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Biomecânica e Cinesiologia

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18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEzW… 1/23
BIOMECÂNICA	E	CINESIOLOGIA
CAPI�TULO	4	-	BIOMECA� NICA	EQUILI�BRIO	E
ESTABILIDADE	E	BIOMECA� NICA	DA	MARCHA
Francisco	Paulino	de	Abreu	Neto
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEzW… 2/23
Introdução
O	 corpo	 humano	 pode	 ser	 de�inido	 como	 um	 sistema	 de	 segmentos	 articulados	 em	 equilı́brio	 estático	 ou
dinâmico,	 onde	 o	 movimento	 é	 causado	 por	 forças	 internas	 atuando	 fora	 do	 eixo	 articular,	 provocando
deslocamentos	angulares	dos	segmentos	e	por	 forças	externas	ao	corpo.	Se	caracteriza	como	uma	estrutura
que	não	mantém	o	equilı́brio,	no	formato	de	um	pêndulo	que	se	equilibra	numa	base	muito	pequena,	os	pés,
sendo	 que	 esta	 caracterı́stica	 nos	 leva	 à	 necessidade	 de	 uma	 sempre	 estar	 buscando	 o	 melhor	 equilı́brio.
Nosso	desenvolvimento	em	adotar	a	posição	bı́pede	nos	fez	adaptar	muitas	caracterı́sticas	dos	movimentos.
Contudo	o	controle	do	equilı́brio	depende	de	 três	sistemas	perceptivos:	o	vestibular,	e	o	proprioceptivo	e	o
visual,	falaremos	mais	sobre	cada	detalhe	do	centro	de	massa	e	do	equilı́brio.
O	caminhar	é	a	maneira	utilizada	para	locomover-se.	A	marcha	é	considerada	o	processo	de	caminhada.	Cada
pessoa	apresenta	o	seu	“estilo”	individual	de	caminhada.	Um	ponto	interessante	que	o	padrão	de	caminhada
ou	marcha	de	algumas	pessoas	é	tão	singular	que	é	possı́vel	identi�icá-las	de	longe,	mesmo	sem	que	se	pode
identi�icar	 de	 forma	 nı́tida	 o	 rosto.	 A	 caminhada	 requer	 equilı́brio	 sobre	 um	membro	 inferior	 enquanto	 o
outro	move-se	para	frente.	Também	é	necessário	além	do	movimento	dos	membros	inferiores,	movimentos
do	tronco	e	membros	superiores.
Nesta	 unidade	 vamos	 trabalhar	 os	 aspectos	 do	 equilı́brio	 da	 estabilidade	 da	 marcha,	 passando	 por
conhecimentos	 importantes	 como	a	 classi�icação	e	o	passo	a	passo	do	movimento	da	marcha	e	da	corrida,
conceitos	como	cinemática	e	cinética	dos	movimentos	da	marcha	e	da	corrida.	
4.1 Biomecânica Equilíbrio e Estabilidade
O	centro	de	gravidade	de	um	corpo	é	o	ponto	onde	pode	ser	considerada	a	aplicação	da	força	da	gravidade.	Se
as	dimensões	do	corpo	forem	pequenas,	em	comparação	ao	tamanho	da	Terra,	 é	possı́vel	demonstrar	que	o
centro	de	gravidade	praticamente	coincide	com	o	centro	de	massa.
Local	em	um	corpo	onde	 é	aplicado	a	resultante	das	 forças	peso,	como	se	 toda	a	massa	do	corpo	estivesse
concentrada	neste	ponto	(OKUNO;	FRATIN,	2003).
No	estudo	dos	movimentos,	 temos	considerado	os	corpos	como	pontos,	como	se	 toda	sua	massa	estivesse
concentrada	 numa	 única	 região.	 Esse	 ponto,	 no	 qual	 podemos	 imaginar	 que	 a	 massa	 está	 concentrada,	 é
chamado	de	centro	de	massa.
Um	termo	relacionado	a	centro	de	massa	é	centro	de	gravidade.	A	diferença	entre	eles	é	que	o	centro	de	massa
não	depende	da	ação	gravitacional,	 é	uma	propriedade	 inerente	do	corpo.	Se	este	corpo	estiver	sujeito	a	um
campo	gravitacional	homogêneo,	o	centro	de	massa	coincidirá	com	o	centro	de	gravidade.	Esse	 é	o	caso	na
maior	parte	das	situações	da	Engenharia,	e	por	isso,	muitas	vezes	esses	termos	são	usados	como	sinônimos,
assim	como	o	termo	baricentro.		A	diferença	entre	o	centro	de	massa	e	o	centro	de	gravidade	é	importante	em
astrofı́sica	 e	 no	 comportamento	 dos	 satélites,	 por	 exemplo.	 Um	 outro	 termo	 desse	 contexto	 é	 centróide.	 O
centróide	de	um	corpo	representa	seu	centro	geométrico.	Em	outras	palavras,	ao	passo	que	o	centro	de	massa
se	refere	à	distribuição	das	massas,	o	centróide	se	refere	à	distribuição	dos	volumes.
Uma	outra	forma	de	pensar	o	centro	de	massa	é	imaginá-lo	como	o	ponto	pelo	qual,	se	suspendermos	o	corpo,
este	 não	 irá	 girar	 em	 nenhuma	 direção.	 Se	 tentarmos	 erguer	 um	 corpo	 por	 um	 ponto	 não	 alinhado
verticalmente	com	o	centro	de	massa,	o	corpo	irá	girar	até	que	o	ponto	de	içamento	se	alinhe	com	o	centro	de
massa.
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEzW… 3/23
Ao	 observarmos	 um	 sur�ista	 realizando	 sua	 prática	 esportiva,	 percebemos	 que	 ele	 abaixa	 o	 corpo	 para
permanecer	em	pé	na	sua	prancha.	Ao	andar,	em	pé,	em	um	ônibus,	instintivamente	distanciamos	nossos	pés,
para	não	cair.
O	 centro	 de	 gravidade,	 também	 pode	 ser	 chamado	 de	 baricentro,	 é	 o	 ponto	 de	 um	 corpo	 	 onde	 pode	 ser
aplicada	a	força	de	gravidade	de	todo	o	corpo.	E� 	através	do	centro	de	gravidade	que	os	corpos	atingem	ou	não
um	ponto	de	equilı́brio.
A	 linha	 gravitacional	 é	 a	 linha	 imaginária	 que	 passa	 pelo	 centro	 de	 gravidade	 no	 sentido	 vertical	 (sem
especi�icar	a	altura	do	centro	de	gravidade)	até	o	solo.
De	forma	genérica,	o	centro	de	gravidade	de	um	homem	está	aproximadamente	54%,	de	sua	estatura	quando
medida	de	do	solo.	O	centro	de	massa	pode	ser	de�inido	como	o	ponto	de	equilı́brio,	um	local	no	qual	todas
as	 partı́culas	 do	 objeto	 estão	 igualmente	 distribuı́das.	 A	 posição	 do	 centro	 de	 gravidade	 depende	 da
distribuição	 do	 peso	 de	 um	 corpo.	 O	 centro	 de	 gravidade	 torna	 se	 dinâmico	 no	 corpo	 humano	 durante	 a
realização	de	movimentos	que	envolvem	a	mudança	contı́nua	na	reorientação	dos	segmentos	do	corpo,	como
caminhar,	correr,	saltar	(ENOKA,	2002).
O	efeito	da	gravidade	também	é	um	dos	fatores	de	carga	aplicados	sobre	as	estruturas	anatômicas,	os	quais
podem	 ser	 considerados	 como	 importantes	 em	 certas	 tarefas	 ou	posturas.	O	 conhecimento	da	distribuição
das	massas	corporais	é	de	importância	na	determinação	dos	efeitos	da	gravidade	sobre	o	corpo	humano.
Quando	estamos	parados	sobre	um	piso	horizontal,	apoiados	em	nossos	pés,	não	 importando	qual	postura
assumimos,	uma	reta	vertical	partindo	do	nosso	centro	de	gravidade	deve	necessariamente	passar	dentro	da
região	 do	 piso	 delimitada	 por	 nossos	 pés.	 Um	 soldado	 em	 posição	 de	 descansar,	 portanto	 com	 os	 pés
afastados,	tem	a	projeção	do	seu	centro	de	gravidade	no	solo	entre	os	pés.	Uma	pessoa	que	se	equilibra	sobre
um	único	pé,	tem	o	seu	centro	de	gravidade	em	algum	lugar	verticalmente	acima	do	pé.
