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Transtornos Alimentares

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são caracterizados por uma 
 perturbação persistente na ali- 
 mentação ou no comportamento 
 relacionado à alimentação que 
 resulta no consumo ou na 
 absorção alterada de alimentos e 
 que compromete 
 significativamente a saúde física 
 ou o funcionamento psi- cossocial
 Pica
 Transtorno de Ruminação
 São descritos critérios diagnósticos para 
 pica, transtorno de ruminação, transtorno ali- 
 mentar restritivo/evitativo, anorexia nervosa, 
 bulimia nervosa e transtorno de compulsão 
 alimentar.
 Critérios Diagnósticos
 Ingestão persistente de substâncias não 
 nutritivas, não alimentares, durante um 
 período mínimo de um mês.
 A ingestão de substâncias não nutritivas, 
 não alimentares, é inapropriada ao estágio 
 de desen- volvimento do indivíduo.
 O comportamento alimentar não faz parte 
 de uma prática culturalmente aceita
 Se o comportamento alimentar ocorrer no 
 contexto de outro transtorno mental (p. ex., 
 defi- ciência intelectual [transtorno do 
 desenvolvimento intelectual], transtorno do 
 espectro autista, esquizofrenia) ou condição 
 médica (incluindo gestação), é 
 suficientemente grave a ponto de
 necessitar de atenção clínica adicional
 Nota para codificação: O código da CID-
 9-MC para pica é 307.52 e é usado para 
 crianças e adul- tos. Os códigos da CID-10-
 MC para pica são (F98.3) em crianças e (
 F50.8) em adultos.
 Especificar se:
 Em remissão: Depois de terem sido 
 preenchidos os critérios para pica, esses 
 critérios não fo- ram mais preenchidos por 
 um período de tempo sustentado.
 Fatores de Risco e Prognóstico Ambientais
 Negligência, falta de supervisão e atraso do 
 desenvolvimento podem aumentar o risco 
 para essa condição.
 Características
 Diagnósticas
 Associadas que apoiam o diagnóstico
 ingestão de uma ou mais substâncias não 
 nutritivas, não ali- mentares, de forma 
 persistente durante um período mínimo de 
 um mês (Critério A), grave o sufi- ciente para 
 merecer atenção clínica
 As substâncias típicas ingeridas tendem a 
 variar com a idade e a disponibilidade e 
 podem incluir papel, sabão, tecido, cabelo, 
 fios, terra, giz, talco, tinta, cola, metal, 
 pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, 
 detergente ou gelo
 O termo não alimentar está incluso porque o 
 diagnóstico de pica não se aplica à ingestão 
 de produtos alimentares com conteúdo 
 nutri- cional mínimo
 Geralmente não há aversão a alimentos em 
 geral. É preciso que a ingestão de subs- 
 tâncias não nutritivas, não alimentares, seja 
 inapropriada ao estágio de desenvolvimento
 Sugere-se uma idade mínima de 2 anos para 
 o diagnóstico de pica, de modo a excluir a 
 exploração de objetos com a boca que 
 acabam por ser ingeridos, normal no 
 desenvolvimento das crianças pequenas
 A ingestão de substâncias não nutritivas, 
 não alimentares, pode ser um aspecto 
 associado a outros transtornos mentais (p. 
 ex., deficiência intelectual [transtorno do 
 desenvolvimento intelectual], transtorno do 
 espectro autista, esquizofrenia)
 Se o comportamento alimentar ocorrer 
 exclusivamente no contexto de outro trans- 
 torno mental, então um diagnóstico distinto 
 de pica deverá ser feito apenas se o 
 comportamento alimentar for grave o 
 suficiente a ponto de demandar atenção 
 clínica adicional (Critério D).
 Embora deficiências de vitaminas e 
 minerais (p. ex., zinco, ferro) tenham sido 
 descritas em al- guns casos, frequentemente 
 nenhuma outra anormalidade biológica é 
 encontrada
 Em algumas ocasiões, a pica chega à 
 atenção clínica somente acompanhando 
 complicações médicas gerais 
 
 (p. ex., problemas intestinais mecânicos; 
 obstrução intestinal, como a que resulta de 
 um bezoar; perfuração intestinal; infecções 
 como toxoplasmose e toxocaríase em 
 decorrência da ingestão de fezes ou sujeira; 
 intoxicação, como pela ingestão de tinta à 
 base de chumbo).
 Marcadores Diagnósticos
 Radiografia abdominal simples, 
 ultrassonografia e outros métodos de 
 imagem podem revelar obstruções 
 relacionadas a pica. Exames de sangue e 
 outros testes laboratoriais podem ser usados 
 para determinar níveis de intoxicação ou a 
 natureza da infecção.
 Consequências Funcionais
 A pica pode comprometer de maneira 
 significativa o funcionamento físico, mas 
 raramente é a única causa de prejuízo no 
 funcionamento social. Ocorre com 
 frequência juntamente com outros 
 transtornos associados ao funcionamento 
 social prejudicado.
 Diagnóstico Diferencial
 Anorexia nervosa.
 A pica normalmente pode ser distinguida de 
 outros transtornos alimen- tares pelo 
 consumo de substâncias não nutritivas, não 
 alimentares. 
 Transtorno factício.
 Alguns indivíduos com transtorno factício 
 podem ingerir intencional- mente objetos 
 estranhos como parte do padrão de 
 falsificação de sintomas físicos. Nesses 
 casos, existe um elemento fraudulento 
 compatível com a indução deliberada de 
 lesão ou doença
 Autolesão não suicida e comportamentos de 
 autolesão suicida nos transtornos da per- 
 sonalidade
 Alguns indivíduos podem deglutir itens 
 potencialmente nocivos (p. ex., alfinetes, 
 agulhas, facas) no contexto de padrões 
 desadaptativos de comportamento 
 associados a transtor- nos da personalidade 
 ou autolesão não suicida.
