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BIOMECÂNICA DA ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE BIOMECÂNICA E TREINAMENTO FUNCIONAL Bruna Massaroto Barros Doutoranda em Ciências da Reabilitação (Uninove, São Paulo, 2019) Mestre em Ciências da Reabilitação (Uninove, São Paulo, 2018) Qualificada em Treinamento Físico Funcional (BPro, São Paulo, 2018) Qualificada em Liberação Miofacial Instrumental e Ventosas (Cefisa, São Paulo, 2018) Especialista em Treinamento Funcional (Estácio de Sá, 2017) Qualificada em Strength and Power Training for Sports: força funcional e velocidade (Porto/Portugal, 2017) Qualificada em Functional Movement Screen (FMS) – L1/L2 (São Paulo, 2017) Qualificada em Técnicas em Terapias Manuais (UniSant’Anna, São Paulo, 2012) Bacharel em Fisioterapia (UniSant’Anna, São Paulo, 2012) Conceito Prática BIOMECÂNICA “Primeiro movimente-se bem, depois movimente-se com frequência’’ Gray Cook BIOMECÂNICA Conceito A biomecânica é um conjunto de considerações que abrange os seguintes campos: anatomia, fisiologia articular, fisiologia muscular, mecânica e cinesiologia. (NORDIN; FRANKEL, 2001) A biomecânica, ramo da biologia que aplica as leis e os princípios mecânicos ao ser humano, agrupa vários aspectos: a mecânica dos ossos e dos músculos, a mecânica dos líquidos (sangue, linfa, líquido cerebrospinal etc.) e a dos gases (mecânica ventilatória). (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Cinesiologia Cinesiologia é a ciência que estuda o movimento humano. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Os movimentos do corpo humano são realizados por meio das articulações. Entende-se por articulação a aproximação de duas ou mais estruturas ósseas. Existem várias articulações no corpo humano que possibilitam que o corpo se movimente com sincronia. (LIPPERT, 2010) (LIPPERT, 2010) Movimentos puros são aqueles que dependem de um único movimento e articulação. São eles: flexão, extensão, abdução, adução e rotação (direita e esquerda/medial e lateral). Também existem movimentos puros com nomenclaturas diferenciadas: inclinação (direita e esquerda); pronação e supinação; dorsiflexão e flexão plantar; desvio radial e desvio ulnar. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Movimentos combinados são aqueles que exigem duas ou mais articulações e dois ou mais movimentos. São eles: circundução, adução e abdução horizontal; flexão e extensão horizontal; inversão e eversão. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Flexão: aproximação de duas ou mais estruturas ósseas, ou seja, diminuição do ângulo articular. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Extensão: é o distanciamento de duas ou mais estruturas ósseas, ou seja, o aumento do ângulo articular. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Abdução: é o distanciamento dos membros superiores (MMSS) e dos membros inferiores (MMII) em relação à linha mediana do corpo. Adução: é a aproximação dos MMSS e dos MMII em relação à linha mediana do corpo. (LIPPERT, 2010) Rotação (direita e esquerda): é o giro em torno do seu próprio eixo (linha mediana), e pode ser para a direita ou para a esquerda do corpo. Rotações lateral e medial: acontecem somente na articulação do ombro e do quadril. Ocorrem quando o ombro ou o quadril gira para a parte interna do corpo (rotação medial) ou quando o giro acontece para fora do corpo (rotação lateral). (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) Inclinação: é produzida apenas pela coluna vertebral. Quando acontece uma inclinação lateral, ela pode ser para o lado direito ou para o esquerdo. (LIPPERT, 2010) Dorsiflexão: ocorre quando o dorso do pé produz uma flexão. Flexão plantar: ocorre quando a planta do pé produz uma flexão. Supinação: ocorre quando o osso radio sobrepõe-se à ulna. Pronação: quando a ulna retorna à posição anatômica. Desvio radial: é a inclinação produzida pela mão para o lado do osso radio. Desvio ulnar: é a inclinação produzida pela mão para o lado do osso ulna. (LIPPERT, 2010) Estudo de caso Sugestões de leitura 1. Padrão de movimento ARTICULAÇÕES Conceito Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. (DANTAS, 2003) Principais articulações utilizadas no treinamento funcional: pescoço, tronco, quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo, antebraço e punho. (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) A articulação do pescoço, também conhecida como atlanto-occipital, é formada pelo encontro da vértebra atlas com o osso occipital do crânio. Essa articulação promove seis movimentos puros e um movimento combinado. (DANTAS, 2003) • Movimentos puros: flexão, extensão, inclinações (direita e esquerda) e rotações (direita e esquerda). • Movimento combinado: chamamos de circundução (somatória de movimentos de flexão, inclinação e extensão). (LIPPERT, 2010) A articulação do tronco é formada