Por	 que	 uma	 pessoa	 encostada	 de	 costas	 para	 uma	 parede	 não	 consegue	 se	 curvar	 para	 frente	 sem	 cair?	 ,
existem	posições	impossı́veis	de	serem	efetivadas	quando	estamos	encostado	em	uma	parede,	decorrentes	de
que	nosso	 centro	de	 gravidade	 se	 situaria	 fora	da	 região	 compreendida	pelos	nossos	pés.	A	 �igura	 a	 seguir,
retirada	 do	 livro	 do	 Prof.	 André	 Koch	 de	 Assis,	 intitulado	 “Arquimedes,	 o	 centro	 de	 gravidade	 e	 a	 lei	 da
alavanca”,	discute	diversas	situações	sobre	o	equilı́brio	do	corpo	humano	nas	páginas.	
Figura	1	-	Exemplo	de	modelos	de	equilı́brio
Fonte:	iStock,	2020.
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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O	equilı́brio	não	depende	apenas	da	integridade	dos	sistemas,	mas	também	da	integração	sensorial	dentro	do
sistema	 nervoso	 central,	 que	 envolve	 a	 percepção	 visual	 e	 espacial,	 tônus	 muscular,	 força	 muscular	 e
�lexibilidade	 articular. A	 organização	 sensorial	 consiste	 na	 capacidade	 do	 Sistema	 Nervoso	 Central	 em
selecionar,	 suprir	 e	 combinar	 os	 estı́mulos	 vestibulares,	 visuais	 e	 proprioceptivos.	 O	 aparelho	 vestibular,
formado	por	estruturas	ósseas,	tem	seu	interior	preenchido	por	estruturas	membranosas	e	lı́quidos	que	são
responsáveis	 por	 enviar	 ao	 cérebro	 as	 informações	 da	 direção	 que	 estamos	 indo,	 recebendo	 ainda
informações	das	atividades	sensoriais	e	das	atividades	motoras	para	funcionar	bem.Por	meio	do	equilı́brio	é	que	se	consegue	permanecer	de	pé,	andar,	correr,	pular	e	principalmente	mexer	todos
os	 membros.	 Tais	 movimentações	 somente	 são	 realizadas	 porque	 o	 organismo,	 através	 do	 aparelho
vestibular,	consegue	estabilizar	as	forças	exercidas	no	movimento,	fazendo	com	que	estas	sejam	anuladas,	ou
seja,	faz	com	que	a	força	realizada	seja	compensada	para	que	as	articulações	retomam	a	força	inicial.
Com	o	avanço	da	idade	estas	habilidades	de	controle	postural	são	alteradas,	as	quais	propiciam	dé�icits	nestes
ajustes.	Estas	alterações	resultam	de	um	decréscimo	na	velocidade	de	condução	das	informações,	bem	como
no	 processamento	 de	 respostas,	 que	 por	 serem	 lentas	 e	 inadequadas,	 geram	 situações	 de	 instabilidades
aumentando	a	predisposição	 à	 quedas.	A�inal,	 o	 envelhecimento	não	 é	 somente	uma	passagem	pelo	 tempo,
mais	do	que	isto,	é	o	acúmulo	de	eventos	biológicos	que	ocorrem	ao	longo	do	tempo.
Na	atualidade,	o	desequilı́brio	é	um	dos	principais	fatores	responsáveis	pelas	limitações	sofridas	pelo	idoso
em	sua	vida	diária	e	em	80%	dos	casos,	esse	desequilı́brio	não	pode	ser	atribuı́do	a	uma	causa	especı́�ica,
mas	sim	a	um	comprometimento	do	sistema	de	equilı́brio	como	um	todo.	Em	mais	da	metade	dos	casos,	o
Figura	2	-	Modelo	de	equilı́brio	com	o	centro	de	gravidade	modi�icado	pela	parede
Fonte:	SILVEIRA,	2017,	online.
	
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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desequilı́brio	 tem	origem	entre	 os	65	 e	 os	75	 anos	de	 idade	 aproximadamente,	 e	 cerca	de	30%	dos	 idosos
apresentam	os	sintomas	nessa	faixa	etária.
Para	o	corpo	manter	o	equilı́brio	ele	depende	do	sistema	nervoso	central	e	envolve	 tônus	muscular	afetivo,
percepção	visual	e	espacial,	que	se	adapte	rapidamente	a	 �lexibilidade	articular,	alterações	e	 força	muscular
além	do	corpo	depender	dos	sistemas	perceptivos:	o	visual,	o	proprioceptivo	e	o	vestibular.	Os	autores	ainda
a�irmam	que	para	um	indivı́duo	conseguir	andar,	que	é	um	movimento	habitualmente	executado	pelos	seres
humanos,	é	necessário	o	controle	do	sistema	nervoso	que	regula	a	relação	espaço	temporal	entre	a	posição	e	o
movimento	mantendo	o	equilı́brio	corporal.	
4.1.2 Tipos de equilíbrio
Equilı́brio	é	o	nome	dado	ao	estado	de	um	corpo	qualquer	em	que	a	força	resultante	sobre	ele	é	nula.	A	força
resultante	 é	 o	 resultado	da	 soma	de	 todas	 as	 forças	 que	 atuam	 sobre	 um	determinado	 corpo.	Quando	 essa
soma	é	igual	a	zero,	dizemos	que	o	corpo	se	encontra	em	estado	de	equilı́brio,	que	pode	ser	classi�icado	em:
Equilíbrio estático
Quando	o	corpo	em	equilıb́rio	está	em	repouso.
Equilíbrio dinâmico
Quando	o	corpo	está	em	movimento	uniforme,	ou
seja,	com	velocidade	constante.
Os	 corpos	 podem	 apresentar	 três	 tipos	 de	 equilı́brio:	 indiferente,	 estável	 e	 instável.	 Veja	 exemplos	 desses
tipos	de	equilı́brio:
No equilíbrio indiferente, o corpo pode ser movimentado e
continuará mantendo seu estado de equilíbrio, pois a altura de seu
centro de gravidade em relação a superfície de apoio permanece
inalterada.
No equilíbrio estável, o corpo desviado de sua posição volta a
ocupá-la.
 No equilíbrio instável, o corpo quando desviado não retorna mais
à sua posição de equilíbrio. 
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18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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Equilı́brio	 é	 uma	 capacidade	 fı́sica	 que,	 como	 qualquer	 outra,	 precisa	 ser	 treinada	 e,	 quase	 sempre,	 é
negligenciada	pelos	atletas,	que	acreditam	que	ela	estará	naturalmente	presente.
E� 	necessário	incluir	nos	treinos,	desde	a	juventude,	exercı́cios	especı́�icos	de	equilı́brio	que	vão	melhorar	não
só	 a	 propriocepção	 do	 atleta	 como	 irão	 fortalecer	 os	 pequenos	músculos	 que	 estabilizam	 as	 articulações,
garantindo	assim	maior	controle	e	precisão	nos	movimentos.
Normalmente	 o	 equilı́brio	 é	 lembrado	 de	 ser	 treinado	 na	 terceira	 idade	 ou	 quanto	 a	 atividade	 exige	muito
especi�icamente	 dele,	 como	 em	 esportes	 como	 surf,	 esqui-aquático,	 slack	 line,	 dentre	 outros	 que	 possuem
essa	relação	direta	entre	equilı́brio	e	performance.
Figura	3	-	Modelos	de	equilı́brio	estável	e	instavél
Fonte:	iStock,	2020.
4.2 Conceito e classificação da marcha e corrida
A	análise	da	marcha	é	um	objetivo	partilhado	por	várias	disciplinas.	Por	um	lado,	a	biomecânica		interessa-se
pelos	mecanismos	envolvidos	em	diferentes	padrões	de	marcha	e	velocidades,	o	modo	de	funcionamento	dos
músculos,	o	trabalho	realizado	e	o	custo	da	locomoção.	Por	outro	lado,	em	termos	clı́nicos,	há	um	interesse
na	detecção,	descrição	e	identi�icação	de	consequências	de	um	padrão	de	marcha	patológico.	No	entanto,	esta
multidisciplinaridade	 converge	 para	 um	objetivo	 comum,	 compreender	 os	mecanismos	 inerentes	 à	marcha
humana.
