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são caracterizados por uma perturbação persistente na ali- mentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psi- cossocial Pica Transtorno de Ruminação São descritos critérios diagnósticos para pica, transtorno de ruminação, transtorno ali- mentar restritivo/evitativo, anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar. Critérios Diagnósticos Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante um período mínimo de um mês. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao estágio de desen- volvimento do indivíduo. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente aceita Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro transtorno mental (p. ex., defi- ciência intelectual [transtorno do desenvolvimento intelectual], transtorno do espectro autista, esquizofrenia) ou condição médica (incluindo gestação), é suficientemente grave a ponto de necessitar de atenção clínica adicional Nota para codificação: O código da CID- 9-MC para pica é 307.52 e é usado para crianças e adul- tos. Os códigos da CID-10- MC para pica são (F98.3) em crianças e ( F50.8) em adultos. Especificar se: Em remissão: Depois de terem sido preenchidos os critérios para pica, esses critérios não fo- ram mais preenchidos por um período de tempo sustentado. Fatores de Risco e Prognóstico Ambientais Negligência, falta de supervisão e atraso do desenvolvimento podem aumentar o risco para essa condição. Características Diagnósticas Associadas que apoiam o diagnóstico ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não ali- mentares, de forma persistente durante um período mínimo de um mês (Critério A), grave o sufi- ciente para merecer atenção clínica As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com a idade e a disponibilidade e podem incluir papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco, tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, detergente ou gelo O termo não alimentar está incluso porque o diagnóstico de pica não se aplica à ingestão de produtos alimentares com conteúdo nutri- cional mínimo Geralmente não há aversão a alimentos em geral. É preciso que a ingestão de subs- tâncias não nutritivas, não alimentares, seja inapropriada ao estágio de desenvolvimento Sugere-se uma idade mínima de 2 anos para o diagnóstico de pica, de modo a excluir a exploração de objetos com a boca que acabam por ser ingeridos, normal no desenvolvimento das crianças pequenas A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, pode ser um aspecto associado a outros transtornos mentais (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do desenvolvimento intelectual], transtorno do espectro autista, esquizofrenia) Se o comportamento alimentar ocorrer exclusivamente no contexto de outro trans- torno mental, então um diagnóstico distinto de pica deverá ser feito apenas se o comportamento alimentar for grave o suficiente a ponto de demandar atenção clínica adicional (Critério D). Embora deficiências de vitaminas e minerais (p. ex., zinco, ferro) tenham sido descritas em al- guns casos, frequentemente nenhuma outra anormalidade biológica é encontrada Em algumas ocasiões, a pica chega à atenção clínica somente acompanhando complicações médicas gerais (p. ex., problemas intestinais mecânicos; obstrução intestinal, como a que resulta de um bezoar; perfuração intestinal; infecções como toxoplasmose e toxocaríase em decorrência da ingestão de fezes ou sujeira; intoxicação, como pela ingestão de tinta à base de chumbo). Marcadores Diagnósticos Radiografia abdominal simples, ultrassonografia e outros métodos de imagem podem revelar obstruções relacionadas a pica. Exames de sangue e outros testes laboratoriais podem ser usados para determinar níveis de intoxicação ou a natureza da infecção. Consequências Funcionais A pica pode comprometer de maneira significativa o funcionamento físico, mas raramente é a única causa de prejuízo no funcionamento social. Ocorre com frequência juntamente com outros transtornos associados ao funcionamento social prejudicado. Diagnóstico Diferencial Anorexia nervosa. A pica normalmente pode ser distinguida de outros transtornos alimen- tares pelo consumo de substâncias não nutritivas, não alimentares. Transtorno factício. Alguns indivíduos com transtorno factício podem ingerir intencional- mente objetos estranhos como parte do padrão de falsificação de sintomas físicos. Nesses casos, existe um elemento fraudulento compatível com a indução deliberada de lesão ou doença Autolesão não suicida e comportamentos de autolesão suicida nos transtornos da per- sonalidade Alguns indivíduos podem deglutir itens potencialmente nocivos (p. ex., alfinetes, agulhas, facas) no contexto de padrões desadaptativos