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ARTIGO_ESSE_TCC_24.05.2022_AEE_VALENDO_HOJE

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4
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO SUPERIOR LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
CLAUDIA DOS SANTOS FERREIRA 
DIANE BARBOSA DE ABREU
DUQUEZA MOREIRA FERNANDES 
EUGÊNIO CASTELO DA SILVA 
JÚLIO CESAR DA COSTA BATISTA 
TAIRES DE OLIVEIRA VIANA
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DESAFIOS DA ADAPTAÇÃO DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
MACAPÁ
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
 CLAUDIA DOS SANTOS FERREIRA 
DIANE BARBOSA DE ABREU
DUQUEZA MOREIRA FERNANDES 
EUGÊNIO CASTELO DA SILVA 
JÚLIO CESAR DA COSTA BATISTA 
TAIRES DE OLIVEIRA VIANA
 
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DESAFIOS DA ADAPTAÇÃO DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Prof. Natanael Pereira Isacksson
MACAPÁ
2022
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DESAFIOS DA ADAPTAÇÃO DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Claudia dos Santos Ferreira[footnoteRef:1] [1: Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista - UNIP.
2 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista - UNIP
3 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista – UNIP
4 Graduando do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista – UNIP
5 Graduando do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista – UNIP
6 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista – UNIP
7Orientador do TCC de Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Paulista - UNIP] 
Diane Barbosa de Abreu2
Duqueza Moreira Fernandes 3
Eugênio Castelo da Silva4
Júlio Cesar da Costa Batista5
Taires de Oliveira Viana6
Natanael Pereira Isacksson 7
RESUMO: Este artigo estaca o tema “Atendimento Educacional Especializado: desafios da adaptação de estudantes na educação inclusiva”, tendo como objetivo compreender como o AEE pode realizar a adaptação de estudantes na Educação Inclusiva para a aprendizagem efetiva. A metodologia para a construção deste artigo foi a pesquisa bibliográfica e documental. Após o estudo inferiu-se que apesar das dificuldades, é possível fazer a educação inclusiva acontecer. O processo educativo exige inovação e criatividade, principalmente quando os recursos que seriam necessários para alcançar metas não se encontram disponíveis. Assim, o professor é fundamental no processo, e quando ele está engajado em fazer com que o aluno se desenvolva ele adapta recursos, ele cria meios para transformar a sala de aula em ambiente aconchegante e acolhedor. 
Palavras-chave: Adaptação. Desafios. Educação. Inclusão. 
ABSTRACT: This article focuses on the theme “Specialized Educational Assistance: challenges of adapting students to inclusive education”, aiming to understand how AEE can adapt students to Inclusive Education for effective learning. The methodology for the construction of this article was bibliographic and documental research. After the study, it was inferred that despite the difficulties, it is possible to make inclusive education happen. The educational process requires innovation and creativity, especially when the resources that would be needed to achieve goals are not available. Thus, the teacher is fundamental in the process, and when he is engaged in making the student develop, he adapts resources, he creates ways to transform the classroom into a warm and welcoming environment.
Keywords: Adaptation. Challenges. Education. Inclusion.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................	05 
2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DESAFIOS DA 
ADAPTAÇÃO DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.................	06 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO.......................................................................	06
3 BASES CONCEITUAIS E CARACTERISTICAS......................................	09 
4 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA NA ESCOLA: DESAFIOS DA 
ADAPTAÇÃO................................................................................................	12
5 LEGISLAÇÃO QUE FUNDAMENTA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA...........16	 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................	20 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................	21 
1 INTRODUÇÃO
Este estudo aborda o tema “Atendimento Educacional Especializado: desafios da adaptação de estudantes na Educação Inclusiva”. A abordagem do tema é relevante pois o processo de inclusão no Brasil tem se solidificado devido mudanças de natureza social e política no país. Conforme os movimentos sociais reivindicavam educação de qualidade para todos, as instituições educacionais iam se organizando para adaptar espaços, recursos e métodos a Educação Inclusiva no AEE.
	Embora pareça recente a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas do ensino regular, sabe-se que para acontecer de fato esse processo, houve um percurso longo na história, principalmente em relação às pessoas com deficiência, que passaram por muitas situações de segregacionismo, integração, até finalmente chegar ao ideal de inclusão.