O	movimento	humano	é	controlado	pelo	sistema	neuromuscular.	No	entanto,	a	marcha	bı́pede,	exemplo	de	um
movimento	básico,	pode	ser	parcialmente	compreendida	como	um	mecanismo	passivo.
Efetivamente	 ,	 têm	 sido	 sugeridos	 vários	modelos	 teóricos	 para	 descrever	 os	mecanismos	 inerentes	 a	 este
movimento	básico.	No	entanto,	existe	ainda	divergência	de	opiniões	acerca	dos	mecanismos	 inerentes,	bem
como	 aspectos	 que	 permanecem	 por	 explicar.	 Embora	 a	 marcha	 seja	 descrita	 como	 um	 conjunto	 de
movimentos	cı́clicos	repetidos,	ela	é	determinada	por	um	conjunto	multifatorial	considerado	determinante	no
padrão	de	marcha.	De	fato,	o	padrão	de	marcha	resulta	da	interacção	ou	do	processo	de	organização	própria	de
sistemas	neurais	e	mecânicos,	entre	os	quais	se	incluem	a	dinâmica	músculo-esquelética,	a	modulação	pelos
centros	 nervosos	 superiores	 e	 a	modulação	 aferente.	Quando	 se	 pretende	 fazer	 uma	 avaliação	 da	marcha	 é
importante	englobar	quatro	áreas	importantes,	a	cinemática,	cinética,	grau	de	atividade		muscular	e	e�iciência.
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEzW… 7/23
Quando	 analisada	 do	 ponto	 de	 vista	 energético,	 ao	 contrário	 do	 que	 se	 espera	 encontrar,	 a	 recuperação	 da
energia	mecânica	na	marcha	é	incompleta,	veri�icando-se	que	o	sistema	muscular	actua	de	forma	a	compensar
as	perdas	de	energia	ocorridas.
Uma	das	caracterı́sticas	da	performance	de	ações	motoras	 é	a	propensão	para	executar	adequadamente	uma
dada	 tarefa	com	o	mı́nimo	dispêndio	energético	possı́vel.	Assim,	os	estudos	que	relacionam	a	biomecânica
com	o	custo	metabólico	da	marcha	comparam	a	mecânica	corporal	e	a	energia	metabólica.	A	literatura	atual
aponta	para	 alguns	 conceitos	 que	 relacionam	o	 controle	motor	 e	 o	 custo	 energético	 associado.	No	 entanto,
existem	ainda	muitas	interrogações	acerca	do	modo	como	esta	relação	se	estabelece.
A	 quanti�icação	 do	movimento	 e	 a	 detecção	 de	 alterações	 não	 percebidas	 a	 olho	 nú	 acrescentaram	muitas
vantagens	a	pesquisa	e	ao	entendimento	da	marcha,	permitindo,	ainda,	nos	casos	em	que	se	 instituiu	algum
tratamento,	comparar	os	perı́odos	anteriores	e	posteriores.
Portanto	 podemos	 dizer	 que	 a	 marcha	 humana	 é	 caracterizada	 por	 uma	 sequência	 de	 múltiplos	 eventos
rápidos	 e	 complexos,	 o	 que	di�iculta	 a	 observação	 clı́nica,	 a	 identi�icação	 de	 alterações	 dos	 fenômenos	 e	 a
quanti�icação	do	seu	grau	de	afastamento	da	normalidade.
No	ato	de	 caminhar	ou	 correr	há	 um	padrão	básico	 caracterizado	pelo	deslocamento	 rı́tmico	das	partes	do
corpo	que	mantém	o	indivı́duo	em	constante	progresso	para	diante.	Um	ciclo	de	marcha	normal,	corresponde
ao	intervalo	entre	dois	toques	do	mesmo	calcanhar	no	solo.	O	primeiro	toque	corresponde	ao	inı́cio	do	ciclo
(0%)	e	o	segundo	toque�inaliza	o	ciclo	(100%).	Esse	ciclo	pode	ser	dividido	em	duas	fases:	apoio	(0	–	60%)
e	balanço	(60	–	100%).	A	 fase	de	apoio	corresponde	ao	perı́odo	em	que	o	pé	está	em	contato	com	o	solo	e
pode	ser	dividido	em:	primeiro	duplo	apoio	(0	–	10%),	apoio	simples	(10	–	50%)	e	segundo	duplo	apoio	(50
–	60%).	A	fase	de	balanço	corresponde	ao	perı́odo	em	que	o	pé	não	está	em	contato	com	o	solo	e	é	dividido
em:	balanço	inicial,	médio	e	terminal.
Podemos	desta	maneira	descrever	o	movimento	da	marcha	através	de	fases:
Fase	de	Apoio
Fase	de	Balanço	
Permite	 progressão	 enquanto	 mantém	 estabilidade	 de	 sustentação
do	peso	do	corpo.	Ela	 é	 subdividida	em:	 toque	do	calcanhar,	 apoio
plantar,	 apoio	 médio,	 elevação	 do	 calcanhar,	 momento	 de
desprender	o	pé	do	solo.	
Tem	por	 caracterı́stica	 o	 levantamento	do	pé	 do	 solo,	 o	 avanço	do
membro	 no	 espaço	 e	 a	 preparação	 para	 o	 próximo	 apoio.	 Ela	 é
subdividida	em:	aceleração,	balanço	médio,	e	desaceleração.	
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEzW… 8/23
Uma	das	caracterı́sticas	marcantes	da	marcha	é	que	sempre	um	dos	pés	estará	em	contato	com	o	solo	durante
todo	o	movimento,	alternadamente	sempre	ocorrerá	um	apoio	unipodal,	diferente	da	corrida	que	já	podemos
presenciar	o	momento	da	fase	aérea.
Fatores	que	podem	 in�luenciar	na	 caracterı́stica	da	marcha,	pode	mudar	o	 tempo	de	apoio	ou	até	mesmo	o
balanço	e	as	oscilações	ou	a	postura	da	coluna	vertebral	e	o	posicionamento	dos	membros	superiores,	 são
caracterı́sticas	como:
Figura	4	-	Desenho	das	Fases	da	Caminhada	destaque	para	as	subfases	de	apoio	e	balanço
Fonte:	Elaborada	pelo	autor,	2020.
01 Individuais:	idade,	sexo,	altura,	peso.	
02 Dé�icits	de	equilı́brio.	
03 Problemas	músculo-esqueléticos.	
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Quando	o	indivı́duo	apresenta	di�iculdades	no	modelo	de	marcha	chamamos	de	marcha	atı́pica,	ela	pode	ser
de	dois	modelos,	um	que	é	a	temporária	devido	a	um	lesão	ou	dor,	por	exemplo	um	entorse	de	tornozelo,	e	a
permanente	devido	a	uma	sequela	fı́sica	ou	neurológica.
A	 �isioterapia	 estuda	 muitos	 problemas	 neurológicos	 que	 acometem	 a	 marcha,	 em	 função	 de	 problemas
neurológicos	tais	como:
04 Mudança	de	Velocidade.	
05 Tipo	de	calçado.	
06 Tipo	de	terreno.	
07 Sequelas	neurológicas.	
A	perna	�ica	paralisada	por	espasticidade	dos	músculos	extensores,	o	indivı́duo	tem	que	fazer	um
movimento	 de	 circundução	 com	 a	 ponta	 do	 pé	 para	 baixo	 para	 fazer	 o	 movimento	 de	 balanço,
avança	primeiro	a	perna	sã	e	depois	a	outra.	
Dor	em	qualquer	articulação	dos	membros	 inferiores,	devido	a	 alguma	 lesão,	 a	 fase	de	apoio	do
membro	com	a	dor	�ica	muito	rápida.	
Postura	de	membros	inferiores	e	do	tronco	toda	em	�lexão,	pouco	movimento	dos	braços,	passos
curtos.	
Acontece	devido	a	fraqueza	da	musculatura	abdutora	do	quadril,	sobrecarrega	o	trocânter	do	fêmur,
é	a	famosa	caminhada	“rebolando”.	