 
 É importante observar, no entanto, que 
 algumas apresentações de anorexia nervosa 
 incluem a ingestão de substâncias não 
 nutritivas, não alimentares, como lenços de 
 papel, na tentativa de controlar o apetite. 
 Nesses casos, quando a ingestão de 
 substâncias não nutritivas, não alimentares, é 
 usada essencialmente como meio de 
 controle do peso, anorexia nervosa deverá 
 ser o diagnóstico primário.
 Critérios Diagnósticos
 Regurgitação repetida de alimento durante 
 um período mínimo de um mês. O alimento 
 regurgi- tado pode ser remastigado, 
 novamente deglutido ou cuspido
 A regurgitação repetida não é atribuível a 
 uma condição gastrintestinal ou a outra 
 condição mé- dica (p. ex., refluxo 
 gastroesofágico, estenose do piloro)
 A perturbação alimentar não ocorre 
 exclusivamente durante o curso de anorexia 
 nervosa, bulimia nervosa, transtorno de 
 compulsão alimentar ou transtorno alimentar 
 restritivo/evitativo
 Se os sintomas ocorrerem no contexto de 
 outro transtorno mental (p. ex., deficiência 
 intelectual [transtorno do desenvolvimento 
 intelectual] ou outro transtorno do 
 neurodesenvolvimento), eles são 
 suficientemente graves para justificar 
 atenção clínica adicional.
 Especificar se:
 Em remissão: Depois de terem sido 
 preenchidos os critérios para transtorno de 
 ruminação, esses critérios não foram mais 
 preenchidos por um período de tempo 
 sustentado
 Características
 Diagnósticos
 Associadas que Apoiam o Diagnóstico
 característica essencial do transtorno de 
 ruminação é a regurgitação repetida de 
 alimento depois de ingerido durante um 
 período mínimo de um mês (Critério A).
 O alimento previamente deglutido que já 
 pode estar parcialmente digerido é trazido 
 de volta à boca sem náusea aparente, ânsia 
 de vômito ou repugnância
 . O alimento pode ser remastigado e então 
 ejetado da boca ou novamente deglutido
 A regurgitação no transtorno de ruminação 
 deverá ser frequente, ocorrendo pelo menos 
 várias vezes por semana, em geral todos os 
 dias
 O comportamento não é mais bem explicado 
 por uma condição gastrintestinal ou outra 
 condição médica associada (p. ex., refluxo 
 gastroesofágico, estenose do piloro) (Critério 
 B) e não ocorre exclusivamente durante o 
 curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, 
 trans- torno alimentar restritivo/evitativo (
 Critério C
 Lactentes com transtorno de ruminação 
 exibem uma posição característica de 
 tensionar e arquear as costas com a cabeça 
 fletida para trás, fazendo movimentos de 
 sucção com a língua e dando a impressão de 
 obterem satisfação com tal atividade
 Eles podem ficar irritados e famintos entre 
 episódios de regurgitação
 A desnutrição pode ocorrer tambémem 
 crianças mais velhas e em adultos, em 
 particular quando a regurgitação é 
 acompanhada por restrição da ingestão
 A perda ponderal e o insucesso em obter o 
 ganho de peso esperado são características 
 comuns em lactentes com transtorno de 
 ruminação
 A desnutrição pode ocor- rer a despeito da 
 aparente fome do lactente e da ingestão de 
 quantidades relativamente grandes de 
 alimentos, sobretudo em casos graves, 
 quando a regurgitação segue imediatamente 
 cada epi- sódio de alimentação e o alimento 
 regurgitado é expelido
 Adolescentes e adultos talvez tentem 
 disfarçar o comportamento de re- gurgitação 
 cobrindo a boca com a mão ou tossindo
 Alguns evitarão comer em frente a outras 
 pessoas em virtude do aspecto social 
 indesejável do comportamento
 Eles podem ampliar esse comportamento 
 evitando alimentar-se antes de situações 
 sociais, como o trabalho ou a escola (p. ex., 
 evitando o desjejum porque pode ser 
 seguido por regurgitação).
 Fatores de Risco e Prognóstico Ambientais
 Problemas psicossociais como falta de 
 estimulação, negligência, situações de vida 
 estressantes e problemas na relação entre 
 pais e filhos podem ser fatores 
 predisponentes em lac- tentes e crianças 
 pequenas.
 Diagnóstico Diferencial
 Condições gastrintestinais
 Anorexia nervosa e bulimia nervosa
 É importante diferenciar regurgitação no 
 transtorno de rumina- ção de outras 
 condições caracterizadas por refluxo 
 gastroesofágico ou vômitos. Condições 
 como gastroparesia, estenose do piloro, 
 hérnia de hiato e síndrome de Sandifer em 
 lactentes deverão ser excluídas por exames 
 físicos e testes laboratoriais apropriados.
 Indivíduos com anorexia nervosa e bulimia 
 nervosa também podem regurgitar com 
 subsequente eliminação do alimento como 
 um meio de livrar-se das calorias ingeridas 
 em virtude da preocupação com o ganho de 
 peso.
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados com a Saúde é um das principais ferramentas 
epidemiológica do cotidiano médico. Desenvolvida pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal função do CID é 
monitorar a incidência e prevalência de doenças, através de uma 
padronização universal das doenças, problemas de saúde pública, 
sinais e sintomas, queixas, causas externas para ferimentos e 
circunstâncias sociais, apresentando um panorama amplo da 
situação em saúde dos países e suas populações.
=
Thalyna Canelas
CID
|
comum na
infância
1
hipovitouminore
e carência de
minerais
d
parasitose
 Transtorno Alimentar Restritivo/
 Evitativo
 Anorexia Nervosa
 Critérios Diagnósticos
 Uma perturbação alimentar (p. ex., falta 
 aparente de interesse na alimentação ou em 
 alimentos; esquiva baseada nas 
 características sensoriais do alimento; 
 preocupação acerca de consequências 
 aversivas alimentar) manifestada por 
 fracasso persistente em satisfazer as 
 necessidades nutricio- nais e/ou energéticas 
 apropriadas associada a um (ou mais) dos 
 seguintes aspectos:
 1. Perda de peso significativa (ou insucesso 
 em obter o ganho de peso esperado ou 
 atraso de crescimento em crianças).