por vértebras torácicas (de T1 a T12), lombares (de L1 a L5), sacrais (de S1 a S5) e coccígenas (C1 e C4). (KAPANDJI, 1986; FICAT, 1990) O movimento acontece apenas nas vértebras torácicas e lombares (elas realizam seis movimentos puros e um combinado), pois essas vértebras possuem entre si discos intervertebrais que possibilitam a produção do movimento. As sacrococcígenas não produzem movimentos puros, uma vez que são vértebras fundidas. Embora elas não produzam movimentos puros, acompanham movimentos realizados pelas vértebras lombares: de flexão, extensão, inclinação (direita e esquerda) e rotação (direita e esquerda). (DANTAS, 2003) A articulação do quadril é formada pelo encontro da cabeça do fêmur com a cavidade acetabular, localizada no osso pelve. Essa articulação realiza seis movimentos puros e três movimentos combinados. (LIPPERT, 2010) • Movimentos puros: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. • Movimentos combinados: adução (somatória de flexão com adução), abdução horizontal (somatória de flexão e abdução) e circundução (somatória de flexão, abdução, adução e extensão). (MONTEIRO, 2002) A articulação do joelho é formada por três ossos: fêmur, tíbia e patela. Essa articulação realiza apenas dois movimentos articulares puros: a flexão e a extensão. (O'CONNOR, 2002) A articulação do tornozelo é formada pelos ossos tíbia, fíbula e tálus. Esta articulação realiza dois movimentos articulares puros e três movimentos combinados. (LIPPERT, 2010) • Movimentos puros: dorsiflexão e flexão plantar. • Movimentos combinados: inversão (somatória da flexão plantar realizada pela articulação do tornozelo e da adução realizada pelo pé), eversão (somatória da dorsiflexão realizada pela articulação do tornozelo e da abdução realizada pelo pé) e circundução (somatória dos movimentos de dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão). (LIPPERT, 2010) A articulação do ombro, também conhecida como glenoumeral, é formada pelo encontro da cabeça do úmero com a cavidade glenoide. Esta articulação produz seis movimentos puros e três movimentos combinados. (MONTEIRO, 2002) • Movimentos puros: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. • Movimentos combinados: flexão (somatória de flexão e adução), extensão horizontal (somatória de flexão e abdução) e circundução (somatória de flexão, abdução, adução e extensão). (O'CONNOR, 2002) A articulação do cotovelo é formada pelo úmero, pelo radio e pela ulna. Ela produz apenas dois movimentos puros: flexão e extensão. (LIPPERT, 2010) A articulação do antebraço é formada pelo radio e pela ulna, que produzem somente dois movimentos puros: supinação e pronação. (DANTAS, 2003) A articulação do punho é formada pelo radio, pela ulna e pelos ossos das mãos. Essa articulação produz quatro movimentos puros e um combinado. • Movimentos puros: flexão, extensão, desvio radial e desvio ulnar. • Movimento combinado: circundução (somatória de extensão, desvio ulnar, flexão e desvio radial). (DANTAS, 2003) Sugestões de leitura AÇÕES MUSCULARES Tipos de ações musculares:dinâmica e estática. (MONTEIRO, 2002) A ação dinâmica ocorre quando existe a contração do músculo, o que acarreta a produção de movimento. (MONTEIRO, 2002) Biomecânica A estática ocorre quando, embora exista a contração do músculo, não há produção de movimento. (DANTAS, 2003) Para cada tipo de ação muscular, existem fases de ação muscular: isotônica (concêntrica e excêntrica) e isométrica. (O'CONNOR, 2002) A fase de ação muscular dinâmica é a isotônica, que se divide em dois momentos: concêntrico e excêntrico. (RAMOS, 2006) • Concêntrico: quando a força muscular vence a ação da gravidade. • Excêntrico: quando a força muscular perde para a ação da gravidade. (O'CONNOR, 2002) A fase de ação muscular estática é a isométrica, quando a força da gravidade é igual à força da ação muscular. (O'CONNOR, 2002) Para cada movimento articular, existe um grupo muscular que realiza a ação. (DANTAS, 2003) Biomecânica (WILLSON et al., 2005) SISTEMA NEUROMUSCULAR O sistema nervoso periférico (SNP) é constituído por: • nervos; • gânglios nervosos; • terminações nervosas (receptores para dor, tato, frio, pressão, calor, paladar etc.). (MONTEIRO, 2002) Adaptado de (SOBOTTA, 2005) Teste de arco-reflexo Nervos são fios finos formados por vários axônios de neurônios envolvidos por tecido conjuntivo. Eles transmitem mensagens de várias partes do corpo para o sistema nervoso central ou deste para as regiões corporais. (DANTAS, 2003) Tipos de neurônios ▪ Sensitivos ou aferentes (contêm apenas neurônios sensitivos). ▪ Motores ou eferentes (contêm apenas neurônios motores). ▪ Mistos (contêm neurônios sensitivos e motores). (RAMOS, 2006) Quanto à posição anatômica, eles podem ser: ▪ cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares; ▪ raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares. (DANTAS, 