de comportamento associados a transtor- nos da personalidade ou autolesão não suicida. É importante observar, no entanto, que algumas apresentações de anorexia nervosa incluem a ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, como lenços de papel, na tentativa de controlar o apetite. Nesses casos, quando a ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é usada essencialmente como meio de controle do peso, anorexia nervosa deverá ser o diagnóstico primário. Critérios Diagnósticos Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês. O alimento regurgi- tado pode ser remastigado, novamente deglutido ou cuspido A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou a outra condição mé- dica (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do piloro) A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar ou transtorno alimentar restritivo/evitativo Se os sintomas ocorrerem no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do desenvolvimento intelectual] ou outro transtorno do neurodesenvolvimento), eles são suficientemente graves para justificar atenção clínica adicional. Especificar se: Em remissão: Depois de terem sido preenchidos os critérios para transtorno de ruminação, esses critérios não foram mais preenchidos por um período de tempo sustentado Características Diagnósticos Associadas que Apoiam o Diagnóstico característica essencial do transtorno de ruminação é a regurgitação repetida de alimento depois de ingerido durante um período mínimo de um mês (Critério A). O alimento previamente deglutido que já pode estar parcialmente digerido é trazido de volta à boca sem náusea aparente, ânsia de vômito ou repugnância . O alimento pode ser remastigado e então ejetado da boca ou novamente deglutido A regurgitação no transtorno de ruminação deverá ser frequente, ocorrendo pelo menos várias vezes por semana, em geral todos os dias O comportamento não é mais bem explicado por uma condição gastrintestinal ou outra condição médica associada (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do piloro) (Critério B) e não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, trans- torno alimentar restritivo/evitativo ( Critério C Lactentes com transtorno de ruminação exibem uma posição característica de tensionar e arquear as costas com a cabeça fletida para trás, fazendo movimentos de sucção com a língua e dando a impressão de obterem satisfação com tal atividade Eles podem ficar irritados e famintos entre episódios de regurgitação A desnutrição pode ocorrer tambémem crianças mais velhas e em adultos, em particular quando a regurgitação é acompanhada por restrição da ingestão A perda ponderal e o insucesso em obter o ganho de peso esperado são características comuns em lactentes com transtorno de ruminação A desnutrição pode ocor- rer a despeito da aparente fome do lactente e da ingestão de quantidades relativamente grandes de alimentos, sobretudo em casos graves, quando a regurgitação segue imediatamente cada epi- sódio de alimentação e o alimento regurgitado é expelido Adolescentes e adultos talvez tentem disfarçar o comportamento de re- gurgitação cobrindo a boca com a mão ou tossindo Alguns evitarão comer em frente a outras pessoas em virtude do aspecto social indesejável do comportamento Eles podem ampliar esse comportamento evitando alimentar-se antes de situações sociais, como o trabalho ou a escola (p. ex., evitando o desjejum porque pode ser seguido por regurgitação). Fatores de Risco e Prognóstico Ambientais Problemas psicossociais como falta de estimulação, negligência, situações de vida estressantes e problemas na relação entre pais e filhos podem ser fatores predisponentes em lac- tentes e crianças pequenas. Diagnóstico Diferencial Condições gastrintestinais Anorexia nervosa e bulimia nervosa É importante diferenciar regurgitação no transtorno de rumina- ção de outras condições caracterizadas por refluxo gastroesofágico ou vômitos. Condições como gastroparesia, estenose do piloro, hérnia de hiato e síndrome de Sandifer em lactentes deverão ser excluídas por exames físicos e testes laboratoriais apropriados. Indivíduos com anorexia nervosa e bulimia nervosa também podem regurgitar com subsequente eliminação do alimento como um meio de livrar-se das calorias ingeridas em virtude da preocupação com o ganho de peso. