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Análise de Crédito

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Análise de crédito: instituições financeiras minimizam os 
riscos de inadimplência por meio da análise de crédito 
RESUMO 
Devido a globalização e o crescente significativo nível de inadimplência no país, para 
pessoas físicas/jurídicas se faz necessário que as instituições financeiras utilizem de um 
minucioso e detalhado modelo de avaliação para a concessão de crédito. Este trabalho visa 
demonstrar alguns modelos de análise de crédito que as instituições financeiras utilizam 
na concessão de crédito. Serão abordados os procedimentos e modelos adotados pelas 
instituições na análise de crédito, além da definição do conceito de crédito e da análise do 
modelo de análise de crédito utilizado pelo Banco do Brasil, uma das maiores instituições 
financeiras do país. Para a análise dos dados utilizou-se a abordagem qualitativa. Quanto 
aos fins a pesquisa foi descritiva e quanto aos meios foi utilizada a pesquisa bibliográfica. 
Palavras chave: Análise de crédito, Crédito, Análise de risco, Modelos de análise de crédito. 
INTRODUÇÃO 
Atualmente bancos, empresas e instituições financeiras desempenham um importante 
papel dentro do sistema mercadológico de uma nação. Sendo o crédito uma das principais 
operações de qualquer uma destas instituições, ele pode influenciar diretamente na 
economia. 
Para este trabalho, considera-se a interpretação de crédito como o ato de empréstimo ou 
entrega de uma quantia com a promessa do pagamento. Neste contexto, empréstimos, 
cartão de crédito ou quaisquer outras dívidas que um cliente pode fazer com um banco ou 
instituição financeira pode ser considerada crédito, e demandar uma análise de crédito. 
Quando esta operação é feita, há o risco intrínseco de que quem recebe a concessão não 
venha a cumprir com suas obrigações, se tornando inadimplente. De acordo com Silva 
(1997, p.314) créditos inadimplentes são “aqueles que apresentam dificuldades de serem 
recebidos e consequentemente acarretam perdas para o credor”. 
Segundo GITMAM (1997, p. 17), em Administração Financeira, risco pode ser definido 
como a “possibilidade de que os resultados realizados possam diferir daqueles esperados”. 
O objetivo principal de qualquer negócio, segundo Mendonça (2015) é produzir o lucro, 
incluindo o negócio de financiamento ao consumidor. Ligado à busca de lucro há uma 
preocupação com o risco. Contudo, o nível de retorno deve ser pertinente ao grau de risco. 
O risco, em empréstimos ao consumidor, está no fato de que uma parcela desses 
empréstimos irá para perdas, pois faz parte do negócio. É impossível assumir 
financiamentos sem risco de perdas. Assim o risco deve ser definido e confinado, de modo 
que as perdas e os custos de gerenciamento do ciclo de crédito sejam previsíveis. 
Uma reportagem publicada pelo site G1, no fim do ano passado, traz dados de um relatório 
divulgado pelo Banco Central do Brasil, em outubro de 2016, mostra que a inadimplência 
no país atingiu o patamar mais alto desde 2011, quando se iniciou a série histórica do 
Banco Central. 
Segundo este relatório, a inadimplência dos clientes bancários (pessoas físicas, empresas 
e nas operações com recursos livres, que exclui o crédito imobiliário, rural e do BNDES) 
chegou a 5,89%. Levando-se em conta apenas pessoas físicas, o número aumenta para 
6,23%. 
Para tentar evitar isto, as instituições financeiras vêm aperfeiçoando cada vez mais os 
procedimentos de análise de crédito, visando reduzir ao máximo, já que seria praticamente 
impossível erradicar a inadimplência. 
Segundo Schrickel (2000) “a análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão 
de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações 
incompletas”. 
A análise de crédito por uma instituição financeira, em qualquer circunstância, se torna 
ainda mais importante ao analisarmos o momento econômico do país. Em um momento 
de crise, como o que o país está atravessando, aumenta-se o nível do desemprego, o que 
ajuda a aumentar o percentual de clientes inadimplentes. 
Conforme GITMAN (2004, p. 18), “as instituições financeiras atuam como intermediárias, 
promovendo a canalização das poupanças de indivíduos, empresas e órgão de governos 
para empréstimos ou investimentos”. 
Sobre a situação financeira brasileira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) divulgou em uma nota à imprensa, publicada em seu site, que o PIB, Produto 
Interno Bruto do país, recuou 3,6% no ano de 2016, e outros 3,8% em 2015. Neste 
contexto de crise econômica, a análise de crédito deve ser considerada fundamental e deve 
ser realizada criteriosamente. 