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Marcha	Hemiplégica	
Marcha	Antálgica	
Marcha	Parkinsoniana	
Marcha	de	Trendelenburg	
Marcha	Parética	com	Steppage	
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Considerações	sobre	a	Corrida
A	 corrida	 é	 uma	 das	 formas	 mais	 primitivas	 de	 exercı́cio	 e	 deve	 ter	 surgido	 da	 necessidade	 dos	 homens
primitivos	 de	 andar	 mais	 depressa	 para	 fugir	 de	 alguns	 perigos	 ou	 perseguir	 a	 caça.	 A	 prática	 regular	 da
corrida	 aumenta	 a	 capacidade	 respiratória,	 melhora	 a	 circulação	 sanguı́nea	 e	 aumenta	 a	 força	 muscular.
Quando	 uma	 pessoa	 está	 andando,	 ela	mantém	 um	 dos	 pés	 no	 chão	 e	 o	 outro	 no	 ar,	 a	 todo	momento.	 Na
Exagerado	 levantamento	 do	 joelho,	 com	 excessiva	 �lexão	 da	 coxa	 sobre	 a	 bacia,	 pés	 pendentes,
marcha	semelhante	à	do	cavalo.	
Ela	 ocorre	 normalmente	 devido	 a	 uma	 aterosclerose	 cerebral,	 o	 andar	 �ica	 vagaroso,	 reduzido
levantamento	dos	pés,	passos	rápidos	e	curtos,	as	pernas	parecem	travadas.	
Falta	de	equilı́brio	ao	andar,	 a	marcha	 �ica	parecida	 com	uma	estrela,	 tem	di�iculdade	em	manter
uma	linha	reta,	�ica	oscilando	para	os	lados	com	braços	abertos.	
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VOCÊ QUER VER?
Se	 você	 quiser	 se	 aprofundar	 nos	 eventuais	 problemas	 da	 marcha	 você	 poderá	 ter
uma	 ilustração	 bem	 interessante	 neste	 vıd́eo	 do	 canal	 do	 youtube	Neurofuncional,	 o
professor	 Rogério	 Souza	 apresenta	 os	 modelos	 de	 marcha	 e	 suas	 caracterıśticas,	 o
vıd́eo	 pode	 ajudar	 a	 compreender	 ainda	mais	 como	 acontece	 às	 diferentes	 tipos	 de
marchas.	 https://www.youtube.com/watch?v=oQyxq3fH0Yk
(https://www.youtube.com/watch?v=oQyxq3fH0Yk)
Marcha	de	Pequenos	Passos	
Marcha	Vestibular	
https://www.youtube.com/watch?v=oQyxq3fH0Yk
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corrida,	de	 tempos	em	tempos,	os	dois	pés	do	atleta	 �icam	no	ar.	A	corrida	 é,	na	verdade,	uma	sucessão	de
pequenos	saltos.	Ao	correr,	elevamos	os	joelhos	ao	mesmo	tempo	que	movimentamos	os	braços.	Desta	forma,
obteremos	um	rápido	deslocamento	o	nosso	corpo.
A	 corrida	 pode	 ser	 considerada	 uma	 variação	 da	 marcha.	 Sendo	 assim,	 a	 corrida	 é	 descrita	 como	 um
movimento	cı́clico	das	fases	de	contato	e	oscilação	sucessivamente.	Dentre	as	diferenças	básicas	destas	duas
habilidades	 destacam-se	 a	 velocidade,	 signi�icativamente	maior	 no	 correr,	 e	 a	 fase	 de	 duplo	 apoio	 que	 só
ocorre	durante	o	andar,	que	provavelmente	é	o	principal	indicador	para	distinguı́-los.
A	corrida	compõe-se	das	seguintes	fases:
A	magnitude	da	força	vertical	pode	atingir	de	duas	a	quatro	vezes	o	peso	corporal	para	corridas	recreativas	e
de	 velocidade,	 respectivamente,	 sendo	 esta	 absorvida	 pela	 extremidade	 inferior	 (pé,	 perna,	 coxa,	 pelve	 e
coluna).
Na	 corrida	 existe	 um	 aumento	 na	 força	 de	 reação	 do	 solo	 tornando	 o	 aparelho	 locomotor	mais	 exposto	 à
sobrecarga	mecânica	durante	a	corrida	quando	comparado	à	marcha,	pois	há	entre	800	e	2000	contatos	com	o
solo	por	milha,	além	do	aumento	na	magnitude	da	 força	a	partir	da	diminuição	do	tempo	de	apoio,	ou	seja,
exposição	à	lesões.
A	 ideia	 de	 corrida	 de	 velocidade,	 por	 exemplo,	 diz	 respeito	 a	 uma	 competição	 que	 consagra	 aquele	 que	 se
desloca	mais	 rapidamente	do	que	os	 restantes.	Ou	 seja,	 com	maior	 velocidade.	Quem	chega	em	primeiro	 à
meta	 numa	 corrida	 de	 velocidade,	 fá-lo	 antes	 que	 os	 restantes	 adversários.	 A	 corrida	 de	 velocidade	 existe
desde	os	 Jogos	Olı́mpicos	da	Grécia	Antiga,	 um	 festival	 da	Grécia	Antiga	que	 se	 realizava	 a	 cada	4	 anos	no
santuário	de	Olı́mpia.
As	corridas	de	velocidade	são	classi�icadas	de	acordo	com	a	distância	a	ser	percorrida:
Corridas	rasas:	são	as	corridas	de	curta	distância,
geralmente	 as	 de	 100	metros	 rasos,	 200	metros
rasos,	indo	até	os	400	metros	rasos.
Corridas	 de	 meio-fundo:	 corridas	 de	 distância
média,	entre	800	a	1.500	metros.
01 Contato	Incial	(Footstrike)
02 Médio	Apoio	(midsupport)	
03 Desprendimento	(Toe-off)	
04 Oscilação	(Swing)	
05 Desaceleração	(Desaceleration)	
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Corridas	 de	 fundo:	 modalidade	 de	 corrida	 de
longa	distância,	onde	os	atletas	precisam	realizar
um	percurso	de	5000	metros	ou	mais.
Temos	 ainda	 a	 corrida	 com	 obstáculos.	 Ela	 também	 é	 uma	 corrida	 de	 velocidade,	 a	 diferençaé	 que	 no
percurso	 existem	 barreiras	 quais	 devem	 ser	 saltadas	 pelos	 atletas.	 E� 	 um	 tipo	 de	 corrida	 que,	 além	 de
velocidade,	também	exige	coordenação,	equilı́brio	e	concentração.
	Há	ainda	outros	tipos	de	corridas	como:
Figura	5	-	O	impacto	nas	articulações	durante	o	movimento	cı́clico	da	corrida
Fonte:	iStock,	2020.
Corridas	mistas	
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Corridas	cross	country	
Esse	tipo	de	corrida	começa	e	termina	numa	pista,	no	entanto	ela	 é
feita	nas	ruas	e	estradas.	
Uma	modalidade	 de	 corrida	 de	 longa	 distância	muito	 praticada	 na
Europa.	Ela	é	realizada	em	terreno	aberto	ou	acidentado.	
VOCÊ QUER VER?
Você	 conhece	 o	 �ilme	 BREAKING	 2	 ?	 Este	 �ilme	 conta	 a	 história	 de	 um	 grupo	 de
corredores	patrocinados	por	uma	empresa	de	material	esportivo	que	buscam	bater	o
recorde	da	maratona	em	duas	horas,	 é	um	 ótimo	 �ilme	para	entender	os	detalhes	de
uma	 preparação	 de	 atletas	 de	 alto	 nıv́el	 a	 respeito	 dos	 detalhes	 do	 movimento	 da
corrida	 e	 de	 como	 é	 importante	 todo	 o	 estudo	 sobre	 a	 biomecânica	 e	 a	 preparação
fıśica.	 Assista	 em	Nike	 Breaking2	 Sub	 2hour	Marathon	Attempt	with	 Eliud	Kipchoge,
Zersenay	 Tadese	 and	 Lelisa	 Desisa	 (https://www.youtube.com/watch?
v=26Vhcxatsms)
https://www.youtube.com/watch?v=26Vhcxatsms
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A	avaliação	biomecânica	e	postural	 completa	pode	 identi�icar	como	seu	aluno	corre	em	relação	 às	 fases	da
passada,	ou	qual	o	tipo	de	pisada	que	seu	aluno	tem.	Na	avaliação	postural	deverá	ser	escolhido	o	protocolo
que	lhe	é	mais	adequado	e	procurar	por	desvios	posturais	que	possam	interferir	no	movimento	dos	membros
inferiores,	e	que	alteram	o	centro	de	massa,	e	podem	gerar	sobrecargas	indesejadas.
