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Prática Penal - Modelo Recurso de Apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE XXXX. 
 
 
 
PROCESSO Nº: XXX 
 
 
 
TÍCIO, já qualificado nos autos da ação em epígrafe, por seu advogado 
signatário, vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, não se conformando com a 
sentença do juízo a quo, que condenou o réu a oito anos e seis meses de reclusão interpor 
 
RECURSO DE APELAÇÃO, 
 
o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, I do Código de 
Processo Penal. Requer, assim, que após recebida, com as razões anexas, ouvida a parte 
contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do XXX, 
onde deverá ser processado o presente recurso e, ao final, provido. 
 
Nestes termos, Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado(a) 
OAB/XX nº XXXX 
RAZÕES RECURSAIS 
APELANTE: TÍCIO 
APELADO: JUSTIÇA PÚBLICA 
PROCESSO: XXXX 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA 
DOUTA PROCURADORIA DO ESTADO 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do meritíssimo juízo a quo, impõe-
se a reforma da respeitável sentença proferida em desfavor do apelante, pelas razões de fatos e 
direitos a seguir expostas: 
 
I. DOS FATOS 
 
Tício foi denunciado e processado, na 1ª Vara Criminal da Comarca do 
Município X, pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo. 
Ainda durante a fase de inquérito policial, Tício foi reconhecido pela vítima. Tal 
reconhecimento se deu quando a referida vítima olhou através de pequeno orifício da porta de 
uma sala onde se encontrava apenas o réu. Já em sede de instrução criminal, nem vítima nem 
testemunhas a firmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no 
sentido de assegurar que o assaltante portava uma. 
Não houve perícia, pois os policiais que prenderam o réu em flagrante não 
lograram êxito em apreender a arma. Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem 
gritos de "pega ladrão!", viram o réu correndo e foram em seu encalço. Afirmaram que, durante 
a perseguição, os passantes apontavam para o réu, bem como que este jogou um objeto no 
córrego que passava próximo ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada. 
O réu, em seu interrogatório, exerceu o direito ao silêncio. Ao cabo da 
instrução criminal, Tício foi condenado a oito anos e seis meses de reclusão, por roubo com 
emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para cumprimento de 
pena. 
O magistrado, para fins de condenação e fixação da pena, levou em conta os 
depoimentos testemunhais colhidos em juízo e o reconhecimento feito pela vítima em sede 
policial, bem como o fato de o réu ser reincidente e portador de maus antecedentes, 
circunstâncias comprovadas no curso do processo. 
 
II. DOS DIREITOS 
 
Trata-se de inconformidade quanto a condenação do apelante em oito anos e 
seis meses, pela prática do crime de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, previsto 
no artigo 158, §1º do CP. 
A esse respeito, como podemos notar no art. 158 do CPP, é imprescindível 
que seja feito exame de corpo de delito no objeto do crime, pois deixou vestígios, mas de acordo 
com a narração dos próprios policiais, a arma usada para prática da conduta não foi localizada. 
A arma é um meio de prova que justifica a qualificadora empregada ao delito 
e sem ela está ausente a potencialidade lesiva do ocorrido, de modo que, deverá ser afastada tal 
agravante. 
Ademais, foi feito reconhecimento do acusado, quando a vítima o viu pelo 
orifício da porta da sala onde ele estava sozinho. 
Mas, ainda nesse sentido, de acordo com o art. 226, inciso II do CPP, o 
reconhecimento deve ser feito colocando o acusado juntamente com outras pessoas semelhantes 
a ele, na mesma sala para que a vítima aponte ao réu. Não foi o que ocorreu nesse caso. 
A prova a respeito do reconhecimento do acusado foi feito de forma irregular, 
de maneira que deverá ocorrer a nulidade desta. 
Ante todo o exposto, podemos ver claramente que as provas apresentadas não 
merecem prosperar por serem inadequadas e irregulares, contrariando dispositivos legais, de 
forma que, por inexistirem provas suficientes, deve ser o réu absolvido sumariamente com 
previsão no art. 386, incisos V e VII, do CPP. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, requer o apelante que seja o presente recurso 
recebido e a sentença seja reformada, absolvendo o réu sumariamente por insuficiência de 
provas, já que as que foram apresentadas se mantém irregulares a previsão legal, com fulcro no 
art. 386, incisos V e VII, do CPP. 
 
Não entendendo Vossa Excelência pela absolvição do acusado, que seja 
afastada a agravante da arma de fogo por não ter sido esta encontrada e não haver prova de sua 
existência. Requer, desta forma, que seja a pena reduzida diante de todo alegado e o acusado 
possa ingressar no regime semiaberto e não no fechado como medida de justiça. 
 
 
Nestes termos, Pede deferimento 
 
Local e data. 
 
 
Advogado(a) 
OAB/UF nº XXX.XXX

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