 2. Deficiência nutricional significativa.
 3. Dependência de alimentação enteral ou 
 suplementos nutricionais orais.
 4. Interferência marcante no funcionamento 
 psicossocial.
 B. A perturbação não é mais bem explicada 
 por indisponibilidade de alimento ou por uma 
 prática culturalmente aceita.
 C. A perturbação alimentar não ocorre 
 exclusivamente durante o curso de anorexia 
 nervosa ou bu- limia nervosa, e não há 
 evidência de perturbação na maneira como o 
 peso ou a forma corporal é vivenciada.
 D. A perturbação alimentar não é atribuível a 
 uma condição médica concomitante ou mais 
 bem ex- plicada por outro transtorno mental. 
 Quando a perturbação alimentar ocorre no 
 contexto de uma outra condição ou 
 transtorno, sua gravidade excede a 
 habitualmente associada à condição ou ao 
 transtorno e justifica atenção clínica 
 adicional.
 Especificar se:
 Em remissão: Depois de terem sido 
 preenchidos os critérios para transtorno 
 alimentar restritivo/ evitativo, esses critérios 
 não foram mais preenchidos por um período 
 de tempo sustentado.
 Características 
 Diagnósticas
 O transtorno alimentar restritivo/evitativo 
 substitui e amplia o diagnóstico do DSM-IV 
 de trans- torno da alimentação da primeira 
 infância.
 A principal característica diagnóstica do 
 transtorno alimentar restritivo/evitativo é a 
 esquiva ou a restrição da ingestão alimentar (
 Critério A) mani- festada por fracasso 
 clinicamente significativo em satisfazer as 
 demandas de nutrição ou inges- tão 
 energética insuficiente, por meio da ingestão 
 oral de alimentos
 Um ou mais dos seguintes aspectos-chave 
 devem estar presentes: perda de peso 
 significativa, deficiência nutricional signi- 
 ficativa (ou impacto relacionado à saúde), 
 dependência de alimentação enteral ou 
 suplementos nutricionais orais ou 
 interferência marcante no funcionamento 
 psicossocial
 A determinação da perda de peso 
 significativa (Critério A1) é um julgamento 
 clínico; em vez de perder peso, crian- ças e 
 adolescentes que não concluíram o 
 crescimento não mantêm os aumentos de 
 peso e altura esperados em sua trajetória do 
 desenvolvimento.
 Determinação de deficiência nutricional 
 significativa (Critério A2) também se baseia 
 em avaliações clínicas (p. ex., determinação 
 da ingesta de alimentos, exame físico e 
 testes labora- toriais), e o impacto na saúde 
 física pode ser também de gravidade 
 semelhante ao que é visto na anorexia 
 nervosa (p. ex., hipotermia, bradicardia, 
 anemia)
 Em casos graves, em particular em lactentes, 
 a desnutrição é potencialmente fatal. 
 “Dependência” de nutrição enteral ou suple- 
 mentos nutricionais orais (Critério A3) 
 significa que é preciso suplementar a 
 alimentação para manter a ingesta adequada
 O transtorno alimentar restritivo/evitativo 
 não inclui evitação ou restrição da ingesta 
 ali- mentar em virtude da indisponibilidade 
 de alimento ou de práticas culturais (p. ex., 
 jejum re- ligioso ou dieta normal) (Critério B) 
 nem comportamentos normais para o 
 desenvolvimento (p. ex., crianças pequenas 
 exigentes para comer, ingestão reduzida em 
 adultos mais velhos).
 Associadas que Apoiam o Diagnóstico
 Diversas características podem estar 
 associadas à evitação de alimentos ou a uma 
 ingestão alimen- tar reduzida, incluindo falta 
 de interesse em nutrição e alimentação, 
 levando a perda de peso e atraso de 
 crescimento
 Lactentes muito novos podem apresentar-se 
 sonolentos, aflitos ou agitados ao se 
 alimentar.
 Lactentes e crianças pequenas podem não 
 se envolver com o cuidador primário du- 
 rante a alimentação ou não comunicar fome 
 em favor de outras atividades
 Em crianças mais velhas e adolescentes, a 
 evitação e a restrição alimentar podem estar 
 associadas a dificuldades emocionais mais 
 generalizadas que não satisfazem os critérios 
 diagnósticos para um transtorno de 
 ansiedade, depressivo ou bipolar, às vezes 
 denominadas “transtorno emocional de 
 evitação alimentar”
 Fatores de Risco e Prognóstico
 Temperamentais
 Transtornos de ansiedade, transtorno do 
 espectro autista, transtorno obsessi- vo-
 compulsivo e transtorno de déficit de 
 atenção/hiperatividade podem aumentar o 
 risco de trans- torno alimentar restritivo/
 evitativo ou de comportamento alimentar 
 característico do transtorno.
 Ambientais
 Fatores de risco ambientais para o transtorno 
 alimentar restritivo/evitativo in- cluem 
 ansiedade familiar. Taxas maiores de 
 perturbações alimentares podem ocorrer em 
 filhos de mães com transtornos alimentares.
 Genéticos e fisiológicos
 História de condições gastrintestinais, doença 
 de refluxo gastroeso- fágico, vômitos e uma 
 gama de problemas médicos foram 
 associados a comportamentos alimen- tares 
 característicos do transtorno alimentar 
 restritivo/evitativo.