	O estudo busca resposta a seguinte questão/problema: Quais os desafios da adaptação de estudantes na Educação Inclusiva, mediante o Atendimento Educacional Especializado? 
O objetivo geral do estudo consiste em compreender como o AEE pode realizar a adaptação de estudantes na Educação Inclusiva para a aprendizagem efetiva. Como objetivos específicos busca-se descrever o histórico do processo de inclusão no contexto social e educacional; caracterizar a inclusão escolar e suas múltiplas funções nos anos iniciais do Ensino Fundamental e destacar a legislação pertinente que trata da importância da inclusão escolar. 
A metodologia do trabalho se caracteriza como descritiva e revisão bibliográfica, na qual ocorrerá o levantamento de dados de várias fontes já publicadas em forma de livros, publicações da Biblioteca Virtual, com base em autores como Mantoan (2012), Sassaki (2015) e Silva (2018). 
Assim, na primeira sessão traça-se um histórico a Educação Inclusiva. Na segunda seção aborda-se o aporte teórico relacionado a inclusão e ao AEE, Na terceira seção evidencia-se os aspectos legais que subsidiam a adaptação e estudantes na educação inclusiva.
2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DESAFIOS DA ADAPTAÇÃO DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO
Quando se analisa a história e o trajeto evolutivo da educação especial no Brasil, percebe-se que é caracterizado por diferentes processos daqueles ocorridos em outros países, seguindo de forma isolada com importância apenas em pessoas com deficiências visuais e auditivas e poucos na deficiência física. Durante muitos anos a sociedade em geral assistiu, sem incômodo, a total segregação das pessoas com necessidade especial: elas já viveram nas ruas, já foram prisioneiras em asilos e até mesmo em casa por não ser aceitas pela sua própria família, já frequentaram escolas especiais, onde fica bem distante de ter uma convivência social e uma sociedade igualitária (SASSAKI, 2014).
A rejeição aos deficientes era mais fácil de ser detectadas em civilizações como Grécia e Roma que valorizavam a perfeição física. Diante disso, ser deficiente era um desafio, pois, não raro, esses indivíduos não eram tolerados como parte integrante da sociedade. A exclusão continuava a ser a regra, pois não se admitia que cidadãos com deficiência tivesse participação política ou social (MOTA, 2012)
No século IV d. C, com a ascensão do cristianismo, o direito à vida passou a ser defendido pelos cristãos, pois as pessoas entendidas como “diferentes” passaram a ser considerados “filhos de Deus” e donos de uma alma e, consequentemente, humanos. Prevalecia nessa época a ideia de imagem e semelhança de Deus, o que significava que as deficiências físicas não se encaixavam nesse pensamento. (MANTOAN, 2017).
Duranteo período da antiguidade e idade média a falta de conhecimento na época sobre as causas da deficiência causava repulsa aos demais, pois segundo Sassaki (2014), quem nascesse com algum tipo de deficiência mental, física ou sensorial eram considerados fora do contexto social-cultural por não se encaixarem no modelo de atlético e embelezamento no qual era aceito na época, e eram abandonados à própria sorte e por assim continuou sendo até a idade média até o surgimento do cristianismo, com os milagres recorrentes sobre a cura de cegos, surdos e deficientes físicos, deixaram de ser abandonados por ir contra os desígnios da divindade.
Graças a doutrina cristã os deficientes começam a escapar do abandono ou da “exposição”, uma vez que, donos de uma alma, tornam-se pessoas e filhos de Deus, como os demais seres humanos. É assim que passam a ser, ao longo da Idade Média[...]. Como para a mulher e os escravos, o cristianismo modifica o status do deficiente que, desde o primeiro século da propagação do cristianismo na Europa, passa de coisa a pessoa. (PESSOTI, 2014, p.46)
O mais preocupante, contudo, é constatar que na época Medieval, as pessoas com deficiência passaram a ser culpadas por sua própria condição, eram entendidas portando como fruto do castigo de Deus pelos pecados cometidos. Pessotti (2014, p.6) relata ainda que “muitos chegam a admitir que o deficiente é possuído pelo demônio, o que torna aconselhável o exorcismo com flagelações para expulsá-lo”. 
