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Introdução 
 
➢ Métodos físicos utilizados na semiotécnica 
● Palpação: 
▪ Direta: com as mãos 
▪ Indireta: quando coloca uma luva e faz uma análise transretal para 
verificar a cavidade abdominal, sistema gênito-urinário etc. 
● Inspeção: onde se utiliza a visão podendo ser 
▪ Direta: olhar diretamente para o animal e perceber alguma alteração. 
▪ Indireta: é quando temos a necessidade de visualizar uma estrutura com 
o auxílio de um equipamento. Ex: endoscopia 
● Auscultação: com a utilização do estetoscópio. 
● Percussão: é um método físico utilizado onde vamos avaliar o som obtido 
através de um estímulo. Em grandes animais existe também a percussão 
dolorosa em que se avalia quando o animal é submetido há um estimulo e esse 
estimulo é um estimulo doloroso, se ele tiver uma alteração, vai produzir o som 
(gemido de dor), geralmente esse método é utilizado em casos específicos do 
sistema digestório. 
● Olfação: utiliza o nosso olfato para determinar alguns odores diferentes, mas 
determinadas espécies de animais eles exalam odores diferentes. Ex: bode 
 
➢ Exame clínico: 
● Identificação: nome, espécie, raça, sexo, idade, cor pelagem e peso vivo. Pode 
ser através de balança ou em grandes animais utiliza uma fita de perímetro 
torácico que estima o peso (margem de erro 5%). 
● Anamnese: é fundamental para obter dados do histórico do paciente. Regra das 
vogais: 
▪ Atenção: significa você estar focada naquele momento no paciente e ao 
mesmo tempo tem que ser atencioso 
▪ Estimular: estimular a pessoa que está fornecendo os dados a dizer a 
você a verdade, pode ser fazendo a mesma perguntas de formas 
diferentes. 
▪ Instigar: para a pessoa que está ali diga de alguma maneira o que 
realmente aconteceu 
▪ Observação: em relação ao paciente desde o primeiro momento 
▪ União: todos os dados que foram conseguidos durante a anamnese. 
● Exame físico 
▪ Geral: observar os parâmetros vitais do paciente 
❖ Frequência cardíaca (FC): pode ser aferida na área de ausculta 
cardíaca de preferência do lado esquerdo entre o 5° e 7° espaço 
intercostal 
❖ Frequência respiratória (FR): tem que ser aferida durante 1 
minuto. Pode se colocar a mão na frente das narinas, colocar o 
estetoscópio na traqueia cervical ou visualizar ou colocar a mão 
no flanco e observar a movimentação 
❖ Temperatura retal (TR): precisa aguardar entre 1min ou 1,5min. 
Tem que levar em consideração a temperatura e umidade do dia. 
❖ Coloração e umidade das mucosas aparentes: 
o Fêmeas: oral, vulvar e ocular 
o Machos: oral e ocular 
❖ Tempo de preenchimento capilar: até 2 segundo é normal. Se faz 
uma pressão na mucosa oral 
❖ Turgor cutâneo: quando se faz uma prega na pele avaliando a 
hidratação desse animal 
❖ Score corporal: (olhar tabela abaixo) 
❖ Postura: a postura normal dos animais de produção é em estação 
❖ Comportamento: se o animal esta alerta, apático, se ele responde 
ou não aos estímulos etc. 
▪ Específico: 
● Exames complementares 
▪ Hemograma 
▪ Raio-x 
▪ Ultrassonografia etc. 
● Diagnóstico 
● Tratamento 
● Prognóstico: pode ser bom, reservado ou ruim. É sempre melhor manter o 
proprietário informado. 
 
 
Tabela de Score Corporal: 
 
 
Tabela com parâmetros vitais: 
 
 
Contenção 
Equinos 
Engloba equinos, muares (cruzamento de equinos x asininos = burro e mula) e asininos 
(jumentos). Os muares e os asininos são mais sensíveis em uma contenção química. 
A contenção é feita para que possa ter mais segurança no manejo do animal evitando um 
acidente, tanto para o animal como para o veterinário. Em equídeos especificamente quando 
precisa ser feito um derrubamento, precisa fazer uma contenção química previa. 
➢ Contenção química: utilizado tranquilizante produzindo depressão no sistema nervoso. 
● Fenotiazínicos 
▪ Acepromazina: 
● Alfa2 Agonista 
▪ Xilazina 
▪ Detomidina 
▪ Ketamina 
● Benzodiazepínicos 
▪ Midazolam 
▪ Diazepam 
▪ Fenobarbital 
● Opióides 
▪ Morfina 
 
➢ Contenção física: refere-se a prática para deixar os animais “inofensivos” e restringir 
seus movimentos. 
● Dolorosa 
▪ Prega na pele (beliscão) 
▪ Cachimbo: instrumento que faz a torção do lábio superior e inferior 
produzindo uma dor considerável o que deixara o animal quieto; 
▪ Torção da orelha 
● Não dolorosa 
▪ Brete de contenção 
▪ Cabresto 
▪ Biqueira: conhecida como focinheira. Se o animal conseguir tirar a 
biqueira tem que colocar a cisgola associado que é uma cordinha que 
passa embaixo do pescoço. 
▪ Rosário: é um tipo um colar colocado no animal que impede o animal 
movimente o pescoço impedindo que ele tenha acesso ao abdômen 
ventral, apêndice pélvico etc. 
▪ Mão e pé amigo: realiza a contenção do membro posterior para impedir o 
coice do animal 
 
Bovinos 
➢ Contenção física: 
● Dolorosa 
▪ Brete de contenção 
▪ Peia 
▪ Mão e pé amigo 
 
● Contenção dolorosa 
▪ Torniquete 
▪ Formiga 
▪ Argola 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso
▪ Mão no septo nasal com orelha (bezerros) 
▪ Eletrochoque 
▪ Gancho para flanco 
 
 
Técnica de derrubamento 
Ovino e Caprinos: 
Mão direta/esquerda no apêndice torácico direito/esquerdo, a outra mão na prega da pele, 
suspende e sustenta o animal de forma que o animal fique em decúbito e depois amara as 
patas. Outra maneira é colocar o polegar na cavidade oral os outros 4 dedos no queixo do 
animal, flexiona o pescoço do animal a outra mão vai no flanco desequilibra o animal e coloca o 
animal em decúbito. 
 
Bovino e Bubalinos 
➢ Método Italiano: uma corda de 20m, divide ao meio, o meio da corda passa em cima do 
bordo dorsal do pescoço, fax um X no peitoral, passa a corda na face interna dos 
apêndices torácicos, faz um X na região final da coluna torácica, em seguida passa pela 
face interna dos apêndices pélvicos e depois duas pessoa tracionam simultaneamente 
as cordas e uma pessoa segura o cabresto para sustentar a cabeça, depois prende a 
cabeça no jarrete. 
➢ Método Burley: é muito parecido a única diferença é que não tem o X no peitoral 
 
Exame Semiológico Pele e anexos 
 
➢ Constituída: 
● Epiderme: epitelial superficial 
● Derme: intermediário 
● Hipoderme: profunda 
➢ Funções: 
● Defesa: contra agente químicos, físicos, microbiológicos 
● Termoregulação 
● Excreção: produção de hormônios característicos relacionados a épocas de 
reprodução ou relacionado a própria espécie. 
● Flexibilidade: é necessária para promover a movimentação natural dos animais. 
 
➢ Exame clinico 
● Resenha: nome, idade, espécie, raça 
 
➢ Anamnese: 
● Tempo de evolução 
● Forma de evolução 
● Se o animal já recebeu algum tratamento 
● Se o tratamento foi feito até o fim 
● Foi feita alguma mudança no manejo e/ou ambiente 
● Conhecimento se a doença ocorre somente em um indivíduo ou no rebanho 
também 
 
➢ Exame Físico: 
● Inspeção 
▪ Pelagem: 
❖ Sadios: os animais possuam uma pelagem lisa, macia, brilhosa, 
uniforme etc. 
❖ Enfermos: os animais podem apresentar pelagem opaca, pelos 
quebradiços, falhas simétricas ou não. É necessário ao fazer o 
exame físico que se anote onde tem falha na pelagem desse 
animal, se é localizada, generalizada, simétrica etc. 
❖ Mudas: o pelo tem um ciclo então tem a fase de crescimento 
depois começa a fase de regressão até cair. É normal na época 
mais fria do ano o animais terem uma pelagem mais espessa ao 
contrário do calor. Se o animal for mais gordo também influencia 
na espessura do pelo. 
❖ Atriquia: não tem crescimento definitivo do pelo 
❖ Hipertricose: aumento do crescimento do pelo, o comprimento do 
pelo está maior mas não significa que a qualidade do pelo está 
maior. Pode ocorrer do pelo encaracolar. 
❖ Hipotricose: diminuição do tamanho do pelo 
❖ Acromotriquia: ausência de pigmentação no pelo (na velhice é 
fisiológico a alteração do pelo) 
❖ Hipocromotriquia: diminui a pigmentação do pelo 
❖ Alopecia: áreas onde não há temporariamente o crescimento do 
pelo 
▪ Cor da pele: num mesmo animal pode-se ter várias cores. A pele 
despigmentada não é favorável para animais de produção,é um fator 
predisponente para desenvolver neoplasias do sistema tegumentar. 
❖ Albinismo: condição genética onde não há pigmentação em todo 
o corpo do animal 
❖ Vitiligo: é uma despigmentação que o animal começa a ter. 
❖ Pigmentação intensa: normalmente está relacionado a doenças 
endócrinas. Tem uma pele rosa e essa pele começa a escurecer. 
Pode ser em algumas áreas ou no corpo todo. 
❖ Hiperemia: vasodilatação periférica, deixando a pele 
avermelhada. Tem que se fazer uma vitropressão, quando se faz 
uma pressão sobre a pele e essa região enquanto está fazendo 
vitropressão ela fica esbranquiçada não é alteração de 
coagulação mas se a cor não muda pode se dizer que é uma 
alteração relativa a coagulação. 
❖ Cianose geral ou local: uma pele azulada ou arroxeada, 
geralmente associada a alteração na oxigenação. 
❖ Icterícia: pele fica com cor amarelada. Pode ser leptospirose ou 
doença hepática. 
● Palpação: numa pele que não está normal podemos encontrar espessamento 
(mm), é medido com um paquímetro. 
▪ Consistência 
❖ Sadia: turgescência 
❖ Firme: relacionado a fibrose 
❖ Dura: neoplasia de queratinócitos, por exemplo 
❖ Macio: em casos de edema, com o sinal de godet positivo 
❖ Mole 
❖ Áspera: ligado ao ressecamento da pele podendo haver alteração 
nas glândulas sebáceas e/ou sudoríparas, podendo estar 
aumentadas ou diminuídas. 
▪ Odor: as espécies tem um odor característico mas tem algumas 
situações na clínica que tem um odor característico. 
▪ Secreção 
❖ Sebáceas: o animal que tem aumento da secreção das glândulas 
sebáceas acaba ficando com placas de gordura na pelagem 
o Seborreia: placas de gordura na pele 
o Esteatose 
 