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde é um das principais ferramentas epidemiológica do cotidiano médico. Desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal função do CID é monitorar a incidência e prevalência de doenças, através de uma padronização universal das doenças, problemas de saúde pública, sinais e sintomas, queixas, causas externas para ferimentos e circunstâncias sociais, apresentando um panorama amplo da situação em saúde dos países e suas populações. = Thalyna Canelas CID | comum na infância 1 hipovitouminore e carência de minerais d parasitose Transtorno Alimentar Restritivo/ Evitativo Anorexia Nervosa Critérios Diagnósticos Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na alimentação ou em alimentos; esquiva baseada nas características sensoriais do alimento; preocupação acerca de consequências aversivas alimentar) manifestada por fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricio- nais e/ou energéticas apropriadas associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos: 1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso esperado ou atraso de crescimento em crianças). 2. Deficiência nutricional significativa. 3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais. 4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial. B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento ou por uma prática culturalmente aceita. C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bu- limia nervosa, e não há evidência de perturbação na maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada. D. A perturbação alimentar não é atribuível a uma condição médica concomitante ou mais bem ex- plicada por outro transtorno mental. Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra condição ou transtorno, sua gravidade excede a habitualmente associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção clínica adicional. Especificar se: Em remissão: Depois de terem sido preenchidos os critérios para transtorno alimentar restritivo/ evitativo, esses critérios não foram mais preenchidos por um período de tempo sustentado. Características Diagnósticas O transtorno alimentar restritivo/evitativo substitui e amplia o diagnóstico do DSM-IV de trans- torno da alimentação da primeira infância. A principal característica diagnóstica do transtorno alimentar restritivo/evitativo é a esquiva ou a restrição da ingestão alimentar ( Critério A) mani- festada por fracasso clinicamente significativo em satisfazer as demandas de nutrição ou inges- tão energética insuficiente, por meio da ingestão oral de alimentos Um ou mais dos seguintes aspectos-chave devem estar presentes: perda de peso significativa, deficiência nutricional signi- ficativa (ou impacto relacionado à saúde), dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais ou interferência marcante no funcionamento psicossocial A determinação da perda de peso significativa (Critério A1) é um julgamento clínico; em vez de perder peso, crian- ças e adolescentes que não concluíram o crescimento não mantêm os aumentos de peso e altura esperados em sua trajetória do desenvolvimento. Determinação de deficiência nutricional significativa (Critério A2) também se baseia em avaliações clínicas (p. ex., determinação da ingesta de alimentos, exame físico e testes labora- toriais), e o impacto na saúde física pode ser também de gravidade semelhante ao que é visto na anorexia nervosa (p. ex., hipotermia, bradicardia, anemia) Em casos graves, em particular em lactentes, a desnutrição é potencialmente fatal. “Dependência” de nutrição enteral ou suple- mentos nutricionais orais (Critério A3) significa que é preciso suplementar a alimentação para manter a ingesta adequada O transtorno alimentar restritivo/evitativo não inclui evitação ou restrição da ingesta ali- mentar em virtude da indisponibilidade de alimento ou de práticas culturais (p. ex., jejum re- ligioso ou dieta normal) (Critério B) nem comportamentos normais para o desenvolvimento (p. ex., crianças pequenas exigentes para comer, ingestão reduzida em adultos mais velhos). Associadas que Apoiam o Diagnóstico Diversas características podem estar associadas à evitação de alimentos ou a uma ingestão alimen- tar reduzida, incluindo falta de interesse em nutrição e alimentação, levando a perda de peso e atraso de crescimento Lactentes muito novos podem apresentar-se sonolentos, aflitos ou agitados ao se alimentar. Lactentes e crianças pequenas podem não se envolver com o cuidador primário du- rante a alimentação ou não comunicar fome em favor de outras atividades Em crianças mais velhas e adolescentes, a evitação e a restrição alimentar podem estar associadas a dificuldades emocionais mais generalizadas que não satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno de ansiedade, depressivo ou bipolar, às vezes denominadas “transtorno emocional de evitação alimentar” Fatores de Risco e Prognóstico Temperamentais Transtornos de ansiedade, transtorno do espectro autista, transtorno obsessi- vo- compulsivo e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade podem aumentar o risco de trans- torno alimentar restritivo/ evitativo ou de comportamento