Mas ao mesmo tempo eram também considerados “expiadores de culpas alheias” possuídos pelo demônio e associados às faltas cometidas e à punição por parte de Deus, sendo banidas do convívio social, tornando-se explicito o dilema entre caridade e castigo, entre proteção e segregação (SASSAKI, 2015)
Segundo Ceccim (2017, p.27)
Despontam duas saídas para a solução do dilema: de um lado, o castigo como caridade é o meio de salvar a alma das garras do demônio e salvar a humanidade das condutas indecorosas das pessoas com deficiência. De outro lado, atenua-se o castigo com o confinamento, isto é, a segregação (a segregação é o castigo caridoso, dá teto e alimentação enquanto esconde e isola de contato aquele incômodo e inútil sob condições de total desconforto, algemas e falta de higiene). 
Assim, na Idade Média esse quadro de abandono dos indivíduos com deficiências se modificou, porque a doutrina cristã incutia na população o pensamento de que o homem era uma criatura divina, portanto, todos deveriam ser aceitos e amados como tal. Desde então a morte da criança com deficiências, passou a ser condenada (SILVA, 2016).
No período conhecido como Renascimento, situado entre o século XV e XVII, foi caracterizado pelo pensamento filosófico humanista, pelos primeiros direitos dos homens perante a sociedade e acima de tudo por grandes descobertas da Medicina. Embora convivendo com os problemas da pobreza e da marginalização dos deficientes, os fundamentos humanísticos exigiram que a postura diante da pesquisa naturalista sobre os males físicos, de certa forma, avançasse. A Renascença surgia no mundo para livrar o homem da ignorância e da superstição (MAZZOTA, 2016).
Apolônio Carmo (2015, p. 25), explica que, muito embora não houvesse manifestações para se retirar efetivamente os deficientes da marginalização, existiram alterações diante do contexto entre as relações que aconteciam entre os “normais” e dos ditos “deficientes”.
Em sua abordagem, Silva (2017, p186) menciona que nos primeiros decênios do século XIX começam a surgir locais específicos para proteção e assistência a velhos, cegos, surdos e mutilados de guerra. 
Já nos primeiros decênios do século XIX foi surgindo a própria base da reabilitação de pessoas portadoras de lesões físicas. Essa base, ainda não estabelecida, defenderia a ideia de que as pessoas que apresentavam deficiências físicas deveriam receber além dos cuidados médicos de que precisassem serviços especiais para poder continuar uma vida de acordo com suas aspirações e a própria dignidade do homem conceito esse derivado da filosofia humanista somada às experiências práticas advindas do forte progresso da ciência médica.
Percebe-se a mudança de paradigma em relação ao atendimento de pessoas com deficiência, observando-se que a assistência a esses cidadãos não se limitaria apenas aos cuidados com suas necessidades físicas, mas também serviços especiais que reafirmassem sua dignidade humana, tal como aconselhavam os filósofos humanistas. 
No século XX e, mais recentemente no século XXI o AEE na perspectiva a educação inclusiva passou a receber mais atenção diante das demandas por um processo e ensino e aprendizagem que favoreça a todos os alunos sem qualquer tipo e exclusão. 
Atualmente, a Educação Especial possui um duplo papel suplementar no ensino regular, ou seja torna acessível o ensino de acordo com as necessidades da população que não tem como alcançar e desfrutar da metodologia regular de ensino : e de um outro lado temos uma resposta pela separação da criança “diferente” reconhecendo a execução da seleção da escola do ensino regular (BUENO, 1993)
Na atualidade, a educação inclusiva é concebida como modalidade com especificidade ao educando com a procura e o desenvolvimento de novos meios de educar, de forma apropriada a diversidade dos educandos que seja conciliável aos princípios democráticos da educação para todos (MONTOAN,2001), o que que dizer que educação inclusiva estar em harmonia como proposito da educação geral, incumbindo-se de arcar com sua responsabilidade com as pessoas portadoras de necessidade especiais, habilidades elevadas e dificuldade em aprendizagem lhe oferecendo-lhes um apoio educacional adequado.
Conforme afirma Oliveira (2018, p.13):
O princípio orientador da educação Brasileira contemporânea é o da escolarização com qualidade social para todos, e as diretrizes nacionais instituídas pela resolução nº 02/2001 do CNE destacam necessidade de construção, no sistema regular de ensino, de condições de escolarização para todos os alunos, inclusive para aqueles alunos com deficiências, garantindo atendimento especializado sempre que necessário para aluno e o apoio educacional à escola no seu conjunta. 