2003) Sistema nervoso central (SNC) Sistema nervoso voluntário (somático) Responsável pelas ações conscientes: andar, falar, pensar, movimentar um braço etc. Sistema nervoso autônomo (visceral) Responsável pelas ações inconscientes: controle da digestão, batimentos cardíacos, movimento das vísceras etc. Adaptado de (BARROS, 2019) Estudo de caso Sugestões de leitura 2. Avaliação postural PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO Conceito Descrições anatômicas, tanto do corpo humano quanto dos órgãos. (KENDALL; McCREARY,1987) DIVISÃO DO CORPO HUMANO Classicamente, o corpo humano é dividido em: cabeça, pescoço, tronco e membros. Cabeça: crânio e face. Pescoço: pescoço. Tronco: tórax, abdome e pelve. Membros: - superiores: ombros, braços, antebraços e mãos; - inferiores: quadril, coxas, pernas e pés. (MOORE, 2001) POSIÇÃO ANATÔMICA A posição anatômica é uma posição de referência que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição das partes e regiões do corpo. As discussões a respeito do corpo, do modo como ele se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está em uma posição específica chamada posição anatômica. (KENDALL; McCREARY,1987) Biomecânica Posição SUPINA e posição PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima. POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo. (MOORE, 2001) Biomecânica DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo. POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. (TORTORA, 2002) PLANOS ANATÔMICOS Planos seccionais: quatro planos são fundamentais: plano mediano, planos sagitais, planos frontais e planos tangenciais. (MOORE, 2001) Plano mediano: plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. O termo parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas, é desnecessário, porque qualquer plano paralelo ao plano mediano é sagital por definição. Um plano próximo ao mediano é um plano paramediano. (KENDALL; McCREARY,1987) Planos sagitais: são planos verticais que passam através do corpo paralelamente ao plano mediano. (MOORE, 2001) Planos frontais (coronais): são planos verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás). (TORTORA, 2002) Planos tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais, a saber: (TORTORA, 2002) Plano superior: a parede que está acima da cabeça. Plano inferior: é o que se situa por baixo dos pés. Plano anterior: é o plano que passa pela frente do corpo. Plano posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja, atrás das costas. Planos laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores) dos lados direito e esquerdo. (KENDALL; McCREARY,1987) Estudo de caso Sugestões de leitura ALAVANCAS Conceito Dá-se o nome de alavanca a um sistema composto por um corpo que tem um ponto de fixação ou eixo em que, no corpo, atua uma força a uma certa distância do eixo. O movimento humano é gerado pela produção de força por músculos que se inserem em ossos articulados por juntas, constituindo alavancas, as quais produzem momentos de força. Os músculos, ossos e juntas formam alavancas no corpo semelhantes às mecânicas. Em cada movimento, quando um músculo se contrai, o outro se distende. (TORTORA, 2002) Componentes de uma alavanca Força de resistência Força de esforço Haste rígida Eixo (KENDALL; McCREARY,1987) Adaptado de (KENDALL; McCREARY,1987) Componentes de uma alavanca Braço de esforço: distância perpendicular a partir da linha de ação da força de esforço até o eixo. Braço de resistência: distância perpendicular a partir da linha de ação da força de resistência até o eixo. (KENDALL; McCREARY,1987) CÁLCULO DA VANTAGEM MECÂNICA Vantagem mecânica (VM): relação entre o braço de esforço e o braço de resistência. Adaptado de (TORTORA, 2002) Eficiência mecânica de uma alavanca: Adaptado de (MOORE, 2001) Alavancas de primeira classe – interfixas São alavancas em que a força de esforço e a força de resistência agem em lados opostos ao eixo. A ação simultânea de AGONISTAS e ANTAGONISTAS, agindo em lados opostos de uma articulação, cria uma alavanca de primeira classe. Adaptado de (MOORE, 2001) Mais rara no corpo humano, a ação de elevar-se sobre o antepé cria uma alavanca de segunda classe. Nesse tipo de alavanca, BR < BE e, portanto, a VM > 1. Alavancas de segunda classe – inter-resistentes São alavancas em que a força de esforço e a força de resistência agem no mesmo lado do eixo. Adaptado de (MOORE, 2001) Alavancas de terceira classe – interpotentes São alavancas em que a força de esforço age entre o eixo e a força de resistência. Tipo de alavanca mais comum no corpo humano. Nesse tipo de alavanca, BE < BR e, portanto, a VM < 1. Adaptado de (MOORE, 2001) Sugestões de leitura TREINAMENTO FUNCIONAL Conceito Treinamento cuja execução procura atender, antes de tudo, a um fim prático. (CAMPOS; NETO, 2004) Treinar áreas envolvidas para trabalhar da mesma maneira como