alimentar característico do transtorno. Ambientais Fatores de risco ambientais para o transtorno alimentar restritivo/evitativo in- cluem ansiedade familiar. Taxas maiores de perturbações alimentares podem ocorrer em filhos de mães com transtornos alimentares. Genéticos e fisiológicos História de condições gastrintestinais, doença de refluxo gastroeso- fágico, vômitos e uma gama de problemas médicos foram associados a comportamentos alimen- tares característicos do transtorno alimentar restritivo/evitativo. Diagnóstico DiferencialOutras condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, alergias e intolerâncias alimen- tares, malignidades ocultas) A restrição da ingesta alimentar pode ocorrer em outras condi- ções médicas, especialmente com sintomas persistentes como vômitos, perda de apetite, náusea, dor abdominal ou diarreia. Um diagnóstico de transtorno alimentar restritivo/evitativo requer que a perturbação da ingestão esteja além daquela diretamente explicada pelos sintomas físicos compatíveis com uma condição médica; a perturbação alimentar também deve persistir depois de desencadeada por uma condição médica e depois da resolução desta Transtornos neurológicos/neuromusculares, estruturais ou congênitos específicos e condi- ções associadas a dificuldades de alimentação Dificuldades de alimentação são comuns em uma série de condições congênitas e neurológicas com frequência relacionadas a problemas com a estrutura e a função oral/ esofágica/faríngea, como hipotonia da musculatura, protusão da língua e deglutição comprometida. O transtorno alimentar restritivo/evitativo pode ser diagnosticado em indivíduos com tais apresentações desde que todos os critérios diagnósticos sejam preenchidos. Transtorno de apego reativo Um certo grau de retraimento é característico do transtorno de apego reativo e pode levar a uma perturbação na relação cuidador-criança que pode afetar a alimentação e a ingestão da criança. O transtorno alimentar restritivo/evitativo deverá ser diag- nosticado concomitantemente apenas se todos os critérios forem atendidos para ambos os trans- tornos e a perturbação alimentar for um foco primário para intervenção. Transtorno do espectro autista Indivíduos com transtorno do espectro autista geralmente apresentam comportamentos alimentares rígidos e sensibilidades sensoriais aumentadas. Entre- tanto, esses aspectos nem sempre resultam no nível de comprometimento que seria necessário para um diagnóstico de transtorno alimentar restritivo/evitativo Esse transtorno deverá ser diagnosticado concomitantemente apenas se todos os critérios para ambos os transtornos forem satisfeitos e quando a perturbação alimentar demandar tratamento específico Fobia específica, transtorno de ansiedade social (fobia social) e outros transtornos de ansiedade Fobia específica do tipo “outro” menciona como exemplos “situações que possam levar a asfixia ou vômitos” e pode representar o gatilho primário para o medo, a ansiedade ou a evitação necessários para o diagnóstico. Pode ser difícil distinguir fobia específica de transtorno alimentar restritivo/evitativo quando medo de asfixia ou vômito resultou em esquiva da alimen- tação Anorexia nervosa A restrição da ingesta calórica em relação às necessidades levando a um peso corporal significativamente baixo é um aspecto central da anorexia nervosa. Entretanto, in- divíduos com anorexia nervosa também exibem medo de ganhar peso ou de ficar gordos ou com- portamentos persistentes que interferem no ganho de peso, bem como perturbações específicas em relação à percepção e à vivência de seu próprio peso e forma corporal. Essas características não estão presentes no transtorno alimentar restritivo/evitativo, e os dois transtornos não deverão ser diagnosticados concomitantemente O diagnóstico diferencial entre transtorno alimentar restriti- vo/evitativo e anorexia nervosa pode ser difícil, especialmente no fim da infância e no início da adolescência, pois esses transtornos podem compartilhar uma série de sintomas (p. ex., evitação de alimento, baixo peso). Transtorno obsessivo-compulsivo Indivíduos com transtorno obsessivo- compulsivo po- dem apresentar-se com evitação ou restrição da alimentação relacionada a preocupações com alimentos ou comportamento de alimentação ritualizado. O transtorno alimentar restritivo/ evi- tativo deverá ser diagnosticado concomitantemente apenas se forem satisfeitos todos os critérios para ambos os transtornos e quando a alimentação aberrante for um aspecto maior da apresenta- ção clínica que demande intervenção específica. Transtorno depressivo maior No transtorno depressivo maior, o apetite pode estar afetado de tal forma que os indivíduos apresentam-se com ingesta alimentar significativamente restrita, em