	A Educação Inclusiva segue o mesmo propósito dos aspectos gerais da educação comum, oferecendo aqueles que possuem necessidades especiais na educação, favorecendo a sua participação na sociedade, criando alternativas de atendimentos especializados, com metodologias de acordo com sua necessidade e fazendo uso de recursos e matérias especializados.
A política de inclusão na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcionários, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam de atender os alunos com necessidades especiais.
3 BASES CONCEITUAIS E CARACTERISTICAS 
Para Sassaki (2014) a educação inclusiva deve ser compreendida como um processo no qual se amplia a participação de todas as pessoas com deficiência, ou não, na educação. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos como o direito de todos. 
Nesse contexto, a Educação Especial apresenta uma proposta pedagógica a partir da oferta de recursos e serviços educacionais especializados (SASSAKI, 2014). Essas ações pedagógicas estão estruturadas em ações de apoio escolar complementar ou suplementar. Então, a prática do professor da Educação Especial precisa estar articulada com a prática do professor da sala regular. 
Portanto, essa educaçãoabrange dificuldades acentuadas de aprendizagem, não vinculada a uma causa orgânica específica, ou então relacionada a condições, disfunções, limitações ou deficiências, e mesmo às altas habilidades, ou seja, grande facilidade de aprendizagem que leva a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
A falta de compreensão sobre o que é Educação Inclusiva e o que é Educação Especial tem levado professores associar o trabalho da Sala de Recurso Multifuncional (SRM) como um espaço de reforço escolar ou simplesmente a soma de ações e procedimentos para integrar alunos com deficiências em escolas regulares, sentido não coerente com a definição no campo educacional. 
Então, a educação inclusiva é entendida como aquela que provê a todos o mesmo direito de acesso ao ensino, ou seja, à cultura e conhecimento científico, compreensão de cidadania, apreciação da arte e, principalmente, desenvolvimento da potencialidade cognitiva (PIETRO; MANTOAN, 2006).
Nesse cenário de inclusão, a todas as pessoas com deficiência cabe o direito indiscutível de participarem da vida social, de terem acesso aos atendimentos médicos, psicológicos e quaisquer outros que os ajudem a viver de modo pleno, satisfatório e digno. Essas medidas são necessárias, talvez não suficientes em todos os casos, para que exerçam a prerrogativa que têm, de terem suas diferenças e limitações reconhecidas, e assegurada a real inserção em sua comunidade (MANTOAN, 2011). 
Já o Atendimento Educacional Especializado é um serviço desenvolvido por um professor especializado em educação inclusiva, que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade com foco na eliminação das barreiras para a plena participação dos estudantes com deficiência.
Nas escolas inclusivas as pessoas se apoiam mutuamente e suas necessidades específicas são atendidas por seus pares, sejam colegas de classe, de escola ou profissionais de áreas. A pretensão dessas escolas é a superação de todos os obstáculos que as Impedem de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade (MADER,1997)
Conforme Mader (1997), é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade na prática de educação inclusiva.
Há um emergente consenso de que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência e desvantagens severas (SALAMANCA, 1994, p.6) 
Mantoan (2013), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, ou seja, consideram-se que o ato de educar supõe intenções, representações que temos do papel da escola, do professor, do aluno, conforme os paradigmas que os sustentam. 
A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. Possa também ser entendida, segundo uma concepção moderna, como um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios que são partilhados em um grupo em um dado momento histórico e que norteiam o nosso comportamento, até estarem em crise, porque não nos satisfazem mais, não nos dão mais conta dos problemas que temos para solucionar.
Ainda nos dias atuais a educação inclusiva é vista como um desafio, causando angústias e expectativas em grande parte dos profissionais da educação. Porém, mais amenas que em tempos passados, pelo fato de que, ao ser devidamente aceita pela escola, desencadeia um compromisso com as práticas pedagógicas que favorecem todos os alunos, ou seja, uma verdadeira mudança na concepção de ensino, visando uma aprendizagem significativa, inclusiva e de qualidade.
Neste século XXI, a escola que se tem, que se precisa é aquele que tem compromisso com a formação integral do cidadão, de um cidadão crítico, participativo e criativo, que atenda as demandas e a competitividade do mundo atual, com as rápidas e complexas mudanças da sociedade moderna. Assim, a educação escolar no exercício da cidadania implica na efetiva participação da pessoa na vida social, cabendo-lhe o respeito e a solidariedade, poupada a sua dignidade, a igualdade de direitos e repelido quaisquer forma de discriminação.
