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IMUNOLOGIA II

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Aula 21.03.22 – Priscila 
 
 
 
BAÇO: 
 
o Principal local de RI a antígenos provenientes do 
sangue; 
o Se localiza no quadrante superior esquerdo do 
abdome, com 150 a 250 gramas e 5 a 13 cm; 
o Impalpável; 
o Esplenectomia: imunodeficiência secundária que leva 
ao aumento de infecções por bactérias capsuladas; 
o Funciona como filtro e todos os Ag provenientes do 
sangue vão chegar nesse sítio; 
o Caracterizado pela zona B e T. 
 
 
 
o Polpa Branca: 
- Rica em linfócitos; 
- Localizam em tornodosramos das artérias centrais; 
- Zonas de segregação LB e LT. 
 
o Polpa Vermelha: 
- Rica em macrófagos esplênicos; 
- Podemos encontrar um ou outro linfócito. 
 
BAÇO - MORFOLOGIA: 
o Polpa Branca: 
- Bainha linfoide periarteriolar:linfócitos em especial LT 
em torno das artériascentrais (em azul na imagem). É 
uma região rica em LT – Zona T. 
- Seio marginal:ramos menores da arteríola central 
drenam para o seiovascular. 
- Zona marginal:limite externo da polpa branca, LB e 
macrófagosespecializados. 
- Folículos: LB. 
 
 
 
o Segregação de LT (bainha 
linfóideperiarteriolar) e LB 
(folículos e zona marginal). 
- Citocinas 
- Quimiocinas: CXCL13, CCL19, 
CCL21 
- Produzidas pelas células 
estromais. 
 
Como a célula deixa os órgãos 
linfoides primários e chegam nos 
secundários? 
Por meio do estímulo de 
Quimiocinas, que vai levar 
aquela célula a povoar 
determinado sítio. Lembrando que as quimiocinas são 
tipos citocinas envolvidas com migração celular 
(denominadas CXCL13, CCL19,CCL21). 
 
Morfologia do Baço x Resposta imune 
o Polpa Branca: Promove resposta imune aos 
antígenos transportados pelo sangue. 
o Função da Polpa branca:local rico em LB e LT para 
fazer ativação da resposta adaptativa (celular e 
humoral). 
o Função da Polpa vermelha: fazer o processo de 
depuração, hemocaterese. 
 
1- Antígenos são liberados para dentro do seio marginal 
por células dendríticascirculantes ou são apresentados 
pelos macrófagos na zona marginal. 
2- As disposições anatômicas das APCs, LB e LT 
permitem as interaçõesnecessárias para o 
desenvolvimento eficientes de RI humorais. 
 
o Polpa Vermelha:Filtro sanguíneo. 
Composta por: 
Eritrócitos; 
Plaquetas; 
Macrófagos (principalmente); 
Células dendríticas; 
Linfócitos; 
Plasmócitos; 
Rede de fibras reticulares. 
 
o As células de Kupffer complementam o papel da 
polpa vermelha do baço. 
o O sangue passa mais vagarosamente pelo baço, 
permitindo uma habilidademaior na depuração de 
microrganismos se comparado ao fígado. 
o Produção de opsoninas (moléculas ligadas com 
opsonização) para facilitar a atividade dos macrófagos 
esplênicos. 
 
RESPOSTA A ANTÍGENOS PROVENIENTES DA VIA 
HEMATOGÊNICA: 
 
Depuração de bactérias; 
Produção de opsoninas; 
Produção de properdina (molécula regulatória da via 
alternativa do complemento. 
Lembrando: o complemento é uma proteína de fase 
aguda, é um conjunto de proteínas séricas ou que 
podem associar a membrana de uma célula ou 
patógeno, possui 3 estratégias de ativação: via clássica, 
via das lectinas e via alternativa. 
O complemento tem 5 grandes funções: mediador da 
inflamação, lise osmótica pelo MAC, depuração de 
imunocomplexos, opsonização, sinalização de apoptose. 
É um conjunto de mais de 30 proteínas que são ativadas 
de forma sequencial. Como o complemento ora precisa 
ficar ativo, ora inativo, temos moléculas regulatórias 
como a properdina. 
 
Resposta celular e humoral (armazenar LB e LT); 
Controle da integridade dos eritrócitos, excesso de 
DNA, restosnucleares e grânulos sideróticos – 
hemocaterese (destruição de células velhas); 
Reconhecimento de DAMP´s; 
Hematopoese extra medular (mielofibrose primária, 
anemiahemolítica severa e anemia megaloblástica); 
Células de memória. 
 
Esplenectomia: associada a fator externo. 
o ↓resposta humoral e celular; 
o ↓ opsoninas/opsonização; 
o ↓células fagocitárias; 
o ↓fagocitose; 
o Streptococcuspneumoniae; 
o Haemophilusinfluenzae; 
o ↓Defesa p/bactéria capsulada; 
o Alterações na recirculação linfocitária (como perde 
um sítio de resposta imune, não tem ativação de células 
de defesa, ali no sítio não temos uma recirculação, 
retorno para o sítio infeccioso, porque não tem ativação 
de linfócitos); 
o Uso de antibióticos profiláticos. 
o Vacinas. 
 
 
 
 
Asplenia Congênita: bebê que nasce com ausência do 
baço. 
o Suspeita de Asplenia Congênita? 
o ↑Infecções 
o Um exame de cintilação abdominal 
após injeção intravenosa de ouro 
coloidal radioativo mostra a ausênciado 
baço (na 2ª e 3ª imagem). 
o A grande massa à esquerda é o fígado e 
a pequena massa à direita é o baço. 
o Exame: Mãe/Filho/Filho. 
 
 
LINFONODOS: 
 
o Reconhecimentodos antígenos provenientes da linfa; 
o Resposta celular e humoral; 
o Células de memória; 
o Pele, epitélios contêm numerosos capilares linfáticos 
que absorvem e drenam o líquido intersticial; 
o Ausência de linfonodos: cérebro, olhos, cartilagem, 
placenta e cavidades medulares. 
 
o Principais vasos linfáticos e coleções de linfonodos. 
o Os antígenos são capturados de um local de infecção 
para os linfonodos mais próximos, onde a resposta 
imune adquirida é iniciada. 
 