❖ Sudoríparas 
o Écrinas (Termoregulação) 
o Apócrinas (substâncias odoríferas) 
o Hiperidrose e anidrose: principalmente nos equinos onde 
essas glândulas ficam muito ativadas ou simplesmente 
elas podem para de funcionar. O animal fica com 
dificuldade na Termoregulação e a pelagem fica 
ressecada, fosca, descamação. 
▪ Edema: O animal tem sinal de godet positivo. Acúmulo de líquidos 
tissulares nos espaços intercelulares da pele e do tecido subcutâneo 
❖ Generalizado (Anasarca) 
❖ Localizados (Natureza mecânica ou inflamatória) 
▪ Enfisema 
❖ Consistência fofa 
❖ Presença de ar ou gases no tecido subcutâneo 
▪ Temperatura da pele 
▪ Eflorescências cutâneas 
❖ Erupções 
o Mácula: modificação limitada e circunscrita à cor da pele 
diâmetro <1,0cm 
o Mancha lesão cutânea plana: alteração na cor da pele 
>1,0cm diâmetro 
o Pápula: pequenos nódulos de diâmetro <1,0cm) 
o Placa: lesão cutânea elevada >1,0cm diâmetro 
o Nódulo: elevação circunscrita e sólida (podem ser 
palpados facilmente) 
o Urticária (lesão urticariforme): edema subepidérmico 
(elevação achatada) 
o Vesícula: acúmulo de líquido seroso sob a cama da 
superficial da pele 
o Bolha: vesícula com diâmetro >1,0cm 
o Pústula: vesícula contendo piócitos 
❖ Escama: células epidérmicas queratinizadas que se desprendem 
❖ Crosta: dessecamento de exsudato, poeira e pelos 
❖ Erosão: lesão deprimida, da epiderme 
❖ Úlcera: destruição da epiderme em todas sua espessura e parte 
da derme papilar 
▪ Inflamação da pele: tem que saber qual/quais camadas da pele estão 
sendo acometidas. 
❖ Exantema 
❖ Dermatite 
▪ Parasitas: se faz a inspeção da pelagem e exames complementares 
❖ Sarnas: demodex, sarcoptes etc. 
❖ Pulgas: existe pulga em animais de produção mas é muito menos 
comum 
❖ Piolhos 
❖ Carrapatos: boophilus, anocentor etc. 
▪ Dermatomicoses: na suspeita faz exames complementares como cultura, 
tricograma, histopatologia etc. 
❖ Microsporum spp.: a lâmpada de wood só serve para 
Microsporum canis 
❖ Trycophyton spp. 
▪ Dermatofitose 
▪ Prurido cutâneo 
❖ Coceira que possui várias origens 
▪ Piogranulomas e Granulomas 
 
 
 Sistema Respiratório 
 
 
 
➢ Divide-se em: 
● Trato respiratório anterior: 
▪ Coanas 
▪ Seios Paranasais 
▪ Faringe 
▪ Laringe 
▪ Traquéia 
● Trato respiratório posterior: 
▪ Traquéia 
▪ Brônquios 
▪ Pulmões 
▪ Pleura e espaço pleural 
▪ Diafragma 
▪ Parede torácica 
➢ Mecanismo de defesa (função): 
● Aquecimento e umidificação do ar inspirado 
● Manutenção da natureza e a funcionalidade das vias respiratórias 
● Impedir a entrada de agentes etiológicos e elimina-los imediatamente 
● Captar e inativar os agentes etiológicos que se tornam virulentos, após penetrarem ou 
ultrapassarem a mucosa respiratória 
● Oxigenação sanguínea 
● Eliminação do gás carbônico 
● Termorregulação 
● Fonação 
● Manutenção ácido-base 
● Defesas inespecíficas: barreira mecânica 
▪ Mucosa traqueobrônquica: Transporte mucociliar: 
❖ Partículas grandes (diâmetro maior de 10µm) 
❖ Partículas médias (diâmetro de 3 a 10µm) 
▪ Bronquíolos terminais, respiratórios e alveolares 
❖ Partículas menores que 3µm, eliminadas por expiração ou macrófagos 
alveolares 
● Defesa Especifica: 
▪ Defesa celular e mediada por anticorpos 
▪ Broncoalveolar: macrófagos alveolares 75%, linfócitos 20 % e neutrófilos 5% 
▪ Traquéia e brônquios: predominam os neutrófilos 
▪ Tecido linfóide associados aos brônquios 
▪ Fossas nasais: IgA 
▪ Broncotraqueal, bronquíolos e alvéolos: IgG 
▪ Muco possui enzimas proteolíticas (opsoninas) estimulantes de fagocitose 
 
➢ Fatores nocivos ao sistema respiratório: 
● Transporte prolongado, aglomeração de animais, umidade relativa e temperatura do ar 
elevadas e falta de agua 
● Queda repentina e brusca da temperatura do ar, diminuição da umidade relativa e 
presença de gases tóxicos (amônia, poluição ambiental) 
● Poeira (feno) 
● Corticoides 
 
➢ Exame físico: 
● Localizar em qual parte há o problema 
● Estabelecer se a sua natureza é congênita ou adquirida 
● Etiologia do processo (fungo, bactéria ou bactéria) 
● Secreção nasal 
● Tosse seca ou produtiva 
● Ruídos respiratórios anormais 
● Respiração rápida e superficial (taquipnéia) 
● Dificuldade respiratória (dispnéia) 
 
➢ Anamnese: 
● Problema individual/rebanho 
● Início do processo: surtos/casos esporádicos 
● Tempo/evolução: estabelecer a gravidade, patogenicidade e transmissão do agente 
etiológico 
● Tratamentos anteriores 
● Sinais clínicos x ambiente x manejo 
● Idade 
● Viagem ou transporte recente 
● Vacinação 
 
➢ Inspeção audiovisual da respiração: 
● Frequência respiratória: taquipnéia, bradipneia ou apneia 
● Ritmo repiratório 
● Atividade respiratória: eupneia, dispneia (inspiratória, expiratória ou mista) 
● Tipo respiratório: costoabdominal, costal (doença que afeta o sistema digestório – 
peritonite) ou abdominal 
● Profundidade (amplitude respiratória): hiperpnéia 
● Simetria de caixa torácica 
 
➢ Focinho, fossas nasais e seios paranasais 
● Secreção nasal: tipo, quantidade, cor, consistência, odor e corpos estranhos 
● Ar expirado: temperatura, força da corrente respiratória e odor 
● Fossas nasais: exploração externa e interna 
● Seios paranasais: inspeção, palpação e percussão 
 
➢ Laringe 
● Inspeção indireta e direta 
● Voz do animal 
 
➢ Traqueia 
● Inspeção (aumento ou depressão), palpação (para reflexo de tosse) e auscultação 
(normal – som suave e alto, secreção – som úmido) 
● Traqueobroncoscopia (endoscopia respiratória na traqueia) 
 
➢ Brônquios, pulmão e pleura 
● Exploração do tórax: inspeção, palpação e auscultação 
● Delimitação do campo pulmonar 
● Pleurodinia: dor na pleura 
 
➢ Limite pulmonar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Toracocentese 
● Limite inferior: veia torácica externa 
▪ Equino: borda anterior da 6ª e 7ª costelas 
▪ Bovino: borda anterior da 6ª costela 
▪ Suíno: borda anterior da 5ª costela 
 
➢ Exames complementares 
● Lavado bronco alveolar (LBA) 
● Aspirado trans traqueal (ATT) 
● Hemograma completo (fibrinogênio) 
● Raio X: bovino e equino adulto não há possibilidade de fazer, pois não há maquina 
capaz de fazer no Brasil 
● USG 
 
 
Deve se possível observar o animal de longe primeiro, pois o fato de conter já o faz modificar a 
respiração. 
 
Avalia-se:➢ Frequência respiratória (movimentos por minuto) através da movimentação do flanco. 
● Classificação da frequência respiratória (normopnéia, taquipnéia, bradipnéia ou 
apnéia (incomum de ocorrer)). 
● Presença de hiperpnéia (amplitude respiratória reduzida + taquipnéia). 
● A amplitude respiratória pode estar normal, reduzida ou aumentada 
▪ Aumentada: o animal tem respiração profunda 
▪ Diminuída: o animal tem respiração curta 
▪ Normal: equilíbrio entre inspiração e expiração 
● Posição do animal ao respirar: se está assumindo postura ortopnéica, tentativa 
de melhorar a respiração por extensão do pescoço, abdução dos cotovelos, 
narinas dilatadas, face ansiosa, cavidade oral entre aberta à aberta. 
● Presença de estridores respiratórios: sons audíveis sem a presença do 
estetoscópio e relacionado a obstrução de vias aéreas anteriores, que podem 
ser observados em animal em repouso ou em atividade física 
● Observar nos EQUIDEOS se apresentam uma linha de hipertrofia muscular que 
ocorre quando o animal tem afecção crônica (bronquiolite ou bronquite crônica 
por ex.) e necessita fazer um esforço maior da musculatura abdominal para que 
haja expiração. 
● Avaliar o ritmo respiratório, se está normal (inspiração, pequena pausa, 
expiração, pausa maior) ou seja, eupnéia; se não estiver normal eu classifico 
como arritmia respiratória (que ocorrem por alteração no centro controlador da 
respiração). Elas podem ser: 
▪ Cheyme Stokes: provocada por insuficiência cardíaca, intoxicação por 
narcóticos e lesões cerebrais. 
▪ Biot: enfermidades cerebrais ou de meninges. 
▪ Kuss Maul: coma, intoxicação por barbitúricos. 
➔ OBS: tenho dispneia (arritmia respiratória com produção de 
ruído) inspiratória e expiratória. 
● Avaliar a simetria de expansão torácica 
▪ Pequenos ruminantes e bezerros: observação por cima. 
▪ Equídeos e bovídeos: ou subir em local mais alto ou observar pela frente 
 
