático (animal responde aos estímulos de forma mais lenta), Delírio (estado em que o animal vocaliza, mas não é comum na veterinária), Semi-coma e Coma (animal não tem consciência dos estímulos ambientais. No semi-coma tem resposta a dor profunda), hiperestesia (resposta exacerbada aos estímulos ambientais, como se estivesse muito sensível. Comum em tétano) ➢ Postura e posição do corpo em repouso: ● Cabeça: Inclinada (sistema vestibular) ou Virada (lesões Supratentoriais). Cuidado para não confundir com problemas no conduto auditivo ou enrijecimento do pescoço (opistótomo) ● Membros: base ampla (sistema vestibular, cerebelo e Medula Espinhal) ou espasticidade e/ou opistótomo (vias motoras e SNC). ● Tônus muscular apresentado pelo animal: tem ou não tem tônus. Paralisia flácida causa ausência de tônus. ● Claudicação: presença ou não. Ocorre claudicação leve em encéfalo mielite por protozoário. ● Tronco: Escoliose, Cifose e Lordose. Ruminante com dor abdominal pode adotar postura anti-álgica. ● Movimentos involuntários: Tremor e fasciculação muscular, Mioclonia (animal que apresenta movimentação rítmica de grupos musculares involuntários), Convulsões (totais ou parciais) ● Marcha: alguns animais não se consegue avaliar, como no caso de animais com paralisia. ➔ Espástico: é quando o membro está esticado, enrijecido. ➔ Tremor muscular: é uma tremedeira de diversos grupos musculares juntos. ➔ Fasciculação muscular: é um tremor muscular de intensidade bem leve. ➔ Malácia: é o amolecimento do tecido. ➔ Ataxia: é a incoordenação dos movimentos (cerebelo, sistema vestibular e vias sensoriais de medula espinhal). ➔ Dismetria: estimativa inadequada de amplitude e da força em atos musculares (amplitude dos passos) ● Hipometria: amplitude diminuída ● Hipermetria: amplitude aumentada ➔ Espasticidade: aumento de tônus muscular (lesões nos tratos de substância branca do tronco cerebral e da medula espinhal). ➔ Rigidez: associada a uma passada menor (lesões de SN periférico). ➔ Miotonia: contração muscular excessiva. Tem dor na palpação da musculatura ➔ Paresia (fraqueza neurológica): esforço muscular reduzido sem paralisia completa. Animal ainda é capaz de deambular, mas com fraqueza ➔ Claudicação: comum em alguns animais com patologias neurológicas ➢ Exames dos Nervos Cranianos: avalia as funções dos nervos cranianos e com isso se observa se há alteração ● I Olfatório: responsável pelo olfato. Para testar este nervo submetemos o animal a um odor forte (acetona, éter...) e o animal deve fugir deste odor. Pode fazer com várias substâncias em vários momentos diferentes para observar se o animal vai fugir do cheiro ▪ Anosmia: ausência do olfato ▪ Disosmia: diminuição do olfato ● II Óptico: responsável pela visão. Observar se a visão está normal ou não. ▪ Teste de ameaça: direciona o dedo em direção ao olho do animal e ele deve piscar (cuidado para não desviar ar em direção ao olho) ▪ Capacidade de desviar de obstáculos: faz um percurso com o animal onde há obstáculos ▪ Reflexo pupilar a luz: espera-se que o animal contraia a pupila de forma direta e consensual ● III Oculomotor: RPL, responsável pelo tamanho das pupilas (inerva a musculatura que dilata e contrai a pupila) e a posição do globo ocular. Lesionado pode gerar estrabismo lateral e ventral ▪ Miose: constração ▪ Midríase: dilatação ▪ Anisocoria: tamanhos diferentes das pupilas no animal Síndrome de Horner (desenervação simpática completa da órbita). É um conjunto de sintomas clínicos que cursam ao mesmo tempo, normalmente afetando um ou mais sistemas. Pupila miótica, prolapso de terceira pálpebra, ptose, enoftalmia, vasodilatação periférica, sudorese face e pescoço cranial. ▪ Enoftalmia: é retração do globo ocular ▪ Microftalmia: onde o animal já nasce com o globo ocular menor do que o normal ▪ Exoftalmia: é quando o globo ocular salta da órbita. Posição mais externa do globo ocular. Podendo ser completa, sendo assim necessária a cirurgia para colocação na orbita. ▪ Quemose: é edema de pálpebra. ● IV Troclear: lesionado gera estrabismo dorso medial ● VI Abducente: lesionado gera estrabismo centro medial e/ou exoftalmia ▪ Estrabismo posicional: é normal que com a movimentação da cabeça o cérebro demore um tempo para corrigir a posição do globo, se ele não corrige o animal apresenta o estrabismo posicional. ● V