Todos	esses	desvios	podem	gerar	 lesões	 com	as	altas	 cargas	de	 impacto	promovidas	pela	 corrida,	 além	de
gerar	 padrões	 neuromusculares	 de	 ativação	 que	 sejam	 pouco	 e�icientes.	 Procure	 corrigir	 desequilı́brios
musculares,	e	encurtamentos	que	possam	prejudicar	a	amplitude	de	movimento,	e	gerar	lesões	futuras,	uma
vez	que	a	corrida	é	uma	atividade	cı́clica	e	que	sobrecarrega	bastante	as	estruturas	corporais.
Fique	 atento	 nos	 tipos	 de	 pisada,	 nos	 desvios	 em	 joelhos,	 na	 amnésia	 glútea,	 no	 encurtamento	 do	 sóleo	 e
�lexores	do	joelho,	na	sı́ndrome	do	piriforme	e	na	pouca	força	em	transverso	e	estabilizadores	da	coluna.
Um	sistema	sem	equilı́brio	gasta	muita	energia	para	se	equilibrar	durante	a	corrida,	energia	essa	que	poderia
estar	sendo	utilizada	para	melhorar	a	performance	e	alcançar	benefı́cios	de	saúde.	
4.3 Cinemática da marcha e da corrida
A	Cinemática	é	a	parte	da	Mecânica	que	estuda	os	movimentos	sem	que	haja	preocupação	com	suas	origens.
Alguns	 conceitos	de	Cinemática	 são	muito	 importantes	para	a	 correta	 compreensão	de	 fenômenos	 fı́sicos	e
pleno	entendimento	da	forma	de	se	construir	o	raciocı́nio	necessário	para	a	resolução	de	problemas.
Primeiramente	devemos	entender	como	ocorre	as	formas	de	movimento,	sempre	que	falamos	do	movimento
devemos	 entender	 como	 a	mudança	 de	 posição	 do	 corpo	 e	 ou	 dos	membros	 e	 articulações.	 O	movimento
ocorre	 em	 um	 determinado	 espaço	 e	 durante	 um	 determinado	 tempo,	 podendo	 ser	 Linear,	 retilı́neo	 ou
curvilı́neo,	ou	Angular,	como	o	movimento	de	rotação,	ou	Geral	que	seria	o	movimento	combinado	de	rotação
mais	 translação.	Muitos	movimentos	 combinam	determinados	movimentos	por	 combinarem	o	 trabalho	de
várias	articulações,	portanto	ocorrem	uma	combinação	de	movimentos	lineares	e	angulares.	Seguimos	como
referência	para	determinar	estes	movimentos	a	posição	anatômica	de	referência,	ela	nos	dá	o	ponto	de	partida
para	que	possa	ser	realizada	a	análise.	
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Os	planos	anatômicos	de	referência	dividem	o	corpo	em	três	dimensões,	são	planos	imaginários	de	referência
que	dividem	o	corpo	em	metades	da	mesma	massa	ou	peso.	Portanto	temos	o	Plano	Sagital,	onde	ocorre	os
movimentos	de	 �lexão	e	extensão	dos	membros	 inferiores,	o	Plano	Frontal,	que	ocorrem	os	movimentos	de
adução	 e	 abdução,	 eversão	 e	 inversão,	 Plano	 Transverso,	 onde	 ocorrem	 as	 rotações	 e	 adução	 e	 abdução
horizontal.	 Quando	 unimos	 um	 movimento	 que	 ocorre	 em	 todos	 os	 planos	 dizemos	 que	 esse	 é	 um
movimento	tridimensional.
De	acordo	com	Hall	(1993),	a	cinemática	pode	ser	de�inida,	também,	como	o	estudo	da	geometria,	padrão	ou
forma	do	movimento	em	relação	ao	tempo.	A	cinemática	pode	analisar	formas	de	movimentos	qualitativos	e
quantitativos.	Por	exemplo,	na	forma	qualitativa,	um	chute	de	futebol,	identi�icando	a	articulação	envolvida	na
ação	 principal.	 Na	 forma	 quantitativa,	 para	 representar	 o	 movimento	 humano,	 por	 exemplo,	 em	 uma
comparação	entre	um	 jogador	de	 futebol	pro�issional	e	um	 jogador	de	clube,	envolvendo	a	quanti�icação	de
variáveis	 de	 tempo	 de	 extensão	 de	 joelho	 e	 velocidade	 �inal	 da	 bola.	 Para	 Hall	 (1993),	 estudiosos	 da
biomecânica	do	esporte	analisam	diferentes	modalidades	para	 identi�icar	as	caracterı́sticas	cinemáticas	que
de�inem	uma	performance	de	elite,	este	 tipo	de	análise	resulta	na	construção	de	um	modelo	que	detalha	as
caracterı́sticas	cinemáticas	de	performance.
Um	grande	número	de	professores	julgam	que	conceitos	como	posição,	tempo	e	velocidade	sejam	triviais	e	de
fácil	 compreensão	 pelos	 alunos,	 mas	 investigações	 cuidadosas	 sobre	 a	 aprendizagem	 da	 cinemática	 não
con�irmam	esse	ponto	de	vista.
A	 aplicação	 da	 cinemática	 a	 competições	 esportivas	 podem	 facilitar	 o	 entendimento	 e	 a	 compreensão	 dos
conceitos	da	cinemática,	através	da	apresentação	de	um	modelo	para	corridas	de	atletismo	que	utiliza	apenas
conceitos	 de	 cinemática:	 tempo,	 distância	 e	 velocidade,	 esse	 modelo	 permite	 responder	 questões	 sobre	 a
Figura	6	-	Posição	anatômica	de	referência
Fonte:	iStock,	2020.
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performance	 de	 corredores,	 pro�issionais	 ou	 não,	 que	 podem	 interessar	 a	 muitos	 alunos.	 Por	 exemplo,
podemos	encontrar	a	velocidade	máxima	que	um	atleta	de	ponta	consegue	atingir,	quanto	tempo	ele	perde	na
largada,	e	a	que	distância	os	efeitos	do	desgaste	fı́sico	se	manifestam.
Segundo	 Hall	 (1999),	 a	 análise	 quantitativa,	 requer	 conhecimento	 da	 �inalidade	 biomecânica	 especı́�ica	 do
movimento	e	da	capacidade	de	detectar	as	causas	dos	erros.	Através	deste	comentário	podemos	veri�icar	que
apenas	uma	análise	qualitativa	não	seria	o	su�iciente,	mas	uma	análise	quantitativa	do	movimento	pode	ser
mais	e�icaz	para	a	melhora	em	cada	fase	da	corrida.
A	análise	 cinemática	 tridimensional	 vem	sendo	utilizada	 como	uma	 importante	metodologia	de	pesquisa	e
avaliação	 da	 marcha	 humana	 normal	 ou	 patológica.	 Tem	 sido	 aplicada	 no	 diagnóstico	 de	 alterações
neuromusculares,	musculoesqueléticas	 e	 como	 forma	de	avaliação	pré	 e	pós-tratamento	 cirúrgico,	 ortótico,
medicamentoso	e/ou	�isioterapêutico.	Embora	essa	análise	seja	realizada	em	diversos	laboratórios	de	marcha
em	vários	paı́ses,	ainda	 é	pouco	difundida	no	Brasil.	Alguns	dos	 fatores	que	 limitam	sua	difusão	são	o	alto
custo	 dos	 sistemas	 comerciais	 disponı́veis,	 a	 escassez	 de	 recursos	 humanos	 capacitados	 a	 operá-los	 e
interpretar	seus	resultados,	além	de	aspectos	relacionados	aos	princı́piosde	medição	de	cada	sistema.	