 
 
LINFONODOS - MORFOLOGIA: 
o Pequenos órgãos nodulares; 
o Localizados por toda a extensãodos canaislinfáticos 
ao longodo corpo. 
Composto por: 
o Córtex externo; 
o Medula interna; 
o Envolto por uma cápsula fibrosa 
através da qual penetram 
inúmeros vasos linfáticosaferentes que liberam a linfa 
noseio subcapsular ou marginal. 
 
o Córtex: 
- Folículos: região mais externa do córtex que contém 
agregados celulares. 
- Folículos primários: agregados celulares onde o centro 
germinativo éausente(Não tem a bolinha branca no 
centro). 
- Folículos secundários: presença de centro 
germinativo(ambiente favorável para o LB se manter). 
- Córtex parafolicular: córtex em torno dos folículos, 
fibras reticulares,linfócitos, fagócitos e células 
dendríticas. 
 
 
 
 
 
o Medula: 
- Cordões medulares: cordões povoados por macrófagos 
eplasmócitos. 
 
 
 
o Segregação de zona T e zona B. 
- Citocinas; 
- Quimiocinas: CXCL13,CCL19, CCL21. 
 
- Folículo primário está sendo preparado para se 
transformar em secundário para conseguir abrigar o LB 
(zona B). 
- Região Parafolicular (medula): células apresentadoras, 
LT, fibras reticulares, macrófagos para ocorrer a 
apresentação do LT. 
Zona T: ↑ CD4+ ↓ CD8+ 
* Mudança no padrão durante uma infecçãoviral↑ 
CD8+. 
 
 
 
 
 
Na imagem abaixo vemos as quimiocinas específicas 
para LT e célula dendrítica e para LB. 
 
 
 
 
o Linfadenopatia:OBSERVAR: 
-Tempo; 
-Tamanho; 
-Localização; 
-Consistência; 
-Aderência a planos profundos; 
-Sensibilidade; 
o Linfonodos mais acometidos são: cervical, axilar e 
inguinal. 
o Acima de 6 semanas; 
o Maior que 2cm; 
o Escaleno e fossa supraclavicular; 
o Duro; 
o Preso a planos profundos; 
o Indolor; 
o Importância do exame físico. 
o Sugerem malignidade. 
o Câncer, Infecção e Hipersensibilidade. 
 
 
 
o Linfadenopatia: 
 
 
 
A febre faz parte da reação de fase aguda: é quando a 
sinalização acontece – cascata bioquímica – produção de 
proteínas de defesa. 
Linfonodos aumentados: passando pela expansão clonal. 
 
 
 
o Indicadores clínicos de infecção bacteriana 
 
 
 
o Neutrófilos: aumento em 24 horas. 
o Febre: elevada no período de 24 horas. 
o PCR: aumentada representa resposta de fase aguda. 
o A medula aumenta sua produção de células para 
combater o Ag no sítio de infecção. 
 
o Proteína CReativa: 
o A proteína C reativa (PCR) é uma das proteínas de 
fase aguda (PFA); 
o Molécula solúvel de reconhecimento; 
o A secreção é predominantemente hepática e começa 
4 a 6 horas após o estímulo; duplica a cada 8 horas e 
atinge o pico entre 36 e 50 horas; 
o A PCR tem meia vida plasmática de 19 horas e 
mesmo após estímulo único, como trauma ou cirurgia, 
pode levar vários dias até retornar a níveis basais; 
o Por essa razão, dosagens seriadas ao longo de vários 
dias são mais úteis que resultados isolados. 
 
 
 
Na imagemacima vemos o macrófago secretando 
citocinas em resposta a infecção (seu RRP reconheceu 
DAMP’s, sinalização da cascata bioquímica e síntese de 
citocinas, as citocinas vão ao sistema nervoso e vai 
desencadear a febre (IL-1, IL-6, TNF, prostaglandina-2); 
no fígado aumenta a produção de proteínas de fase 
aguda; no coração promove aumento da FC e queda da 
PA. 
 
o Tecido linfóide associados a mucosa (MALT) 
 
- Tonsilas ou Amígdalas: localização epitélio abaixo da 
boca e faringe; resposta a antígenos que atravessam a 
mucosa; 80 a 90% LB. 
*Doença de Bruton. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Mucosa do trato gastrointestinal (GALT): 
- Presença de linfócitos intraepitelial (capacidade menor 
de reconhecer Ag - limitado); 
- Vilosidades intestinas e Camada epitelial com células 
produtoras de muco; 
- Lâmina própria; 
- Placa de Peyer: tecidolinfóide organizado; 
- Presença da célula M que funciona como uma chave 
para integração da placa de Peyer, ela captura o Ag e o 
transporta até a placa de Peyer (temos na região 
folicular LB e na região medular em amarelo LT). 
 
 
 
 
o GALT - Placa de Peyer: 
- LB; 
- LT; 
- Células M:pinocitose 
(fagocitose de elementos 
solúveis); e transporte de 
antígeno. 
 
 
 
 
 
o IgA (15 a 20%): 
- secretora; 
- forma dímera; 
- proteção de mucosa; 
- respiratória; 
- gastrointestinal; 
- saliva, lágrima, colostro,leite, 
secreções. 
 
 
 
 
 
o Produção de IgA: 
- Atua neutralizando os patógenos, dificultando a 
colonização damucosa e impedindo, assim, a invasão do 
organismo peloagente agressor. 
- Formato dímero unida por uma cadeia J. 
 
 
o Imunodeficiência seletiva de IgA: 
- Assintomática. 
- Associada a infecções recorrentes por microrganismos 
piogênicos (produção de secreção purulenta). 
- Sintomas podem aparecer em qualqueridade. 
- Infecções respiratórias. 
- Infecções do aparelho gastroinstestinal. 
- ↑Alergia ↓ IgA ↑ penetração dealérgenos. 
 