➢ Exame físico das narinas aos pulmões: 
● Narinas: avaliar os dois lados, a simetria, se há lesão externa, se há secreção 
(uni ou bilateral), o tipo de secreção (aquosa, mucosa, purulenta, sanguinolenta, 
muco purulenta, sero sanguinolenta...), a quantidade da secreção (ATENÇÃO: 
sempre se encontrará um filete de secreção, isto é a lagrima que está sendo 
drenada pelo ducto nasolacrimal), avaliar o fluxo de ar exalado (se está normal, 
aumentado ou diminuído uni ou bilateralmente), a temperatura e o odor do ar 
exalado(em infecções micóticas o odor é pútrido). Nos CAVALOS é possível 
abrir a narina e com lanterna ou não, é possível observar o orifício nasal, nos 
PEQUENOS RUMINANTES o orifício nasal é bem pequeno e muitas vezes é 
difícil de se examinar, os BOVIDEOS tem o plano nasolabial denominado Muflo 
e é normal eles colocarem a língua dentro do nariz. 
● Cornetos, ossos etmoidais, seios, laringe, traqueia, Carina e brônquios principais 
são avaliados apenas por endoscopia; a nossa visão é limitada. 
● Seios paranasais: avaliar simetria e na percussão digito digital ouvir um som 
claro a timpânico; se houver assimetria por aumento eu relaciono a infecção por 
algum microrganismo e faço a palpação avaliando presença de calor, dor, 
consistência, presença de secreção... e faço a percussão sonora que será digito 
digital (não necessita martelo plexímetro) o som deve ser de sub maciço a 
maciço; se houver assimetria por diminuição eu relaciono a traumas. 
● Linfonodos regionais: tamanho, posição, consistência. 
● Laringe: cartilagens, se estão normais ou se há aumento (se é localizado ou 
difuso e à palpação avaliar calor, dor, consistência) 
● Traqueia extra torácica: inspecionar a presença de aumento, palpar os anéis 
para presença de dor ou calor, palpar para perceber o tamanho (pode ocorrer 
hipoplasia traqueal, traqueia de tamanho diminuído), auscultar a traqueia. 
Realizar pressão na traqueia com a mão em forma de C para aferir a presença 
de tosse e classificar a frequência da tosse e se é seca (relacionada a processos 
alérgicos ou traqueites) ou produtiva (relacionada a presença de grande 
quantidade de muco e secreção). 
▪ Nos EQUIDEOS existem as bolsas guturais (uma dilatação da tuba 
auditiva que produz muco que é drenado para a nasofaringe), se a 
drenagem está normal eu só percebo por endoscopia, mas preciso 
avaliar se há distensão uni ou bilateral através da visualização e 
palpação. Em POTROS é comum ter a distenção da bolsagutural por ar 
(é um defeito na entrada da bolsa gutural), na palpação é fria e de 
consistência elástica. Diante de infecção vou ter calor, dor, aumento de 
volume e na endoscopia a visualização da saída de secreção (o 
endoscópio só entra na bolsa com ajuda de pinça), é comum o 
surgimento de epistaxe severa. 
 
➔ Hemoptise é sangue na boca, ele foi deglutido e está saindo 
na boca. 
● Costelas, músculos intercostais, musculo diafragma, pleura parietal e visceral: 
palpar para verificar a integridade das costelas, para perceber se o paciente tem 
dor, se há região com calor, para perceber presença de ar (crepitação) ou liquido 
na pleura (casos de pleurite). 
● Pulmões: ausculta (em cada espaço intercostal no mínimo 2 movimentos 
respiratórios no sentido craniocaudal e dorsoventral) e percussão (com martelo 
plexímetro nos espaços intercostais). Som mais claro sempre na região central. 
 
Limitar a área pulmonar: 
▪ Equideos: Cranial: área de tronco pulmonar caudal a espádua. 
Dorsalmente: 2 palmos da coluna vertebral. Caudo ventral, Traçar 4 
linhas horizontais imaginarias (tendo como pontos de referência a 
tuberosidade coxal, tuberosidade isquiática, articulação escapulo umeral 
e olecrano) e depois fixar pontos nestas linhas (na altura do 16º espaço 
intercostal, no 14º, no 11º e no 9º), ligar os pontos. Equinos têm 18 
costelas. 
▪ Ruminantes: lado direito e esquerdo diferem. Traço 3 linhas horizontais 
(tendo como referência a tuberosidade coxal, tuberosidade isquiática e 
articulação escapulo umeral) e marco os pontos (lado esquerdo – 11º, 9º 
e 6º. lado direito – 12º, 9º e 6º). Bovinos têm 13 costelas. 
OBS: se observar na percussão uma linha de som maciço isto indica efusão pleural 
(conteúdo liquido no espaço pleural), se ainda houver dúvida eu coloco o paciente em 
inclinação e percebo se a linha partiu de horizontal para vertical. Áreas de som maciço são 
comuns em tuberculose e pneumonia (pois há formação de abcessos. Posso ter som sub 
maciço em áreas de fibrose pulmonar (que diminui a complacência – capacidade de 
expansão- pulmonar e é comum surgir com a idade). 
OBS: posso usar o saco de re-respiração (re-inalação), que não deve obliterar a respiração 
do animal, o animal vai estar inalando o próprio ar exalado (rico em gás carbônico) e fará 
maior esforço para respirar, ao retirar o saco ele faz 3 respirações mais profundas e o som 
que é baixo fica mais audível à ausculta. O animal normal deve reestabelecer o ritmo 
respiratório após 3 respirações mais profundas. Animais com lesões em parênquima vão 
demorar mais movimentos para voltar ao normal. 
 
 
 
Digestório de Equídeos 
 
Equídeos não possuem vesícula biliar, lançando a bile direto no intestino. Permanecem 
18horas do dia se alimentando em pequenas porções, pois o estomago tem pequena 
capacidade volumétrica. Por isso cavalos em estábulos tem como tendência maior a alterações 
digestivas. 
➢ Considerações Anatomofisiológicas: 
● Estômago (8,5%) 
● Intestino delgado (30,2%) 
● Ceco (15,9%) 
● Cólon maior (38,4%) 
● Cólon menor (7%) 
 
➢ Alimentação: recomendado 1 Kg de concentrado para 100Kg de peso vivo. A ração deve 
ser bem fornecida, no máximo 2 Kg de cada vez, tendo 2 h no mínimo de intervalo. A 
Ração deve ser fornecida antes do volumoso 
● Tipo: a ração normalmente é peletizada 
● Quantidade e frequência 
● Consistência do alimento 
● Composição / Percentual de nutrientes da ração e forma de administração. 
Equídeos não digerem lignina. Todo equídeo que tem cólica está associado ao manejo. A 
alimentação tem que ser fornecida de acordocom o exercício físico e o escore corporal do 
animal. Cavalos jovens recebem dieta mais rica em proteínas e cavalos idosos não necessita 
de ração tão proteica. Éguas amamentando e animais atletas requerem ração mais energética, 
se o animal necessita de mais energia, a ração não pode ser somente de carboidratos, deve 
ser acrescido óleo na ração. 
 
➢ Apetite: 
● Prazer ao ingerir os alimentos: animais que se alimentam muito devagar podem ter 
problemas na cavidade oral 
▪ Normorexia 
▪ Polifagia: aumentado 
▪ Inapetência: diminuído 
▪ Anorexia: ausente 
● Ingestão hídrica: 
▪ Normodipsia 
▪ Hipodipsia 
▪ Adipsia 
▪ Polidipsia 
● Preensão do alimento: feita com os lábios e cortam o alimento com os dentes incisivos 
▪ Solípede 
▪ Verificar a regularidade da preensão 
● Mastigação: é feita com os molares. O alimento é umidificado com a saliva, se o 
animal ingerir o alimento muito rápido, pode causar uma obstrução esofágica. 
● Insalivação: tem como função umidificar o alimento 
▪ Glândulas Salivares 
▪ Submaxilares 
▪ Sublinguais 
▪ Parótidas 
▪ Glândulas da mucosa da boca: bucal, labial, lingual e palatina 
▪ Sialorréia/Ptialismo: 
▪ Aptialismo/Hiposialia 
● Deglutição 
▪ Reflexo para deglutição 
▪ Disfagia 
● Digestão e absorção 
 
➢ Cavidade Oral: com o auxílio das mãos e/ou com espéculos orais (Cunha bucal, argola 
bucal ou abre-boca). Deve-se avaliar a temperatura, sensibilidade, cor, odor e condições 
dos dentes, lesões 
● Exploração externa: inspeção e palpação 
● Exploração interna: inspeção e palpação 
 
➢ Faringe Bolsa gutural: problemas podem levar a disfagia 
● Exploração externa e interna 
● Inspeção: verificar a presença de abaulamentos difusos ou circunscritos da região 
● Palpação: sensibilidade, temperatura e consistência 
 
➢ Esôfago: difícil de palpar, no lado esquerdo da região cervical. Não é comum equinos 
ingerirem corpos estranhos mas gosta de frutas. 
● Exploração externa: inspeção e palpação 
● Exploração interna: sondagem nasogástrica, observar a coloração da mucosa, se há 
estenose esofágica, geralmente causada por trauma. Se tem obstrução no esôfago. 
 
➢ Estômago: não se faz inspeção externa do estomago, somente inspeção visual indireta: 
gastroscopia. Pode-se fazer o uso da sonda nasogástrica para avaliar refluxo espontâneo 
que só ocorre na dilatação gástrica e observar quantos litros foi obtido desse refluxo. 
Avaliar o Ph, consistência, odor e coloração do conteúdo e se há presença de gás. 
 