Com isto em mente, este trabalho tem por objetivo a identificação e elucidação dos 
procedimentos adotados pelas maiores instituições financeiras do país, quanto à análise 
de crédito. 
O artigo tratará a análise de crédito, como instrumento utilizado pelas instituições 
financeiras, visando minimizar o risco de inadimplência. Buscará definir o conceito de 
análise de crédito, identificar os modelos mais usados e avaliar a eficácia de cada um. 
Além de estudar o case do Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras em 
termos de concessão de crédito. 
Diante do exposto, esta pesquisa buscou responder à seguinte pergunta: Como as 
instituições financeiras, ao conceder o crédito, podem minimizar os riscos de 
inadimplência por meio da análise de crédito? 
Neste contexto, esta pesquisa tem por objetivo identificar como as instituições financeiras 
minimizam os riscos de inadimplência por meio da análise de crédito. Além deste, tem 
como objetivos específicos conceituar análise de crédito; identificar modelos de análise que 
podem ser utilizados para concessão de crédito; verificar a aplicabilidade de cada modelo, 
seus prós e contras, além das circunstâncias para o uso de cada um deles; e, por fim, 
analisar o modelo de análise de crédito do Banco do Brasil. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 ANÁLISE DE CRÉDITO 
Todos os anos milhões de pedidos de crédito são efetuados no Brasil, esses pedidos partem 
de diversos setores, como a população, as empresas, etc. No momento em que são 
requeridos, todos os requeredores passam por um processo de avaliação chamado análise 
de crédito. 
“A análise de crédito compreende a aplicação de técnicas subjetivas, financeiras e 
estatísticas para avaliar a capacidade de pagamento do tomador de recursos, que é o 
proponente ao crédito.” (NETO, SÉRGIO, 2009) 
Crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, 
temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta 
parcela volte a sua posse integralmente, após decorrido o tempo estipulado. (SCHRICHEL, 
WOLFANG, 1998, p. 25) 
Sendo assim, pode-se afirmar que ao ceder uma determinada quantia a uma pessoa ou 
empresa aquele que o faz tem a expectativa, do retorno integral dessa quantia, num 
determinado espaço de tempo. (BEM, SANTOS e COMITRE, 2007). 
A análise de crédito é um meio dos bancos e instituições financeiras se protegerem contra 
a inadimplência, e busca avaliar se o tomador de recursos terá a capacidade de arcar com 
o pagamento da quantia que foi cedida. 
As instituições financeiras têm como costume realizar operações somente com pessoas 
que sejam seus clientes. Quando esses clientes necessitam de recursos, eles recorrem ao 
banco, que tem como norma elaborar uma análise minuciosa para a concessão do crédito 
pretendido, baseados primordialmente em critérios pessoais e financeiros. O banco busca 
com isso colher indícios de insolvência de clientes, pois a preocupação é que a quantia 
emprestada não retorne mais com os respectivos encargos financeiros, que são juros e 
correção monetária. (NETO, SÉRGIO, 2009, p. 31) 
Sobre a definição de crédito, Sandroni (2003) diz que crédito é uma transação comercial 
em que um comprador recebe imediatamente um bem ou serviço adquirido, mas só fará o 
pagamento depois de umtempo determinado. Essa transação pode também envolver 
apenas dinheiro. O crédito inclui duas noções fundamentais: confiança expressa na 
promessa de pagamento e tempo de aquisição e liquidação da dívida. 
Rodrigues (2012) complementa dizendo que “crédito é a ferramenta pela qual as empresas 
alicerçam suas vendas, a partir do instante em que tenham confiança na liquidação da 
dívida assumida pelos clientes”. 
Existem diversas maneiras desta avaliação ser feita, a mais usual é a análise que avalia 
“os quatro C’s do crédito”. Esse tipo de avaliação mistura critérios subjetivos com critérios 
práticos. 
Os quatro C’s são: Caráter e Capacidade (critérios subjetivos); Capital e Condições 
(critérios práticos). 
O método lógico para analisar cada situação é baseado nos “Cs” de crédito. Embora este 
método não aborde todo o conjunto de instrumentos disponíveis para a avaliação de riscos 
e crédito, na realidade ele se constitui numa das ferramentas mais modernas de análise 
de risco e crédito, voltados para situações concretas. (PREISLER, 2003, p. 48) 
Existe um quinto “C” na análise de crédito que é Colateral. Também chamado de Garantia, 
pois trata dos mecanismos acionados caso o cliente não cumpra com suas 
responsabilidades. A figura seguinte mostra as ramificações da análise de crédito: 
Figura 1 – Ramificações da análise de crédito. 