A	 descrição	 do	movimento	 de	 um	 segmento	 corporal	 no	 espaço	 é	 feita	 associando-se	 a	 ele	 um	 sistema	 de
coordenadas	que	varia	sua	posição	e	orientação	durante	a	marcha.	A	posição	e	a	orientação	relativa	entre	dois
segmentos	 corporais	 no	 espaço,	 ou	 de	 um	 segmento	 em	 relação	 ao	 sistema	 de	 coordenadas	 �ixo	 ao
laboratório,	são	descritas,	respectivamente,	pela	translação	entre	suas	origens	e	pela	rotação	entre	as	bases	a
eles	 associadas.	 A	 cada	 segmento	 corporal	 deve	 se	 associar	 um	 sistema	 de	 coordenadas	 construı́do	 de
maneira	 tal	 que	 a	 orientação	 obtida	 seja	 coerente	 com	 a	 de�inição	 de	 planos	 e	 eixos	 anatômicos	 do	 corpo
humano,	permitindo	assim	uma	interpretação	dos	resultados	baseada	nesta	convenção.	Os	ângulos	articulares
medidos	são	dados	pela	orientação	relativa	entre	dois	sistemas	de	coordenadas	adjacentes	e	correspondem,
aproximadamente,	 aos	 ângulos	 de	 �lexão/extensão,	 abdução/adução	 e	 rotação	 interna/rotação	 externa.	 No
modelo	 adotado	 para	 representar	 os	movimentos	 de	 rotação,	 conferiram-se	 três	 graus	 de	 liberdade	 a	 cada
articulação,	independentemente	das	amplitudes	veri�icadas	experimentalmente:	a	posição	das	articulações	em
Figura	7	-	Imagem	ilustra	a	utilização	de	pontos	articulares	para	análise	biomecânica	do	movimento
Fonte:	iStock,	2020.
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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ortostatismo	é	considerada	a	posição	zero	ou	neutra:	a	partir	desta,	os	movimentos	de	�lexão,	rotação	interna	e
abdução	 foram	 considerados	 positivos;	 e	 os	 de	 extensão,	 rotação	 externa	 e	 adução	 foram	 considerados
negativos.
Assumindo-se	que	a	performance	em	eventos	de	corrida	 (ou	qualquer	modalidade	cı́clica)	está	diretamente
relacionada	ao	tempo	que	o	atleta	leva	para	percorrer	a	distância	dentro	das	regras	(menor	tempo	equivalente
à	melhor	performance),	o	tempo	depende	da	velocidade	do	atleta	na	distância	prescrita,	o	que	torna	relevante
entender	como	esta	velocidade	é	obtida	e	mantida.	Neste	caso,	então,	a	velocidade	de	deslocamento	(V)	pode
ser	 obtida	 pelo	 produto	 entre	 a	 freqüência	 de	 passos	 (FP)	 pela	 distância	 percorrida	 em	 cada	 passo,	 ou
comprimento	do	passo	(CP),	ou	seja:	V	=	FP	*	CP
Ao	serem	mensuradas	as	variáveis	antes	mencionadas	podem	ser	obtidas	importantes	informações	a	respeito
da	velocidade	da	corrida,	da	freqüência	e	do	comprimento	de	passos	e	da	aceleração	do	corredor,	parâmetros
cinemáticos	de�inidores	da	performance	(tempo	�inal).
O	 fato	 é	 que	 a	 cinemática	 permite	 descrever	 o	 movimento	 e	 usar	 essa	 informação	 como	 um	 parâmetro
informativo,	comparativo,	ou	de	intervenção.
As	 informações	 são	 adquiridas	pela	descrição	do	movimento	 com	base	 em	 coordenadas	 traçadas	no	plano
cartesiano,	 onde	 a	 tecnologia	 provê	 mecanismos	 automatizados	 e	 em	 tempo	 real	 utilizando	 para	 isso	 um
conjunto	de	determinantes:	movimento,		�iltragem,	digitalização,	reconstrução,	processamento	e	resultados.
Se	 a	 avaliação	 exigir	 uma	 análise	mais	 detalhada	 da	 �lexibilidade	 dos	movimentos,	 devem	 ser	 traçadas	 as
coordenadas	 x,y	 e	 z	 no	 plano	 cartesiano,	 os	 pontos	 marcados	 servem	 como	 referências	 para	 análise	 do
movimento	tridimensional,	no	plano	sagital,	frontal	e	transverso.
4.4 Cinética da marcha e corrida
Podemos	descrever	 a	 cinética	 como	 sendo	 a	descrição	do	movimento	humano	em	 termos	de	 força	 e	 essas
forças	 podem	 ser	 internas	 ou	 externas.	 Forças	 internas:	 incluem	 o	 resultado	 da	 atividade	 muscular,	 força
gerada	pelo	estiramento	ou	não-contratilidade	e	elasticidade	do	tecido	mole	e	fricção	interna.	Forças	externas
são	 classi�icadas	 em:	 força	 de	 reação	 do	 solo,	 forças	 geradas	 por	 outras	 pessoas,	 cargas	 externas	 ou
resistência.	A	força	também	pode	ser	entendida	com	a	interação,	de	impulso	ou	tração,	entre	dois	objetos,	que
faça	com	que	um	objeto	acelere	positiva	ou	negativamente,	ela	 é	uma	grandeza	vetorial	que	possui,	direção,
sentido	e	magnitude,	ponto	de	aplicação,	linha	de	ação	e	ângulo	de	aplicação.
O	movimento	é	regido	pelas	leis	da	fı́sica	que	estudam	os	corpos	em	movimento,	sendo	assim	temos	a	1a	Lei
da	fı́sica	que	explica	que	um	corpo	em	repouso	tende	a	permanecer	em	repouso,	a	menos	que	seja	estimulado
por	uma	força	externa,	a	2a	Lei	 é	a	que	uma	força	aplicada	a	um	corpo	provoca	uma	aceleração	deste	corpo,
com	 uma	magnitude	 proporcional	 a	 ela,	 na	 sua	 direção	 e	 inversamente	 proporcional	 à	 massa	 do	 corpo,	 a
partir	desta	de�inição	chegamos	ao	conceito	de	movimento	 linear,	a	variação	do	momento	 é	proporcional	 à
força	impressa,	e	tem	direção	desta	força.	(F	=	m	.	a)	A	3a	Lei	é	a	da	ação	e	reação,	quando	um	corpo	exerce
uma	 força	 sobre	 o	 outro,	 este	 segundo	 corpo	 exerce	 uma	 força	 de	 reação	 que	 é	 igual	 em	magnitude	 e	 em
sentido	oposto	à	do	primeiro	corpo.
As	forças	que	atuam	no	corpo	humano	são	classi�icadas	por	Winter	(1990)	como:	
Forças	gravitacionais	
Forças	que	atuam	no	corpo	humano,	atraindo-o	com	uma	magnitude	de	massa	corporal
combinada	a	aceleração	da	gravidade,	como	por	exemplo,	a	força	peso.	
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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Para	o	trabalho	da	Cinética	relacionada	a	marcha	devemos	ter	em	mente	o	comportamento	do	centro	de	massa
durante	o	deslocamento	como	já	vimos	anteriormente	sobre	o	centro	de	gravidade,	devemos	também	estimar
as	trocas	de	energia	mecânica,	a	relação	e�iciência	x	trabalho.
Temos	acerca	da	cinética	da	marcha	teorias	explicativas,	uma	delas	 é	a	do	Pêndulo	Invertido,	se	trata	de	um
mecanismo	 passivo	 de	 troca	 de	 energia	 cinética	 e	 potencial,	 o	 valor	 de	 energia	 cinética	 e	 potencial	 são
aproximadamente	constantes.
Desta	maneira	podemos	dizer	que	são	determinantes	da	marcha:
rotação pélvica: eleva a extremidade do arco;
deslocamento lateral da pélvis: deprime o pico do arco;
flexão do joelho em apoio unipodálico: deprime o pico do arco;
joelho, pé: eleva a extremidade do arco. 
Forças	musculares	e	de	ligamentos	
Forças	geradas	por	contrações	musculares	e	impostas	às	articulações	e	ligamentos.	
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Não	 é	necessário	a	ação	muscular,	a	estabilização	do	movimento	 é	obtida	pela	tensão	da	cápsula	articular	e
seus	ligamentos.