serão utilizadas na atividade. (CAMPOS; NETO, 2004) Para que um indivíduo possua total autonomia de movimentos, ele deve ter amplitude de movimento, mobilidade articular, força e resistência muscular, bem como a habilidade de coordenar o movimento, alinhar o corpo e reagir quando o peso ou parte do corpo se desloca em uma variedade de planos. (D'ELIA, 2005) O treinamento funcional se baseiaem sete movimentos considerados primários para a sobrevivência humana e para a performance esportiva: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, girar e levantar. (CAMPOS; NETO, 2004) Treinar movimentos em vez de músculos isolados (D'ELIA, 2005) Especificidades • Movimento • Velocidade • Amplitude • Posição corporal • Via energética (CAMPOS; NETO, 2004) Características • Multiplanares • Multiarticulares • Multissensoriais • Coordenação • Core • Propriocepção • Amplitude de movimento (CAMPOS; NETO, 2004) Adaptado de (D'ELIA, 2005) JOINT BY JOINT JOINT BY JOINT Nosso corpo tem limites articulares classificados em móveis ou estáveis, o que significa que as articulações têm objetivos dinâmicos específicos. (BOYLE, 2015) Adaptado de (BOYLE, 2015) Alteração em cadeia Força Resistência cardiorrespiratória Equilíbrio Testes ortopédicos Padrão de movimento Avaliação postural Mobilidade Estabilidade Flexibilidade Estudo de caso Sugestões de leitura Treinamento funcional e seus objetivos Resgatar a capacidade funcional do indivíduo, por meio de um programa de treinamento individualizado e específico, independentemente de seu nível de condição física e das atividades que ele desenvolve. Utilizando exercícios que se relacionam com as atividade cotidianas do indivíduo, transferir seus ganhos de forma efetiva para o seu dia a dia é o objetivo do treinamento funcional. (D'ELIA, 2005) O treinamento funcional torna a performance, fator até então restrito somente aos atletas, acessível a qualquer pessoa, condicionando de forma plena todas as suas capacidades físicas (força, velocidade, equilíbrio, coordenação, flexibilidade e resistência). GODOI; BARELA, 2002 apud DUFOSSÉ; HUGON; MASSION, 1987) A transferência de treinamento significa que, quanto maior a especificidade e a semelhança do treino com a atividade, maior será a transferência dos ganhos do treino para essa mesma atividade. Para que os exercícios de força tenham uma transferência efetiva para a atividade, coordenação, amplitude, velocidade e tipo de contração do movimento devem ser similares à atividade. (CAMPOS; NETO, 2004) O treinamento funcional usa quantidades controladas de instabilidade para que o indivíduo aprenda a reagir para recuperar a estabilidade; a estabilização é outro objetivo bastante importante. Com isso, o treinamento funcional consegue estimular o sistema proprioceptivo e a capacidade de reação. A instabilidade também recruta os músculos estabilizadores da coluna vertebral e os estabilizadores e neutralizadores do joelho, tornozelo e quadril, principalmente, além dos estabilizadores da coluna, também conhecidos como core. (D'ELIA, 2005) Desenvolver os fundamentos de movimentos básicos Habilidades locomotoras – que movem o corpo de um lugar para o outro: andar, correr, pular (GODOI; BARELA, 2002 apud DUFOSSÉ; HUGON; MASSION, 1987) Habilidades de estabilidade ou não locomotoras – que envolvem pouco ou nenhum movimento da base de apoio: virar-se, torcer, balançar, equilibrar-se. (D'ELIA, 2005) Habilidades de manipulação: focam o controle de objetos usando basicamente as mãos e os pés; podem ser propulsoras, como arremessar e chutar, ou receptivas, como agarrar. (CAMPOS; NETO, 2004) Consciência de movimento: percebe e responde às informações sensoriais necessárias para executar uma tarefa. (GODOI; BARELA, 2002 apud DUFOSSÉ; HUGON; MASSION, 1987) Desenvolver a consciência corporal é fazer com que o indivíduo conheça as partes do próprio corpo e a capacidade de movimento dessas partes. O treinamento funcional desenvolve vários aspectos da consciência corporal. (D'ELIA, 2005) O desenvolvimento das habilidades biomotoras fundamentais – isto é, da força, do equilíbrio, da resistência, da coordenação, da flexibilidade e da velocidade – é imprescindível no treinamento funcional. Uma habilidade raramente domina um exercício; na maioria das vezes, o movimento é produto da combinação de duas ou mais habilidades. (CAMPOS; NETO, 2004) O aprimoramento da postura é fator determinante no equilíbrio e na qualidade do movimento, porque o treinamento funcional exercita tanto a postura estática (posição em que o movimento começa e termina) quanto a postura dinâmica (capacidade do corpo de manter o eixo de rotação durante todo o movimento). GODOI; BARELA, 2002 apud DUFOSSÉ; HUGON; MASSION, 1987) Sinergia muscular: ocorre quando vários músculos trabalham juntos para conseguir uma ação coordenada das articulações. Somente os exercícios que envolvem todo o corpo