4 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA NA ESCOLA: DESAFIOS DA ADAPTAÇÃO
O indivíduo com necessidade especial geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com sua dificuldade e a desenvolver suas potencialidades intelectuais e cognitivas. A educação inclusiva tem se organizado para atender especifica e exclusivamente alunos com necessidade especial tem sido uma das áreas que vem desenvolvendo estudos científicos e metodológicos para melhorar o atendimento a essas pessoas principalmente na rede regular de ensino. 
         Portanto, educação inclusiva segundo Sassaki (2017) é um processo no qual se amplia a participação de todas as pessoas com deficiência na educação. Trata de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos como o direito de todos.         
abrengeO processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns (SANTOS, 2016, p. 47)
Por este motivo, até mesmo alguns educadores tem tido o entendimento de que educação inclusiva é simplesmente a soma de ações e procedimentos para integrar alunos com deficiências em escolas regulares, sentido não coerente com a definição no campo educacional. Educação inclusiva é entendida como aquela que provê a todos o mesmo direito de acesso ao ensino, ou seja, à cultura e conhecimento científico, compreensão de cidadania, apreciação da arte e, principalmente, desenvolvimento da potencialidade cognitiva.
A todas as pessoas com necessidades especiais cabe o direito indiscutível de participarem da vida social, de terem acesso aos atendimentos médicos, psicológicos e quaisquer outros que os ajudem a viver de modo pleno, satisfatório e digno. Essas medidas são necessárias, talvez não suficientes em todos os casos, para que exerçam a prerrogativa que têm, de terem suas diferenças e limitações reconhecidas, e assegurada a real inserção em sua comunidade (MANTOAN, 2011).
No entanto, para alunos com deficiências cognitivas mais graves, a necessidade educacional deverá ser atendida por escolas especiais, com professores e funcionários preparados e dedicados a suas especificidades, e que terão mais condições de aumentar suas oportunidades de vida melhor. “Incluir” estes jovens em turmas regulares que não acompanharão constitui-se na verdade em forma de exclusão maior ainda.
As escolas brasileiras não estão preparadas para inclusão, pois o que se observa é o despreparo para acolher e lidar com o diferente. A ideia de uma sociedade inclusiva fundamenta-se numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de qualquer sociedade, portanto pensar nessa diversidade é pensar na diversidade de valores sociais sem distinção alguma. 
Assim, o importante é resgatar todo valor histórico cultural de cada indivíduo indistintamente, buscando a integração e a socialização para que, não se sintam mais um número, mais uma cadeira ocupada em sala de aula, mas sintam-se pessoas capazes de integrar-se no ensino aprendizagem, no entanto, a prática pedagógica deve acontecer sucessivas mudanças, buscando novos métodos de ensino, novos currículos, novos valores e novas práticas educacionais.    
Segundo Scotto,(2008,p. 56)
Educação inclusiva exige o atendimento de necessidades especiais, não apenas dos portadores de deficiências, mas de todas as crianças. Implica em trabalhar com a diversidade de forma interativa. [..]. Para isso, é necessário um diagnóstico cuidadoso que levante a necessidade especificas de cada criança.
Atualmente, a Educação Especial e Inclusiva possui um duplo papel suplementar no ensino regular, ou seja torna acessível o ensino de acordo com as necessidades da população que não tem como alcançar e desfrutar da metodologia regular de ensino : e de um outro lado temos uma resposta pela separação da criança “diferente” reconhecendo a execução da seleção da escola do ensino regular (BUENO, 1993)
Na atualidade, a educação inclusiva é concebida como modalidade com especificidade ao educando com a procura e o desenvolvimento de novos meios de educar, de forma apropriada a diversidade dos educandos que seja conciliável aos princípios democráticos da educação para todos (MONTOAN,2001), o que que dizer que educação inclusiva estar em harmonia como proposito da educação geral, incumbindo-se de arcar com sua responsabilidade com as pessoas portadoras de necessidade especiais, habilidades elevadas e dificuldade em aprendizagem lhe oferecendo-lhes um apoio educacional adequado.
Nas escolas inclusivas as pessoas se apoiam mutuamente e suas necessidades específicas são atendidas por seus pares, sejam colegas de classe, de escola ou profissionais de áreas. A pretensão dessas escolas é a superação de todos os obstáculos que as Impedem de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade (MADER,1997)
Conforme Mader (1997), é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade na prática de educação inclusiva.