Fonte: (ARAI, 2015, p.72) 
GITMAN (2004, p.520) afirma que os cinco C’s de crédito, é uma técnica conhecida de 
seleção, que oferece um esquema de referência para análise de crédito mais aprofundada, 
devido ao tempo e custos envolvidos, esse método é usado para pedidos de crédito de valor 
monetário mais elevado. 
Gitman (2004, p. 520-521) define os cinco C’s da seguinte maneira: 
1. Caráter: “o histórico do cliente em termos de cumprimento de obrigações” 
2. Capacidade: “a capacidade de pagamento do crédito solicitado pelo cliente, avaliada 
com base em uma análise das demonstrações financeiras, com ênfase nos fluxos de 
caixa disponíveis para o pagamento de dívidas”. 
3. Capital: “o volume de dívidas do cliente em comparação com seu capital próprio”. 
4. Colateral (garantia): “o volume de ativos que o cliente tem à disposição para usar 
como garantia de crédito. Quanto maior o volume de ativos disponíveis, maior a 
possibilidade de que uma empresa consiga recuperar fundos se o cliente não 
cumprir sua obrigação de pagamento”. 
5. Condições: “as condições econômicas gerais e setoriais correntes e quaisquer 
condições especiais vinculadas a uma condição específica”. 
Existem outras maneiras para a análise de crédito, cada uma delas conta com modelos de 
análise de crédito que se adequam melhor à cada situação. 
2.2 MODELOS DE ANÁLISE DE CRÉDITO 
2.2.1 ANÁLISE DOCUMENTAL 
Trata-se de uma análise dos documentos que o cliente possui. Essa análise inclui 
documentos como declaração do imposto de renda, comprovante de identificação (CPF e 
RG), contas como energia elétrica, água e telefone (fixo e/ou móvel) e contrato social em 
caso de empresas. (ARAI, 2015) 
2.2.2 ANÁLISE DE IDONEIDADE 
Esta análise busca classificar a idoneidade de uma pessoa e se ela é capaz de cumprir com 
seus compromissos. A idoneidade é a base para toda análise de crédito, pois se a 
instituição financeira não considerar o tomador de crédito como capaz de cumprir com 
seus compromissos não haverá a concessão de crédito. 
A análise da idoneidade se caracteriza pela análise do passado da pessoa, para saber se 
ela já deixou de pagar alguma conta ou se o cliente costuma atrasar o pagamento. 
Segundo Arai (2015, p. 73-74) após a análise, a idoneidade pode ser classificada da 
seguinte maneira: 
1. Sem restrições: caso o cliente não possua histórico negativo, que comprometa sua 
situação no mercado, sendo assim, ele paga tudo o que deve com pontualidade. 
2. Alertas – a idoneidade do cliente é assim classificada quando em seu histórico 
constam irregularidades que já foram quitadas. Neste caso, cabe à instituição 
financeira decidir se concede ou não o crédito. 
3. Restritivos – nesse caso, o cliente possui histórico negativo, ou seja, já faltou com o 
pagamento ou atrasou alguma dívida. As chances de concessão de crédito são 
pequenas. 
4. Impeditivos – estão nesse grupo as pessoas que não podem solicitar esse tipo de 
serviço devido a proibições legais. 
2.2.3 ANÁLISE DO NEGÓCIO 
Esse tipo de análise é restrito para empresas ou pessoas físicas autônomas, quando são 
os tomadores de empréstimo. Essa análise busca detectar se a empresa é capaz de gerar 
renda suficiente para cumprir com todos os seus compromissos financeiros. 
Santos (2000, p. 65) diz que a análise do negócio deve estar centrada na atividade 
operacional da empresa e, para que ela seja feita de maneira completa, deve levar em conta 
os riscos internos e externos que podem influenciar essa atividade. 
Riscos internos: “são consequências da má gestão das atividades operacionais da empresa, 
ou seja, quando os responsáveis pela administração do caixa e das decisões de negócio 
[…] não conseguem dirigir a empresa com eficiência”. (ARAI, 2015, p. 75) 
Riscos externos: “referem-se a acontecimentos que afetam a economia e a sociedade como 
um todo, por exemplo, quando há uma crise econômica mundial ou alta da inflação”. 
(ARAI, 2015, p. 75) 
2.2.4 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 
A partir de dados coletados por meio de análises de demonstrações financeiras a análise 
econômico-financeira é realizada. Segundo Silva (2008, p. 180), este tipo de análise busca 
conhecer os seguintes fatores: 
 Se o que é gerado do caixa da empresa é suficiente para pagar suas despesas. 
 Se o lucro gerado pelo caixa é proporcional ao lucro que os investidores esperam. 
 Se há dividas. Em casos positivos o motivo, há quanto tempo existe e o valor. 
 Quais são as políticas operacionais e como estas repercutem nas atividades da 
empresa. 