na sua execução – como os do treinamento funcional – trabalham a sinergia muscular, uma vez que eles requerem alguns músculos para controlar o movimento ao mesmo tempo em que outros exercem a força. (D'ELIA, 2005) Sugestões de leitura CORE TRAINING E ESTABILIZAÇÃO CENTRAL Controle neuromuscular O controles neuromusculares dependem da ação coordenada de respostas motoras conscientes e inconscientes, (feedback; feedforward). Na verdade, esses controles são ajustes posturais antecipatórios e respostas musculares reflexas. (WILLSON et al., 2005) Um estudo que utilizou eletromiografia para avaliar a atividade dos músculos abdominais e multífidos durante a movimentação dos membros inferiores concluiu que a atividade da musculatura do tronco ocorre antes do início da movimentação dos membros, independentemente da direção do movimento. (WILLSON et al., 2005) (WILLSON et al., 2005) (BOUISSET, 1991) Suporte postural Ajustes posturais ocorrem devido à ação dos músculos, que proporcionam estabilização segmentar para que ocorra um movimento mais harmonioso e sem desperdício de energia. (DEVLIN, 2000) Sistema de contração A estabilidade central possui forte relação com a prática de atividades esportivas e pode ser um fator de contribuição para o aparecimento de lesões. Podemos, então, definir que a musculatura profunda proporciona estabilidade como se fosse um colete, enquanto que a musculatura superficial é responsável pelo movimento. (DEVLIN, 2000) A estabilidade central, por meio da co-contração dessa musculatura, conecta a estabilidade das extremidades superior e inferior por meio do sistema fascial abdominal, ou seja, é o centro da cadeia cinética funcional. (AKUTHOTA; NADLER, 2004) A musculatura estabilizadora central é provida principalmente por fibras musculares do tipo II e existe a tendência de a atrofia muscular afetar principalmente esse tipo de fibra. Por isso, é provável que as lesões nas extremidades causem redução na capacidade muscular central. (WILLSON et al., 2005) Musculaturas estabilizadoras: são monoarticulares; possuem inserções segmentares; são profundas; mantêm a curvatura da coluna lombar em posição neutra; independem da carga e da direção do movimento; respondem com baixa intensidade. (WILLSON et al., 2005) Os músculos do sistema estabilizador central são ativados de 30 a 50 milissegundos antes do início do movimento e a coluna lombar transforma-se em um cilindro rígido. Essa ativação ocorre independentemente da vontade do indivíduo. (GARDNER-MORSE; STOKES, 1998; STOKES; GARDNER-MORSE, 2003) A carga axial aumenta a rigidez intervertebral, o que é ótimo para melhorar a estabilidade central; entretanto, o aumento da carga axial aumenta a estabilidade da coluna somente para o grau que aumentará a atividade muscular do tronco. (STOKES; GARDNER-MORSE, 2003) Os exercícios de estabilização central têm por objetivos melhorar o controle postural dinâmico, garantir controle muscular apropriado do complexo lombopélvico, promover estabilidade proximal para movimentos eficientes das extremidades, estabelecer programa de reabilitação abrangente e funcional, empenhando-se em melhorar todos os componentes necessários para possibilitar o retorno a atividades funcionais. (CLARK; CUMMINGS, 1992) Sugestões de leituraExercícios de estabilização central e core training Programa de estabilização central: é indicado para várias lesões, entre as quais podemos citar as lombalgias crônicas, as discopatias, as artroses, as alterações posturais importantes; preparação de atletas de alto nível; síndrome cruzada; processo traumático; e situação que levam ao desequilíbrio biomecânico da coluna lombar. Um atraso na resposta dos músculos do tronco para perturbação tem o potencial de provocar uma instabilidade central, o que aumenta o risco de lombalgia crônica, pois uma de suas causas é a instabilidade da coluna lombar. (O'SULLIVAN, 2000) A estabilização central serve para a manutenção da saúde da coluna lombar, e até a prevenção de lesões de ligamentos do joelho. Nem sempre a lesão dos membros inferiores pode ser associada à deficiência da musculatura responsável pela estabilidade central. (WILLSON et al., 2005) Um bom programa de estabilização objetiva isolar os músculos apropriados; depois, treinar a capacidade de manter a contração e de contrair automaticamente com outros sinergistas para apoiar e proteger a coluna. (O'SULLIVAN, 2000) Sistemático, progressivo e funcional (CLARK; CUMMINGS, 1992) Estágios Isolamento da contração até a incorporação da co-contração da unidade interna durante as atividades diárias. A progressão nos estágios depende da habilidade do paciente de reproduzir tranquilamente a ação da musculatura estabilizadora. (WILLSON et al., 2005) Primeiramente, deve-se aprender a manter a contração, para depois dissociar movimentos das extremidades. Os movimentos iniciados, geralmente, são em plano