Há um emergente consenso de que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência e desvantagens severas (SALAMANCA, 1994, p.6) 
Mantoan (2013), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, ou seja, consideram-se que o ato de educar supõe intenções, representações que temos do papel da escola, do professor, do aluno, conforme os paradigmas que os sustentam. 
A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. Possa também ser entendida, segundo uma concepção moderna, como um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios que são partilhados em um grupo em um dado momento histórico e que norteiam o nosso comportamento, até estarem em crise, porque não nos satisfazem mais, não nos dão mais conta dos problemas que temos para solucionar.
A escola deve ter uma proposta inclusiva coerente com a possibilidade de resignação de sua prática pedagógica por meio do respeito ao deficiente, estilo de aprendizagens, respeito a pluralidade cultural, a adaptação que a escola deve promover, adequando espaço físico para melhor atender os alunos especiais e também possibilitar a evolução da sociedade, tornando-a mais igualitária, tolerante, cooperativa em benefícios de todos.
Compreende-se então que o ensino inclusivo deve ser um processo voltado para todos, com metodologias propositivas, onde educandos que não apresentam necessidades educacionais especiais e aqueles com deficiência podem aprender uns com os outros. Um dependendo do outro para que realmente exista uma educação de qualidade. Utilizar metodologias de ensino voltadas para a inclusão do aluno é um desafio a todos profissionais. Um processo de ensino e aprendizagem que deve fazer parte de um todo e ter o seu valor reconhecido como de fundamental importância para que os alunos tenham seu desenvolvimento acelerado. 
Quanto aos desafios da Educação inclusiva um destes consiste no despreparo da comunidade escolar para lidar com a inclusão. Isso acontece porque existe um longo caminho para viabilizar uma educação voltada à inclusão. Por isso, quando alunos que não possuem necessidades especiais têm contato com aqueles que precisam de ações especiais, eles encontram dificuldades para se comunicar, o que faz com que a inclusão não seja alcançada. Afinal, é mais comum se comunicar com aqueles que nos entendem plenamente (MATOAN, 2015).
Outro desafio bastante latente em nosso país, quando o assunto é a aplicação de uma educação inclusiva nas escolas, é a infraestrutura das instituições. Para que a escola possa aceitar e desenvolver o ensino-aprendizagem de alunos especiais, ela precisa estar devidamente estruturada. E isso significa que ela deve estar equipada com todos os meios de acesso possíveis, como rampas, banheiros acessíveis, piso diferenciado e demais medidas de acessibilidade (SASSAKI, 2015).
Os desafios existentes para a adaptação na Educação Inclusiva são variados e, entre eles, pode-se mencionar a despreparação da comunidade escolar para lidar com a inclusão. Isso acontece porque, habitualmente, pouco se nota uma educação voltada à inclusão. Por exemplo, apesar de a Língua de Sinais Brasileira ser reconhecida como uma segunda língua do país, ela é ensinada apenas aos alunos surdos, não se estendendo aos alunos sem deficiência. 
Por isso, quando alunos não especiais têm contato com aqueles que precisam de ações especiais, eles encontram dificuldades para se comunicar, o que faz com que a inclusão não seja alcançada. Afinal, é mais comum se comunicar com aqueles que nos entendem plenamente. Um aluno especial que tem a Língua de Sinais como sua língua materna irá naturalmente se comunicar com um grupo de colegas que fale a mesma língua que ele (GOMES, 2018). 
Além dos próprios estudantes, professores, coordenadores, diretores e funcionários também não possuem capacitação para receber e educar alunos especiais, o que é um empecilho para que a inclusão seja aplicada em sua totalidade (MOURA, 2017)
Outro desafio refere-se a infraestrutura precária das instituições escolares que atendem a Educação Especial. Para que a escola possa aceitar e desenvolver o ensino-aprendizagem de alunos especiais, ela precisa estar devidamente estruturada. E isso significa que ela deve estar equipada com todos os meios de acesso possíveis, como rampas, banheiros acessíveis, piso diferenciado e demais medidas de acessibilidade (LEMOS, 2017). 