geral em relação à ingesta calórica total e muitas vezes associada a perda de peso. A inapetên- cia e a decorrente redução da ingesta costumam ceder com a resolução dos problemas de humor. O transtorno alimentar restritivo/evitativo só deverá ser diagnosticado concomitantemente se todos os critérios forem preenchidos para ambos os transtornos e quando a perturbação alimen- tar demandar tratamento específico. Critérios Diagnósticos Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal signifi- cativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência inde- vida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual. Nota para codificação: O código da CID-9- MC para anorexia nervosa é 307.1, atribuído indepen- dentemente do subtipo. O código da CID-10-MC depende do subtipo (ver a seguir). Determinar o subtipo: (F50.01) Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episó- dios recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzi- dos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exer- cício excessivo. (F50.02) Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Especificar se: Em remissão parcial: Depois de terem sido preenchidos previamente todos os critérios para anorexia nervosa, o Critério A (baixo peso corporal) não foi mais satisfeito por um período sus- tentado, porém ou o Critério B ( medo intenso de ganhar peso ou de engordar ou comportamento que interfere no ganho de peso), ou o Critério C ( perturbações na autopercepção do peso e da forma) ainda está presente. Em remissão completa: Depois de terem sido satisfeitos previamente todos os critérios para anorexia nervosa, nenhum dos critérios foi mais satisfeito por um período sustentado. Especificar a gravidade atual: Leve: IMC ≥ 17 kg/m2 Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2 Grave: IMC 15-15,99 kg/m2 Extrema: IMC < 15 kg/m2 Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico A semi-inanição da anorexia nervosa e os comportamentos purgativos às vezes associados a ela podem resultar em condições médicas importantes e potencialmente fatais. O comprometimento nutricional associado a esse transtorno afeta a maioria dos sistemas corporais e pode produzir uma variedade de perturbações. Perturbações fisiológicas, incluindo amenorreia e anormalida- des nos sinais vitais, são comuns. Enquanto grande parte das perturbações fisiológicas associa- das à desnutrição é reversível com reabilitação nutricional, algumas, incluindo a perda de densi- dade óssea mineral, com frequência não são completamente reversíveis. Comportamentos como vômitosautoinduzidos e uso indevido de laxantes, diuréticos e enemas podem causar uma série de distúrbios que levam a achados laboratoriais anormais; entretanto, alguns indivíduos com anorexia nervosa não exibem tais anormalidades Quando gravemente abaixo do peso, indivíduos com anorexia nervosa apresentam sinais e sintomas depressivos, como humor deprimido, isolamento social, irritabilidade, insônia e dimi- nuição da libido. Características obsessivo-compulsivas, relacionadas ou não à alimentação, são com frequên- cia proeminentes. A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa é centrada na preocupação com os alimentos. Alguns colecionam receitas e estocam comida. Fatores de Risco e Prognóstico Temperamentais Indivíduos que desenvolvem transtornos de ansiedade ou exibem traços obsessivos na infância estão em risco maior de desenvolver anorexia nervosa Ambientais A variabilidade histórica e transcultural na prevalência de anorexia nervosa corro- bora sua associação com culturas e contextos que valorizam a magreza. Ocupações e trabalhos que incentivam a magreza, como modelo e atleta de elite, também estão asssociados a um risco maior. Genéticos e fisiológicos Existe risco maior de anorexia e bulimia nervosas entre parentes bio- lógicos de primeiro grau de indivíduos com o transtorno. Também foi observado risco maior de transtornos bipolares e depressivos entre parentes de primeiro grau de indivíduos com anorexia nervosa, em particular parentes daqueles com o tipo compulsão alimentar purgativa As taxas de concordância para anorexia nervosa em gêmeos monozigóticos são significativamente mais altas do que as de gêmeos dizigóticos Marcadores Diagnósticos Hematologia Bioquímica Endocrinologia Eletrocardiografia Massa Óssea Eletroencefalografia Gasto Calórico em Repouso Sinais e sintomas físicos É comum haver leucopenia, com a perda de todos os tipos de células, mas ha- bitualmente com linfocitose aparente. Pode haver anemia leve, bem como trombocitopenia e, raramente, problemas de sangramento. A desidratação pode refletir-se por um nível sanguíneo elevado de ureia. A hiper- colesterolemia é comum. Os níveis de enzimas hepáticas podem estar