➢ Abdômen: avaliação da dor abdominal, classificação Leve: paciente suporta o 
desconforto, contínua ou intermitente Moderada: capacidade de suportar o desconforto 
insuficiente, paciente busca alívio, contínua ou intermitente Severa: atitudes violentas 
contínua ou intermitente 
● Inspeção: Volume e forma 
▪ Sobrecarga de alimentos: aumento de volume e modificação da forma 
▪ Acúmulo de gás: aumento do perímetro do abdome 
▪ Ascite: aumento do perímetro do abdome na região inferior e zonas altas ficam 
deprimidas 
▪ Retenção de urina: aumento da região pré-pubiana 
▪ Tumores 
▪ Diminuição do volume do abdome 
● Palpação 
▪ Temperatura 
▪ Sensibilidade 
▪ Tensão da parede 
▪ Estado físico do conteúdo 
● Percussão 
▪ Dolorosa: com martelo pneumático em caso de suspeita de peritonite 
▪ Acústica: se há presença de gás 
● Auscultação: 
▪ Quadrantes abdominais 
 
➢ Intestino 
● Topografia 
▪ Jejuno: flanco esquerdo (pequeno segmento) 
▪ Ceco: flanco direito 
▪ Cólon maior direito: flanco direito cranial ao ceco (médio e ventral) e região 
umbilical 
▪ Cólon maior esquerdo: flanco esquerdo médio e ventral e região umbilical 
▪ Cólon menor: flanco esquerdo dorsal 
● Inspeção 
● Palpação 
● Percussão 
● Auscultação 
● Exame retal 
▪ Aorta, rim esquerdo, ligamento nefroesplênico, baço, região inguinal, cólon maior 
esquerdo, pelve, ceco, cólon menor, peritônio 
 
➢ Exames complementares: 
● Coproparasitológico 
● Endoscopia 
● USG 
● Avaliação de enzimas hepáticas 
● Biópsia hepática 
● Hemograma completo (sempre com fibrinogênio) 
● Laparotomia exploratória 
 
Digestório de Equinos 
 
Depois da anamnese precisamos avaliar a presença de dor abdominal, se sim, precisamos 
caracterizar essa dor (continua ou intermitente; leve, moderada ou severa). O veterinário 
identifica o grau da dor através da mimica de dor que o animal apresenta (rolar, brincar com a 
água sem ingerir, elevação do lábio superior- reflexo de Flehmen, tateia o solo, se joga contra a 
parede e contra o solo, olha para o flanco, escoiceia o abdômen, demonstra áreas de 
sudorese, pode adotar postura alterada - como de micção ou esticada). 
Ao olhar para o animal eu observo o volume e forma do abdômen, pois se ele estiver muito 
distendido, é provável que o animal esteja com distensão das alças intestinais ao invés de ter 
laceração de língua, por exemplo; observo também alterações de lábios e língua (língua 
protusa pode ser indicio de doença neurológica). 
Quanto ao apetite eu recolhi dados da anamnese, mas posso também oferecer alimento ao 
animal para averiguar o apetite e observar a apreensão (equinos apreendem pelos lábios 
superiores e inferiores), o corte, à mastigação, a insalivação (em casos de alimentos secos ele 
deve aumentar a salivação), a deglutição (animal que apresenta disfagia tem dificuldade na 
deglutição do alimento). 
OBS: Alguns cavalos que têm alterações dentárias e recebem capim muito fibroso, fazem como 
se fosse chiclete de Capim e depois cospem, isto é um sinal para mudança de dieta, pois 
podem surgir problemas secundários. 
 
➢ Exame físico: nem todas as estruturas anatômicas serão possíveis de se analisar com o 
que se tem disponível na semiotécnica (ex: estomago de equídeos não conseguimos palpar) 
● Cavidade Oral: observar se há alteração na parte externa dos lábios, palpar dentes 
molares superiores (externamente) que não devem ter arestas dentárias (pontas), 
observar se há lesões na junção muco cutâneas (é comum surgimento de ulceras 
nesta junção quando o animal tem ulcera gástrica) ou nas comissuras labiais (por 
trauma direto - embocadura, ou lesão por actinomyces). Avaliar se a abertura esta 
normal (apenas em caso de trismo mandibular - ocorre no tétano - o animal não 
abre a cavidade oral normalmente) avaliar (internamente) a parte inicial levantando 
os lábios superiores e inferiores (observo incisivos superiores e inferiores, mucosa, 
gengiva, dentes caninos), avaliar (internamente) a cavidade oral com o espéculo 
oral ou segurando a língua e fazendo tração (firme, porém não bruta para não 
lesionar os ossos de base da língua) e apoiando a mão onde não tem dentes, faço 
a palpação dos molares (internamente) e avalio desgaste dentário. O exame da 
cavidade oral com o espéculo deve ser breve, pois provoca dor na articulação 
temporomandibular. 
 
▪ À direita: espéculo oral para equinos com platô maior (para animais idosos, 
com dentes incisivos mais protuberantes). 
▪ À esquerda platôs diversos de cima para baixo: para animais jovens (dentes 
incisivos são menores), para o espaço interdentária (para avaliar os dentes 
incisivos), para animais adultos (dentes incisivos um pouco maiores). 
 
➢ Forma de uso: sempre a cremalheira deve estar para baixo, coloca- se com a mão pelo 
lado, ajusta a altura para fica bem apertado, o platô deve estar firme para dar 
estabilidade aos dentes, e faz-se a abertura por igual do espéculo oral. 
● Após esta abertura mecânica observa-se a cavidade oral e faz-se a palpação dos 
dentes incisivos, pré-molares e molares. 
➔ Geralmente usa-se uma sedação leve para relaxar o animal 
(pois ele fica tentando fechar a boca). 
● Pode-se puxar a língua (levemente) ou contorna-la. 
● Normalmente os dentes devem ser retos (sem pontas), pois na natureza o cavalo 
vez por outra come pedras ou capim mais fibroso, o que faz o desgaste do dente e 
evita essas pontas que podem lesionar a língua ou mesmo a cavidade oral. 
 
➢ Faringe: vamos avaliar naregião da garganta, na parte externa, observando se há 
aumento de volume, se este aumento é difuso ou localizado, se há dor à palpação, se tem 
calor, a consistência, porém a visualização da parte interna da faringe é apenas por 
endoscopia. 
 
➢ Esôfago: fica na borda ventral a traqueia e a esquerda, podemos oferecer alimento ao 
animal e observar a deglutição (o alimento passa no esôfago cervical, que é o único que 
podemos examinar). Se eu suspeito de corpo estranho com aumento de volume eu posso 
passar a sonda nasogástrica (meço o ponto da obstrução externamente e passo a sonda para 
confirmação), se ela não for adiante eu não devo forçar. Posso analisar o esôfago também por 
utilização do endoscópio (visualização endoscópica) onde é necessário insuflar o esôfago para 
avaliar coloração de mucosa, presença ou não de lesões, se há estenose na parte ventral e/ou 
dorsal (diminuição da luz esofágica), animal com estenose pode ter regurgitação (no caso dos 
equinos o alimento sai pela narina, pois o palato mole dele é muito desenvolvido, o alimento 
então sai pela nasofaringe) e disfagia. 
 
➢ Estômago: não posso palpar nem auscultar nem percutir, posso fazer inspeção indireta 
através da gastroendoscopia (deve-se estabelecer jejum solido e hídrico), posso avaliar o 
conteúdo do estômago através da sondagem nasogástrica (presença de ar, presença de 
refluxo espontâneo, cor, odor, consistência, Ph e volume). 
● Como fazer: Passar uma sonda limpa e nova, podemos lubrificar com lidocaína 
gel, água, gel aquoso (nunca lubrificar com óleo mineral ou vaselina liquida, pois 
se por algum motivo a sonda for para a traqueia, às substâncias oleosas podem 
irritar e inflamar a traqueia), se o animal estiver com muita dor eu posso e devo 
fazer uma sedação leve, se o animal não for cooperativo eu posso e devo fazer 
contenção física dolorosa. Devo sentir uma resistência leve. Ao chegar ao 
estômago eu escuto barulho de gases e se assoprar sinto o cheiro do conteúdo 
estomacal. Para retirar a sonda fecho o orifício externo e gentilmente a retiro sem 
deixar que caia. 
 
➢ Abdômen/ Intestino: verificar volume e forma, realizar a palpação (onde não será 
possível identificar qual o conteúdo esta nas alças intestinais) que vai me sinalizar uma 
peritonite (a tensão da musculatura abdominal será maior), percussão (que só é válida 
quando tenho um abdômen distendido por gás, o som que vou ter será timpânico, mais 
alto que som claro) e auscultação que é muito importante, pois verifica movimentos 
precursores, se há presença maior de líquido, de espasmo intestinal, de gás, etc. 
● Como fazer a ausculta (são diferentes focos): 
▪ Lado esquerdo do animal: quadrante dorsal esquerdo parte caudal (ausculta 
de cólon menor), parte cranial (ausculta intestino delgado), 3 focos de 
ausculta no quadrante ventral esquerdo (ausculta cólon maior esquerdo). 
▪ Lado direito do animal: quadrante dorsal direito na altura da tuberosidade 
coxal (ausculta da descarga cecal que ocorre 1 a cada minuto), área de 
transição de quadrante dorsal direito e quadrante ventral direito (descendo o 
foco, corpo do ceco), quadrante ventral direito 2 focos (ausculta de cólon 
maior direito ). 
➔ Equinos sentem cócegas na região da virilha, nunca se deve colocar 
a mão inicialmente nesta região, para ele perceber você e evitar 
acidentes. 
 
➢ Paracentese abdominal é a coleta de liquido peritoneal, traçar uma linha mediana entre 
cartilagem xifóide ate cicatriz umbilical, ponto mais ventral, tricotomia, antissepsia, introduzir 
transversalmente uma agulha 40x12 ou um dreno de cateter n° 14, pode fazer botão de 
anestésico local, mas não é necessário, pego um tubo de tampa laranja e outro de tampa roxa 
e avalio o aspecto físico do liquido peritoneal (a cor normal é amarelo palha e translúcido), a 
amostra do tubo de tampa roxa (EDTA) vai para o laboratório para citologia e o de tampa 
vermelha ou laranja eu mando para analise bioquímica (se for o caso). 
 