 
 
Tecido linfóide associado ao intestino (GALT) 
o IgA s é transportada através do epitélio, onde serve 
como defesa contra agentes patogênicos e para 
amanutenção da flora intestinal. 
 
 
o HLA-B8 (gene do MHC, está ligado com determinadas 
doenças, ao transplante e apresentação de Ag, é dividido 
em A, B, C e D – DP, DQ e DR); 
o Níveis séricos de IgA menor; 
o 0,05gL; 
o Níveis normais de IgG e IgM; 
o Número de LB e LT normais. 
 
 
 
 
 
 
- Tecido linfoide associado ao epitélio: 
o Maior barreira física; 
o pH 5,5; 
o Peptídeos antimicrobianos; 
o Defensinas alfa e beta; 
o RNases e DNases; 
o Catelicidinas; 
o Queratina; 
o Ácidos graxos; 
o Suor; 
o QUERATINÓCITOS; 
o Melanócitos; 
o LINFÓCITOS; 
o Linfócito intra-epitelial; 
o APCS. 
 
 
Para manter a integridade da pele é necessário a síntese 
de proteínas, ác. Graxos essenciais (ac. Linoleico e 
Linonênico), a vitamina A para renovação epitelial e 
diferenciação juntamente com a água. 
O LT intraepitelial se diferencia do LT CD4 é o TCR, no 
CD4 temos o TCR chamado alfa-beta e no LT intra 
epitelial temos o TCR chamado gama
reconhece um número menor de antígenos (pequena 
limitação). 
 
 
Aula 23.03.22 – Priscila 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Complemento: 
Sistema Complemento
Proteínas de 
Defesa 
 
Para manter a integridade da pele é necessário a síntese 
de proteínas, ác. Graxos essenciais (ac. Linoleico e 
), a vitamina A para renovação epitelial e 
O LT intraepitelial se diferencia do LT CD4 é o TCR, no LT 
beta e no LT intra 
epitelial temos o TCR chamado gama-delta, ele 
reconhece um número menor de antígenos (pequena 
 
- São um conjunto de proteínas de fase aguda, 
produzidas em resposta a sinalização dos fagócitos a 
partir do estímulo da IL-6.
- Solúveis no plasma ou ligadas a superfície celular.
-A síntese da maioria das proteínas do complemento 
ocorre noshepatócitos. 
 
-Macrófagos e células epiteliais do intestino.
-Início de síntese no primeiro trimestre da vida fetal.
-O sistema complemento funciona em cascata de 
amplificação:um componente ativa várias moléculas 
seguintes. 
-Ativação ocorre de maneira sequencial.
-Há 3 maneiras para ocorrer ativação:
 
Via Clássica; 
Via Alternativa; 
Via das Lectinas. 
 
O que acontece nessas 3 vias é que as proteínas são 
organizadas de forma diferente, algumas são comuns as 
3 vias, outras são específicas.
 
o O que é necessário para ativar cada via:
 
Via Clássica: 
Ag  IgM ou IgG 
Via Alternativa: 
Ag Properdina
Via das Lectinas: 
Ag (manose)  Lectina Ligadora de Manose 
1
 
- Para todas as vias precisa do estímulo antigênico. 
- Para a via Clássica estar ativa é necessário 
precisa estar associado a IgM ou IgG
(proteína C1 que se divide em 3 partes: q
- Para a via Alternativa estar ativa é necessário o Ag 
properdina, Fator B e Fator D e C3
B e o Fator D são proteínas do complemento apesar de 
não iniciarem com a letra C.
- Para a via das Lectinas temos o Ag (precisa expressar a 
manose) que é reconhecida pela proteína solúvel do 
complemento a Lectina Ligadora de Manose
o MASP-2 (são proteases 
clivar proteínas). 
 
o O que vai definir a escolha de uma das vias do 
complemento: 
- Se o Ag estiver na presença do Ac IgM ou IgG a via de 
preferência é a clássica, que após vai ativar o complexo 
C1qrs e iniciar a cascata. 
- Agora temos um fungo e ele expressa a manose, 
plasma temos a Lectina Ligadora de Manose solúvel que 
Sistema Complemento 
 
conjunto de proteínas de fase aguda, 
produzidas em resposta a sinalização dos fagócitos a 
6. 
Solúveis no plasma ou ligadas a superfície celular. 
A síntese da maioria das proteínas do complemento 
os e células epiteliais do intestino. 
Início de síntese no primeiro trimestre da vida fetal. 
O sistema complemento funciona em cascata de 
amplificação:um componente ativa várias moléculas 
Ativação ocorre de maneira sequencial. 
para ocorrer ativação: 
O que acontece nessas 3 vias é que as proteínas são 
organizadas de forma diferente, algumas são comuns as 
3 vias, outras são específicas. 
O que é necessário para ativar cada via: 
IgG  Complexo C1qrs. 
 
 
 Fator B  Fator D  C3. 
 
 
Lectina Ligadora de Manose  MASP-
 MASP-2 
Para todas as vias precisa do estímulo antigênico. 
estar ativa é necessário o Ag que 
precisa estar associado a IgM ou IgG;um complexo C1qrs 
proteína C1 que se divide em 3 partes: q-r-s). 
Para a via Alternativa estar ativa é necessário o Ag 
ator D e C3. A properdina, o Fator 
B e o Fator D são proteínas do complemento apesar de 
não iniciarem com a letra C. 
Para a via das Lectinas temos o Ag (precisa expressar a 
manose) que é reconhecida pela proteína solúvel do 
complemento a Lectina Ligadora de Manose, o MASP-1 e 
2 (são proteases – enzimas que vão ajudar a 
O que vai definir a escolha de uma das vias do 
Se o Ag estiver na presença do Ac IgM ou IgG a via de 
preferência é a clássica, que após vai ativar o complexo 
 
Agora temos um fungo e ele expressa a manose, no 
plasma temos a Lectina Ligadora de Manose solúvel que 
reconhece o Ag que ativa o MASP-1 e MASP-2 e inicia a 
cascata. 
- A via alternativa é a via mais comum das 3, pode ser 
acionada por qualquer Ag (bactéria gram+ ou -) desde 
que não esteja ligado ao Ac e nem a Lectina Ligadora de 
Manose. Esta via é mais comum porque a C3 é a 
proteína mais abundante. Vamos precisar do Ag, a 
properdina, fator B e fator D e a C3 e inicia a cascata. 
 