elevados. Hipomagnese- mia, hipozincemia, hipofosfatemia e hiperamilasemia são ocasionalmente observadas. Vômitos autoinduzidos podem levar a alcalose metabólica (nível sérico elevado de bicarbonato), hipoclo- remia e hipocalemia; o uso indevido de laxantes pode causar acidose metabólica leve. Os níveis séricos de tiroxina (T4) geralmente se encontram na faixa entre nor- mal e abaixo do normal; os níveis de tri- iodotironina (T3) estão diminuídos, enquanto os níveis de T3 reverso estão elevados. Os níveis séricos de estrogênio são baixos no sexo feminino; já no masculino, os níveis séricos de testosterona são baixos. É comum a presença de bradicardia sinusal, e, raramente, arritmias são observadas. O prolongamento significativo do intervalo QTc é observado em alguns indivíduos Com frequência se observa densidade mineral óssea baixa, com áreas específi- cas de osteopenia ou osteoporose. O risco de fratura é significativamente maior. Anormalidades difusas, refletindo encefalopatia metabólica, podem re- sultar de desequilíbrios hídrico e eletrolítico significativos. Há, com frequência, redução significativa no gasto calórico em repouso. A presença de amenorreia é comum e parece ser um indicador de disfunção fisiológica. Se presente, a amenorreia costuma ser consequência da perda de peso, porém, em uma minoria dos indivíduos, ela pode, na verdade, preceder a perda de peso Em meninas pré- -púberes, a menarca pode ser retardada. Além de amenorreia, pode haver queixas de constipa- ção, dor abdominal, intolerância ao frio, letargia e energia excessiva. O achado mais marcante no exame físico é a emaciação É comum haver também hipotensão significativa, hipotermia e bradicardia Alguns indivíduos desenvolvem lanugo, um pelo corporal muito fino e macio Alguns desenvolvem edema periférico, especialmente durante a recuperação de peso ou na suspensão do uso indevido de laxantes e diuréticos Diagnóstico Diferencial Condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, hipertireoidismo, malignidades ocultas e síndrome da imunodeficiência adquirida [SIDA]) A perda de peso grave pode ocorrer em condições médicas, mas indivíduos com esses distúrbios geralmente não manifestam também perturbação na maneira como a forma ou o peso de seus corpos é vivenciada, medo intenso de ganhar peso nem persistem em comportamentos que interferem no ganho de peso apropriado. A perda de peso aguda associada a uma condição médica às vezes pode ser seguida pelo início ou por recaída de anorexia nervosa, que podem ser inicialmente mascarados pela condição médica comórbida. Raramente, a anorexia nervosa se desenvolve depois de uma cirurgia bariátrica para obesidade. Transtorno depressivo maior Esquizofrenia Transtornos por uso de substância Transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo e transtor- no dismórfico corporal Bulimia nervosa Transtorno alimentar restritivo/evitativo No transtorno depressivo maior, pode ocorrer perda de peso grave, mas a maioria dos indivíduos com esse transtorno não manifesta nem desejo de perda de peso excessiva, nem medo intenso de ganhar peso. Indivíduos com esquizofrenia podem exibir comportamento alimentar estra- nho e às vezes apresentam perda de peso significativa, mas raramente manifestam o medo de ganhar peso e a perturbação da imagem corporal necessários para um diagnóstico de anorexia nervosa. Indivíduos com transtornos por uso de substância po- dem apresentar perda de peso devido à ingesta nutricional deficiente, mas geralmente não te- mem ganhar peso e não manifestam perturbação da imagem corporal. Indivíduos que abusam de substâncias que reduzem o apetite (p. ex., cocaína, estimulantes) lguns dos aspectos da anorexia nervosa se sobrepõem aos critérios para fobia social, TOC e transtorno dismórfico corporal. Mais especificamente, os indivíduos po- dem sentir-se humilhados ou envergonhados de serem vistos comendo em público, como ocorre na fobia social; podem exibir obsessões e compulsões relacionadas a alimentos, como no TOC; ou podem ficar preocupados com um defeito imaginado na aparência do corpo, como no transtorno dismórfico corporal. Se o indivíduo com anorexia nervosa tiver temores sociais que se limitem apenas ao comportamento alimentar, o diagnóstico de fobia social não deve ser feito, mas temores sociais não relacionados ao comportamento alimentar (p. ex., temor excessivo de falar em público) podem justificar um diagnóstico adicional de fobia social. Indivíduos com bulimia nervosa exibem episódios recorrentes de compulsão alimentar, adotam comportamento indevido para evitar o ganho de peso (p. ex., vômitos autoin- duzidos) e preocupam-se excessivamente com a forma e o peso corporais. Entretanto, diferente- mente de indivíduos com anorexia nervosa do tipo compulsão