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Profa. Dra. Katia Brandina
UNIDADE I
Biomecânica Aplicada
ao Esporte
Definição da Biomecânica Aplicada ao Esporte.
 Análise biomecânica do movimento: Cinemetria, Cinética e Eletromiografia.
 Análise das forças e da técnica do movimento.
 Tornar o movimento mais eficiente com o treino.
Objetivos da disciplina: 
 Entender as características das diferentes modalidades esportivas 
e de treinamento;
 Aprender a controlar a sobrecarga para diminuir a incidência 
de lesões;
 Saber quais aspectos precisam ser treinados nas modalidades 
para melhorar o rendimento.
Apresentação da disciplina
Ao final do estudo desta disciplina, o aluno deve ser capaz de:
 Analisar e manipular as forças presentes no movimento humano;
 Manipular as forças produzidas no movimento humano para prevenir o surgimento de lesões 
e melhorar a eficiência do movimento;
 Adequar os exercícios e o treinamento para evitar o surgimento de lesões.
Apresentação da disciplina
Objetivo: 
 Capacitar os músculos que 
atuam no movimento para 
produzir o tipo e a quantidade de 
força adequada no gesto motor. 
Treinamento de força
Fonte: adaptado de: Maestroni et al., 2020.
Doenças 
metabólicas
Doenças 
cardiovascularesCâncer
Depressão
Tendão
Cartilagem
Músculo
TREINO 
DE 
FORÇA
Demência
Sono
Osso
Princípios:
 Especificidade;
 Tipo de movimento e dinâmica do movimento.
Sobrecarga
 Carga maior em quantidade, volume e velocidade.
 Reversibilidade.
 Treino contínuo para manutenção dos ganhos.
Treinamento de força
Fonte: adaptado de: Russi et al. Software de Anatomia 3d, versão 3.1.23.
 Componente contrátil: força contrátil (conexão actina e miosina).
 Componente elástico: resistência à tração e força elástica.
Característica estrutural do músculo
Fonte: Adaptado de: Nordin e Frankel, 2014.
Componente elástico em paralelo 
(Epimísio, perimísio e endomísio)
Componente contrátil
(actina e miosina)
Componente elástico 
em série (tendão)
 Ação do componente contrátil:
Fonte: Nordin e Frankel, 2014.
Fatores que interferem na produção de força muscular
 Ciclo alongamento-encurtamento.
Fonte: Adaptado de: Nordin e Frankel, 2014.
P
ro
d
u
ç
ã
o
 d
e
 f
o
rç
a
Comprimento muscular
Fatores que interferem na produção de força muscular
CC+CE
CECC
Conceito de torque
 Força de rotação.
 Os movimentos articulares são feitos por meio de forças de rotação.
 Fórmula:
 T = F x d
Em que: 
 T = torque
 F = força
 d = braço de alavanca
Fatores que interferem na produção de força muscular
Fonte: Canva Pty. Ltd, 2022
 Conceito de torque: exemplo no movimento.
Pi = Forma peso do implemento
Fonte: adaptado de: Lima e Pinto, 2006, p. 68.
Pi
BARPi
No treinamento de força, tanto os princípios do treino quanto os fatores que interferem na 
produção de força são importantes para elaborá-lo. A aplicação correta deles é de fundamental 
importância para alcançar o objetivo do treino. Sabendo disso, responda: quais são esses 
princípios e fatores e como eles afetam a aquisição e produção de força muscular?
Interatividade
 Princípio da especificidade: tipo e dinâmica do movimento. 
 Princípio da sobrecarga: intensidade da carga, número de repetições e velocidade do 
movimento; reversibilidade e treinos constantes. 
 Fatores biomecânicos.
 Comprimento do músculo.
 Uso do Ciclo Alongamento-encurtamento.
 Torque.
 Importante lembrar que tudo isso influencia no objetivo do treino!
Resposta
Tipos de alavancas
Fonte: Hall, 2013, p. 354.
Fonte: adaptado de: Lima e Pinto, 2006, p. 68.
Alavanca de primeira classe ou interfixa
Uso na prática:
 Exercícios nos quais a coluna vertebral estabiliza o movimento.
 Articulação principal de poucos exercícios.
Importante:
 Braço de alavanca resistente para coluna grande:
 Aumenta a ativação dos músculos da coluna.
 Estressa o disco intervertebral.
 Aumenta o risco de lesão.
Alavanca de primeira classe ou interfixa
Fonte: adaptado de: Russi et al. Software de Anatomia 3d, versão 3.1.23.
Fonte: adaptado de: Lima e Pinto, 2006, p. 134.
Alavanca de segunda classe ou inter-resistente
Uso na prática:
 Não é comum no corpo humano.
 Não é eficiente para desenvolver força.
 Braço de alavanca potente maior do que resistente.
 Mudança na fabricação de máquinas para uso de
outra alavanca.
 Treino de “panturrilha” sentado.
Alavanca de segunda classe ou inter-resistente
Fonte: Canva Pty. Ltd, 2022.
Alavanca de terceira classe ou interpotente
Fonte: adaptado de: Lima e Pinto, 2006, p. 68.
Uso na prática:
 Exercícios que exigem muita ação do músculo, que produz o torque.
 Tipo de alavanca mais usado nos exercícios de treino de força.
Alavanca de terceira classe ou interpotente
O conceito de torque é de extrema importância para controlar a intensidade dos exercícios em 
ambiente de academia. Explique quais variáveis são possíveis de serem manipuladas para 
alterar a intensidade dos exercícios para mais e menos intenso, usando somente o conceito de 
torque.