A análise econômico-financeira pode se dar por duas maneiras, a análise vertical e 
horizontal. 
Análise horizontal: A análise horizontal (AH) é considerada uma análise diacrônica, pois 
trabalha com dados comparativos em um determinado período: “a análise horizontal 
mostra a evolução temporal da empresa, ou seja, tudo que foi conquistado e construído, 
assim como as perdas”. (ARAI, 2015, p. 76) 
Assaf Neto (2001) define a análise horizontal em três estágios, a saber: 
1. Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de curto prazo – 
“quando há maior crescimento dos ativos, pode-se dizer que há uma folga financeira; 
caso contrário, há redução de recursos. Nesse estágio essas ocorrências são 
analisadas”. 
2. Evolução do ativo permanente produtivo – “análise da capacidade de produção e de 
vendas da empresa”. 
3. Evolução na estrutura do capital – “análise do comportamento financeiro da 
empresa, ou seja, se há desequilíbrio financeiro; quais são as preferências 
financeiras, por exemplo”. 
A análise horizontal possibilita constatar o quanto foi produzido, vendido perdido, 
emprestado, lucrado e investido em determinado período. 
Análise vertical: A análise vertical visa o estudo evolutivo da vida financeira de uma 
empresa. A diferença entre a análise horizontal e a vertical é que a análise vertical expõe 
a participação de cada elemento que compõe a estrutura financeira da empresa em relação 
ao todo. 
Na análise vertical, as contas de uma demonstração são padronizadas como percentuais 
de uma mesma base. Aplicada ao balanço patrimonial, essa análise propicia uma visão 
imediata dos itens que demandam maior volume de recursos, a cada exercício ou a cada 
período. (SECURATO, 2000, p. 72-73) 
Segundo ARAI (2015, p. 77) isso significa que através da análise vertical é possível saber 
a porcentagem de pagamentos que a empresa demandou em certo período, por exemplo. 
Sendo assim, o principal objetivo da análise vertical é a demonstração relativa de cada 
conta da empresa. 
Arai (2015, p.77) traz a seguinte fórmula para a análise vertical: 
Participação da conta = Saldo da conta no balanço X 100 
Saldo do ativo total 
“A análise vertical permite acompanhar cada conta e cada atitude do comportamento 
financeiro da empresa”. Existem também os modelos de análise de crédito utilizados para 
tentar prever a possível inadimplência, três deles serão citados neste estudo: O modelo de 
Kanitz, o modelo de Altman e o Modelo de Pereira. 
2.2.5 MODELO DE KANITZ 
Este modelo é utilizado para calcular o valor de insolvência[1]. Pode-se afirmar que é 
utilizado para detectar se uma empresa está falindo ou não. Ele também é chamado de 
termômetro de Kanitz. Pode ser feito através da seguinte formula: 
(0,05RP + 1,65LG + 3,5 LS) – (1,06LC + 0,33GE) 
Considerando: 
RP – Rentabilidade do Patrimônio; LG – Liquidez Geral; LS – Liquidez Seca; LC – Liquidez 
Corrente; GE– Grau de Endividamento. (KANITZ, 1974) 
Figura 2 – Termômetro Insolvência De Kanitz 
 
Fonte: Fallman (2003) 
Os valores positivos apontam que a empresa está em boa situação, ou seja, solvente, se o 
resultado for inferior a -3 significa que a empresa se encontra em uma situação ruim, 
insolvente, e que poderá levá-la a falência, e penumbra entre valores -3 e 0 onde deve-se 
tomar cuidados. Conforme o índice diminuir maior a probabilidade de falência. 
Depois da aplicação da fórmula se chega a uma classificação da solvência ou insolvência 
da empresa. 
2.2.6 MODELO DE ALTMAN: 
Segundo ALTMAN, o risco pode ser calculado usando a seguinte fórmula: 
Fator = 1,84 – 0,51X1 + 6,32X3 + 0,71X4 + 0,53X5 
Considerando: 
X1- Ativo Circulante-Passivo Circulante/ Ativo Total X3 – Reservas e Lucros 
Suspensos/Ativo Total X4 – Patrimônio Líquido/Exigível Total X5 – Vendas/Ativo Total. 
(ALTMAN, 1999) 
O critério de resultado utilizado por Altman foi: empresas com índice Z>0 são classificadas 
empresas Solventes que podem continuar com suas operações, empresas com índice Z<0 
são classificadas empresas Insolventes que passam por problemas sérios. 