Via Clássica: 
 
 
 
o Explicando a imagem acima: 
- Iniciamos com a ligação do Ag – IgM/IgG 
(imunocomplexo)que ativa a proteína C1 que ativa o 
complexo C1qrs; 
- Ocorre uma mudança conformacional em C1 de modo 
que a subunidade q é ativada – ativa a r e 
posteriormente a subunidade s. 
- Na sequencia ativa C4, que sofre hidrólise formando o 
fragmento C4a e C4b. 
- Na sequencia temos a ativação da proteína C2, que 
sofre hidrólise formando o fragmento C2a e C2b. 
Para continuar a cascata vamos unir alguns fragmentos 
da proteína C4 e C2. 
- C4bC2a: complexo ativo chamado de C3:convertase. 
- Agora a proteína C3 é ativada e sofre hidrólise 
formando ofragmento C3a e C3b. 
- C3b se liga ao complexo C4bC2a formando o complexo 
C5:convertase. 
- Ativa a proteína C5, que sofre hidrólise e se fragmenta 
em C5a e C5b. 
- C5b tem a capacidade de permitir a ligação sequencial 
das demais proteínas, a união de C6C7C818xC9  
formando o MAC (complexo de ataque a membrana). 
 
 
 
 
 
1. MAC: lise osmótica; 
2. Mediadores da inflamação: C3a, C4a e C5a; 
3.Opsonização: C3b; 
4. Remoção de imunocomplexos: C1, C2 e C4; 
5. Apoptose. 
 
Em C3 temos a cascata de amplificação, não é só uma 
proteína C3 que é ativada, temos mais de uma C3 sendo 
ativada, e o C3b (um deles) continua na cascata para se 
ligar ao complexo e ter a ação da C5:convertase, e os 
outros são encaminhados a opsonização. 
A proteína C3 é a mais importante, a partir dela que se 
ativa a C5 para formar o MAC. Em todas as vias acontece 
a ativação de C3 – C5 para formação do MAC. 
 
**Infecção por Neisseria:bactéria com parede celular 
mais fina e sensível, se tornando difícil marcar essa 
bactéria para ser degradada, uma estratégia excelente 
para degradação da Neisseria é o MAC. Então uma 
criança com meningite de repetição causada por 
Neisseria é importante dosar e investigar complemento. 
 
Resumo: 
o Chegou o Ag e está ligado a IgM ou IgG que induz a 
ativação da proteína C1 e do complexo qrs, induz uma 
mudança conformacional de modo que o fragmento q é 
ativado, seguido de q e s. 
o Na sequencia teremos a ativação da proteína C4 que 
sofre hidrólise formando o fragmento C4a e C4b; a 
proteína C2 é ativada formando os fragmentos C2a e 
C2b. 
o Para dar continuidade será formado o complexo 
C3:convertase, formado pela união de C4bC2a. 
o Uma vez que, C3:convertase está ativo, ativa várias 
proteínas C3 que chamamos de cascata de amplificação. 
C3 é hidrolisado em C3a e C3b e isso acontece de forma 
repetida, uma subunidade C3b para opsonização. 
o C3b se liga ao complexo anterior formando 
C4bC2aC3b, que compreende a função de 
C5:convertase, que ativa proteína C5 que sofre hidrólise 
formando C5a e C5b. 
o O C5b permite adesão sequencial dos outros 
componentes do complemento C6C7C818xC9 para 
formação do MAC responsável pela lise osmótica. 
o C3a, C4a e C5a atuam na resposta inflamatória como 
mediadores promovendo quimiotaxia, degranulação de 
mastócitos e aumento da permeabilidade vascular; 
o C3b vai ser direcionado a opsonização. 
o C1, C2 e C4 para remoção de imunocomplexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Via Das Lectinas: 
 
 
 
o O Ag contém manose, vai ser reconhecido pela 
proteína solúvel do complemento chamada Lectina 
Ligadora de Manose, quando ocorre essa ligação há um 
recrutamento das proteases MASP-1 e MASP-2. 
o Quando as proteases estão ativadas teremos a 
ativação da proteína C4 que vai clivar em C4a e C4b, na 
sequencia temos a ativação da proteína C2 e cliva em 
C2a e C2b. 
o Para dar continuidade será formado o complexo 
C3:convertase, formado pela união de C4bC2a. 
o Uma vez que, C3:convertase está ativo, ativa várias 
proteínas C3 que chamamos de cascata de amplificação. 
C3 é hidrolisado em C3a e C3b e isso acontece de forma 
repetida, uma subunidade C3b para opsonização. 
o C3b se liga ao complexo anterior formando 
C4bC2aC3b, que compreende a função de 
C5:convertase, que ativa proteína C5 que sofre hidrólise 
formando C5a e C5b. 
o O C5b permite adesão sequencial dos outros 
componentes do complemento C6C7C818xC9 para 
formação do MAC responsável pela lise osmótica. 
 
1. MAC: lise osmótica; 
2. Mediadores da inflamação: C3a, C4a e C5a; 
3.Opsonização: C3b; 
4. Remoção de imunocomplexos: C2 e C4 (proteína C1 
não participa desta rota); 
5. Apoptose. 
 
 
 
 
 
Aula 28.03.22 – Nathalia 
 
VIA ALTERNATIVA 
 
 
Para ativar a VIA ALTERNATIVA temos: 
 
- estímulo antigênico 
- proteína C3 
- fator B 
- fator D 
- properdina 
 
É a via mais comum, por exemple alguns fungos podem 
ser refinados por esta estratégia, bactérias GRAM-
positivas e negativas, é a via mais usual por depender da 
proteína C3, o inicio da via é o inicio mais rápido, 
diferente da VIA CLASSICA que precisa de um tempo de 
resposta para ter o anticorpo já especifico para ativar a 
via, IgM e IgG. Na VIA DAS LECTINAS tem o critério que é 
a expressão da manose antigênica para inicia essa via 
acionando a lectina ligadora de manose, MASP1 e 
MASP2. 
 