 
 Diagnóstico DiferencialOutras condições médicas (p. ex., doença 
 gastrintestinal, alergias e intolerâncias 
 alimen- tares, malignidades ocultas)
 A restrição da ingesta alimentar pode ocorrer 
 em outras condi- ções médicas, 
 especialmente com sintomas persistentes 
 como vômitos, perda de apetite, náusea, dor 
 abdominal ou diarreia. Um diagnóstico de 
 transtorno alimentar restritivo/evitativo 
 requer que a perturbação da ingestão esteja 
 além daquela diretamente explicada pelos 
 sintomas físicos compatíveis com uma 
 condição médica; a perturbação alimentar 
 também deve persistir depois de 
 desencadeada por uma condição médica e 
 depois da resolução desta
 Transtornos neurológicos/neuromusculares, 
 estruturais ou congênitos específicos e 
 condi- ções associadas a dificuldades de 
 alimentação
 Dificuldades de alimentação são comuns em 
 uma série de condições congênitas e 
 neurológicas com frequência relacionadas a 
 problemas com a estrutura e a função oral/
 esofágica/faríngea, como hipotonia da 
 musculatura, protusão da língua e deglutição 
 comprometida. O transtorno alimentar 
 restritivo/evitativo pode ser diagnosticado 
 em indivíduos com tais apresentações desde 
 que todos os critérios diagnósticos sejam 
 preenchidos.
 Transtorno de apego reativo
 Um certo grau de retraimento é 
 característico do transtorno de apego reativo 
 e pode levar a uma perturbação na relação 
 cuidador-criança que pode afetar a 
 alimentação e a ingestão da criança. 
 O transtorno alimentar restritivo/evitativo 
 deverá ser diag- nosticado 
 concomitantemente apenas se todos os 
 critérios forem atendidos para ambos os 
 trans- tornos e a perturbação alimentar for 
 um foco primário para intervenção.
 Transtorno do espectro autista
 Indivíduos com transtorno do espectro 
 autista geralmente apresentam 
 comportamentos alimentares rígidos e 
 sensibilidades sensoriais aumentadas. Entre- 
 tanto, esses aspectos nem sempre resultam 
 no nível de comprometimento que seria 
 necessário para um diagnóstico de 
 transtorno alimentar restritivo/evitativo
 Esse transtorno deverá ser diagnosticado 
 concomitantemente apenas se todos os 
 critérios para ambos os transtornos forem 
 satisfeitos e quando a perturbação alimentar 
 demandar tratamento específico
 Fobia específica, transtorno de ansiedade 
 social (fobia social) e outros transtornos de 
 ansiedade
 Fobia específica do tipo “outro” menciona 
 como exemplos “situações que possam levar 
 a asfixia ou vômitos” e pode representar o 
 gatilho primário para o medo, a ansiedade ou 
 a evitação necessários para o diagnóstico. 
 Pode ser difícil distinguir fobia específica de 
 transtorno alimentar restritivo/evitativo 
 quando medo de asfixia ou vômito resultou 
 em esquiva da alimen- tação
 Anorexia nervosa
 A restrição da ingesta calórica em relação às 
 necessidades levando a um peso corporal 
 significativamente baixo é um aspecto 
 central da anorexia nervosa. Entretanto, in- 
 divíduos com anorexia nervosa também 
 exibem medo de ganhar peso ou de ficar 
 gordos ou com- portamentos persistentes 
 que interferem no ganho de peso, bem como 
 perturbações específicas em relação à 
 percepção e à vivência de seu próprio peso 
 e forma corporal.
 Essas características não estão presentes no 
 transtorno alimentar restritivo/evitativo, e os 
 dois transtornos não deverão ser 
 diagnosticados concomitantemente
 O diagnóstico diferencial entre transtorno 
 alimentar restriti- vo/evitativo e anorexia 
 nervosa pode ser difícil, especialmente no 
 fim da infância e no início da adolescência, 
 pois esses transtornos podem compartilhar 
 uma série de sintomas (p. ex., evitação de 
 alimento, baixo peso).
 Transtorno obsessivo-compulsivo
 Indivíduos com transtorno obsessivo-
 compulsivo po- dem apresentar-se com 
 evitação ou restrição da alimentação 
 relacionada a preocupações com alimentos 
 ou comportamento de alimentação 
 ritualizado. O transtorno alimentar restritivo/
 evi- tativo deverá ser diagnosticado 
 concomitantemente apenas se forem 
 satisfeitos todos os critérios para ambos os 
 transtornos e quando a alimentação 
 aberrante for um aspecto maior da 
 apresenta- ção clínica que demande 
 intervenção específica.
 Transtorno depressivo maior
 No transtorno depressivo maior, o apetite 
 pode estar afetado de tal forma que os 
 indivíduos apresentam-se com ingesta 
 alimentar significativamente restrita, em 
 geral em relação à ingesta calórica total e 
 muitas vezes associada a perda de peso. A 
 inapetên- cia e a decorrente redução da 
 ingesta costumam ceder com a resolução 
 dos problemas de humor. O transtorno 
 alimentar restritivo/evitativo só deverá ser 
 diagnosticado concomitantemente se todos 
 os critérios forem preenchidos para ambos 
 os transtornos e quando a perturbação 
 alimen- tar demandar tratamento específico.
 Critérios Diagnósticos
 Restrição da ingesta calórica em relação às 
 necessidades, levando a um peso corporal 
 signifi- cativamente baixo no contexto de 
 idade, gênero, trajetória do desenvolvimento 
 e saúde física. Peso significativamente baixo 
 é definido como um peso inferior ao peso 
 mínimo normal ou, no caso de crianças e 
 adolescentes, menor do que o minimamente 
 esperado.
 Medo intenso de ganhar peso ou de 
 engordar, ou comportamento persistente que 
 interfere no ganho de peso, mesmo estando 
 com peso significativamente baixo.
 Perturbação no modo como o próprio peso 
 ou a forma corporal são vivenciados, 
 influência inde- vida do peso ou da forma 
 corporal na autoavaliação ou ausência 
 persistente de reconhecimento da gravidade 
 do baixo peso corporal atual.
 Nota para codificação: O código da CID-9-
 MC para anorexia nervosa é 307.1, atribuído 
 indepen- dentemente do subtipo. O código 
 da CID-10-MC depende do subtipo (ver a 
 seguir).