2.2.7 MODELO DE PEREIRA SILVA: 
A fórmula sugerida por Pereira Silva (1982) é a seguinte: 
Fator = 0,722 – 5,124X1 + 11,016X2 – 0,342X3 – 0,048X4 + 8,605X5 – 0,004X6 
Considerando: X1 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a Receber X2 = Estoque 
final/Custo das Vendas X3 = Fornecedores/Vendas X4 = Estoque médio/Custo das 
vendas X5 = (Lucro Operacional + despesas Financeiras) / ( Ativo Total – Investimento 
Médio ) X6 = Exigível Total/(Lucro Líq. + 10% Imob. Médio + Saldo devedor da Cor. Monet.) 
O resultado deve ser avaliado da seguinte maneira: Z > 0, empresa é solvente; Z < 0, 
empresa é insolvente. (PEREIRA SILVA, 1982) 
2.3 MODELO DE ANÁLISE DE CRÉDITO DO BANCO DO BRASIL 
O presente estudo busca expor os processos de análise de crédito do Banco do Brasil, pois 
se trata de uma das maiores instituições financeira de crédito do país. 
O processo de crédito no Banco do Brasil é desenvolvido nas seguintes etapas: 1- 
Concessão; 2- Condução; 3- Cobrança; 4- Recuperação. 
 
Figura 3 – Processo de crédito do Banco do Brasil 
 
Fonte: Site Banco do Brasil [2]O site do Banco do Brasil define cada etapa do processo de crédito: 
a) Concessão: é a porta de entrada no relacionamento de crédito com o Banco. Abrange a 
análise do cliente e da operação. Na primeira, o Banco utiliza métodos massificados e 
personalizados, definindo a probabilidade de inadimplência e o limite de exposição. 
Quanto à análise da operação, o Banco busca compatibilizar a oferta de produtos de 
crédito adequados ao perfil e à capacidade de pagamento do cliente. 
b) Condução: compreende a fase de acompanhamento da aplicação dos recursos liberados, 
o gerenciamento das garantias, entre outras ações. O principal objetivo nesta fase é a 
prevenção contra a inadimplência dos ativos. 
c) Cobrança: caracteriza-se pela utilização de mecanismos que asseguram o retorno dos 
recursos emprestados, levando-se em conta algumas variáveis como o relacionamento do 
cliente com o Banco, a minimização de custos e a utilização de mecanismos automatizados 
de cobrança e recebimento de dívidas. 
d) Recuperação: trata-se da fase em que o Banco busca reduzir as perdas de crédito, 
minimizar os custos de recuperação e aumentar a taxa de recuperação. Estão 
contemplados nesta etapa o processo de cobrança extrajudicial, terceirização (contratação 
de empresas para prestar serviços de cobrança e recuperação de créditos inadimplidos) e 
a cobrança judicial. Esse processo de recuperação de crédito envolve as diretorias de 
Crédito e de Reestruturação de Ativos Operacionais, sendo esta última responsável pela 
condução de créditos problemáticos. 
O Banco do Brasil utiliza dois modelos de análise de crédito, o credit scoring e o credit 
rating. 
Famá, Santos (2007) explicam como é feito o credit scoring: 
Para a composição dessa fórmula, os Bancos selecionam as principais informações 
cadastrais dos clientes e, em seguida, atribuem-lhes pesos ou ponderações de acordo com 
a importância destacada em suas políticas internas de crédito. Como resultado final, 
obterão um sistema de pontuação que possibilitará o cálculo de valores que serão 
interpretados em conformidade com a classificação de risco adotada. Essa classificação de 
risco dar-se-á por escalas numéricas, as quais recomendarão a aprovação ou a recusados 
financiamentos pleiteados pelas pessoas físicas. (FAMÁ, SANTOS, 2007, p. 108). 
Brito, Corrar, Neto (2009) falam sobre o credit rating: 
Um sistema de classificação de risco envolve um conjunto de parâmetros e procedimentos 
utilizados para atribuir uma medida, chamada de classificação de risco ou rating, que 
representa a expectativa de risco de default[3] de uma empresa. (BRITO, CORRAR, NETO, 
2009, p. 32) 
Para o modelo de credit scoring, a instituição define conceitos de inadimplência, período 
de observação em que se avalia com base as informações cadastrais, a pontualidade no 
pagamento dos empréstimos; e o período de performance, que se avalia se o cliente é bom 
ou mau pagador. 
Para o modelo credit rating a instituição utiliza para classificar as empresas em categorias 
de risco de crédito, associando critérios quantitativos, qualitativos e a avaliação do analista 
de crédito. 
O Banco utiliza um modelo para classificação do risco das operações, em cumprimento à 
Resolução CMN 2.682/99, para a análise de risco da operação, que se mostra a 
classificação e constituição de provisão para as operações de crédito, mediante a utilização 
dos nove níveis de risco. 