A proteína C3 é ativa em dois momentos. 
 
Sempre para disparar o complemento temos o 
ESTIMULO ANTIGENICO, ele promove a hidrolise da 
PROTEÍNA C3, toda vez que ela hidrolisar ela vai 
fragmentar em C3a e C3b. Agora vai precisar acionar os 
fatores juntamente com a PROPERDINA. 
 
Quando o C3b foi produzido ele vai ativa o FATOR B, só 
que o fator B precisa passar por uma modificação ele 
precisa também clivar em Ba e Bb, então o que acontece 
para esse fator B se transformar? Agente tem a 
dependência da ativação do FATOR D, o fator D vai 
estimular o fator B a se transformar em Ba e Bb, para 
essa transformação, o fator D ativar o fator B e se 
transformar em Ba e Bb a gente tem a presença da 
properdina, ela estimula a conversão. Então toda vez 
que essa transformação acontecer agente vai precisar 
dessa proteína de ação regulatória que é a properdina. 
 
Quando o Bb foi formado ele integra ao C3b, agente fica 
com a união de C3bBb, agora atuam como um complexo 
C3 convertase. O que sabemos sobre o complexo C3 
convertase? É complexo ativo que vai promover a 
transformação da proteína C3 em C3a e C3b. 
 
Quem vai participar da cascata é o C3b. Tinha o C3b da 
hidrolise mais o Bb e agora vem de novo o C3b – 
C3bBbC3b, isso compreende pra gente o C5 convertase 
que agora vai converter a proteína C5 em C5a e C5b, 
quando o C5b é formado ele permite a ligação 
seqüencial de C6 C7 C8 e 18 x o C9 para formar o nosso 
MAC – complexo de ataque a membrana. 
 
Então imagina um patógeno, o C5b está nele, permite a 
ligação seqüencial, C6 C7 C8 e 18 x C9 e forma o 
canudinho que é o nosso MAC, o MAC é um pólo 
hidrofílico que vai permitir a entrada de água, 
intumescimento e lise do patogeno, por isso que falamos 
que ele faz lise osmótica. 
 
REPETINDO... Para a via alternativa acontecer precisa 
dos critérios, estimulo antigênico, proteína C3, fator B, 
fator D e properdina. O estimulo antigênico ativou a 
proteína C3 que é a mais abundante, ela está no plasma, 
ao ativar a proteína C3 ela vai hidrolisar, para ela 
hidrolisar foi só simplesmente o estimulo antigênico que 
quebrou uma ligação entre carbonos e formou os 
fragmentos C3a e C3b. Só que para essa rota continuar 
ele depende de um estimulo, o que é este estimulo? 
Quando o C3b for produzido ele tem capacidade de 
recrutar o fator B, só que o B sozinho ele não entra na 
cascata, para que ele possa entrar na cascata agente 
tem como se fosse uma cascata paralela, tem alguém 
para estimular e essa molécula estimuladora, regulatória 
é a properdina, ela vai colaborar para a ativação do fator 
D, uma vez que ele é ativado ele ativa o fator B a se 
transformar em Ba e Bb. O Bb agora é o que tem 
afinidade bioquímica, fragmento que consegue se 
associar ao C3b que foi formado anteriormente pela 
hidrolise de C3. Quando o C3b se ligar ao Bb agora 
juntos formam o C3 convertase, o C3 convertase 
converte a proteína C3 em C3a e C3b, uem dá 
continuidade a cascata é o fragmento C3b. C3b 
proveniente da hidrolise, Bb proveniente da hidrolise do 
fator B mais o C3b que veio da ativação da proteína C3 
novamente. Formam o complexo C5 convertase 
convertendo a proteína C5 em C5a e C5b, o fragmento 
C5b tem característica de permitir a adesão e ligação 
seqüencial das C6 C7 C8 e 18 x C9 para formar o cilindro 
multienzimatico, pole hidrofilico chamado MAC para 
realizar a lise osmótica. Então agente chega no final – 
MAC. 
 
A properdina ela estimula a formação do Bb, como que 
ela faz isso? Quando o C3b ele foi formado, ele é capaz 
de recrutar o B, mas o C3b ele consegue continuar na 
cascata? Não, agente vai precisar da conexão do D que 
vai precisar ativa. Quem é o estimulo para o D ativa?A 
properdina, então a properdina ativa o D que ativa o B, 
agora sim ele vai clivar em Ba e Bb aí que ele vai 
participar da cascata. A properdina participou desse 
PRIMEIRO MOMENTO para formaro Bb mais a 
properdina também é importante para a formação da C3 
convertase, nesse momento quando a properdina 
contribuir ela vai deixar esse complexo mais estável para 
continuar a ativar varias proteínas C3, SEGUNDO 
MOMENTO. Então agente sabe quando ativa o C3 
agente tem a CASCATA DE AMPLIFICAÇÃO (C3a C3b), 
algumas C3 vão contribuir com o C3b para continuar e 
outras para opcionização. Então agente sabe que a C3 
nessa via ela foi ativa duas vez, quando ocorreu a 
hidrolise com o estimulo antigênico e depois quando 
formou o complexo C3 convertase. A propordina é uma 
proteína do complemento que vai atuar em dois 
momentos da via permitindo que o Bb seja formado 
apartir da ativação do fator D e fator B qua vai clivar em 
Ba e Bb, e também na estabilização de C3 convertase. 
 
Agora quando agente chega no final da cascata com o 
MAC agente lembra que o produto final, então a 
primeira função que agente lista do complemento é a 
lise osmótica. 
 
Tem mediadores da inflamação onde o C3 repetimos 
duas vezes. Nessa via não esta participando a proteína 
C4. Nessa via como temos a cascata de amplificação, 
algumas C3b vão fazer o que? Opsonização. Essa via não 
tem a proteína C1, C2, C4, então essa via exclusiva não 
faz remoção de imunocomplexo, agora o complemento 
como um todo faz sinal para apoptose. 
 