➢ Ânus: verificar coloração de mucosa se há lesões, se há prolapso, se o esfíncter esta 
com contração normal. A partir do ânus faço a palpação retal. 
➔ Avaliar se o animal esta evacuando com frequência normal e avaliar 
as fezes (consistência, odor, cor que varia de acordo com a 
alimentação, presença de muco e a quantidade (muito muco indica 
que essas fezes permaneceram tempo maior do que o que deveria 
num determinado segmento do intestino), presença de parasitas, 
etc.). 
 
Sistema Digestório de Ruminantes 
 
São poligástricos. Em fase de lactação não são considerados ruminantes verdadeiros por conta 
da goteira esofágica, o leite cai diretamente no abomaso. Para estimular o início da 
alimentação mais cedo, oferece alimentos bem tenros de fácil digestão. O Rúmen ocupa 2/3 da 
cavidade abdominal, principalmente do lado esquerdo. 
Ruminantes não são seletivos o que pode acabar levando a ingestão de corpos estranhos. Já 
os caprinos são bem mais seletivos. 
 
➢ Exame: 
● Cavidade Oral: apreensão, mastigação e insalivação. Com o auxílio das mãos e/ou 
com espéculos orais (Cunha bucal, argola bucal ou abre-boca). tem que observar se o 
animal está se alimentando direito. Naturalmente, animais que ingerem alimentos com 
menos teor de umidade como ração e feno, produzem mais saliva, porém sialorréia ou 
ptialismo não são normais. 
▪ Exploração externa: inspeção e palpação 
▪ Exploração interna: inspeção e palpação 
❖ Deve-se avaliar a temperatura, sensibilidade, cor, odor e condições dos dentes, 
lesões 
❖ Faringe: visualizar se há aumento de volume, se há tosse. Para observar a 
faringe usa-se o endoscópio. 
❖ Esôfago: tem atividade antiperistáltica. Fazem em torno de 40 a 60 movimento 
de ruminação por minuto, ficam pelo menos 4h do dia ruminando e esse tempo 
tem a ver com o tipo de alimento ingerido. Tem que verificar se há aumento de 
volume e a sua extensão, fazer a palpação. 
 
➢ Anamnese e Exame do Ambiente: avaliar o pasto, verificando se está limpo, se tem 
plantas toxicas 
● História recente da doença e manejo do animal 
● Apetite 
● Tratamentos prévios e resposta 
● Natureza e volume fecal 
● Inspeção da água e alimentos oferecidos aos animais 
 
➢ Exame à distância: 
● Hábitos: alterações no comportamento normal. 
● Apetite e a presença / ausência ruminação 
● Inspeção a defecação/fezes 
● Inspeção da silhueta abdominal: contorno 
▪ Timpanismo espumoso: conteúdo ruminal com bolha de gás, preenche todo lado 
esquerdo 
▪ Timpanismo gasoso: observa-se aumento no flanco esquerdo 
● Região umbilical: observa se há hérnias 
● Região anal: observar se há prolapso 
● Movimentação da parede abdominal 
 
 
➢ Exame do abdome esquerdo: o conteúdo ruminal é uma estratificação em camadas, na 
parte mais ventral é liquido com partículas mais pesadas e no meio partículas mais leves 
e na parte mais dorsal existe gás (metano). Se o alimento possui muito carboidratos 
solúveis, ou é muito modificado, essa estratificação não existe levando ao favorecimento 
de alguns microrganismos. 
● Inspeção fossa paralombar e região lateral: contrações do rúmen 
● Palpação do rúmen: pode-se palpar a parte mais ventral. 
● Auscultação: avalia o estado funcional 
▪ Intensidade: baixa ou alta 
▪ Duração: ciclo ruminal completo ou incompleto 
▪ Frequência: pode variar de acordo com o alimento mas o normal é de 2 a 3 
movimento ruminais em 4 minutos 
● Percussão com auscultação simultânea: verificação de vísceras com gás 
▪ Pings: som alta tonalidade (sino) 
▪ Pongs: som de baixa tonalidade (tambor) 
● Baloteamento com auscultação: para perceber se há liquido, também pode ser feita a 
sucção. 
 
➢ Exame do abdome direito: deve-se fazer o mesmo procedimento anterior no lado direito 
● Inspeção 
● Palpação e Baloteamento 
● Auscultação 
● Percussão com auscultação simultânea 
● Detecção e localização de dor: 
▪ Prova da cernelha: ao pressionar a cernelha, o bovino abaixa e poderá se escutar 
um gemido do animal 
▪ Prova do bastão: usar um bastão para fazer pressão no retículo,verificando se há 
dor 
▪ Percussão dolorosa: com um martelo pneumático 
 
➢ Exame do conteúdo ruminal: por sondagem orogástrica, acoplando um frasco de 
laboratório e começar a bombear, trazendo por pressão o conteúdo ruminal para o frasco. 
Esse conteúdo deve ser bem armazenado, se for observado algum tempo depois. 
Observa-se: 
● Cor: cor normal é verde oliva 
● Consistência: se há estratificação 
● Odor: 
● Ph: o normal é neutro 
● Nível de atividade dos protozoários: coletar uma gota do líquido ruminal e observa no 
microscópio. O normal é encontrar de 6 a 8 protozoários por campo e que estejam se 
movimentado. 
● Determinação da concentração de cloretos: inferior a 30 mEq/L 
● Redução do azul de metileno (Potencial Redox): pingar 1 gota no controle e no 
conteúdo ruminal ficando azul, deve-se avaliar o tempo de retorno para a cor original 
que deve ser de até 15min. Se for superior a 15 minutos quer dizer que grande parte 
das bactérias estão mortas. 
 
➢ Exames complementares: 
● Paracentese Abdominal: coletar o liquido peritoneal 
● Laparotomia exploratória 
● Avaliação hepática: AST e CK 
● Detector de metais 
● Exame de fezes 
● Hemograma 
 
 
 
 
 
 
 
Digestório de Ruminantes. 
 
Comumente vamos receber críticas relacionadas ao apetite (falta ou diminuição); dificuldade de 
ganho de peso ou perda de peso. Quando chegamos para ver o animal o ideal é primeiro 
observa-lo onde ele vive (sem contenção). 
➢ Anamnese buscar: se afeta apenas um indivíduo ou mais (doença de rebanho, comum 
nas diarreias dos bezerros), examinar o ambiente, a infraestrutura, se o animal vive em 
ambiente úmido, com pouca ventilação, bezerros de idades diferentes juntos, onde o mais novo 
não tem a mesma resistência que o mais velho, podemos observar diarreias, observar a 
sujidade da diarréia no animal (membros posteriores ou cauda) ou no ambiente (paredes e 
chão); percorrer o pasto para observar se é limpo, se tem plantas tóxicas invasoras; observar 
as fezes, a frequência de evacuação, se há tenesmo, a textura das fezes e a quantidade, 
observar se os animais tem acesso à sacos plásticos (em caso de manejo incorreto com 
carência nutricional é comum pequenos e grandes ruminantes terem esta prática), observar o 
local onde se armazena o alimento (as vezes é muito úmido, muito sujo, ou o alimento é mal 
armazenado), observar o tipo, a frequência e a qualidade do alimento (pode ocorrer presença 
de micotoxina, coleta-se ração e leva para análise em universidade), observar a qualidade, 
quantidade, disponibilidade e frequência da água oferecida para os animais (o ideal é que seja 
oferecida a vontade, sem limitações). 
➢ Exame físico: antes de começarmos a examinar desde a cavidade oral até o ânus 
devemos observar se há ruminação (se não estiver presente o animal pode estar em jejum ou 
com alteração gastrointestinal), lembrando que contido o animal diminui a frequência ou até 
mesmo paralisa a ruminação. O ideal é que o ruminante faça de 50 a 70 movimentos ruminais 
por minuto. 
Identificar a presença de dor, porém algumas espécies sinalizam mais (caprinos berram, ficam 
inquietos, deitam e levantam várias vezes) através da mimica de dor e outras menos (bovinos e 
ovinos não berram tanto, adotam postura antiálgica para a dor abdominal - arqueamento da 
coluna vertebral, cifose- para diminuir o peso das vísceras sobre o local dolorido). 
Identificar alteração na silhueta abdominal pode sugerir a víscera afetada; Ex: alteração no lado 
esquerdo dorsal sugere enfermidade ruminal. Identificar sialorréia me sugere lesões de 
cavidade oral fratura de dentes, estomatite ou mesmo corpo estranho no esôfago. Identificar 
disfagia me sugere alteração na faringe ou esôfago. 
● Cavidade Oral: na parte externa observar presença de alteração, lesão, língua protusa 
(se observar alteração faz-se palpação para verificar presença de dor, calor e qual a 
consistência). Internamente vamos examinar dentes incisivos inferiores, bochechas 
com papilas cônicas, língua, palato duro, e a ausência ou presença de trismo 
mandibular. Para abrir a cavidade oral podemos: 
▪ Colocar a mão pela lateral onde não há dentes. 
▪ Usar um cano PVC inserido horizontalmente. Porém vamos observar apenas a 
porção anterior da cavidade oral (dentes incisivos, parte da bochecha e língua (se 
puxar levemente)). 
▪ Usar espéculo oral ou abridor de boca. Onde será possível observar toda a 
cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ O espéculo da esquerda entra inclinado depois fica na vertical; porém só pode 
ser utilizado em bovinos adultos. 
❖ O espéculo da direita pode ser usado em ruminante de qualquer tamanho pois 
tem a possibilidade de ser ajustado à abertura da cavidade oral. A 
desvantagem dele está no peso, preciso de um examinador para conter o 
animal, um para segurar o espéculo e um terceiro para rodar e ajustar a 
abertura. 
❖ Nenhum dos espéculos devem ser retirados brutalmente pois podem ocasionar 
fraturas. 
 
 
Esta ferramenta é utilizada quando deseja-se fazer um desmame 
forçado do bezerro pois cada vez que ele vai mamar espeta a 
mãe e ela sai de perto dele. É como se fosse uma argola que se 
prende ao septo nasal do bezerro. 
Isto é uma forma rude de fazer o desmame e quase nao utilizada 
mais (apenas em pequenas fazendas de interior). Outro fator é 
que essas lesões no teto da mãe podem ocasionar infecções 
secundarias (lesões no úbere). O nome popular é argola para 
bezerro. 
 