alimentar purgativa, aqueles com bulimia nervosa mantêm um peso corporal igual ou acima da faixa mínima normal. Indivíduos com esse transtorno podem exibir perda de peso ou deficiência nutricional significativas, mas não temem ganhar peso ou se tornar gordos nem apresentam perturbação na maneira como vivenciam a forma e o peso do próprio corpo. Thabyna Canelas I menousdeidade- assistente social menores deidade → asasm ' tente social modelo Bulimia Nervosa Transtorno de Compulsão Alimentar Critérios Diagnósticos A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais A compulsão alimentar e os comportamentos compensatóriosinapropriados ocorrem, em mé- dia, no mínimo uma vez por semana durante três meses. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracte- rizado pelos seguintes aspectos: 1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas ho- ras), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa Especificar se: Em remissão parcial: Depois de todos os critérios para bulimia nervosa terem sido previamente preenchidos, alguns, mas não todos os critérios, foram preenchidos por um período de tempo sustentado. Em remissão completa: Depois de todos os critérios para bulimia nervosa terem sido previa- mente preenchidos, nenhum dos critérios foi preenchido por um período de tempo sustentado. Especificar a gravidade atual: Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por se- mana. Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana. Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico Indivíduos com bulimia nervosa estão geralmente dentro da faixa normal de peso ou com sobre- peso (IMC > 18,5 kg/m2 e < 30 em adultos). O transtorno ocorre, mas é incomum, entre indiví- duos obesos. Entre os episódios de compulsão alimentar, indivíduos com bulimia nervosa costu- mam restringir seu consumo calórico total e optam, de preferência, por alimentos hipocalóricos (“dietéticos”), ao mesmo tempo que evitam alimentos que percebem como engordantes ou com potencial para desencadear compulsão alimentar. Fatores de Risco e Prognóstico Temperamentais Ambientais Genéticos e fisiológicos Modificadores do curso Preocupações com o peso, baixa autoestima, sintomas depressivos, transtor- no de ansiedade social e transtorno de ansiedade excessiva da infância (DSM-III-R) estão associa- dos a um risco maior de desenvolver bulimia nervosa. Observou-se que a internalização de um ideal corporal magro aumenta o risco de desenvolver preocupações com o peso, o que, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver bulimia nervosa. Indivíduos que sofreram abuso sexual ou físico na infância têm um risco maior de desenvolver o transtorno. Obesidade infantil e maturação puberal precoce aumentam o risco de bulimia nervosa. A transmissão familiar do transtorno pode estar presente, bem como vulne- rabilidades genéticas para a perturbação. A gravidade da comorbidade psiquiátrica prediz uma evolução mais desfavorável de bulimia nervosa no longo prazo. Diagnóstico Diferencial Anorexia nervosa, tipo compulsão alimentar purgativa Indivíduos cujo comportamento alimentar compulsivo ocorre apenas durante episódios de anorexia nervosa recebem o diagnósti- co de anorexia nervosa tipo compulsão alimentar purgativa e não deverão receber o diagnóstico adicional de bulimia nervosa. Para aqueles com diagnóstico inicial de anorexia nervosa com compulsão alimentar purgativa, mas cuja apresentação não satisfaz mais os critérios plenos para anorexia nervosa tipo compulsão alimentar purgativa Transtorno de compulsão alimentar Alguns indivíduos apresentam compulsão alimentar, porém não adotam comportamentos compensatórios inapropriados regularmente. Nesses casos, o diagnóstico de transtorno de compulsão alimentar deve ser considerado Transtorno da personalidade borderline Síndrome de Kleine-Levin Em certas condições neurológicas e algumas condições médicas, como a síndrome de Kleine-Levin, existe comportamento de comer perturbado, mas os aspectos psicológicos característicos de bulimia nervosa, como preocupação excessiva com a forma e o peso corporais, não estão presentes. Transtorno depressivo maior, com aspectos atípicos A hiperfagia é comum no transtorno depressivo maior com aspectos atípicos, mas os indivíduos com esse transtorno não adotam comportamentos compensatórios indevidos e não exibem a preocupação excessiva com a forma e o peso corporais característica da bulimia nervosa. Se os critérios de ambos os transtornos fo- rem satisfeitos, ambos os diagnósticos devem ser dados. O comportamento de compulsão alimentar está incluso no critério de comportamento impulsivo que faz parte do transtorno da personalidade borderline. Se os critérios para transtorno da personalidade borderline e bulimia nervosa forem satisfeitos, então ambos os diagnósticos devem ser dados. Critérios Diagnósticos Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracte- rizado pelos seguintes aspectos: 1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos: 1. Comer mais rapidamente do que o normal. 