Trigêmeo: é responsável pela sensação facial (sensibilidade) e inervação motora para os músculos da mastigação. ▪ Avaliar os tônus da mandíbula e movimentos mastigatórios. ▪ Atrofia músculo Masseter ou Temporal. ▪ Reflexo palpebral e corneal. Ao utilizar o tonopen para medir a pressão da córnea, precisa usar colírio anestésico e com isso não se pode avaliar se está normal ou não ● VII Facial: é responsável pela parte motora dos músculos da expressão facial, paladar, salivação e a sensação cutânea dentro da orelha. ▪ Avaliar paralisia da face (assimetria) ▪ Avaliar quantidade de lagrimas (CCS), faz-se o teste de Schimmer ▪ Avaliar paladar: oferece comida de sabor desagradável esperando que o animal tenha reação ▪ Avaliar a sensibilidade do pavilhão auricular colocando algo no interior da orelha e observa se há movimentação da cabeça ▪ Avaliar a salivação: pega cotonete e mergulha em adrenalina e encosta na língua do animal e ele vai salivar. Ou se o animal se alimenta de alimento seco ele precisa salivar mais e pode se aproveitar desse alimento. ● VIII Vestibulococlear: é responsável pelo equilíbrio, movimento oscilatório e audição. ▪ Avaliar ataxia, cabeça inclinada (para qual lado), nistagmo (são movimentos oscilatórios dos olhos, que pode ocorrer centro dorsal, latero medial ou rotatório.) e desvios oculares ▪ Avaliar audição: fazer estimulo sonoro normal do dia a dia do animal, como por exemplo sacodir o pacote da ração sem que ele veja você mexendo na ração. ▪ Avaliar se o animal tem algum déficit no equilíbrio: provocar uma instabilidade e ver se ele se mantém. Se mantem uma base ampla de membros ● IX Glossofaríngeo e X Vago: são sensitivos e motor para faringe e laringe, respectivamente ▪ Avaliar disfagia, paralisia e paresia da Laringe. ▪ Avaliar alterações na vocalização, disfonia ▪ Reflexo de deglutição: coloca a mão na comissura labial, ele vai salivar e vai ingerir. Não oferecer alimento pois ele pode fazer via errada e asfixiar ▪ Reflexo toraco laríngeo: usando a endoscopia respiratória ou através do tato mas é mais difícil, precisa de muita experiência ● XI Espinhal acessório: faz a inervação motora do músculo Trapézio. ▪ Avaliar atrofia do músculo Trapézio: responsável pelo posicionamento do pescoço. Animais mais idosos mantem a cabeça o pescoço mais para baixo. ● XII Hipoglosso: faz a inervação motora da língua ▪ Avaliar controle muscular da língua: traciona a língua e espera-se que o animal recolha a língua novamente ▪ Avaliar atrofia ➢ Avaliação dos reflexos espinhais: ● Lesão neurônio motor superior: hiperreflexia, hipertonia seguida por atrofia muscular crônica (por desuso) ● Lesão neurônio motor inferior: hiporreflexia, hipotonia e atrofia muscular aguda (neurogênica) ● Reflexo do apêndice torácico e pélvico: fazer posicionamento com os membros esperando que o animal volte com o membro pra o lugar ● Reflexo anal: fazer estimulo para contração ● Reflexo cutâneo tronco: pinça hemostática em todoo tronco e espera-se o tremor da musculatura do subcutâneo ● Avaliar musculatura: se há atrofias musculares ● Avaliar micção e defecação: pode ter paralisia que afete a micção ou defecação ● Avaliar dor superficial e profunda Sistema Visual Para verificar se o animal está batendo ou desviando de obstáculos ao deambular, se há secreção ocular, postura antiálgica, se há incomodo na região dos olhos ➢ Manifestações clinicas: ● Animal bate nas coisas ● Corrimento ocular ● Olhos congestionados ● Alterações da cor, tamanho ou forma do globo ocular ➢ Equipamentos necessários para um exame ocular ● Transluminador ● Oftalmoscópio ● Lentes convergentes ● Tonometros ● Tonopen ● Teste de Schimer ● Teste de fluoresceína ● Bromoscopio ➢ Exame semiológico: ● Reflexo de ameaça ● Reflexo pupilar direto e consensual ● Reflexo palpebral ● Reflexo ocular vestibular ➢ Exame neurológico-oftalmológico ● Avalia os reflexos que são registrados como presentes ou ausentes e avalia os nervos. ➢ Testes ● Teste de Schimer: avalia produção de lagrima em mm de unidade em uma fita de papel. Valor normal é de 4,8 mm em 60 segundos ● Teste de fluoresceína: avalia a presença de úlceras e integridade da córnea ● Tonometria: avalia pressão ocular ➢ Exames complementares ● Gonioscopia ● USG ● eletrorretinografia
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