● Faringe: pela inspeção visual direta vamos observar se há algum aumento de volume, 
se ele é localizado ou difuso, se à palpação há presença de dor, calor, qual a textura 
(em caso de aumento). Se o animal apresenta disfagia ou não, pois ele pode ter 
paralisia na faringe de origem central (ex. Encefalite por raiva). 
● Esôfago: vamos visualizar no pescoço do lado esquerdo, na parte ventral se há algum 
aumento de volume ou presença de fístula esofagiana (onde drena alimento com 
saliva); se houver aumento de volume deve-se palpar para conferir presença de dor, 
calor, formato, consistência (em bovinos é comum a ingestão de frutas). 
➔ Obs: em caso de ingestão de fruta que fique obstruindo o esôfago, pode-se 
tentar tirar com a alça da sonda orogastrica ou tentar empurrar e depois 
fazer uma ruminotomia. 
 
 
● Abdômen: vamos observar a silhueta e dividir em lado esquerdo (com rúmen e retículo 
cranialmente) e lado direito (com cólon maior na parte dorsal e intestino delgado na 
parte ventral com abomaso mais cranial). Observar do lado esquerdo as contrações 
primárias e secundarias onde há o preenchimento da fossa para lombar esquerda. 
Palpar o rúmen para perceber se há alteração só conteúdo ruminal (dividido em 
camadas: ventral (liquido + partículas solidas mais pesadas), média (líquido + 
partículas solidas mais leves), dorsal (liquido + gás livre), o animal normal eructa o gás 
livre (ausência de eructação não é comum nem normal). 
▪ Realizar a auscultação avaliando a frequência, intensidade e duração dos 
movimentos ruminais (como uma onda). O foco de ausculta é na fossa para lombar 
esquerda (devo auscultar no mínimo 4 minutos e o normal é de 2 a 3 movimentos 
ruminais em 4 minutos). 
▪ Realizar ausculta com percussão simultânea (com uso apenas do martelo) para 
identificar presença de sons anormais (ping, "sino" e pong, "tambor”, por ex.) que 
indicarão vísceras distendidas por gás e/ou deslocamento (uma das formas de 
identificação de deslocamento de abomaso- na esquerda ou direita, dependendo 
da intensidade da distensão) ou presença de metais no rúmen. 
▪ Realizar ausculta com baloteamento para perceber a presença de líquido que é 
feita apenas do lado esquerdo; deve-se empurrar e soltar o animal para com o 
esteto perceber o som do liquido no rúmen. 
▪ Realização de percussão sonora (com martelo e plexímetro) no rúmen, onde o 
som deve ser maciço (ventralmente), sub maciço (medialmente) e mais claro 
(dorsalmente). 
 
 
À esquerda tem-se uma capsula de imã; sua ingestão é 
forçada, o animal não come naturalmente;é usada em caso de 
suspeita de corpo estranho metálico pois ele (s) vai (ão) se 
aderir ao imã e depois realizo uma ruminotomia (abertura 
cirúrgica do rúmen) e retirar a capsula com o (s) corpo (s) 
metálico(s) aderido(s) a ela. 
Se eu tenho um animal que tem distensão dorsal do lado 
esquerdo posso fazer a utilização do trocáter ruminal (à direita 
na foto); ele não precisa ser estéril, apenas limpo; para colocá-
lo faz-se tricotomia, assepsia, bloqueio anestésico e colocação 
podendo até suturar o aparelho na parede abdominal. Muitas pesquisas mantém os animais 
com fístulas ruminais para facilitar o manuseio do conteúdo ruminal. 
 
Se houver suspeita de corpo estranho no retículo deve-se fazer testes dolorosos, normalmente 
a gente faz quando há queixa de que o animal desce devagar uma superfície inclinada ou tem 
resistência para descer. 
▪ Teste da cernelha: faz-se beliscão na cernelha e por reflexo o ruminante arqueia o 
dorso para baixo, quando ela faz isso se houver corpo estranho no retículo ela ao 
jogar o peso para baixo dá um gemido que é percebido por um outro examinador 
(este gemido geralmente é leve). 
▪ Percussão dolorosa: usa-se o martelo pneumático e apesar do nome "dolorosa", 
não deve ser traumática (na dúvida da intensidade da pressão faz-se na coxa, 
mão, barriga, para perceber a intensidade). O local é no término da cartilagem 
xifóide. 
▪ Teste do bastão: dois examinadores seguram um bastão logo após a cartilagem 
xifóide e fazem uma pressão leve para cima e um terceiro examinador verifica se 
há gemido. 
 
● Ânus: avaliar coloração de mucosa, presença de tenesmo, de atresia anal ou de 
prolapso retal e possível visualização de parasitos. 
 
➢ Exame complementar: coleta de conteúdo ruminal para análise laboratorial. Com o 
bovino contido por formiga e no brete de contenção abre a cavidade oral, puxa a língua para 
uma das laterais e introduz-se a sonda até que se alcance o rúmen. Chegando no rúmen a 
pessoa responsável pela bomba começa a bombear (rápida e constantemente) para retirar o ar 
do frasco de erlenmeyer e fazer uma pressão negativa consequentemente puxa o conteúdo do 
rúmen para o frasco. Para retirar a sonda retira-se de uma única vez e com cuidado para não 
cair no chão. Transfere o conteúdo para um Becker e observa-se o odor e a coloração (verde 
oliva), a decantação e divisão de camadas; excesso de gás não é normal. Pega-se 2 tubinhos 
e coloca a mesma quantidade de conteúdo ruminal em cada um deles (retirando com uma 
pipeta) e em um dos tubos pingamos 1 a 2 gotas de azul de metileno, homogenizamos e 
teremos um tubo verde e outro azulado. O tubo azul deve voltar ao verde oliva em no máximo 
15 minutos. Com a pipeta coloca-se 1 a 2 gotinhas de liquido ruminal em uma lâmina, lamínula 
por cima e leva-se ao microscópio para observar e quantificar os protozoários. Pode ser na 
objetiva de 4 ou de 10. 
 
 
Sistema locomotor 
 
No exame semiológico do sistema locomotor devemos começar o exame a distância e uma das 
principais queixas é a claudicação (manqueira), não devemos nos deixar levar pela queixa 
principal pois ela pode ser secundaria, a pessoa pode ter observado mal ou ela pode estar 
apenas sugerindo (obvio que em claudicação severa onde o animal não encosta a pata no 
chão as dúvidas devem ser mínimas), devemos sempre examinar o animal. Claudicação sutil 
pode não ser percebida, pode ser descrita como uma dificuldade para realizar certo movimento 
ou diferença de hábito. 
Na inspeção visual observo se há adoção de postura antiálgica, se a distribuição do peso está 
igual nos 4 apêndices locomotores. Qualquer diferença de apoio pode ser percebido 
(dependendo do nível), como não apoiar nada (membro no ar), ou só apoiar a pinça (em 
equídeos, apoiar os posteriores alternadamente é normal. Se alternar com maior frequência ou 
maior tempo isso não é normal, nunca apoiar também não é normal). Devo observar se existem 
assimetrias (direito e esquerdo ou anterior e posterior) 
O animal diminui a carga no membro acometido e pode ter atrofia desses grupos musculares. 
Como ele passa a usar mais o outro lado este pode sofrer hipertrofia. 
➢ Avaliação: 
● Ruminante (Neve): se mostrou normal durante a inspeção visual. 
● Equino (Oratória): se mostrou normal a inspeção visual. 
● Equino (Sereli): se mostrou com o membro direito com aumento de volume no boleto 
(articulação metatarso falangeana, com metatarso, sesamóides proximais e falange 
proximal) do posterior direito e permanecendo apoiada por menos tempo nele (por 
sentir dor), a pata anterior direita projetada para frente (como forma de diminuir o 
peso). 
● Equino (policia 1): se mostrou deitado pois apoiava em 3 patas (anterior direito não 
apoia). Quando o animal está em decúbito esternal ou lateral por mais tempo que o 
normal devo pensar que ele adota isto para diminuir o peso. A sobrecarga fica muito 
grande no membro contra lateral. Ele se lança para trás para aliviar o peso neste 
membro que está sobrecarregado. Ele tem presença de ulcera de decúbito (sinal de 
animal que passa mais tempo que o normal deitado) e isso pode indicar patologia de 
sistema locomotor. 
● Equino (policia 2): observa-se deambulação, com aumento de volume dos posteriores, 
perna em pilão (boleto e quartela aumentados) e anterior direito (Carlos aumentados). 
A lesão dele foi no transporte. Presença de cicatriz no terço proximal do posterior 
esquerdo. Feridas nas patas. Quadros de clínica neurológica (convulsões). 
 
Toda vez que for avaliar os grupos musculares (observando ou palpando) é importante ter o 
animal apoiando o peso no apêndice (em descanso ele desce o corpo e já altera a 
conformação muscular). É melhor fazer a palpação e perceber a flacidez para afirmar a atrofia 
do que deduzir simplesmente porque o animal não apoia. 
As alterações podem ser: hipotrofia ou atrofia (por desuso) e hipertrofia (por excesso de uso). 
Devo perceber simetria (que é o normal) dos músculos do pescoço, peitorais, garupa, 
toracolombar e coxa face lateral e medial (pois do jarrete e carpo para baixo há pouca 
cobertura muscular). Devo avaliar a altura das tuberosidades sacrais, isquiáticas e ilíacas. 
Em animais de pelagem escura eu posso colar uma fita clara nas tuberosidades e avalio se os 
pontos correspondem. A palpação só é feita em animais extremamente confiáveis. 
➢ Avaliação: 
● Equino (Oratória): normal 
● Equino (Sereli): atrofia de musculatura da garupa esquerda. 
 