2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia nervosa. Especificar se: Em remissão parcial: Depois de terem sido previamente satisfeitos os critérios plenos do trans- torno de compulsão alimentar, a hiperfagia ocorre a uma frequência média inferior a um episódio por semana por um período de tempo sustentado. Em remissão completa: Depois de terem sido previamente satisfeitos os critérios plenos do transtorno de compulsão alimentar, nenhum dos critérios é mais satisfeito por um período de tempo sustentado. Especificar a gravidade atual: Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana. Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana. Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana. Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana. Fatores de Risco e Prognóstico Genéticos e fisiológicos O transtorno de compulsão alimentar parece comum em famílias, o que pode refletir influências genéticas adicionais. Diagnóstico Diferencial Bulimia nervosa O transtorno de compulsão alimentar tem em comum com a bulimia nervo- sa o comer compulsivo recorrente, porém difere desta última em alguns aspectos fundamentais. Em termos de apresentação clínica, o comportamento compensatório inapropriado recorrente (p. ex., purgação, exercício excessivo) visto na bulimia nervosaestá ausente no transtorno de com- pulsão alimentar. Diferentemente de indivíduos com bulimia nervosa, aqueles com transtorno de compulsão alimentar não costumam exibir restrição dietética marcante ou mantida voltada para influenciar o peso e a forma corporais entre os episódios de comer compulsivo Obesidade O transtorno de compulsão alimentar está associado a sobrepeso e obesidade, mas apresenta diversos aspectos-chave distintos da obesidade. Primeiro, os níveis de valorização ex- cessiva do peso e da forma corporais são maiores em indivíduos obesos com o transtorno do que entre aqueles sem o transtorno Em segundo lugar, as taxas de comorbidade psiquiátrica são significativamente maiores entre indivíduos obesos com o transtorno comparados aos que não o têm. Em terceiro lugar, o sucesso prolongado de tratamentos psicológicos baseados em evidência para o transtorno de compulsão alimentar podem ser contrastados com a ausência de tratamen- tos eficazes a longo prazo para obesidade. Transtornos bipolar e depressivo Aumentos no apetite e ganho de peso estão inclusos nos critérios para episódio depressivo maior e nos especificadores de aspectos atípicos para trans- tornos depressivo e bipolar. O aumento da ingesta no contexto de um episódio depressivo maior pode ou não estar associado a perda de controle Se todos os critérios para ambos os transtor- nos forem satisfeitos, ambos os diagnósticos podem ser dados Compulsão alimentar e outros sintomas da ingestão desordenada são vistos em associação com transtorno bipolar Transtorno da personalidade borderline A compulsão alimentar está inclusa no critério de comportamento impulsivo que faz parte da definição do transtorno da personalidade borderline. Se todos os critérios de ambos os transtornos forem preenchidos, então os dois diagnósticos de- vem ser dados. Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico O transtorno de compulsão alimentar ocorre em indivíduos de peso normal ou com sobrepeso e obesos. A maioria dos indivíduos obesos não se envolve em compulsão alimentar recorrente Além disso, comparados a indivíduos obesos de peso equivalente sem transtorno de compulsão alimentar, aqueles com o transtorno consomem mais calorias em estudos laboratoriais do comportamento alimentar e têm mais prejuízo fun- cional, qualidade de vida inferior, mais sofrimento subjetivo e maior comorbidade psiquiátrica. Consequências Funcionais do Transtorno de Compulsão Alimentar O transtorno de compulsão alimentar está associado a uma gama de consequências funcionais, incluindo problemas no desempenho de papéis sociais, prejuízo da qualidade de vida e satisfa- ção com a vida relacionada à saúde, maior morbidade e mortalidade médicas e maior utilização associada a serviços de saúde em comparação a controles pareados por índice de massa corporal. O transtorno pode estar associado também a um risco maior de ganho de peso e desenvolvimen- to de obesidade. Thabyssa Canelas Thalyna Canelas tratamento→ medicamento pl TDAH " = Thabyssa Canetas Pacientes em tratamento de ✓ efeitos colaterais_TAG , estão mais suscetíveis Teste tipo de compulsão
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