Além dos modelos de credit scoring e credit rating, o Banco também passou a avaliar os 
riscos de seus clientes com base na Frequência Esperada de Inadimplência (FEI), 
classificando-os em nove faixas de riscos (de AAA a E). A FEI é uma medida de frequência 
que mostra o risco de um devedor deixa de cumprir com o pagamento de suas dívidas em 
um determinado tempo. A área de Controles Internos é responsável pelo monitoramento e 
verificação do desempenho da modelagem periodicamente. 
A avaliação de risco de pessoa jurídica, acima de alçada pré-determinada, é realizada nas 
unidades regionais de análise de crédito, com base nas informações cadastrais e 
financeiras das empresas. 
2.3.1 MENSURAÇÃO E INSTRUMENTOS DE GESTÃO 
Segundo o site, o BB trabalha observando e aplicando as exigências de Basiléia II[4] e 
alinhando às melhores práticas de gestão de risco, desenvolveu sua própria metodologia 
para apuração dos componentes de risco: FEI, Perda Dada a Inadimplência (PDI), 
exposição a risco de crédito, que são insumos para a mensuração do Capital Econômico 
(CE) e da Perda Esperada (PE). 
O Banco também utiliza o Valor em Risco o (VaR), como uma medida estatística para medir 
o risco de mercado de uma carteira de ativos ou passivos em operações financeiras, esse 
modelo interno de mensuração crédito tem fundamentação teórica baseada em abordagem 
atuarial, hoje utilizada na indústriabancária. 
O VaR da carteira de crédito está associado a uma distribuição de perda agregada para 
um determinado nível de confiança. A média desta distribuição é a Perda Esperada, que 
representa quanto o Banco espera perder em média num determinado período de tempo, 
cuja proteção é realizada por meio de provisão. O Capital Econômico, que está associado 
à Perda Inesperada, é determinado pela diferença entre o VaR e a PE. Para esta parcela, o 
Banco protege-se alocando capital para cobertura de riscos. 
Figura 4 – Mensuração e instrumentos de gestão. 
 
Fonte: Site Banco do Brasil[5] 
Conforme dados do site do BB a distribuição de perda agregada é gerada utilizando como 
entrada de dados os seguintes componentes de risco: Frequência Esperada de 
Inadimplência (FEI), Perda Dada Inadimplência (PDI) e exposição sujeita a risco de crédito. 
Em relação a estes componentes de risco, o Banco vem trabalhando no aprimoramento de 
sua utilização. A mensuração do VaR de crédito fornece auxílios para a avaliação de risco 
e retorno da carteira de crédito do Banco, assim como para o processo no que se refere 
aos limites da carteira de crédito. 
Em relação à avaliação do retorno, os valores de Perda Esperada (PE) e Capital Econômico 
(CE) servem como instrumentos para o cálculo do Retorno Ajustado ao Risco (RAROC), a 
sua utilização tem por objetivo contribuir em significativos processos decisórios no Banco. 
Seu acompanhamento na perspectiva histórica do Banco tem permitido que a avaliação 
de risco e retorno estejam presentes nas decisões. 
O BB monitora e controla a concentração do risco de crédito em termos de risco ou 
exposição como importante instrumento para subsidiar decisões acerca de definição de 
limites de exposição a risco. Na tabela seguinte, apresenta-se a distribuição percentual 
do Capital Econômico da carteira de crédito, onde nota-se que a carteira de pessoa física 
corresponde pela maior parte de risco em termos de CE. 
Tabela 1 – Distribuição do Capital Econômica na Carteira de Crédito 
 Dez/06 Part.% Jun/07 Part. % 
PESSOA FÍSICA 2.135 59,6 2.615 63,5 
PESSOA JURÍDICA 40,4 36,5 
Agronegócio de Origem Animal 82 2,3 68 1,6 
Agronegócio de Origem Vegetal 188 5,2 193 4,7 
Automotivo 74 2,1 60 1,4 
Bebidas 10 0,3 8 0,2 
Comércio Atacadista e Ind. Diversas 28 0,8 24 0,6 
Comércio Varejista 57 1,6 59 1,4 
Construção Civil 67 1,9 63 1,5 
Couro e Calçados 32 0,9 24 0,6 
Eletroeletrônico 51 1,4 71 1,7 
Energia Elétrica 36 1 56 1,4 
Insumos Agrícolas 63 1,8 51 1,2 
Madeireiro e Moveleiro 47 1,3 42 1 
Metalurgia e Siderurgia 103 2,9 93 2,3 
Papel e Celulose 36 1 36 0,9 
Petroleiro 44 1,2 47 1,1 
Químico 37 1 32 0,8 
Serviços 138 3,9 143 3,5 
Telecomunicações 11 0,3 8 0,2 
Têxteis e Confecções 62 1,7 59 1,4 
Transportes 25 0,7 27 0,6 
Demais Atividades 256 7,2 339 8,2 
 TOTAL 3.585 100,00 4.117 100,00 
Fonte: Site Banco do Brasil[6] 
O BB também utiliza de ferramentas gerenciais na avaliação do risco de crédito, com 
destaque importância para: 
 VaR e RAROC – utilizados na avaliação do segmento Pessoa Jurídica, na visão de 
setores da economia, como subsídio à decisão de definição de limites 
macrossetoriais. 