Quando o animal parado não tem alteração eu devo avalia-lo na marcha pois o fato de ficar 
parado normalmente não indica que não tenha alteração. Ao avaliar a deambulação do animal 
eu observo a marcha e o trote. Devo submete-lo a superfície dura e a superfície macia e 
realização de círculos. 
➢ Avaliação de marcha e trote: 
● Equino (Oratória): presença de claudicação sutil, tem alteração ao fazer curva para a 
direita, ela levanta a cabeça quando apoia a mão direita no chão, isso indica presença 
de dor, é uma forma de diminuir o peso do apoio (se for torácico levanta a cabeça, se 
for pélvico abaixa a cabeça). Claudicação tem que ser consistente e persistente. Os 
equinos podem ter jeitos diferentes de olhar. 
● Equino (Sereli): manca ao passo e ao trote. No passo tem elevação da garupa do lado 
direito e aumento da frequência respiratória aumentada por dor. Ela como todo animal 
idoso tem osteoartrose. O frio é ruim para o animal que tem osteoartrose. Não se 
movimentar também é ruim. Se for muito severa a movimentação deve ser com maior 
frequência e menor duração. 
 
Após avaliação visual inicia-se o exame físico do apêndice acometido (que se conseguiu ou 
não identificar). Devo saber qual estrutura está fazendo o animal mancar (casco, interior do 
casco, quartela, boleto, radio e ulna, tíbia e fíbula, úmero, fêmur, escápula ou osso coxal). 
➢ Exame físico: 
● Casco: preciso de limpador de casco e pinça de casco. Começo avaliando a qualidade 
(normal, úmido (esfarelado) ou ressecado (com rachaduras)) do estojo córneo. Depoiso formato (integro ou alterado, com ferradura ou sem ferradura e a posição da 
ferradura). Faço a percussão do casco e observo se há som oco (anormal) e/ou 
sensibilidade dolorosa (animais que apresentam tem processo inflamatório das linhas 
do casco, ex: na doença da linha branca, laminites ou que drenem secreção, e 
demasiado). A superfície pode estar irregular ou lisa (após ter sido grosado - lixado). 
Tento palpar e avaliar a intensidade do pulso da artéria digital palmar lateral e medial 
(se fizer muita força não sente o pulso pois fecha a artéria). O casco é formado pela 
parede do casco (região dos quartos, pinça e parede dorsal do casco), sola do casco, 
sulco lateral e medial da ranilha, sulco central da ranilha, sulco dos talões, bulbo dos 
talões e talões. Se eu tenho diferença da altura dos talões eu tenho um casco com 
desequilíbrio latero-medial. Para avaliar a parte ventral do casco eu devo limpa-lo com 
um limpador de casco. Vou fazer o exame com a pinça de casco como forma de 
palpação. Em animais com ferradura o local onde é inserido os cravos se chamam 
craveiras, vou com a pinça de casco examinar cada ponto da sola inclusive no ponto 
das craveiras. Avalio se o animal tem sensibilidade dolorosa. Em pequenos 
ruminantes não usa-se a pinça de casco pois se apertar o estimulo será exagerado e o 
animal sentirá dor. Eu palpo com as mãos e avalio o espaço interdigital. A sola do 
casco é macia. 
● Coroa: observar se há ponto de drenagem. 
● Bulbo dos talões: observar se há ponto de drenagem. 
● Quartela: observar se há aumento de volume (lateral, medial, dorsal, palmar ou 
plantar) e qual a consistência, se há presença de dor, calor ou rubor, se à palpação 
demostra mimica de dor. 
● Boleto: região onde há 2 articulações interfalangeanas (distal e proximal), quando 
suspeita-se de lesão na articulação pode-se realizar o teste de Flexão. Realizo a 
palpação dos ossos sesamóides proximais (ramos lateral e medial do suspensório do 
boleto se inserem no sesamóide), em suspeita de desmite (inflamação do ligamento) a 
palpação é fundamental. Flexiona-se a articulação metacarpo falangeana. Na frente 
palpa-se tendão extensor digital comum, na face palmar os ossos metacárpicos (2° e 
4°), tendão flexor digital superficial (primeira estrutura após a pele), profundo, 
acessório do profundo e suspensório do boleto. Na articulação do carpo temos os 
ossos cárpicos e as articulações intercárpicas, mas não preciso da flexão máxima 
para palpar essas regiões. 
● Radio e Ulna: começa a ter maior massa muscular e passa a ficar difícil a palpação 
dos ossos. Articulação úmero radio ulnar pode ser avaliada com uma leve adução e 
abdução, leve tração para trás (que movimenta a articulação escapulo umeral, é até 
uma das formas de aumentar a tensão na articulação escapulo umeral, puxa radio e 
ulna para trás e empurra olécrano para frente.) 
● Úmero: articulação úmero radio ulnar e escapulo umeral, faz se o teste de flexão 
tracionando o para trás, extensão, adução, abdução. Se eu suspeito que o animal tem 
movimentação na patela entrelaça-se os dedos na patela e traciona levemente para 
trás. É um movimento que deve ser feito com muita segurança e confiança, o ideal é 
no brete de contenção ou com alguém fazendo mão de amigo do lado que estiver 
sendo examinado. A articulação coxo-femural de equinos é pouco examinada pela 
falta de facilidade de colocar em decúbito lateral, flexionar, estender, etc, mas existe a 
possibilidade de fazer esses testes apesar de serem incomuns. Em cavalos com 
desequilíbrio não se faz. 
● Outros locais: Palpação da musculatura da coluna, movimentação de pescoço. 
Articulação sacro ilíaca deve ser palpada, para verificar se realmente não há dor 
flexiona-se o membro e palpa. 
➔ Teste de Flexão: consiste em flexionar a articulação durante 1 a 2 minutos, 
evitando flexionar outras articulações e depois deambular o animal e 
verificar se há piora da claudicação. 
 
Sistema Nervoso 
 
Há alterações no sistema nervoso central, que são caracterizadas pela interferência no nível de 
consciência do paciente. Um paciente com encefalite, de origem infecciosa, bacteriana, viral, 
traumática, que ocasiona um aumento da região craniana e há edema cerebral, ou animal 
desenvolveu um abcesso cerebral ou neoplasias do sistema nervoso central. 
Ainda não é rotina na clínica diária o exame neurológico, pela dificuldade de exames para se 
fechar o diagnóstico. Não há como enviar o paciente para um exame mais elaborado, como 
tomografia, sem fazer o exame semiológico do sistema. É preciso estudar muito a 
neuroanatomia para que se seja capaz de localizar anatomicamente as partes e funções do 
SNC 
 
➢ Sistema nervoso é composto por: 
● Sistema nervoso central: principal órgão do corpo humano, mais nobre. É dele que 
vem todos os comandos 
● Medula espinhal 
● Pares de nervos cranianos: são 12: olfatório, óptico, oculomotor, troclear, trigêmeo, 
abducente, facial, vestibulococlear, glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso. 
● Sistema nervoso periférico 
 
Se estou diante de um paciente com enfermidade cerebral ou medular (cervical, torácica, 
lombar, sacro, coccígea) eles apresentaram clínica diferente. Ex: lesão cervical geral tetra 
paralisia; se tenho lesão coccígea ele pode ter diminuição de reflexos retais. 
Quando se recebe um animal com clinica neurológica. Não se dá diagnóstico apenas com uma 
única observação, deve-se estudar o caso. 
Para animais de grande porte (equídeos e bovinos) não se tem nem a possibilidade de fazer 
um raio X de coluna, isso já nos limita no diagnóstico do caso. 
 
➢ Objetivos: 
● A doença é do sistema nervoso: Existem doenças primarias do SN (encefalite pelo 
vírus da raiva) e secundárias (encefalopatia hepática). Exemplo de doença não 
neurológica é uma estomatite grave que leva a sialorréia e o proprietário diz que o 
animal tem raiva, por isso é preciso ter cuidado com o que o proprietário diz e fazer o 
diagnóstico. Outro exemplo é quando chega o animal com claudicação e pode-se 
confundir o membro que ele claudica, por isso não se deve basear apenas naquilo que 
a pessoa que traz o animal fala pra você. 
● Localização da (s) lesão (ões) no SN: Após caracterizar que é uma enfermidade do 
sistema nervoso é necessário localizar a lesão (ou lesões). Isto não é uma tarefa fácil, 
o ideal é sempre fazer necropsia de animal com sintoma neurológico, pois o ideal é 
que em rebanho se tente fechar um diagnóstico, pois podem ser zoonoses 
importantes. Por mais trabalhosa que seja a necropsia, é de extrema importância. Ex: 
vejo um animal mordido de morcego, não vou pensar em doença da vaca louca e sim 
em raiva, pois é mais comum. 
● Formular diagnóstico diferencial realista, plano terapêutico e prognóstico. O plano 
terapêutico para animal com doença neurológica muitas vezes é apenas suporte, por 
exemplo um animal com herpes vírus deve-se melhorar o quadro e dar suporte. O 
prognóstico vai depender da patologia, raiva tem prognóstico ruim (o animal vai vir a 
óbito), botulismo e tétano tem prognóstico reservado, na maioria dos quadros 
neurológicos o prognóstico não será muito bom. Dificilmente ter um prognostico bom, 
apenas em caso de envolvimento de nervo periférico. 
 
➢ Anamnese: 
● Perguntas de acordo com a queixa principal sempre. 
● Duração: desde quando o animal apresenta as alterações, evolução da doença (rápida 
ou progressiva). 
● Afeta um ou vários indivíduos do rebanho 
● Qual a idade do animal (jovem, adulto, idoso) 
● O animal foi exposto a alguma substância toxica (Comum a intoxicação por 
organofosforado). 
● Algum outro animal com grau de parentesco (hereditário) ou contato (infecto 
contagiosa) apresentou problemas semelhantes 
● Qual a dieta, houve mudança brusca na alimentação. Comum contaminação por fungo 
em ração ou milho mofado. 
● O animal foi vacinação, existem algumas que são importantes para prevenir doenças 
neurológicas. Ex: raiva, herpes vírus 
● Histórico de viagem recente, dependendo pra ondeo animal foi, pode ser um local 
endêmico de alguma doença, ou pode haver queda do sistema imune devido o 
transporte. 
 