reto, progredindo para planos multidimensionais. Sugere-se iniciar nas posições de melhor estabilidade (prono, supino, quatro apoios), progredindo para posições mais funcionais, como sentado e em pé. (CLARK; CUMMINGS, 1992) Progressão: ela deve ser do simples para o complexo, do lento para o rápido, do estável para o instável, de pouca força para muita força, do geral para o específico, da execução correta para o aumento da intensidade. (CLARK; CUMMINGS, 1992) Equipamentos Maior diversidade Treinamento funcional Estágio I: recrutamento dos músculos transverso do abdome e oblíquos, glúteos e posteriores da coxa. Manutenção da pelve em posição neutra durante os exercícios. Contrações abdominais priorizando o transverso do abdome e oblíquos; contrações abdominais parciais com o indivíduo em decúbito dorsal recrutando o transverso do abdome, oblíquos, glúteos e músculos posteriores da coxa. Sugestões: Prancha frontal Prancha lateral Ponte Estágio II Corrigir desequilíbrios de força e resistência muscular Sugestões: Mosca morta Ponte unilateral Prancha alternada Super-homem Prancha Y Prancha W Estágio III Reeducação dos músculos estabilizadores Sugestões: Pranchas com elásticos Pranchas em suspensão Chops Lift Fazendeiro Lenhador Estágio IV Exercícios avançados de estabilização estática Sugestões: Super-homem com resistências Pranchas em movimento Combinações de pranchas com ativações de membros Estágio V Estágio máximo, com exercícios avançados de estabilização dinâmica Sugestões: Vela Canoa Prancha com remada Utilização de todo o repertório de ativações centrais em combinação com exercícios de força Sugestões de leitura Treinamento funcional resistido e seus componentes O mecanismo feedback é desencadeado quando ocorrem perturbações no equilíbrio decorrentes de forças externas inesperadas. (D'ELIA, 2005) Já o mecanismo feedforward, por sua vez, é desencadeado quando a perturbação é causada pelos movimentos do próprio indivíduo, iniciados antes da perturbação da postura e do equilíbrio. (GODOI; BARELA, 2002) A força é uma qualidade física imprescindível para a manutenção ou o aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano. É a base para que haja resistência muscular, velocidade, equilíbrio, coordenação e flexibilidade. (CAMPOS; NETO, 2004) O treinamento funcional considera seis tipos de força a serem desenvolvidos: força máxima, força rápida, resistência de força, força de estabilização, força funcional e força relativa. (D'ELIA, 2005) Resistência cardiovascular e muscular: as resistências cardiovascular e muscular são importantes no treinamento funcional porque diminuem ou retardam o aparecimento da fadiga, que debilita a propriocepção, e aumentam o rendimento dos sistemas aeróbio e anaeróbio, vitais para a manutenção ou a melhora da capacidade funcional. (D'ELIA, 2005) Velocidade A velocidade do movimento dependente de três fatores: amplitude de movimento, força do grupo muscular solicitado e eficiência do sistema neuromotor (fator básico). Cada um desses agentes, ao preponderar sobre os demais, fará com que essa qualidade física se expresse de uma maneira na prática esportiva. (DANTAS, 2003) O treinamento funcional trata a velocidade como uma habilidade motora que pode ser treinada por meio de uma abordagem sistemática de correção da mecânica do movimento e de uso de exercícios que transfiram, de forma ideal, a velocidade obtida para a atividade específica do indivíduo. (D'ELIA, 2005) Flexibilidade: é, definitivamente, uma característica morfofuncional das articulações e dos discos vertebrais. Quando dois ossos estão em contato, diversas estruturas permitem a movimentação entre eles com certa facilidade: estruturas como camadas de cartilagem hialina, cápsulas articulares contendo líquidos lubrificantes (sinoviais) e diferentes formas de ligamentos, que são constituídos por tecidos fribosos, impedindo que as articulações se separem. (CARVALHO.; BORGES, 2001 apud WATSON, 1986) Coordenação motora: o treinamento funcional contempla, de forma plena, a necessidade de desenvolvimento de todos os aspectos da coordenação, agregando esse componente em todos os seus exercícios, nos mais variados níveis de dificuldade. (D'ELIA, 2005) Lateralidade: a lateralidade constitui um processo essencial às relações entre a motricidade e a organização psíquica intersensorial, representando a conscientização integrada e simbolicamente interiorizada dos dois lados do corpo, lado esquerdo e lado direito, o que pressupõe a noção da linha média do corpo. (PACHER, FISHER, 2003 apud FONSECA, 1988) Equilíbrio: a manutenção do equilíbrio postural requer a detecção de movimentos corporais, a integração da informação sensório-motora dentro do SNC e a execução de respostas musculoesqueléticas apropriadas. Os componentes sensoriais e motores estão envolvidos no sistema de controle postural, que se utiliza de processos