 Determinar o subtipo:
 (F50.01) Tipo restritivo: Durante os últimos 
 três meses, o indivíduo não se envolveu em 
 episó- dios recorrentes de compulsão 
 alimentar ou comportamento purgativo (i.e., 
 vômitos autoinduzi- dos ou uso indevido de 
 laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo 
 descreve apresentações nas quais a perda 
 de peso seja conseguida essencialmente por 
 meio de dieta, jejum e/ou exer- cício 
 excessivo.
 (F50.02) Tipo compulsão alimentar 
 purgativa: Nos últimos três meses, o 
 indivíduo se envolveu em episódios 
 recorrentes de compulsão alimentar 
 purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso 
 indevido de laxantes, diuréticos ou enemas).
 Especificar se:
 Em remissão parcial: Depois de terem sido 
 preenchidos previamente todos os critérios 
 para anorexia nervosa, o Critério A (baixo 
 peso corporal) não foi mais satisfeito por um 
 período sus- tentado, porém ou o Critério B (
 medo intenso de ganhar peso ou de 
 engordar ou comportamento que interfere 
 no ganho de peso), ou o Critério C (
 perturbações na autopercepção do peso e 
 da forma) ainda está presente.
 Em remissão completa: Depois de terem sido 
 satisfeitos previamente todos os critérios 
 para anorexia nervosa, nenhum dos critérios 
 foi mais satisfeito por um período sustentado.
 Especificar a gravidade atual:
 Leve: IMC ≥ 17 kg/m2
 Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2
 Grave: IMC 15-15,99 kg/m2
 Extrema: IMC < 15 kg/m2
 Características Associadas que Apoiam o 
 Diagnóstico
 A semi-inanição da anorexia nervosa e os 
 comportamentos purgativos às vezes 
 associados a ela podem resultar em 
 condições médicas importantes e 
 potencialmente fatais. O comprometimento 
 nutricional associado a esse transtorno afeta 
 a maioria dos sistemas corporais e pode 
 produzir uma variedade de perturbações.
 Perturbações fisiológicas, incluindo 
 amenorreia e anormalida- des nos sinais 
 vitais, são comuns. Enquanto grande parte 
 das perturbações fisiológicas associa- das à 
 desnutrição é reversível com reabilitação 
 nutricional, algumas, incluindo a perda de 
 densi- dade óssea mineral, com frequência 
 não são completamente reversíveis.
 Comportamentos como vômitosautoinduzidos e uso indevido de laxantes, 
 diuréticos e enemas podem causar uma série 
 de distúrbios que levam a achados 
 laboratoriais anormais; entretanto, alguns 
 indivíduos com anorexia nervosa não exibem 
 tais anormalidades
 Quando gravemente abaixo do peso, 
 indivíduos com anorexia nervosa apresentam 
 sinais e sintomas depressivos, como humor 
 deprimido, isolamento social, irritabilidade, 
 insônia e dimi- nuição da libido.
 Características obsessivo-compulsivas, 
 relacionadas ou não à alimentação, são com 
 frequên- cia proeminentes. 
 A maioria dos indivíduos com anorexia 
 nervosa é centrada na preocupação com os 
 alimentos. Alguns colecionam receitas e 
 estocam comida.
 Fatores de Risco e Prognóstico
 Temperamentais
 Indivíduos que desenvolvem transtornos de 
 ansiedade ou exibem traços
 obsessivos na infância estão em risco maior 
 de desenvolver anorexia nervosa
 Ambientais
 A variabilidade histórica e transcultural na 
 prevalência de anorexia nervosa corro- bora 
 sua associação com culturas e contextos 
 que valorizam a magreza. Ocupações e 
 trabalhos que incentivam a magreza, como 
 modelo e atleta de elite, também estão 
 asssociados a um risco maior.
 Genéticos e fisiológicos
 Existe risco maior de anorexia e bulimia 
 nervosas entre parentes bio- lógicos de 
 primeiro grau de indivíduos com o transtorno.
 Também foi observado risco maior de 
 transtornos bipolares e depressivos entre 
 parentes de primeiro grau de indivíduos com 
 anorexia nervosa, em particular parentes 
 daqueles com o tipo compulsão alimentar 
 purgativa
 As taxas de concordância para anorexia 
 nervosa em gêmeos monozigóticos são 
 significativamente mais altas do que as de 
 gêmeos dizigóticos
 Marcadores Diagnósticos
 Hematologia
 Bioquímica
 Endocrinologia
 Eletrocardiografia
 Massa Óssea
 Eletroencefalografia
 Gasto Calórico em Repouso
 Sinais e sintomas físicos
 É comum haver leucopenia, com a perda de 
 todos os tipos de células, mas ha- 
 bitualmente com linfocitose aparente. Pode 
 haver anemia leve, bem como 
 trombocitopenia e, raramente, problemas de 
 sangramento.
 
 A desidratação pode refletir-se por um nível 
 sanguíneo elevado de ureia. A hiper- 
 colesterolemia é comum. Os níveis de 
 enzimas hepáticas podem estar elevados. 
 Hipomagnese- mia, hipozincemia, 
 hipofosfatemia e hiperamilasemia são 
 ocasionalmente observadas. Vômitos 
 autoinduzidos podem levar a alcalose 
 metabólica (nível sérico elevado de 
 bicarbonato), hipoclo- remia e hipocalemia; o 
 uso indevido de laxantes pode causar 
 acidose metabólica leve.
 Os níveis séricos de tiroxina (T4) geralmente 
 se encontram na faixa entre nor- mal e 
 abaixo do normal; os níveis de tri-
 iodotironina (T3) estão diminuídos, enquanto 
 os níveis de T3 reverso estão elevados. Os 
 níveis séricos de estrogênio são baixos no 
 sexo feminino; já no masculino, os níveis 
 séricos de testosterona são baixos.
 É comum a presença de bradicardia sinusal, 
 e, raramente, arritmias são observadas. O 
 prolongamento significativo do intervalo QTc 
 é observado em alguns indivíduos
 Com frequência se observa densidade 
 mineral óssea baixa, com áreas específi- cas 
 de osteopenia ou osteoporose. O risco de 
 fratura é significativamente maior.