 IQC – Índice de Qualidade da Carteira – indicador qualitativo e quantitativo da 
carteira. O conceito de inadimplência segue os preceitos definidos pela Resolução 
CMN 2.682/99. 
 Índices de Inadimplência de 15 e 90 dias – corresponde à divisão do saldo em atraso 
há mais de 15 e 90 dias, respectivamente, pelo saldo da carteira. 
 Orçamento de risco de crédito – corresponde à projeção da Provisão Créditos de 
Liquidação Duvidosa (PCLD) para compor o orçamento anual do BB. 
 Relatórios de gestão do risco de crédito – acompanhamento sistemático e projeções 
para a carteira de crédito sob diversas visões. 
2.3.2 CONCENTRAÇÃO 
Segundo relatório do Banco (2012) a carteira de crédito ampliada da instituição, mostra 
que as garantias prestadas e os títulos de valores mobiliários privados, atingiu R$ 580,8 
bilhões em dezembro/2012, com expansão de 24,9% em doze meses, o que corresponde à 
participação de 20,4% do Banco do Brasil no mercado doméstico de crédito. No final de 
dezembro/2012, a carteira de crédito ampliada formada por operações com clientes pessoa 
física totalizou R$ 152,6 bilhões e a carteira de crédito ampliada composta por operações 
com clientes pessoa jurídica alcançou saldo de R$ 273,8 bilhões. 
Para a carteira de agronegócios no conceito ampliado, mostra-se o destaque que encerrou 
o ano com saldo histórico de R$ 108,0 bilhões em operações de crédito rural e 
agroindustrial. A inadimplência permaneceu sob controle. 
O indicador que mede o atraso das operações há mais de 90 dias (razão entre o crédito 
vencido há mais de 90 dias e a carteira de crédito) encerrou o período em 2,1%. 
Comparando esse indicador com o verificado no Sistema Financeiro Nacional (SFN), de 
3,6%, percebe-se que a inadimplência no BB se mantém em patamares baixos. 
A tabela a seguir mostra a Carteira de Crédito de Pessoa Jurídica, no País, apresentou 
concentração de 87.117% das operações nos 100 maiores tomadores em dezembro de 
2011 contra 112.079% em dezembro de 2012. 
Tabela 2 – Concentração da Carteira de Crédito nos 100 Maiores Tomadores 
Período 
1º Cliente 
(%) 
Saldo 
2º ao 20º 
(%) 
Saldo 
21º ao 100º 
(%) 
Saldo 
100 
maiores 
Saldo 
mar/11 2,7 10.731 10,8 42.960 11,4 45.462 24,9 99.152 
jun/11 2,2 9.462 8,6 36.091 9,6 40.309 20,4 85.862 
set/11 2,4 10.689 11,2 49.884 11,4 50.775 25,1 111.793 
dez/11 2 9.321 7,9 36.200 9 41.596 18,9 87.117 
mar/12 2 9.576 7,4 34.616 9 42.462 18,4 86.654 
jun/12 1,8 9.310 7,5 37.876 9,6 48.932 18,9 96.117 
set/12 1,8 9.432 7,6 40.668 9,7 51.582 19,1 101.682 
dez/12 1,6 9.181 8,1 46.735 9,7 56.162 19,3 112.079 
Fonte: Site Banco do Brasil[7] 
A tabela seguinte apresenta a distribuição da Carteira de Crédito Pessoa Jurídica no País 
por macrossetor econômico nos anos de 2011 e 2012. 
Tabela 3 – Concentração da Carteira de Crédito por Macrossetor 
 
Fonte Site do Branco do Brasil[8 
] 
Fonte Site do Branco do Brasil[8] 
2.3.3 DESTAQUE DO BANCO DO BRASIL 
Uma reportagem publicada pelo site Valor Econômico, no começo deste ano, informa que 
o Banco do Brasil se manteve como a maior instituição financeira em ativos, de acordo 
com o Banco Central (BC). Em dezembro do ano passado, o BB reunia R$ 1,437 trilhão 
em ativos, à frente do Itaú Unibanco, com R$ 1,331 trilhão. 
O critério utilizado pelo Banco para apurar seus Ativos é diferente dos apresentados nos 
balanços de outras instituições financeiras, uma vez que ele considera apenas atividades 
bancárias como Ativos, deixando de fora, por exemplo, negócios como seguros. 
