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N2 - PRATICA COLABORATIVA

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Maurício trabalha em uma das Câmaras Arbitrais de sua cidade, sendo indicado para participar de vários tipos de conflitos, principalmente porque tem especialização em questões empresariais de alta complexidade. Em uma de suas heterocomposições, foi recusado por uma das partes após a sua nomeação, uma vez que a parte alegou que Maurício não tinha conhecimentos específicos em empresa aérea.
No caso apresentado, à luz da Lei 9.307/1996, identifique as opções que indicam se, de fato, Maurício poderia ter sido recusado.
BRASIL. Lei n° 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Diário Oficial da União. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 5 maio 2020.
 
 
I. De acordo com os princípios da arbitragem, Maurício não poderia ter sido recusado, uma vez que não há dúvidas quanto à sua imparcialidade no caso. O fato de não deter conhecimento específico na área não é motivo para a recusa.
II. De acordo com a lei de arbitragem, as partes podem, a qualquer tempo e sem motivo justificável, recusar o árbitro que foi indicado, independentemente de inicialmente ter sido aceito.
III. Maurício somente poderia ter sido recusado após a sua nomeação caso fossem provadas relações que pudessem ocasionar impedimento ou suspeição.
IV. Em razão da situação instalada entre as partes, pelo pedido de recusa do árbitro, as partes terão, nesse caso, de procurar resolver a situação pelas vias judiciais, não sendo possível prosseguir por esse meio de composição.
 
Está correto o que afirma em:
 
 I e III, apenas.
 I, II, III e IV.
 II, III e IV, apenas.
 II, III, apenas.
 I e II, apenas
Resposta correta. A afirmativa está correta, pois Maurício não poderia ter sido recusado sob a justificativa de falta de conhecimento específico da área, conforme estabelece o art. 13, da Lei 9.307/1996. Conforme dispõe o art. 14, § 2º, da Lei 9.307/1996, há dois momentos em que é possível ocorrer a recusa do árbitro: primeiro, quando o árbitro não foi nomeado diretamente pela parte; segundo, quando forem identificadas situações de impedimento ou suspeição.
BRASIL. Lei n° 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 5 maio 2020.
Leia o excerto abaixo:
“[...] Muitas vezes, a discussão da cláusula arbitral é relegada para a ‘última hora’, quando os advogados e as partes já chegaram a um acordo nas questões cruciais do contrato e não pretendem debater sobre matérias que lhes pareçam apenas eventuais e menos relevantes, como o mecanismo de solução de controvérsias [...].”
 
REYNOL, T. S. G. S. Cláusulas arbitrais patológicas e cuidados na redação de cláusula compromissórias. 2017. Dissertação (Mestrado em Direito) - Escola de Direito de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2017. p. 8. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/19097. Acesso em: 8 maio 2020.
 
A respeito da Cláusula Compromissória Arbitral, analise as afirmativas a seguir, e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s).
 
I. Tanto na arbitragem judicial quanto na extrajudicial, os contratos que tenham cláusula compromissória dispensarão qualquer outra formalidade.
II. A arbitragem extrajudicial deverá ser por escrito, inclusive exigindo a assinatura de duas testemunhas, ou podendo as partes celebrarem por instrumento público.
III. O princípio do compromisso arbitral está caracterizado pela aceitação consensual entre as partes, em relação a todo o documento.
IV. Em contrato que haja cláusula compromissória, no caso de uma das partes no momento de conflito não querer usar esse instrumento, o árbitro poderá requerer revelia da parte.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
 
F, V, F, V.
 F, F, V, V.
 V, V, F, F.
 F, F, F, V.
 F V V V ( CORRETA)
Resposta correta. A sequência está correta, pois a cláusula compromissória diz respeito ao compromisso firmado entre as partes, conforme preleciona o art. 9, em seu caput, da Lei 9.307/1996. Essa mesma lei estabelecerá que, no caso da arbitragem extrajudicial, será necessário que o compromisso a ser firmado entre as partes seja por meio de instrumento particular e constando assinatura de duas testemunhas, sob pena de nulidade (art. 9, § 1°).  O art. 7 da referida lei permite que, se a parte resistir ao uso de instrumento, ele seja utilizado à revelia.
 
BRASIL. Lei n° 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 5 maio 2020.
A transportadora Entrega Rápida estabelece vários contratos com clientes e fornecedores, tanto de âmbito público como privado. O seu contato não tem previsão do uso de Câmara Arbitral em caso de algum tipo de conflito no decorrer das relações firmadas. Ocorreu, recentemente, um conflito entre a transportadora e um fornecedor, referente à compra de um caminhão especial de entregas, estimado em mais de 50 salários mínimos.
 
No caso apresentado, sobre a transportadora necessitar resolver o mais breve possível o conflito gerado com o fornecedor, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s).
 
I. Nesse caso, a transportadora terá de se reportar ao judiciário, já que não contém cláusula para resolver pela via arbitral.
II. A transportadora e o fornecedor poderão chegar a um acordo de forma consensual e voluntária, sem a necessidade do judiciário.
III. Poderá interpor ação em juizado especial, para que a solução do conflito seja resolvida o mais rápido possível, por meio de conciliação.
IV. Poderá utilizar a via arbitral mesmo sem cláusula contratual, sendo, portanto, desnecessária a via judicial.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
· 
V, V, F, F.
· V, F, V, F.
· F, V, F, V.
· V, V, V, F.
· F, F, V, V.
Resposta correta. A sequência está correta, pois a melhor maneira de se chegar a um acordo é aquela em que as partes se utilizam de empatia e acordam a resolução de forma a atender a todos, sem a necessidade da via litigiosa. O caso se trata de um bem patrimonial disponível, podendo ser realizado pela via arbitral, mesmo que não haja cláusula contratual, desde que haja consenso das partes para utilização dessa via, conforme preleciona o art. 6º, da Lei 9.307/1996.
BRASIL. Lei n° 9.307 de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 5 maio 2020

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