Só que essa cascata o que ela TEM DE PRODUTO: 
 
1. MAC: lise osmótica; 
2. Mediadores da inflamação: C3a, C3a e C5a; 
3.Opsonização: C3b; 
4. Remoção de imunocomplexos: NÃO FAZ REMOÇÃO; 
5. Apoptose. 
 
São 3 coisas que o complemento faz: 
 
- Aumenta a permeabilidade vascular 
- Promove quimiotaxia 
- Estimula a degranulação dos mastócitos. 
 
 
 
 
FIGURA ACIMA... fígado em resposta IL-6, utiliza o Pool 
de aminoácido para produzir as proteínas de fase aguda 
do complemento, vai lançar essas proteínas no vaso na 
forma de zimogênio, que são as proteínas inativas 
(C1qrs, C2, C4, C3 + vezes, C5, C6, C7, C8, C9), o fígado 
produz lança essas proteínas no vaso, essas proteínas 
ficam no vaso na forma de zimogênio (inativa), para que 
elas possam se ativar agente vai precisar da chegada do 
estimulo antigênico. REPRESENTANDO A LECTINIA 
LIGADORA DE MANOSE. A manose é reconhecida pela 
lectina ligadora de manose, que pode atuar como 
molécula de sinalização e agora começar o 
complemento, ativação, para começar esse complexo 
tem que se ligar as proteases, MASP1 e MASP2, quando 
ocorre isso há a ativação da proteína C4 que forma o C4a 
e o C4b, depois tem a ativação da proteína C2 em C2a e 
C2b, continuando, C4bC2a agora que atuam como C3 
convertase, converte C3 em C3a e C3b, ativa a proteína 
C5, C5a e C5b. Quando chega ao C5b ele tem capacidade 
de adesão, vem o C5, C6, C7, C8 e 18 x C9 para formar o 
canudinho que é o MAC fazendo a lise do patogeno, so 
que durante a cascata, foram produzidos mediadores da 
inflamação, o que eles podem fazer? Se o antígeno 
chegou no sangue é porque houve uma porta de entrada 
aberta, lembrada das barreiras físicas e químicas? 
Vamos imaginar que este seja o local de resposta desse 
antígeno. Quando libera C3a, C4a, C5a, o que eles vão 
fazer com a célula do endotélio? Vão aumentar a 
permeabilidade vascular, vai um espaço entre um célula 
e outra. Estamos falando de sangue, tem nele o nosso 
polimorfo nuclear, está cheio de outras proteínas 
plasmáticas, tem no aviso aminoácidos, albumina. O 
C3a, C4a e C5a podem fazer quimiotaxia, ajudar a célula 
de defesa a ser recrutada para o tecido (neutrófilo). No 
tecido temos uma célula chamada de mastócito, o 
mastócito tem um receptor que chama, receptor C5a do 
complemento, o C5a se liga e estimula a degranulação 
dos mastocitós, o mastócito tem granulo de histamina 
que são também mediadores inflamatórios também 
pode liberar mediadores do acido aracdônico. Quando 
formou a cascata de aplificação formou o C3b, ele pode 
continuar na cascata ou ficar na forma de C3b, se tiver 
mais desse patogeno, o mesmo patogeno com monose o 
C3b ele pode induzir a opcionização. No sangue tem 
células que fazem fagocitose, o C3b pode marcar para o 
monócito agir. O complemento tem varias estratégias 
para agir. No final da cascata fez a lise do patogeno, os 
fragmentos gerados agiram na resposta de inflamação, o 
C3b atuou na opsionização. Agora vamos supor que 
encontramos o patogeno expressando a manose ligado 
por exemplo a uma imunoglobulina, isso é um 
imunocomplexo, o C2 ou o C4 poderiam marcar e fazer a 
remoção do imunocomplexo. A quinta função aqui é a 
sinalização de apoptose. 
 
Quem produz complemento na sua grande parte é o 
fígado, o intestino faz uma produção muito pequena, 
destacamos a função hepática. Para produzir o fígado 
precisa de um sinal que vem da IL-6 que agente sabe que 
ocorreu toda aquela sinalização. Quando o fígado 
produziu o complemento ele lança no sangue na forma 
de zimogênio (inativo) quando chega o estimulo dispara 
a cascata e ao logo vão sendo formado os fragmentos ou 
produtos com ações. Então produziu C3a, C4a, C5a eles 
agem na resposta inflamatória permitindo, aumento da 
permeabilidade, promove a quimiotaxia, estimula a 
degradação dos mastocitos, o C3b estimula a 
opcionização, o MAC a lise osmótica. E nessa via da 
lectina, se por ventura no espaço plasmático nos 
encontramos um antígeno associado a um anticorpo C2 
e C4 podem remover o imunocomplexo. 
 
 
 