Exemplo:	Durante	a	primeira	parte	do	movimento	onde	ocorre	a	 �lexão	do	 joelho	a	estabilização	articular	 é
ativa	 por	 meio	 do	 controle	 exercido	 pelo	 quadrı́ceps,	 porém	 com	 o	 avanço	 do	 membro	 e	 o	 aumento
progressivo	da	extensão	do	membro	a	estabilização	ativa	não	é	mais	necessária.
Durante	a	fase	de	apoio,	a	estabilização	do	joelho	é	ativa	na	resposta	a	carga	e	passa	a	ser	passiva	a	partir	do
médio	apoio.
As	 três	 leis	 do	 movimento	 são	 uma	 parte	 importante	 da	 base	 matemática	 da	 avaliação	 da	 cinética	 da
locomoção;	mas	a	 terceira	 lei	 é	 especialmente	 importante	para	a	 locomoção.	Portanto,	 a	 força	de	 reação	do
solo	nada	mais	é	do	que	uma	aplicação	direta	da	terceira	lei	de	Newton.	Na	locomoção,	na	qual	as	mudanças
na	força	são	controladas	pela	musculatura	corporal,	a	força	exercida	pela	superfı́cie	de	marcha	contra	o	pé	 é
chamada	 força	 de	 reação	 do	 solo.	 A	 direção	 e	 a	magnitude	 da	 força	 de	 reação	 coincide	 com	 a	 direção	 e	 a
magnitude	do	movimento	do	centro	de	massa	do	corpo	.	A	força	de	reação	do	solo	ou	do	piso	comum	é	uma
resposta	às	ações	musculares	e	ao	peso	do	corpo,	transmitidos	pelos	pés.	Durante	a	marcha,	os	doispés	�icam
em	contato	com	o	piso	simultaneamente	em	cerca	de	¼	do	tempo,	e	os	efeitos	no	centro	de	massa	do	corpo
(ou	centro	de	gravidade	do	corpo)	resultam	da	soma	das	forças	de	reação	que	atuam	em	ambos	pés.	Durante
os	¾	de	tempo	restantes,	apenas	a	 força	de	reação	nesse	pé	 in�luencia	o	movimento	do	centro	de	massa	do
corpo	(CAMPOS	et	al.,	2001).
Para	avaliar	a	força	de	reação	com	relação	ao	movimento	do	corpo,	costuma-se	usar	as	plataformas	de	força.
As	plataformas	de	força	podem	utilizar	vários	princı́pios	fı́sicos	diferentes	para	converter	as	cargas	em	sinais
elétricos	 proporcionais	 à	 direção	 e	 à	 magnitude	 das	 cargas.	 Assim,	 a	 força	 de	 reação	 sob	 um	 único	 pé	 é
dividida	 em	 uma	 força	 vertical	 (direcionada	 para	 cima),	 duas	 forças	 de	 cisalhamento	 horizontais	 (de
progressão,	para	frente	e	para	trás,	e	laterais,	direita	e	esquerda),	o	momento	normal	e	o	centro	de	pressão	(o
ponto	no	qual	toda	a	carga	pode	ser	aplicada	ao	pé)	(CAMPOS	et	al.,	2001).
Como	 conclusão	 é	 possı́vel	 veri�icar	 a	 importância	 deste	 tema	 no	 entendimento	 da	 biomecânica	 do
movimento	 humano	 normal,	 servindo	 como	 base	 para	 a	 compreensão	 de	 possı́veis	 alterações	 nos
mecanismos	do	movimento.
Figura	8	-	A	�igura	ilustra	os	pontos	articulares	analisados	no	movimento	da	marcha	e	da	corrida
Fonte:	iStock,	2020.
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4.4.1 Característica da cinética na corrida
A	prática	da	corrida	de	rua	é	uma	das	atividades	que	mais	despertou	adeptos	desta	faixa	etária	segundo	dados
da	maior	associação	de	corredores	do	estado	de	São	Paulo,	a	CORPORE,	que	registrou	um	aumento	de	52%	do
número	 de	 atletas	 com	 mais	 de	 65	 anos.	 Além	 de	 todos	 os	 benefı́cios	 �isiológicos,	 a	 corrida	 tem	 sido	 o
esporte	de	maior	escolha	por	causa	d	a	sua	conveniência	e	natureza	econômica.
As	diferenças	entre	as	fases	e	o	envolvimento	de	grupos	musculares	na	caminhada	e	na	corrida	são	similares,
porém	 são	 necessárias	 contrações	 musculares	 mais	 vigorosas	 para	 aumentar	 a	 velocidade.	 As	 três	 fases
básicas	 são	 a	 arrancada,	 a	 recuperação	 da	 perna	 de	 impulsão	 e	 o	 apoio	 para	 a	 nova	 impulsão,	 e	 estas	 são
facilmente	 mensuradas	 através	 de	 dinamômetros	 especı́�icos,	 as	 plataformas	 de	 força	 (HOWLEY;	 FRANKS,
2000).
Entre	 as	 implicações	 biomecânicas	 da	 prática	 de	 esportes,	 uma	 das	 mais	 estudadas	 é	 a	 in�luência	 dos
impactos	no	solo	no	aparelho	locomotor.	O	pé	é	submetido	a	forças	oriundas	do	peso	corporal	e	do	calçado,
deformando-se.	Paiva	(2002)	relata	que	quanto	maior	a	força	de	reação	do	solo	maior	será	o	custo	energético.
Isto	 é,	quanto	maiores	forem	os	componentes	de	força	envolvidos,	mais	intenso	será	o	contributo	muscular
necessário	 para	 controlar	 os	movimentos	 dos	membros	 e	 estabilizar	 a	 posição	 do	 corpo	durante	 a	 fase	 de
apoio.	 Tudo	 isto	 implica	 uma	maior	 solicitação	metabólica	 dos	músculos	 envolvidos.	 A	 corrida	 pode	 ser
considerada	 como	 um	 agente	 agressor	 dos	 tecidos	 biológicos,	 mas	 estes	 têm	 a	 capacidade	 de	 adaptar-se
dependendo	do	nı́vel	de	estresse	a	que	são	submetidos.	Quando	esse	estresse	é	levado	para	além	do	limiar	de
adaptação	 ocorre	 um	 aumento	 da	 incidência	 de	 lesões.	 Isto	 é	 provocado	 pelo	 impacto	 no	 solo	 e	 pelas
respectivas	 implicações	 nas	 estruturas	 passivas,	 os	 ossos	 e	 articulações,	 e	 nas	 estruturas	 ativas	 como
músculos,	fáscia	plantar	e	tendões.
No	pico	inicial	do	impacto	no	solo	essas	estruturas	não	á	absorvem;	o	corpo	adapta-se	transferindo	parte	da
energia	elástica	que	foi	acumulada	para	regiões	próximas,	como	a	estrutura	ativa	do	músculo	quadrı́ceps	que
contribui	na	propulsão.	O	componente	vertical	de	 força	reativa	do	solo	ao	 tocar	o	solo	na	marcha	 é	1	a	1,5
vezes	o	peso	do	sujeito,	na	corrida	é	aumentado	para	2	a	3,5	vezes.
VOCÊ SABIA?
Você	 sabia	 que	 pessoas	 que	 já	 apresentam	 sintomas	 de	 dor	 no	 joelho	 podem
apresentar	 cinética	 aumentada	 na	 região?	 Existem	 estratégias	 de	 corrida	 que
talvez	você	devesse	dar	mais	atenção!	Assista	a	Live	com	o	Doutor	e	Biomecanicista
Guilherme	 Brodt.	 Nesta	 live	 ele	 fala	 sobre	 cinética	 da	 corrida	 e	 o	 consumo
energético.	 Além	 de	 questões	 importantes	 sobre	 o	 padrão	 da	 pisada,	 cadência	 e
forças	no	joelho.	Descubra	como	isso	interfere	na	prática	dos	pro�issionais	da	área
do	 movimento	 e	 na	 questão	 da	 alteração	 do	 padrão	 de	 pisada.	 Disponivel	 no
youtube	 no	 link	 https://www.youtube.com/watch?v=5y2aVaLZ7Jk
(https://www.youtube.com/watch?v=5y2aVaLZ7Jk)
https://www.youtube.com/watch?v=5y2aVaLZ7Jk
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4.4.2 Estudos em biomecânica do calçado
Atualmente,	 são	muitos	os	estudos	direcionados	para	a	biomecânica	do	calçado	e	a	 in�luência	da	utilização
deste	acessório	para	o	aparelho	locomotor	de	seu	usuário,	sendo	na	posição	estática	ou	durante	a	locomoção.