O que acontece é que isso nem sempre é cumprido, sobretudo em escolas públicas, que contam muitas vezes com um baixo investimento governamental, dificultando a circulação dos estudantes nas dependências da escola.  Os alunos que precisam de medidas especiais querem se sentir aceitos e acolhidos, como quaisquer outros, e isso começa na infraestrutura. Se há medidas que atendam às especificidades, então o primeiro passo já foi dado (MARTINS, 2018).
Ainda hoje há um déficit de profissionais especializados em educação inclusiva em nosso país, e os que existem, geralmente, são sobrecarregados com funções que não são suas. E é por isso que este é um dos grandes desafios da educação inclusiva no Brasil (BADARÓ, 2017). 
Para que a inclusão aconteça plenamente, em muitos casos, é necessário que um profissional especializado esteja lado a lado ao estudante especial diariamente. Essa prática é muito importante, pois esse profissional será a ponte entre professor, colegas e aluno especial. E assim, este profissional e o educador regular traçarão um caminho para desenvolver completamente o aluno. (SÁ, 2018)
Porém, com o déficit destes profissionais, muitas vezes a inclusão se torna incompleta. Além disso, o que também acontece é que os profissionais especializados sentem-se sobrecarregados, já que precisam desempenhar o papel de tradutorese ainda o de professores regulares, quando estes não possuem capacitação para lidar com alunos especiais (LAMARÃO, 2017). 
5 LEGISLAÇÃO QUE FUNDAMENTA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
A responsabilidade de gerar transformações na sociedade tem sido de modo geral atribuída as escolas, entretanto pode-se perceber que a estas faltam-lhes algumas habilidades no processo de transformação de si mesma, considerando que a escola reflete os interesses e princípios que regem a sociedade da qual faz parte o que de acordo com Meksenas (2002, p.71), torna-se “a instituição mais eficiente para segregar as pessoas, por dividir e marginalizar parte dos alunos com o objetivo de reproduzir a sociedade de classes”. 
Nesse caso a escola funciona como uma instituição a serviço das classes dominantes. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 informa
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: 
I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; 
II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; (BRASIL, 1996 p.21). 
Neste sentido, o paradigma da inclusão demanda que a escola seja apenas inclusiva, mas, sobretudo que seja um direito de todos os cidadãos visto que está assegurado na Lei maior do país, ou seja, na Constituição Federal (BRASIL, 1998).
Os alunos com necessidades especiais têm seus direitos garantidos após muitas lutas ao longo dos anos. Para que isso acontecesse foi necessária a manifestação da sociedade e do mundo em geral que não aceitavam mais a exclusão de pessoas com necessidades no ambiente social, do fato deles, muitas vezes, ter seus direitos negados pelo governo.
Segundo Soares (2015) em meio a manifestações nacionais e internacionais foi que iniciou as mudanças, na qual se começava a visualizar o deficiente como sujeito, como qualquer outro na sociedade, que tem limitações leves ou severas, mas, independentemente das limitações, deveriam ser respeitados por todos, e seus direitos garantidos perante a lei.
Portanto, a Lei n. 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) garante aos as pessoas com deficiência os seguintes direitos nos artigos citados abaixo:
Art. 58. Entende-se por Educação Inclusiva, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais. 
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos 
Isso evidencia a necessidade de que a Educação Inclusiva esteja disponível a todos, superando-se os principais desafios que possam inviabilizar a necessidade de aprofundar o conhecimento que prepara para vivenciar a cidadania. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente também dispõem em seu Art. 53 que: 
Criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
III - atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. (BRASIL, 1990, p. 14).
As leis ou políticas voltadas para garantir os direitos das pessoas com deficiência são muito importantes, pois todos esses direitos não foram conseguidos facilmente, e sim através de desejos e luta da sociedade para que fossem assegurados os seus direitos. Conferências internacionais acontecerão, políticas foram pensadas para que aconteça a inclusão das pessoas que têm alguma deficiência, nas escolas sejam elas públicas ou privadas. Para que esses direitos sejam concretizados nada melhor que o ambiente escolar, que é democrático, que é um espaço de socialização, reflexão, aprendizagem. Com isso o ambiente escolar pode ser visto como um local que se pode trabalhar para que as diferenças e diversidades sejam aceitas e respeitadas por todos.