METODOLOGIA 
A abordagem utilizada neste estudo será a qualitativa. Segundo BONAT 2009, a pesquisa 
qualitativa permite um estudo da natureza, do alcance e das interpretações possíveis para 
o objeto estudado, não se prende apenas a análise de dados, mas busca-se a essência da 
teoria ou fenômeno. Este artigo busca analisar dados subjetivos relacionados à análise de 
crédito, por isso, a pesquisa qualitativa é a abordagem indicada para a redação deste 
estudo. 
Em relação aos fins, a pesquisa utilizada será a descritiva. A pesquisa descritiva é a mais 
indicada para se obter um melhor entendimento das origens e motivos de um determinado 
fenômeno. “A pesquisa descritiva descreve, sistematicamente, fatos e características em 
uma determinada população ou área de interesse” (GRESSLER, 2003). 
A pesquisa descritiva não tem como objetivo a proposição de soluções, mas sim a descrição 
de fenômenos. Isso não significa que nessa modalidade de pesquisa não exista 
interpretação ou aprofundamento. Aqui, o objeto é analisado de forma a penetrar em sua 
natureza, descrevendo todos os seus lados e características. (BONAT, 2009, p. 12) 
Deste modo, a pesquisa irá permitir a reunião de literatura sobre o tema doestudo de 
forma direcionada a apresentar os conceitos de análise de crédito. 
Quanto aos meios, a técnica de pesquisa será a pesquisa bibliográfica, que se caracteriza 
por ser a “busca de informações bibliográficas em seleção de documentos que se 
relacionam com o problema de pesquisa” (MACEDO, 1994). “A finalidade da pesquisa 
bibliográfica é colocar o pesquisador em contato com tudo o que já foi escrito, dito ou 
filmado sobre o tema”. (BONAT, 2009) 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pelo estudo desenvolvido neste trabalho, foi possível verificar que é de suma importância 
que as políticas de gestão de análise de crédito utilizadas para concessão de crédito sejam 
eficientes, pois estas são fundamentais para que uma instituição financeira se mantenha 
no sistema financeiro atual competitivo. 
Todo modelo de análise de crédito utilizado deve proporcionar a instituição (financiador) 
uma segurança de que o cliente (tomador) tenha as condições pré-estabelecidas para 
honrar com os seus compromissos assumidos, ou seja, tem por objetivo verificar a 
compatibilidade do crédito solicitado com a capacidade financeira do cliente de 
pagamento, dentro do prazo pré-estabelecido, e com o menor risco possível de 
inadimplência. A análise tem por objetivo aumentar a probabilidade de retorno do valor 
emprestado, adotando os procedimentos necessários para que os mesmos possam ser 
pagos pelos seus tomadores que firmam contratos de concessão de créditos. 
Observou-se neste trabalho que as instituições financeiras utilizam modelos de análise de 
crédito, demonstrando o quanto é importante uma criteriosa análise para a concessão. 
Procurou-se demonstrar a importância dos seguintes modelos: Documental (análise da 
documentação), Idoneidade (busca o histórico da empresa), Negócio (capacidade de 
cumprir com os compromissos), Econômico-Financeira (análise financeira), cada um 
desses modelos deve ser utilizado da maneira que se adeque melhor à cada situação. 
Foram abordados também os chamados C´s do crédito, que são eles: Caráter 
(cumprimento das obrigações), Capacidade (de pagamento), Capital (recursos disponíveis), 
Colateral (garantias), Condições (fatores externos), os C’s do crédito têm por objetivo 
oferecer uma avaliação de critérios subjetivos e práticos, dispondo de ferramentas de 
análise para cada situação. 
Pode-se concluir que é de fundamental importância um processo de análise de crédito bem 
formulado e criterioso, para que as Instituições Financeiras ao conceder o crédito 
obtenham o seu retorno esperado com o menor risco possível de inadimplência, através 
de políticas de crédito bem elaboradas e seguidas que resultem em resultados positivos, 
mantendo assim uma relação de satisfação entre a empresa e seus clientes. 
Assim, acredita-se que objetivos deste estudo apresentado foram atingidos, pois buscaram 
demonstrar de maneira teórica uma revisão da literatura (fundamentação teórica) acerca 
de algumas diretrizes que as instituições financeiras utilizam para a concessão de crédito 
através da adoção de técnicas e ferramentas, e foi possível verificar de maneira prática 
todo modelo de análise e concessão de crédito do Banco Brasil comprovando que as 
Intuições Financeiras utilizam sim os modelos/ferramentas de análise de crédito com o 
objetivo de minimizar os riscos de inadimplência. 
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Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/analise-de-credito

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