Porém,	 devido	 a	 fatores	 como	 a	 diversidade	 de	 modelos	 e	 materiais	 que	 compõem	 o	 calçado,	 ainda	 são
muitas	 as	 dúvidas,	 �icando,	 por	 exemplo,	 impossı́vel	 uma	 generalização	 das	 informações	 para	 um	 tipo	 de
calçado.	Essa	incerteza	também	paira	pois,	ao	se	desenvolver	um	calçado,	qualquer	modi�icação	mı́nima	feita
nos	 desenhos	 ou	 qualquer	 modi�icação	 dos	 materiais	 utilizados,	 podem	 gerar	 dados	 biomecânicos
completamente	diferentes.
Na	tentativa	de	destacar	a	importância	do	calçado	como	proteção	das	estruturas	músculo	esquelético	dos	pés
em	 relação	 à	 força	 de	 reação	 do	 solo,	 quando	 comparado	 à	 situação	 descalça;	 Cavanagh,	Williams	 e	 Clarke
(1981)	 utilizaram	 10	 sujeitos	 homens	 com	 3	 tipos	 de	 calçados	 e	 descalça.	 Observaram	 que	 a	 amplitude	 e
tempo	para	o	pico	inicial,	na	condição	descalça,	foram	signi�icativamente	maiores	e	ocorreram	mais	cedo	em
relação	às	condições	utilizando	calçados.	A	amplitude	do	pico	inicial	era	signi�icativamente	mais	alta	quando
usando	botas	de	exército	que	com	qualquer	outro	calçado.
Azevedo	e	colaboradores	(2005)	realizaram	uma	análise	dinâmica	da	marcha	com	o	uso	de	calçado	esportivo
falsi�icado,	 utilizando	 a	 força	 de	 reação	 do	 solo	 e	 a	 pressão	 plantar.	 Eles	 observaram	que	 em	 algumas	 das
variáveis	da	força	reativa	do	solo	relacionadas	ao	controle	de	impacto	e	nos	valores	de	pressão	plantar,	houve
diferenças	 signi�icativas	 entre	 o	 calçado	 original	 e	 o	 falsi�icado,	 apontando	 assim,	 uma	 possı́vel	 in�luência
negativa	do	calçado	esportivo	falsi�icado	na	proteção	do	aparelho	locomotor	durante	a	realização	da	marcha	e
no	controle	de	sobrecarga	mecânica.
Santos,	 A�vila,	 Zaro,	 Nabinger	 e	 Faquin	 (2006),	 realizaram	 uma	 análise	 do	 ângulo	 de	 pronação	 do	 calcâneo
durante	a	marcha	utilizando	160	pares	de	calçados	(78	masculinos	e	82	femininos)	de	diversos	modelos.	Os
grupos	de	tênis	antipronação	masculino,	tênis	de	futsal,	sapato	casual	masculino,	sandália	feminina	e	calçado
de	 segurança	 apresentaram	 valores	 de	 pronação	 relativamente	 melhores	 que	 o	 grupo	 de	 sapato	 casual
feminino	e	o	tênis	casual	feminino.	Observou-se	também	que	os	calçados	que	menos	induziram	o	movimento
de	 pronação	 do	 calcâneo	 foram	 os	 grupos	 de	 calçados	 masculinos,	 sendo	 motivo	 de	 preocupação	 o
desenvolvimento	dos	calçados	femininos.	
VOCÊ SABIA?
Você	 conhece	 como	 é	 a	 construção	 de	 um	 calçado	 esportivo?	 acompanhe	 este
documentário	 exibido	 pelo	 Discovery	 Channel,	 mostrando	 todo	 processo
tecnológico	 para	 fabricação	 de	 um	 tênis	 de	 alta	 performance	 de	 uma	marca	 de
calçados	 esportivos	 	 japonesa,todo	 o	 estudo	das	 forças	 cinéticas	 relacionadas	 ao
movimento	 e	 toda	 tecnologia	 e	 horas	 de	 estudo	 para	 que	 seja	 construıd́o	 um
calçado	 que	 proteja	 o	 atleta	 dos	 impactos.	 Disponivel	 no	 youtube	 pelo
link:	 https://www.youtube.com/watch?v=FsRpGAt5uKU&t=233s
(https://www.youtube.com/watch?v=FsRpGAt5uKU&t=233s).
https://www.youtube.com/watch?v=FsRpGAt5uKU&t=233s
18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NOHIP55IFTBuvKmiJgt8Iw%3d%3d&l=MVBL83WxQ26ZDrnTLEpE9A%3d%3d&cd=XLEz… 22/23
Estudo	realizado	por	Yung-Hui	&	Wei-Hsien	(2005),	teve	com	objetivo	de	determinar	se	o	aumento	do	salto	e	o
uso	de	vários	tipos	de	palmilhas	de	calçados	resultam	em	mudanças	em	pé	distribuição	de	pressão,	força	de
impacto,	e	percepção	de	conforto	durante	a	marcha.	As	voluntárias	utilizaram	três	tipos	de	calçados	(alturas
de	salto	de	1,0cm,	5,1cm	e	7,6cm)	nas	condições:	somente	com	o	calçado,	palmilha	no	calcanhar,	suporte	no
arco	 plantar,	 região	 dos	 metatarsos	 e	 contato	 total.	 Os	 resultados	 demonstraram	 um	 aumento	 da	 força	 de
impacto,	pressão	medial	na	área	medial	do	antepé	e	aumento	de	percepção	de	desconforto.	Com	a	colocação
de	palmilhas	percebeu	uma	redução	da	pressão	no	calcanhar,	na	força	de	impacto	e,	no	arco	de	suporte	uma
redução	da	pressão	medial	do	antepé	além	da	melhora	na	sensação	de	conforto.	Em	particular,	uma	palmilha
de	aumento	de	contato	 total,	poderia	reduzir	pressão	com	calçado	de	salto	por	25,0%	e	na	região	média	do
antepé	 em	 24,0%,	 se	 atenue	 a	 força	 de	 impacto	 em	 33,2%,	 e	 oferece	melhor	 sensação	 de	 conforto	melhor
quando	comparou	a	não	usar	palmilha.
Conclusão
Nesta	 unidade,	 pudemos	 conhecer	 os	 conceitos	 da	 Biomecânica	 e	 Cinesiologia	 ligados	 ao	 equilı́brio	 e
estabilidade,	 entender	 como	 nosso	 corpo	 busca	 mecanismos	 sensoriais	 para	 o	 ajuste	 �ino	 do	 equilı́brio,
aprendemos	 conceitos	 e	 classi�icações	 tanto	 da	 marcha	 como	 da	 corrida	 em	 seus	 aspectos	 anatômicos,
cinemáticos	e	cinéticos	em	relação	ao	movimento.
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
conhecer e entender o conceito de equilíbrio através da
abordagem relacionada ao centro de gravidade, a ação
gravitacional ao qual  todos os corpos são submetidos, como o
centro de gravidade do nosso corpo pode mudar em relação ao
movimento e como utilizar isso para melhora da performance.
conceituar e identificar as características motoras da marcha,
compreender as fases da marcha, sua importância, as diferentes
características e possíveis alterações no padrão da marcha.
conceituar e identificar as características motoras da corrida,
compreender as fases da corrida, as diferenças e ou evolução que
acontece a partir das fases da marcha.
conhecer o conceito de cinemática, entender como é aplicado
este conceito para análise da marcha e da corrida, sua importância
e sua aplicação, e como este conceito pode ser estendido para
análise de outros movimentos.
conhecer o conceito de cinética, entender como as forças agem
sobre o movimento, o porque é importante analisar estas forças
para melhora da performance esportiva e ou prevenir o sistema
músculo esquelético de possíveis lesões.
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18/06/2022 19:24 Biomecânica e Cinesiologia
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conhecer como são realizados a construção de calçados
esportivos e a toda tecnologia que é utilizada, o estudo da
melhora na performance, a diferença entre os modelos de solado,
palmilha e salto que são utilizados, suas diferenças e ações na
performance esportiva.
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Bibliografia
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