A Resolução nº 02/2001, do CNE e da Câmara de Educação Básica, instituindo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que reforça necessidade de haver a capacitação tanto de profissionais do ensino regular, como de docentes de docentes especializados para atender, de maneira diferenciada, as necessidades dos educandos (art. 8, inciso I). Evidencia-se, porém, que apesar da existência da Portaria nº 1.793/94 e das Resoluções do CNE, muitas instituições de ensino superior não se estruturaram no sentido de oferecer disciplinas e /ou conteúdos relativos ao tema nos seus cursos de licenciatura, enquanto que outras o fazem de maneira precária, através da oferta de disciplina eletiva, ou com carga horária reduzida, ministrada de maneira aligeirada, o que não favorece a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de destrezas, habilidades e atitudes relativas ao processo de atendimento à diversidade dos educandos. (MARTINS, 2009) 
Tem-se ainda a Resolução CNE/CP nº 1/2002 que trata das “diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena”. Sobre a Educação Inclusiva, afirma que a formação deve incluir “conhecimentos sobre crianças, adolescentes, jovens e adultos, aí incluídas as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais” (BRASIL, 2002, p. 47).
É possível citar ainda o PDE de 2007 no âmbito da Educação Inclusiva, uma vez que trabalha com a questão da infraestrutura das escolas, abordando a acessibilidade das edificações escolares, da formação docente e das salas de recursos multifuncionais.
Em 2008 o Decreto Nº 6.571 dispõe sobre o atendimento educacional especializado (AEE) na Educação Básica e o define como “o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular”. O decreto obriga a União a prestar apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino no oferecimento da modalidade. Além disso, reforça que o AEE deve estar integrado ao projeto pedagógico da escola (BRASIL, 2008).
Em 2011 promulgou-se o Decreto Nº 7.480 que efetivou os rumos da Educação com deficiente e inclusiva eram definidos na Secretaria de Educação com deficiente (SEESP), do Ministério da Educação (MEC). Hoje, a pasta está vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) (BRASIL, 2011).
No ano de 2014 passou a vigorar o Plano Nacional de Educação (PNE) especificamente a meta de número 4. Sua redação é: “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”. O entrave para a inclusão é a palavra “preferencialmente”, que, segundo especialistas, abre espaço para que as crianças com deficiência permaneçam matriculadas apenas em escolas especiais.
Tem-se ainda o Decreto Nº 9.465/2019 que cria a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, extinguindo a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). A pasta é composta por três frentes: Diretoria de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência; Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos; e Diretoria de Políticas para Modalidades Especializadasde Educação e Tradições Culturais Brasileiras (BRASIL, 2019).
Por fim, foi promulgado no ano de 2020 o Decreto N°10.502 – Política Nacional de Educação Especial que institui a chamada a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. Para organizações da sociedade civil que trabalham pela inclusão das diversidades, a política representa um grande risco de retrocesso na inclusão de crianças e jovens com deficiência, e de que a presente iniciativa venha a substituir a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (listada nesse material, no ano de 2008), estimulando a matrícula em escolas especiais, em que os estudantes com deficiência ficam segregados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após o estudo, compreendeu-se que a escola inclusiva é um fator essencial na vida dos indivíduos, pois nela se reforçam valores passados pelos pais e se constroem mais, nela a diversidade é trabalhada de forma natural, porque ela é um ambiente heterogêneo e isso a torna um espaço de partilha de culturas, de ideias, valores e crenças. 
O processo de efetivação da educação inclusiva é um dos grandes desafios encarados principalmente pela rede pública de ensino. A pesquisa revelou uma mudança lenta na forma como pessoas com necessidades especiais eram vistas e tratadas, no entanto, foi por ações de cunho político que as maiores conquistas foram colocadas prática. 
Por isso, a escola inclusiva nos anos iniciais do ensino fundamental tem papel estratégico no desenvolvimento dos sujeitos e precisa assumir um papel integrador para que a educação inclusiva aconteça. As dificuldades enfrentadas são muitas, principalmente na educação pública, falta de recursos, desvalorização da mão de obra, condições precárias das instalações da instituição, são alguns dos fatores que dificultam o processo além de causar desmotivação no aluno e sua família. 
Além disso, ficou claro que apesar das dificuldades, é possível fazer a educação inclusiva acontecer. O processo educativo exige inovação e criatividade, principalmente quando os recursos que seriam necessários para alcançar metas não se encontram disponíveis. O professor é muito importante no processo, e quando ele está engajado em fazer com que o aluno se desenvolva ele adapta recursos, ele cria meios para transformar a sala de aula em ambiente aconchegante e acolhedor. 
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