Interatividade
Fatores a serem manipulados no torque:
 A intensidade do peso do implemento e dos pesos dos segmentos envolvidos no exercício;
 as distâncias entre as forças pesos e o eixo articular (BAR).
Torque mais intenso: 
 > peso do implemento, mais segmentos para serem erguidos pelos músculos,
 > BAR.
Torque menos intenso: 
 < peso do implemento, menos segmentos para serem 
erguidos pelos músculos, 
 < BAR.
Resposta
 Fly ou supino com halter.
Uso de alavancas nos exercícios de membros superiores
Fonte: adaptado de: Delavier, 2006, p. 50.
 Elevação frontal.
Uso de alavancas nos exercícios de membros superiores
Fonte: adaptado de: Delavier, 2006, p. 31.
 Manipulação de empunhaduras no supino horizontal.
Uso de alavancas nos exercícios de membros superiores
Fonte: adaptado de: Delavier, 2006, p. 42.
 Exercício para bíceps braquial na polia.
Uso de alavancas nos exercícios de membros superiores
Fonte: adaptado de: Delavier, 2006, p. 6.
 Extensão de quadril (glúteo).
Uso de alavancas nos exercícios de membros inferiores
Fonte: adaptado de: Delavier, 2006, p. 101.
 Diferentes formas de executar o agachamento.
Uso de alavancas nos exercícios de membros inferiores
Fonte: adaptado de: Yavuz e Erdag, 2017, p. 7.
As alavancas interpotentes são as mais observadas nos exercícios de academia. 
a) Como devemos explorar este tipo de alavanca dos movimentos monoarticulares e nos 
multiarticulares?
b) Qual é a principal diferença entre essa alavanca e as alavancas inter-resistente e interfixa?
Interatividade
a) No movimento monoarticular é possível definir o torque 
resistente somente em torno da articulação principal do 
movimento. Nos multiarticulares cada eixo articular 
envolvido no movimento tem seu torque resistente 
analisado pelo peso implemento e, principalmente, pelo 
tamanho do BAR; assim, será possível entender quais 
músculos são os mais solicitados no movimento.
b) A ordem entre o eixo articular, a força potente e a força 
resistente. Isso influencia no tamanho do BAR e BAP, 
facilitando ou dificultando a produção de força muscular.
Resposta
Fonte: Hall, 2013, p. 354.
 É a área de investigação da Biomecânica que permite registrar a participação dos músculos 
em determinado movimento. 
 Eletrodo e eletromiógrafo.
Eletromiografia
Fonte: Marchetti e Duarte, 2006. 
 Tipos de sinais e sua relação com o ruído.
Eletromiografia
Bruto – muito ruído
Retificado
Envoltório linear –
pouco ruído
Fonte: Adaptado de: Marchetti e Duarte, 2006. 
SINAL EMG (BRUTO)
SINAL EMG (RETIFICADO “FULL WAVE”)
SINAL EMG (ENVOLTORIO LINEAR
A
M
P
L
IT
U
D
E
 (
m
V
)
1000
500
0
-500
-1000
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
A
M
P
L
IT
U
D
E
 (
m
V
)
1000
800
600
400
200
0
0 0.5 1 1.52 2.5 3
A
M
P
L
IT
U
D
E
 (
m
V
)
1000
800
600
400
200
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
TEMPO (s)
Normalização do sinal eletromiográfico:
 Permite comparar diferentes sujeitos. 
Formas de normalização:
 Exercícios de academia (mais comuns): sinal normalizado pela contração voluntária máxima 
(%CVM).
 Movimentos cíclicos: sinal normalizado pelo tempo do ciclo do movimento (0 a 100% 
do ciclo).
Eletromiografia
 Atividade dos músculos peitoral maior (PM), deltoide anterior (DA) e a cabeça longa do 
tríceps braquial (TB) em contração concêntrica (Asc) no movimento de supino horizontal.
Atividade eletromiográfica dos músculos em exercícios de academia
Fonte: Adaptado de: Brennecke, 2007.
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
R
M
S
 (
%
 C
IV
M
)
PM_Asc DA_Asc TB_Asc
 Atividade dos músculos peitoral maior (PM), deltoide anterior (DA) e a cabeça longa do 
tríceps braquial (TB) em contração concêntrica (Asc) no exercício crucifixo.
Atividade eletromiográfica dos músculos em exercícios de academia
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
R
M
S
 (
%
 C
IV
M
)
PM_Asc DA_Asc TB_Asc
Fonte: Adaptado de: Brennecke, 2007.
Resultados de Brennecke (2007): 
 Os músculos peitoral maior, deltoide e tríceps braquial participam dos movimentos de supino 
horizontal e crucifixo.
 Intensidade de ativação distinta.
 Mais do que 50% CVM.
 Uso da informação no treino: seleção de exercícios.
Atividade eletromiográfica dos músculos em exercícios de academia
Músculo
%CVM 
supino
%CVM crucifixo
Peitoral maior 75 55
Deltoide 70 70
Tríceps braquial 55 30
Fonte: Autoria própria.
 Atividade dos músculos bíceps femoral e semitendíneo em contração concêntrica (c) e 
excêntrica (e) nos exercícios mesa flexora (MF), stiff (S) e agachamento (A).
Atividade eletromiográfica dos músculos em exercícios de academia
Fonte: Wright, Delong e Gehlsen, 1999.
 Tema: Aplicação do conceito de torque em movimento de academia.
Convite para o “chat”
Fonte: Canva Pty. Ltd, 2022.
ATÉ A PRÓXIMA!

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