➢ Estado mental (nível de consciência) e Comportamento: 
● Córtex cerebral e Sistema Ativador Reticular (SAAR): são responsáveis pelo estado de 
consciência do animal 
● Deve-se avaliar a resposta aos estímulos ambientais (luz, som) pois nossos pacientes 
não verbalizam. 
● Normal é o animal estar em alerta. 
● Avaliar comportamento: qualquer comportamento anormal deve ser registrado. 
● Alerta, Apático (animal responde aos estímulos de forma mais lenta), Delírio (estado 
em que o animal vocaliza, mas não é comum na veterinária), Semi-coma e Coma 
(animal não tem consciência dos estímulos ambientais. No semi-coma tem resposta a 
dor profunda), hiperestesia (resposta exacerbada aos estímulos ambientais, como se 
estivesse muito sensível. Comum em tétano) 
 
➢ Postura e posição do corpo em repouso: 
● Cabeça: Inclinada (sistema vestibular) ou Virada (lesões Supratentoriais). Cuidado 
para não confundir com problemas no conduto auditivo ou enrijecimento do pescoço 
(opistótomo) 
● Membros: base ampla (sistema vestibular, cerebelo e Medula Espinhal) ou 
espasticidade e/ou opistótomo (vias motoras e SNC). 
● Tônus muscular apresentado pelo animal: tem ou não tem tônus. Paralisia flácida 
causa ausência de tônus. 
● Claudicação: presença ou não. Ocorre claudicação leve em encéfalo mielite por 
protozoário. 
● Tronco: Escoliose, Cifose e Lordose. Ruminante com dor abdominal pode adotar 
postura anti-álgica. 
● Movimentos involuntários: Tremor e fasciculação muscular, Mioclonia (animal que 
apresenta movimentação rítmica de grupos musculares involuntários), Convulsões 
(totais ou parciais) 
● Marcha: alguns animais não se consegue avaliar, como no caso de animais com 
paralisia. 
➔ Espástico: é quando o membro está esticado, enrijecido. 
➔ Tremor muscular: é uma tremedeira de diversos grupos musculares juntos. 
➔ Fasciculação muscular: é um tremor muscular de intensidade bem leve. 
➔ Malácia: é o amolecimento do tecido. 
➔ Ataxia: é a incoordenação dos movimentos (cerebelo, sistema vestibular e 
vias sensoriais de medula espinhal). 
➔ Dismetria: estimativa inadequada de amplitude e da força em atos 
musculares (amplitude dos passos) 
● Hipometria: amplitude diminuída 
● Hipermetria: amplitude aumentada 
➔ Espasticidade: aumento de tônus muscular (lesões nos tratos de substância 
branca do tronco cerebral e da medula espinhal). 
➔ Rigidez: associada a uma passada menor (lesões de SN periférico). 
➔ Miotonia: contração muscular excessiva. Tem dor na palpação da 
musculatura 
➔ Paresia (fraqueza neurológica): esforço muscular reduzido sem paralisia 
completa. Animal ainda é capaz de deambular, mas com fraqueza 
➔ Claudicação: comum em alguns animais com patologias neurológicas 
 
➢ Exames dos Nervos Cranianos: avalia as funções dos nervos cranianos e com isso se 
observa se há alteração 
● I Olfatório: responsável pelo olfato. Para testar este nervo submetemos o animal a um 
odor forte (acetona, éter...) e o animal deve fugir deste odor. Pode fazer com várias 
substâncias em vários momentos diferentes para observar se o animal vai fugir do 
cheiro 
▪ Anosmia: ausência do olfato 
▪ Disosmia: diminuição do olfato 
 
● II Óptico: responsável pela visão. Observar se a visão está normal ou não. 
▪ Teste de ameaça: direciona o dedo em direção ao olho do animal e ele deve piscar 
(cuidado para não desviar ar em direção ao olho) 
▪ Capacidade de desviar de obstáculos: faz um percurso com o animal onde há 
obstáculos 
▪ Reflexo pupilar a luz: espera-se que o animal contraia a pupila de forma direta e 
consensual 
 
● III Oculomotor: RPL, responsável pelo tamanho das pupilas (inerva a musculatura 
que dilata e contrai a pupila) e a posição do globo ocular. Lesionado pode gerar 
estrabismo lateral e ventral 
▪ Miose: constração 
▪ Midríase: dilatação 
▪ Anisocoria: tamanhos diferentes das pupilas no animal 
 
Síndrome de Horner (desenervação simpática completa da órbita). É um conjunto de 
sintomas clínicos que cursam ao mesmo tempo, normalmente afetando um ou mais sistemas. 
Pupila miótica, prolapso de terceira pálpebra, ptose, enoftalmia, vasodilatação periférica, 
sudorese face e pescoço cranial. 
▪ Enoftalmia: é retração do globo ocular 
▪ Microftalmia: onde o animal já nasce com o globo ocular menor do que o normal 
▪ Exoftalmia: é quando o globo ocular salta da órbita. Posição mais externa do globo 
ocular. Podendo ser completa, sendo assim necessária a cirurgia para colocação 
na orbita. 
▪ Quemose: é edema de pálpebra. 
 
● IV Troclear: lesionado gera estrabismo dorso medial 
 
● VI Abducente: lesionado gera estrabismo centro medial e/ou exoftalmia 
▪ Estrabismo posicional: é normal que com a movimentação da cabeça o cérebro 
demore um tempo para corrigir a posição do globo, se ele não corrige o animal 
apresenta o estrabismo posicional. 
 
● V Trigêmeo: é responsável pela sensação facial (sensibilidade) e inervação motora 
para os músculos da mastigação. 
▪ Avaliar os tônus da mandíbula e movimentos mastigatórios. 
▪ Atrofia músculo Masseter ou Temporal. 
▪ Reflexo palpebral e corneal. Ao utilizar o tonopen para medir a pressão da córnea, 
precisa usar colírio anestésico e com isso não se pode avaliar se está normal ou 
não 
 
● VII Facial: é responsável pela parte motora dos músculos da expressão facial, 
paladar, salivação e a sensação cutânea dentro da orelha. 
▪ Avaliar paralisia da face (assimetria) 
▪ Avaliar quantidade de lagrimas (CCS), faz-se o teste de Schimmer 
▪ Avaliar paladar: oferece comida de sabor desagradável esperando que o animal 
tenha reação 
▪ Avaliar a sensibilidade do pavilhão auricular colocando algo no interior da orelha e 
observa se há movimentação da cabeça 
▪ Avaliar a salivação: pega cotonete e mergulha em adrenalina e encosta na língua 
do animal e ele vai salivar. Ou se o animal se alimenta de alimento seco ele 
precisa salivar mais e pode se aproveitar desse alimento. 
 
● VIII Vestibulococlear: é responsável pelo equilíbrio, movimento oscilatório e audição. 
▪ Avaliar ataxia, cabeça inclinada (para qual lado), nistagmo (são movimentos 
oscilatórios dos olhos, que pode ocorrer centro dorsal, latero medial ou rotatório.) e 
desvios oculares 
▪ Avaliar audição: fazer estimulo sonoro normal do dia a dia do animal, como por 
exemplo sacodir o pacote da ração sem que ele veja você mexendo na ração. 
▪ Avaliar se o animal tem algum déficit no equilíbrio: provocar uma instabilidade e ver 
se ele se mantém. Se mantem uma base ampla de membros 
 
● IX Glossofaríngeo e X Vago: são sensitivos e motor para faringe e laringe, 
respectivamente 
▪ Avaliar disfagia, paralisia e paresia da Laringe. 
▪ Avaliar alterações na vocalização, disfonia 
▪ Reflexo de deglutição: coloca a mão na comissura labial, ele vai salivar e vai 
ingerir. Não oferecer alimento pois ele pode fazer via errada e asfixiar 
▪ Reflexo toraco laríngeo: usando a endoscopia respiratória ou através do tato mas é 
mais difícil, precisa de muita experiência 
 
● XI Espinhal acessório: faz a inervação motora do músculo Trapézio. 
▪ Avaliar atrofia do músculo Trapézio: responsável pelo posicionamento do pescoço. 
Animais mais idosos mantem a cabeça o pescoço mais para baixo. 
 
● XII Hipoglosso: faz a inervação motora da língua 
▪ Avaliar controle muscular da língua: traciona a língua e espera-se que o animal 
recolha a língua novamente 
▪ Avaliar atrofia 
 
➢ Avaliação dos reflexos espinhais: 
● Lesão neurônio motor superior: hiperreflexia, hipertonia seguida por atrofia muscular 
crônica (por desuso) 
● Lesão neurônio motor inferior: hiporreflexia, hipotonia e atrofia muscular aguda 
(neurogênica) 
● Reflexo do apêndice torácico e pélvico: fazer posicionamento com os membros 
esperando que o animal volte com o membro pra o lugar 
● Reflexo anal: fazer estimulo para contração 
● Reflexo cutâneo tronco: pinça hemostática em todoo tronco e espera-se o tremor da 
musculatura do subcutâneo 
● Avaliar musculatura: se há atrofias musculares 
● Avaliar micção e defecação: pode ter paralisia que afete a micção ou defecação 
● Avaliar dor superficial e profunda 
 
 
 Sistema Visual 
Para verificar se o animal está batendo ou desviando de obstáculos ao deambular, se há 
secreção ocular, postura antiálgica, se há incomodo na região dos olhos 
 
➢ Manifestações clinicas: 
● Animal bate nas coisas 
● Corrimento ocular 
● Olhos congestionados 
● Alterações da cor, tamanho ou forma do globo ocular 
 
➢ Equipamentos necessários para um exame ocular 
● Transluminador 
● Oftalmoscópio 
● Lentes convergentes 
● Tonometros 
● Tonopen 
● Teste de Schimer 
● Teste de fluoresceína 
● Bromoscopio 
 
➢ Exame semiológico: 
● Reflexo de ameaça 
● Reflexo pupilar direto e consensual 
● Reflexo palpebral 
● Reflexo ocular vestibular 
 
➢ Exame neurológico-oftalmológico 
● Avalia os reflexos que são registrados como presentes ou ausentes e avalia os 
nervos. 
 
➢ Testes 
● Teste de Schimer: avalia produção de lagrima em mm de unidade em uma fita de 
papel. Valor normal é de 4,8 mm em 60 segundos 
● Teste de fluoresceína: avalia a presença de úlceras e integridade da córnea 
● Tonometria: avalia pressão ocular 
 
➢ Exames complementares 
● Gonioscopia 
● USG 
● eletrorretinografia

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