complexos para realizar inúmeras tarefas. (CAMPOS; NETO, 2004) Exercícios que exigem equilíbrio estimulam o sistema de controle motor e favorecem ganhos de força muscular, a melhoria dos mecanismos de propriocepção, a diminuição dos desequilíbrios musculares causadores de desvios posturais e uma maior sinergia entre os músculos durante um movimento. (CAMPOS; NETO, 2004) Pesos livres (barras, anilhas e dumbells): os pesos livres permitem alto grau de especificidade e variação. Esses acessórios possibilitam trabalhar o mesmo padrão de ativação intra e intermuscular das atividades que o indivíduo está treinando. Os exercícios com pesos livres podem ser feitos nos três planos de movimento e não oferecem restrições de aceleração e velocidade. (D'ELIA, 2005) Barra articulada: permite a execução de exercícios nos três planos de movimento, exigindo estabilização tridimensional e oferecendo sobrecarga em padrões de movimento que se assemelham àqueles desempenhados nas atividades cotidianas do indivíduo. (D'ELIA, 2005) Cabos e elásticos: a maior vantagem desses acessórios é a capacidade que eles têm de possibilitar o trabalho em diferentes ângulos e vetores de força. A maioria dos movimentos atléticos ou diários é uma combinação de acelerações. Com os cabose elásticos, é possível reproduzir o vetor resultante dessas acelerações em qualquer movimento, tornando o treino mais específico e efetivo. (D'ELIA, 2005) Medicine balls: são bolas fabricadas em diferentes formatos, tamanhos, pesos e texturas. Versáteis, elas permitem que se trabalhe qualquer amplitude de movimento, promovendo força e potência específicas. Por permitirem que se exercite a mesma amplitude multiplanar do esporte ou atividade, as medicine balls fortalecem e aprimoram músculos estabilizadores, neutralizadores e primários nos mesmos padrões neurológicos da atividade alvo. (D'ELIA, 2005) Superfícies instáveis: o treinamento funcional usa superfícies instáveis – como pranchas, discos, bolas, trampolins – e a diminuição da base de apoio durante a realização de um exercício (de dois pés para um pé, por exemplo) como forma de exigir um maior e melhor controle motor, ativando os proprioceptores e recrutando os estabilizadores do core (centro do corpo), visando desenvolver o equilíbrio e aproximar o treinamento das exigências encontradas do indivíduo. (D'ELIA, 2005) Correntes: a vantagem dos exercícios aplicados com a utilização de correntes vem da grande diferença de peso nas diversas amplitudes do movimento. Exemplo: ao executarmos um agachamento com uma barra equipada com as correntes, o movimento começará com o peso total da sobrecarga (barra + corrente) e diminuirá durante a descida, conforme a corrente se apoia no chão. Na subida, a sobrecarga aumenta conforme a corrente sai do chão e volta a exercer peso sobre a barra. (D’ELIA; D’ELIA, 2015) Resistência de força: o treinamento de força, realizado com pesos, é utilizado com vários objetivos, como melhorar o rendimento em esportes, o condicionamento físico, a estética e para a promoção da saúde, possuindo efeitos benéficos no aumento da força muscular, potência e resistência anaeróbia. A força muscular pode ser classificada em força máxima, força rápida e resistência de força, que é a capacidade de resistir à fadiga em condições de desempenho prolongado da força. (D'ELIA, 2005) Sugestões de leitura Slide 2 – elaborado pela autora. Slide 3 – flaticon/freepik.com. Slide 3 – kuroksta/freepik.com. Slide 5 – flaticon/freepik.com. Slide 6 – flaticon/freepik.com. Slide 7 – flaticon/freepik.com. Slide 8 – flaticon/freepik.com. Slide 9 – flaticon/freepik.com. Slide 10 – flaticon/freepik.com. Slide 11 – flaticon/freepik.com. Slide 12 – flaticon/freepik.com. Slide 15 – flaticon/freepik.com. Slide 17 – flaticon/freepik.com. Slide 19 – kuroksta/freepik.com. Slide 20 – MAGGE, D J.; SUEKI, D. Manual para avaliação musculoesquelética: atlas e vídeo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Slide 20 – NORDIN, M.; FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Slide 22 – flaticon/freepik.com. Slide 23 – flaticon/freepik.com. Slide 24 – flaticon/freepik.com. slide 25 – flaticon/freepik.com. Slide 26 – flaticon/freepik.com. Slide 27 – flaticon/freepik.com. slide 28 – flaticon/freepik.com. Slide 29 – flaticon/freepik.com. Slide 30 – flaticon/freepik.com. Slide 31 – flaticon/freepik.com. Slide 32 – flaticon/freepik.com. Slide 33 – flaticon/freepik.com. Slide 34 – flaticon/freepik.com. Slide 35 – flaticon/freepik.com. Slide 36 – flaticon/freepik.com . slide 37 – flaticon/freepik.com. Slide 38 – OKUNO, E.; FRATIN, L. Desvendando a física do corpo humano: biomecânica. 2. ed. Barueri: Manole, 2016. Slide 38 – HALL, S. J. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Slide 40 – flaticon/freepik.com. Slide 41 – flaticon/freepik.com. Slide 42 – flaticon/freepik.com. Slide 43 – flaticon/freepik.com. Slide 44 – flaticon/freepik.com. Slide 45 – flaticon/freepik.com. Slide 46 – flaticon/freepik.com. Slide 47 – flaticon/freepik.com. Slide 48 – kuroksta/freepik.com. Slide 48 – kjpargeter/freepik.com. Slide 49 – flaticon/freepik.com. Slide 50 – Adaptado de Sobotta (2005). Slide 50 – flaticon/freepik.com. Slide 51 – kuroksta/freepik.com. Slide 52 – flaticon/freepik.com. Slide 53 – flaticon/freepik.com. Slide 54 – flaticon/freepik.com. Slide 55 – flaticon/freepik.com. Slide 56 – flaticon/freepik.com. Slide 56 – Adaptado de Barros (2019). Slide 57 – kuroksta/freepik.com. Slide 58 – DUFOUR, M.; PILLU, M. Biomecânica funcional: membros, cabeça, tronco. Barueri: Manole, 2015. Slide 58 – HALL, S. J. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Slide 60 – flaticon/freepik.com. Slide 61 – flaticon/freepik.com. Slide 62 – flaticon/freepik.com. Slide 63 – flaticon/freepik.com. Slide 64 – flaticon/freepik.com. Slide 65 – flaticon/freepik.com. Slide 66 – flaticon/freepik.com. slide 67 – flaticon/freepik.com. Slide 68 – flaticon/freepik.com. Slide 69 – flaticon/freepik.com. Slide 70 – flaticon/freepik.com. Slide 71 – kuroksta/freepik.com. Slide 72 – SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Slide 72 – NORDIN, M.; FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Slide 74 – flaticon/freepik.com. Slide 75 – flaticon/freepik.com. Slide 76 – Adaptado de Kendall; McCreary (1987). Slide 77 – flaticon/freepik.com. Slide 78 – flaticon/freepik.com. Slide 78 – Adaptado de Tortora (2002). Slide 79 – Adaptado de Moore (2001). Slide 80 – Adaptado de Moore (2001). Slide 80 – flaticon/freepik.com. Slide 81 – flaticon/freepik.com. Slide 81 – Adaptado de Moore (2001). Slide 82 – Adaptado de Moore (2002). Slide 82 – flaticon/freepik.com. Slide 83 – HALL, S. J. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Slide 83 – FRANKEL, V. H.; NORDIN, M. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Slide 85 – flaticon/freepik.com. Slide 86 – flaticon/freepik.com. Slide 87 – flaticon/freepik.com. Slide 88 – flaticon/freepik.com. Slide 89 – kuroksta/freepik.com. Slide 89 – freepik/freepik.com. Slide 90 – chote99/freepik.com. Slide 90 – flaticon/freepik.com. Slide 91 – kjpargeter/freepik.com. Slide 91 – flaticon/freepik.com. Slide 92 – Adaptado de D’elia (2005). Slide 93 – flaticon/freepik.com. Slide 94 – flaticon/freepik.com. Slide 95 – Adaptado de Boyle (2015). Slide 96 – kuroksta/freepik.com. Slide 98 – kuroksta/freepik.com. Slide 99 – EVANGELISTA, A. L.; TEIXEIRA, C. V. L. S. Treinamento funcional sem equipamentos: calistenia, autorresistência e resistência manual. São Paulo: Phorte, 2016. Slide 99 – LIEBENSON, C. Treinamento funcional na prática desportiva e reabilitação neuromuscular. Porto Alegre: Artmed, 2016. Fonte das imagens: Slide 101 – flaticon/freepik.com. Slide 102 – flaticon/freepik.com. Slide 103 – flaticon/freepik.com. Slide 104 – flaticon/freepik.com. Slide 105 – flaticon/freepik.com. Slide 106 – flaticon/freepik.com. Slide 107 – flaticon/freepik.com. Slide 108 – flaticon/freepik.com. Slide 109 – flaticon/freepik.com. Slide 110 – flaticon/freepik.com. Slide 111 – flaticon/freepik.com. Slide 113 – flaticon/freepik.com. Slide 114 – FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos de treinamento de força muscular. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Slide 114 – RADCLIFFE, J. C. Treinamento funcional para atletas de todos os níveis: séries para agilidade, velocidade e força. Porto Alegre: Artmed, 2016. Slide 116 – flaticon/freepik.com. Slide 117 – flaticon/freepik.com. Slide 118 – Adaptado de Wilson. et al. (2005). Slide 121 – kuroksta/freepik.com. Slide 122 – flaticon/freepik.com. Slide 124 – flaticon/freepik.com. Slide 125 – flaticon/freepik.com. Slide 126 – flaticon/freepik.com. Slide 127 – flaticon/freepik.com. Slide 128 – flaticon/freepik.com. Slide 129 – D’ELIA , L. Guia completo de treinamento funcional. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2016. Slide 129 – BOYLE, M. O novo modelo de treinamento funcional de Michael Boyle. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Slide 132 – flaticon/freepik.com. Slide 133 – kuroksta/freepik.com. Slide133 – flaticon/freepik.com. Slide 135 – flaticon/freepik.com. Slide 136 – flaticon/freepik.com. Slide 137 – flaticon/freepik.com. Slide 140 – kuroksta/freepik.com. 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Slide 165 – flaticon/freepik.com. Slide 166 – flaticon/freepik.com. Slide 167 – flaticon/freepik.com. Slide 169 – flaticon/freepik.com. Slide 170 – BOYLE, M. O novo modelo de treinamento funcional de Michael Boyle. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Slide 170 – RADCLIFFE, J. C. Treinamento funcional para atletas de todos os níveis: séries para agilidade, velocidade e força. Porto Alegre: Artmed, 2016. Fonte das imagens:
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