Aula 30.03.22 – Camila 
 
 
Nós já entendemos quais são os pré-requisitos para 
ativar cada via, quais são os produtos gerados e na 
ultima aula fiz uma visão geral falando que a maior 
produção do complemento está relacionada a atividade 
hepática. Esse complemento é lançado no espaço 
plasmático na forma de zimogênio e uma vez que há o 
estímulo antigênico é escolhida uma determinada 
cascata a ser ativada. Vamos levar em consideração a 
presença do antígeno associado ao anticorpo, direciona 
para a via clássica. A presença do antígeno contendo 
manose direciona para a via das lectinas e de maneira 
geral, o que é mais usual é a ativação da via alternativa, 
pode ser para fungos, pode ser para bactérias Gram 
positivas, Gram negativas, ou seja, uma diversidade de 
patógenos que são ativadores da via alternativa. Toda 
vez que há ativação de uma cascata, esses produtos 
funcionais, essas moléculas que são geradas, sejam elas 
fragmentos ou não. Quando falo a palavra fragmento, 
estou me referindo ao fragmento C3a, ao fragmento 
C3b, mas também posso dizer que o produto gerado é o 
MAC. Então usar a palavra produto, está se referindo 
tanto a proteína, tanto complexo ou os fragmentos. Ao 
longo da cascata colocamos o exemplo da ativação da 
lectina ligadora de manose. Ativou a via das lectinas e os 
produtos gerados fomos começando a ter uma visão 
geral desses produtos. Temos a formação das moléculas 
que são mediadoras da resposta de inflamação. Vimos 
que essas moléculas podem ter ação a nível vascular, 
aumentando a permeabilidade vascular, permitindo um 
espaço maior de uma célula do endotélio e outra para 
permitir que as células sejam direcionadas para o sítio 
de infecção. Como age um mediador do complemento? 
Ele aumenta a permeabilidade vascular para induzir a 
passagem de células, eles também promovem a 
quimiotaxia que é a orientação, ela vai migar do sangue 
para o tecido alvo. Além disso, vimos que as moléculas 
pró-inflamatórias, moléculas do complemento também 
estimulam a degranulação dos mastócitos. Coloquei para 
vocês um mastócito no tecido e coloquei que ele tem 
um receptor de complemento. Dei o exemplo do C5, 
receptor de C5a, reconhece o fragmento C5a e estimula 
a degranulação dos grânulos que estão formados, 
histamina e também estimula o metabolismo do ácido 
aracdônico para liberar eicosanoides que são as 
prostraglandinas, leucotrienos que vão reforçar essa 
atividade inflamatória. 
Vimostambém lá no vaso, quando disparou a cascata do 
complemento, eu desenhei mais de um patógeno para 
vocês e ele foi marcado pelo C3b para induzir a 
opsonização. As células de fagocitose do sangue podem 
reconhecer o C3b e acionar o processo de fagocitose. 
Mostrei também para vocês o MAC inserido no 
microrganismo ocorrendo à lise. 
Temos uma célula, R vem de receptor para C3a. Então 
quando o C3a é reconhecido nesse receptor, ele vai 
gerar o efeito. Ele pode estimular a célula a degranular 
por exemplo. 
 
O artigo acima é um artigo de revisão da área de 
reumatologia, mas a reumatologia usa muito 
complemento, porque doenças que vão gastar vão 
mexer na dinâmica do complemento. Dessa imagem o 
que eu quero de vocês só para vocês lembrar que eu 
tenho as três vias, o que é necessário para ativar cada 
via. Temos a via central, a C3 e a C5 para iniciar a 
formação do MAC que é nosso produto final que vai 
fazer lise e durante a descrição dessa imagem, mostra a 
cascata de amplificação de C3, mostra a opsonização 
que é o C3b e os mediadores da inflamação. Isso é o 
básico que precisamos saber. 
 
 
Via alternativa, clássica e a via das lectinas, mostrando a 
importância da C3 como abundante. O C3a e o C5a como 
mediadores da inflamação, o C3b na opsonização e a 
remoção de imunocomplexo. Podemos acrescentar na 
imagem o C1, C2 e C4 que fazem a remoção de 
imunocomplexo e o MAC fazendo a lise. 
 
 
Para ficar fácil para vocês estudarem. Sabemos que o 
MAC faz lise e ele é formado pelo início do C5b, C6, C7, 
C8 e 18X C9. O MAC é um poro hidrofílico que vai 
permitir a entrada de água, o intumescimento e morte 
do patógeno. 
 
Tenho a C3b para opsonização. Tenho o receptor C3b e o 
fragmento C3b do complemento, ele marcou o patógeno 
para ele ser fagocitado. Tenho o receptor CR1 que é o 
receptor de complemento e esse receptor de 
complemento vai reconhecer a porção C3b e quando há 
esse reconhecimento facilita o processo de fagocitose. É 
uma sinalização extra. Vimos que essa não é uma 
característica exclusiva de complemento, outras 
moléculas também fazem opsonização, como a proteína 
C reativa e os anticorpos. 
 
Da resposta inflamatória, também colocamos as três, 
C3a, C4a e C5a, aumentando a permeabilidade, 
estimulando a degranulação e a quimiotaxia. 
 
 
 
A imagem acima mostra os receptores, temos o 
patógeno que invadiu o tecido e tivemos a ativação do 
complemento. Essas são as células do endotélio 
vascular. Essas células são próximas umas das outras. 
Quando o complemento é liberado, o C3a, C4a, C5a, eles 
vão tentar a permeabilidade. Aumenta o espaço entre 
uma célula e outra e acontece a passagem de células 
para o sítio infeccioso. Como as células vão ser 
direcionadas? As células vão ser direcionadas, porque 
além do complemento aumentar a permeabilidade, ele 
tem o efeito de quimiotração, de recrutamento. Dessa 
forma, saberemos o caminho que iremos fazer até 
chegar ao sítio. Então aqui houve o recrutamento. 
 
 
Temos representado a imunoglobulina e os antígenos. 
Isso é um imunocomplexo para evitar que isso se 
deposite e gere um processo inflamatório a nível 
vascular e glomerular nós temos a marcação com o 
complemento e isso é sinalizado para a degradação. Isso 
que é remoção de imunocomplexo. 
 
 
 
A sinalização para apoptose serve para todas as 
proteínas, não vamos ter como separar, se é a 1, se é a 
2, se é a 3. O complemento também influencia na 
sinalização para apoptose. Lembrando que apoptose é a 
formação desses corpos apoptóticos, a degradação. 
 
 
 