 
 Anormalidades difusas, refletindo 
 encefalopatia metabólica, podem re- sultar 
 de desequilíbrios hídrico e eletrolítico 
 significativos.
 
 Há, com frequência, redução significativa no 
 gasto calórico em repouso.
 A presença de amenorreia é comum e 
 parece ser um indicador de disfunção 
 fisiológica.
 Se presente, a amenorreia costuma ser 
 consequência da perda de peso, porém, em 
 uma minoria dos indivíduos, ela pode, na 
 verdade, preceder a perda de peso
 Em meninas pré- -púberes, a menarca pode 
 ser retardada. Além de amenorreia, pode 
 haver queixas de constipa- ção, dor 
 abdominal, intolerância ao frio, letargia e 
 energia excessiva.
 O achado mais marcante no exame físico é a 
 emaciação
 É comum haver também hipotensão 
 significativa, hipotermia e bradicardia
 Alguns indivíduos desenvolvem lanugo, um 
 pelo corporal muito fino e macio
 Alguns desenvolvem edema periférico, 
 especialmente durante a recuperação de 
 peso ou na suspensão do uso indevido de 
 laxantes e diuréticos
 Diagnóstico Diferencial
 Condições médicas (p. ex., doença 
 gastrintestinal, hipertireoidismo, malignidades 
 ocultas e síndrome da imunodeficiência 
 adquirida [SIDA])
 A perda de peso grave pode ocorrer em 
 condições médicas, mas indivíduos com 
 esses distúrbios geralmente não manifestam 
 também perturbação na maneira como a 
 forma ou o peso de seus corpos é 
 vivenciada, medo intenso de ganhar peso 
 nem persistem em comportamentos que 
 interferem no ganho de peso apropriado. A 
 perda de peso aguda associada a uma 
 condição médica às vezes pode ser seguida 
 pelo início ou por recaída de anorexia 
 nervosa, que podem ser inicialmente 
 mascarados pela condição médica 
 comórbida. Raramente, a anorexia nervosa 
 se desenvolve depois de uma cirurgia 
 bariátrica para obesidade.
 
 Transtorno depressivo maior
 Esquizofrenia
 Transtornos por uso de substância
 Transtorno de ansiedade social (fobia social), 
 transtorno obsessivo-compulsivo e transtor- 
 no dismórfico corporal
 Bulimia nervosa
 Transtorno alimentar restritivo/evitativo
 No transtorno depressivo maior, pode 
 ocorrer perda de peso grave, mas a maioria 
 dos indivíduos com esse transtorno não 
 manifesta nem desejo de perda de peso 
 excessiva, nem medo intenso de ganhar 
 peso.
 Indivíduos com esquizofrenia podem exibir 
 comportamento alimentar estra- nho e às 
 vezes apresentam perda de peso 
 significativa, mas raramente manifestam o 
 medo de ganhar peso e a perturbação da 
 imagem corporal necessários para um 
 diagnóstico de anorexia nervosa.
 Indivíduos com transtornos por uso de 
 substância po- dem apresentar perda de 
 peso devido à ingesta nutricional deficiente, 
 mas geralmente não te- mem ganhar peso e 
 não manifestam perturbação da imagem 
 corporal. Indivíduos que abusam de 
 substâncias que reduzem o apetite (p. ex., 
 cocaína, estimulantes)
 lguns dos aspectos da anorexia nervosa se 
 sobrepõem aos critérios para fobia social, 
 TOC e transtorno dismórfico corporal. Mais 
 especificamente, os indivíduos po- dem 
 sentir-se humilhados ou envergonhados de 
 serem vistos comendo em público, como 
 ocorre na fobia social; podem exibir 
 obsessões e compulsões relacionadas a 
 alimentos, como no TOC; ou podem ficar 
 preocupados com um defeito imaginado na 
 aparência do corpo, como no transtorno 
 dismórfico corporal.
 Se o indivíduo com anorexia nervosa tiver 
 temores sociais que se limitem apenas ao 
 comportamento alimentar, o diagnóstico de 
 fobia social não deve ser feito, mas temores 
 sociais não relacionados ao comportamento 
 alimentar (p. ex., temor excessivo de falar 
 em público) podem justificar um diagnóstico 
 adicional de fobia social.
 Indivíduos com bulimia nervosa exibem 
 episódios recorrentes de compulsão 
 alimentar, adotam comportamento indevido 
 para evitar o ganho de peso (p. ex., vômitos 
 autoin- duzidos) e preocupam-se 
 excessivamente com a forma e o peso 
 corporais. Entretanto, diferente- mente de 
 indivíduos com anorexia nervosa do tipo 
 compulsão alimentar purgativa, aqueles com 
 bulimia nervosa mantêm um peso corporal 
 igual ou acima da faixa mínima normal.
 Indivíduos com esse transtorno podem exibir 
 perda de peso ou deficiência nutricional 
 significativas, mas não temem ganhar peso 
 ou se tornar gordos nem apresentam 
 perturbação na maneira como vivenciam a 
 forma e o peso do próprio corpo.
Thabyna Canelas
I
menousdeidade- assistente social
menores deidade → asasm
' tente social
modelo
 Bulimia Nervosa
 Transtorno de Compulsão 
 Alimentar
 Critérios Diagnósticos
 A autoavaliação é indevidamente 
 influenciada pela forma e pelo peso corporais
 A compulsão alimentar e os comportamentos 
 compensatóriosinapropriados ocorrem, em 
 mé- dia, no mínimo uma vez por semana 
 durante três meses.
 Comportamentos compensatórios 
 inapropriados recorrentes a fim de impedir o 
 ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; 
 uso indevido de laxantes, diuréticos ou 
 outros medicamentos; jejum; ou exercício em 
 excesso.
 Episódios recorrentes de compulsão 
 alimentar. Um episódio de compulsão 
 alimentar é caracte-
 rizado pelos seguintes aspectos:
 1. Ingestão, em um período de tempo 
 determinado (p. ex., dentro de cada período 
 de duas ho- ras), de uma quantidade de 
 alimento definitivamente maior do que a 
 maioria dos indivíduos consumiria no mesmo 
 período sob circunstâncias semelhantes.
