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APS alienação parental

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso: Direito
Antonio Igor Pereira Reis Fahning RA:N215437
Amanda Broge do Carmo RA: T9996D8
Diego Noronha Ferreira RA: T3787C2
Rafael Lima Alves RA: D4939J-7
Fernanda Carla Viana RA: T993AI0
APS: Atividade Prática Supervisionada 
Alienação Parental
10° Semestre
São Paulo
2022
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, discorremos sobre quais as práticas que podem ser caracterizadas como alienação parental e quais as condutas os magistrados podem adotar contra quem pratica esses atos. Concomitantemente, abordamos sobre a importância do acompanhamento psicológico e do profissional da psicologia para as crianças que tenha sofrido dessa alienação. 
ALIENAÇÃO PARENTAL
	Nesse sentido, o art. 2º da Lei 12.318 conceitua Alienação Parental: Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
	As condutas que caracterizam a alienação parental ocorrem quando o genitor dificulta a formação psicológica da criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância com o intuito de repudiar, proibir pai ou mãe de ver a criança, chantagens, manipulação, omitir informações sobre o menor, fazer falsas denúncias e induzir o menor a falsas verdades a fim de promover dificuldade na convivência. 
	O Parágrafo Único do artigo 2º da Lei 12.318, traz em detalhes condutas exemplificativas de Alienação Parental:
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
	As consequências da alienação parental para a criança e para o adolescente são conturbadoras diante da mudança de rotina e, consequentemente, contribuindo para que o menor tenha um sentimento constante de medo, insegurança, ansiedade, culpa e depressão infantil, podendo ser em níveis de intensidade diversos, a depender da criança ou adolescente. 
	Segundo Gardner, são sintomas comuns que podem ser observados nas crianças que sofrem com Alienação Parental:
· - Uma campanha denegritória contra o genitor alienado. 
- Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a depreciação. 
- Falta de ambivalência. 
- O fenômeno do “pensador independente”. 
- Apoio automático ao genitor alienador no conflito parental. 
- Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a exploração contra o genitor alienado. 
- A presença de “encenações encomendadas”. 
- Propagação da animosidade aos amigos e/ou à família extensa do genitor alienado.
	Na ocorrência de indícios de ato de alienação parental em ações conduzidas pelas Varas de Família, é conferida prioridade na tramitação do processo, com a participação obrigatória do Ministério Público, sendo adotadas pelo juiz, a requerimento ou de ofício, ou seja, a qualquer momento, as medidas necessárias à preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente. 
	Neste sentido, o juiz determinará, com urgência ao Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para a preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com o genitor prejudicado ou viabilizar a efetiva aproximação entre ambos, se for o caso, além de poder fixar multa ao alienador, altetar o tipo de guarda, fixar cautelar de domícilio à criança ou adolescente e declarar a suspensão da autoridade parental. 
Presentes indícios de ocorrência da prática, o juiz poderá determinar a elaboração de laudo da situação, feito a partir de perícia psicológica ou biopsicossocial. 
	Para a formulação do laudo de identificação de alienação parental, podem ser realizadas: avaliação psicológica, entrevista pessoal com as partes, análise documental, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou o adolescente se manifesta sobre eventual acusação contra o genitor. 
	A legislação atual prevê que seja assegurada aos filhos a garantia mínima de visitação assistida, exceto nos casos em que sejam identificados possíveis riscos à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente. Tanto os pais quanto os filhos são, ainda, encaminhados para acompanhamento psicológico realizado por profissionais especializados. 
CONCLUSÃO
Após todo exposto e discutido nesse trabalho, conclui – se que no que diz respeito a guarda dos filhos em uma separação matrimonial, o que deve ficar resguardado é o bem estar da criança. 
Ocorre que com a separação a criança acaba tendo dificuldades para entender o ocorrido, pois elas estão acostumadas a viver com o pai e a mãe e infelizmente passa viver com os pais separados, por esse motivo o judiciário precisa sempre proteger o direito da criança e do adolescentes.
Existindo a necessidade do judiciário analisar caso a caso e se faz jus a guarda compartilhada ou não, a lei de alienação parental assegura caso um dos genitores ou até mesmo os avós esteja criando falsas imagens do genitor alienado, fazendo com que a criança se afaste cada vez mais dele. 
Nos casos em que ocorre a pressão psicológica de um dos genitores, acaba trazendo outros problemas para a criança como insegurança e medo, fazendo -se necessário o acompanhamento psicológico e até mesmo a realização da ação contra ao genitor que realiza calúnias contra o seu ex parceiro.
Concluiu-se com a presente pesquisa que os pais ao se separarem devem sempre levar em consideração os direitos do menor, que deve sempre se dar prioridade a criança, apesar de qualquer sentimento de vingança e rancor. 
Os direitos fundamentais da criança e do adolescente devem ser realizados no âmbito da família, sociedade e Estado com absoluta prioridade e proteção, pois, como já sedimentado, são indivíduos em desenvolvimento e situação de hipossuficiência, sendo absolutamente rechaçada pelo direito a objetificação e prejuízos causados ao menor quando vítima de alienação parental.
BIBLIOGRAFIA
https://mppr.mp.br/pagina-6665.html
https://ibdfam.org.br/artigos/870/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental+e+suas+
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-de-familia/a-aplicacao-da-lei-12-318-2010-em-nosso-ordenamento-juridico-ante-a-protecao-integral-da-crianca/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm
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