 2. Sensação de falta de controle sobre a 
 ingestão durante o episódio (p. ex., 
 sentimento de não conseguir parar de comer 
 ou controlar o que e o quanto se está 
 ingerindo).
 A perturbação não ocorre exclusivamente 
 durante episódios de anorexia nervosa
 Especificar se:
 Em remissão parcial: Depois de todos os 
 critérios para bulimia nervosa terem sido 
 previamente preenchidos, alguns, mas não 
 todos os critérios, foram preenchidos por um 
 período de tempo sustentado.
 Em remissão completa: Depois de todos os 
 critérios para bulimia nervosa terem sido 
 previa- mente preenchidos, nenhum dos 
 critérios foi preenchido por um período de 
 tempo sustentado.
 Especificar a gravidade atual:
 Leve: Média de 1 a 3 episódios de 
 comportamentos compensatórios 
 inapropriados por semana. 
 Grave: Média de 8 a 13 episódios de 
 comportamentos compensatórios 
 inapropriados por se- mana.
 Extrema: Média de 14 ou mais 
 comportamentos compensatórios 
 inapropriados por semana.
 Moderada: Média de 4 a 7 episódios de 
 comportamentos compensatórios 
 inapropriados por semana.
 Características Associadas que Apoiam o 
 Diagnóstico
 Indivíduos com bulimia nervosa estão 
 geralmente dentro da faixa normal de peso 
 ou com sobre- peso (IMC > 18,5 kg/m2 e < 
 30 em adultos). 
 O transtorno ocorre, mas é incomum, entre 
 indiví- duos obesos. Entre os episódios de 
 compulsão alimentar, indivíduos com bulimia 
 nervosa costu- mam restringir seu consumo 
 calórico total e optam, de preferência, por 
 alimentos hipocalóricos (“dietéticos”), ao 
 mesmo tempo que evitam alimentos que 
 percebem como engordantes ou com 
 potencial para desencadear compulsão 
 alimentar.
 Fatores de Risco e Prognóstico
 Temperamentais
 Ambientais
 Genéticos e fisiológicos
 Modificadores do curso
 Preocupações com o peso, baixa autoestima, 
 sintomas depressivos, transtor- no de 
 ansiedade social e transtorno de ansiedade 
 excessiva da infância (DSM-III-R) estão 
 associa- dos a um risco maior de 
 desenvolver bulimia nervosa.
 Observou-se que a internalização de um 
 ideal corporal magro aumenta o risco de 
 desenvolver preocupações com o peso, o 
 que, por sua vez, aumenta o risco de 
 desenvolver bulimia nervosa. Indivíduos que 
 sofreram abuso sexual ou físico na infância 
 têm um risco maior de desenvolver o 
 transtorno.
 Obesidade infantil e maturação puberal 
 precoce aumentam o risco de bulimia 
 nervosa. A transmissão familiar do transtorno 
 pode estar presente, bem como vulne- 
 rabilidades genéticas para a perturbação.
 A gravidade da comorbidade psiquiátrica 
 prediz uma evolução mais desfavorável de 
 bulimia nervosa no longo prazo.
 Diagnóstico Diferencial
 Anorexia nervosa, tipo compulsão alimentar 
 purgativa
 Indivíduos cujo comportamento alimentar 
 compulsivo ocorre apenas durante episódios 
 de anorexia nervosa recebem o diagnósti- 
 co de anorexia nervosa tipo compulsão 
 alimentar purgativa e não deverão receber o 
 diagnóstico adicional de bulimia nervosa.
 Para aqueles com diagnóstico inicial de 
 anorexia nervosa com compulsão alimentar 
 purgativa, mas cuja apresentação não 
 satisfaz mais os critérios plenos para 
 anorexia nervosa tipo compulsão alimentar 
 purgativa 
 Transtorno de compulsão alimentar
 Alguns indivíduos apresentam compulsão 
 alimentar, porém não adotam 
 comportamentos compensatórios 
 inapropriados regularmente. Nesses casos, o 
 diagnóstico de transtorno de compulsão 
 alimentar deve ser considerado
 Transtorno da personalidade borderline
 Síndrome de Kleine-Levin
 Em certas condições neurológicas e algumas 
 condições médicas, como a síndrome de 
 Kleine-Levin, existe comportamento de 
 comer perturbado, mas os aspectos 
 psicológicos característicos de bulimia 
 nervosa, como preocupação excessiva com 
 a forma e o peso corporais, não estão 
 presentes.
 Transtorno depressivo maior, com aspectos 
 atípicos
 A hiperfagia é comum no transtorno 
 depressivo maior com aspectos atípicos, mas 
 os indivíduos com esse transtorno não 
 adotam comportamentos compensatórios 
 indevidos e não exibem a preocupação 
 excessiva com a forma e o peso corporais 
 característica da bulimia nervosa. Se os 
 critérios de ambos os transtornos fo- rem 
 satisfeitos, ambos os diagnósticos devem ser 
 dados.
 O comportamento de compulsão alimentar 
 está incluso no critério de comportamento 
 impulsivo que faz parte do transtorno da 
 personalidade borderline. Se os critérios para 
 transtorno da personalidade borderline e 
 bulimia nervosa forem satisfeitos, então 
 ambos os diagnósticos devem ser dados.
 Critérios Diagnósticos
 Episódios recorrentes de compulsão 
 alimentar. Um episódio de compulsão 
 alimentar é caracte-
 rizado pelos seguintes aspectos:
 1. Ingestão, em um período determinado (p. 
 ex., dentro de cada período de duas horas), 
 de uma quantidade de alimento 
 definitivamente maior do que a maioria das 
 pessoas consumiria no mesmo período sob 
 circunstâncias semelhantes.
 2. Sensação de falta de controle sobre a 
 ingestão durante o episódio (p. ex., 
 sentimento de não conseguir parar de comer 
 ou controlar o que e o quanto se está 
 ingerindo).
 B. Os episódios de compulsão alimentar 
 estão associados a três (ou mais) dos 
 seguintes aspectos:
 1. Comer mais rapidamente do que o normal.
 2. Comer até se sentir desconfortavelmente 
 cheio.
 3. Comer grandes quantidades de alimento 
 na ausência da sensação física de fome.
 4. Comer sozinho por vergonha do quanto se 
 está comendo.
 5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, 
 deprimido ou muito culpado em seguida.
 C. Sofrimento marcante em virtude da 
 compulsão alimentar.
 D. Os episódios de compulsão alimentar 
 ocorrem, em média, ao menos uma vez por 
 semana durante três meses.
 A compulsão alimentar não está associada 
 ao uso recorrente de comportamento 
 compensatório
 inapropriado como na bulimia nervosa e não 
 ocorre exclusivamente durante o curso de 
 bulimia nervosa ou anorexia nervosa.
 Especificar se:
 Em remissão parcial: Depois de terem sido 
 previamente satisfeitos os critérios plenos do 
 trans- torno de compulsão alimentar, a 
 hiperfagia ocorre a uma frequência média 
 inferior a um episódio por semana por um 
 período de tempo sustentado.
 Em remissão completa: Depois de terem sido 
 previamente satisfeitos os critérios plenos do 
 transtorno de compulsão alimentar, nenhum 
 dos critérios é mais satisfeito por um período 
 de tempo sustentado.
 Especificar a gravidade atual:
 Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar 
 por semana.
 Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão 
 alimentar por semana. 
 Grave: 8 a 13 episódios de compulsão 
 alimentar por semana. 
 Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão 
 alimentar por semana.
 Fatores de Risco e Prognóstico Genéticos e fisiológicos
 O transtorno de compulsão alimentar parece 
 comum em famílias, o
 que pode refletir influências genéticas 
 adicionais.
 Diagnóstico Diferencial
 Bulimia nervosa
 O transtorno de compulsão alimentar tem em 
 comum com a bulimia nervo- sa o comer 
 compulsivo recorrente, porém difere desta 
 última em alguns aspectos fundamentais.
 Em termos de apresentação clínica, o 
 comportamento compensatório inapropriado 
 recorrente (p. ex., purgação, exercício 
 excessivo) visto na bulimia nervosaestá 
 ausente no transtorno de com- pulsão 
 alimentar.
 Diferentemente de indivíduos com bulimia 
 nervosa, aqueles com transtorno de 
 compulsão alimentar não costumam exibir 
 restrição dietética marcante ou mantida 
 voltada para influenciar o peso e a forma 
 corporais entre os episódios de comer 
 compulsivo
 Obesidade
 O transtorno de compulsão alimentar está 
 associado a sobrepeso e obesidade, mas 
 apresenta diversos aspectos-chave distintos 
 da obesidade. Primeiro, os níveis de 
 valorização ex- cessiva do peso e da forma 
 corporais são maiores em indivíduos obesos 
 com o transtorno do que entre aqueles sem 
 o transtorno
 Em segundo lugar, as taxas de comorbidade 
 psiquiátrica são significativamente maiores 
 entre indivíduos obesos com o transtorno 
 comparados aos que não o têm. Em terceiro 
 lugar, o sucesso prolongado de tratamentos 
 psicológicos baseados em evidência para o 
 transtorno de compulsão alimentar podem 
 ser contrastados com a ausência de 
 tratamen- tos eficazes a longo prazo para 
 obesidade.
 
 Transtornos bipolar e depressivo
 Aumentos no apetite e ganho de peso estão 
 inclusos nos critérios para episódio 
 depressivo maior e nos especificadores de 
 aspectos atípicos para trans- tornos 
 depressivo e bipolar.
 O aumento da ingesta no contexto de um 
 episódio depressivo maior pode ou não estar 
 associado a perda de controle
 Se todos os critérios para ambos os transtor- 
 nos forem satisfeitos, ambos os diagnósticos 
 podem ser dados
 Compulsão alimentar e outros sintomas da 
 ingestão desordenada são vistos em 
 associação com transtorno bipolar
 Transtorno da personalidade borderline
 A compulsão alimentar está inclusa no 
 critério de comportamento impulsivo que faz 
 parte da definição do transtorno da 
 personalidade borderline. Se todos os 
 critérios de ambos os transtornos forem 
 preenchidos, então os dois diagnósticos de- 
 vem ser dados.
 Características Associadas que Apoiam o 
 Diagnóstico
 O transtorno de compulsão alimentar ocorre 
 em indivíduos de peso normal ou com 
 sobrepeso e obesos. 
 A maioria dos indivíduos obesos não se 
 envolve em compulsão alimentar recorrente
 Além disso, comparados a indivíduos obesos 
 de peso equivalente sem transtorno de 
 compulsão alimentar, aqueles com o 
 transtorno consomem mais calorias em 
 estudos laboratoriais do comportamento 
 alimentar e têm mais prejuízo fun- cional, 
 qualidade de vida inferior, mais sofrimento 
 subjetivo e maior comorbidade psiquiátrica.
 Consequências Funcionais do Transtorno de 
 Compulsão
 Alimentar
 O transtorno de compulsão alimentar está 
 associado a uma gama de consequências 
 funcionais, incluindo problemas no 
 desempenho de papéis sociais, prejuízo da 
 qualidade de vida e satisfa- ção com a vida 
 relacionada à saúde, maior morbidade e 
 mortalidade médicas e maior utilização 
 associada a serviços de saúde em 
 comparação a controles pareados por índice 
 de massa corporal. O transtorno pode estar 
 associado também a um risco maior de 
 ganho de peso e desenvolvimen- to de 
 obesidade.
Thabyssa Canelas
Thalyna Canelas
tratamento→ medicamento pl TDAH
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Thabyssa Canetas
Pacientes em tratamento de
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efeitos colaterais_TAG , estão mais suscetíveis
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