REGULAÇÃO 
 
 
A regulação vai nos dizer que o complemento está ativo, 
ele precisa responder a qual pergunta? Se o 
complemento está ativo é porque ele precisa contribuir 
para a resposta imunológica. A estratégia do 
complemento é uma estratégia eficaz. Vai fazendo lise 
quando a cascata terminar vai gerando mediador da 
inflamação e vai promovendo a resposta de fagocitose, 
melhorando a eficiência da fagocitose. Só por ai, temos 
um ganho muito grande no que chamamos de resposta 
imediata a infecção. Tudo isso é resposta imediata e 
aresposta imediata que estamos buscando estudar é 
todo o processo de inflamação, mas primeiro 
precisávamos conhecer o complemento porque ele 
influencia diretamente nessa resposta. Se o 
complemento está ativo para responder um 
determinado patógeno, quando esse patógeno vir a ser 
debelado, a infecção tiver sido controlada, esse 
complemento precisa desligar, porque quando se produz 
muito mediador, mediador em excesso é prejudicial e 
pode ter um efeito de danificar células, tecidos, nós não 
queremos uma resposta exagerada, porque a resposta 
exagerada não é viável, precisamos controlar, 
inflamação é bom, mas também não pode ser uma 
inflamação exagerada senão ela começa a vir em 
contrapartida gerando danos ao indivíduo. Dessa forma, 
vamos ter que ter uma estratégia para regular o 
complemento. Principal estratégia se chama inibidor de 
C1. Esse inibidor de C1 vai atuar nas três cascatas. 
Apesar de ele ter esse nome, ele regula as três vias. Esse 
inibidor de C1 é um regulador de grande importância, de 
grande relevância. Nós temos outras moléculas 
regulatórias como, por exemplo, uma proteína S que vai 
impedir a inserção do MAC, tem o fator de decaimento. 
O que é um fator de decaimento? Ele se liga a um 
complexo formado e inativa aquele complexo, ele perde 
atividade. Se a função era converter a C3a C3b, quando 
chega o fator de decaimento, ele não deixa ser funcional 
mais aquele complexo. Então ao longo da cascata temos 
várias estratégias de regulação. Vou pontuar três coisas 
principais, o inibidor de C1, o fator de decaimento e a 
proteína S e o fator inibidor de MAC. Se estou falando de 
fator de decaimento, o principal alvo é em relação a C3 
convertase. O inibidor de C1 age nas três vias, cada uma 
em um ponto e a proteína S ou o inibidor de MAC vai 
inferir no finalzinho, sobre a formação do MAC para não 
ter lise. 
 
 
 
Algo que não podemos deixar de lembrar que o 
complemento tem uma eficiência muito grande para 
Neisseria. Temos dois tipos de Neisseria, que é a 
NeisseriaMeningitidis e NeisseriaGonorrhoeae. Todas 
duas por conterem essa parede mais fina a estratégia 
principal é o MAC. 
 
 
 
As células dos mamíferos vão expressar proteínas 
regulatórias que vão realizar a prevenção de danos que 
são causados pelo próprio complemento ao hospedeiro. 
Foi o que eu dei de exemplo, não adianta complemento 
de mais e esses mediadores promoverem lesões 
celulares e ao mesmo tecidual. As proteínas do 
complemento são encontradas no plasma em sua forma 
latente ou de zimogênio. Só vão ser ativadas quando 
houver o estímulo antigênico. A ativação ocorre 
rapidamente e observamos a cascata de amplificação. A 
cascata de amplificação, no livro Abbas trás duas 
classificações para a cascata de amplificação. O primeiro 
deles é ativação sequencial e a cascata de amplificação 
da C3, ativar mais de uma C3. 
 
 
 
Sem uma regulação adequada a cascata do 
complemento poderia acontecer alguns fenômenos 
deletérios, podendo induzir uma lesão que não é boa. 
Esses fenômenos poderiam ser a causa do consumo 
exagerado de componentes do complemento e até 
mesmo na inativação inapropriada dos mesmos, por isso 
que vamos demandar de proteínas regulatórias. Na 
primeira definição de complemento nós colocamos que 
são mais de 30 proteínas séricas ou associadas a 
membrana e eu disse que muitas delas tem uma ação 
regulatória. 
 
 
 
O inibidor de C1 pode ser chamado de inibidor de C1 
Esterase. É um dos principais mecanismos inibitórios. 
Além de ele bloquear a via clássica, também vai 
participar da inativação da via das lectinas e da via 
alternativa. Vamos começar pela via clássica. 
 
A via clássica demanda do estímulo antigênico, 
associado ao anticorpo IgM e IgG que vão induzir a 
modificação conformacional a reconhecer a porção C1q 
do complexo C1qrs. Quando há essa união, a ativação 
sequencial de R S finalizando a ativação do complexo e 
vemativar a proteína 4 a formar o C4a e o C4b, depois 
de C2 da mesma forma. O que o inibidor de C1 faz? 
Quando nosso estímulo antigênico estiver associado à 
imunoglobulina M ou G, por exemplo, temos a interação 
com o complexo C1qrs. O inibidor vai inibir a ativação 
sequencial de R e S. Se não ativa o complexo C1qrs de 
forma correta, não ativa a 4, a via não continua, ela pode 
estar no plasma mas não será ativada, porque para 
ativar C4, precisamos de todo complexo ativo, a 
subunidade Q passando sinal pra R que por sua vez ativa 
a S. Então podemos falar de duas formas, que o inibidor 
de C1 bloqueia o complexo C1qrs. A imagem mostra 
nosso antígeno, o epitopo, a porção que se liga a 
imunoglobulina e a imunoglobulina se ligando ao 
complexo C1qrs. O inibidor chega e bloqueia a ativação 
sequencial de R e S. Se não ativa R e S a via está 
interrompida. Via clássica inibe o complexo C1qrs. 
 
 
 
 
 
Na via das lectinas qual é o local de inibição? Ele vai 
bloquear a interação da proteína ligadora de manose e 
MASP 2. Na via das lectinas temos nossa manose ligando 
a lectina ligadora de manose, ligam as proteases MASP 
1e MASP 2. Só que o encaixe molecular desse complexo 
um encaixa de um lado e o outro encaixa do outro lado. 
O inibidor bloqueia a interação da lectina ligadora de 
manose como MASP 2. Se bloqueia essa interação, inibe 
a ativação da proteína 4 
 
Na via alternativa ocorre a hidrólise de C3, pelo estimulo 
antigênico e recrutamos o C3b. O C3b já é inibido pelo 
inibidor de C1. É mais fácil, ocorreu à hidrólise de C3, 
formou o C3b, ele já vem e inibe o C3b. O fator B não 
liga, não tem ativação da properdina e nem do fator T. 
 
O inibidor de C1 age bem no início da cascata. Essa é 
uma informação importante, independente de qual via 
ele regula, sempre tem o objetivo de regular o início das 
rotas. É como se tivéssemos pontos estratégicos, o 
início, a via central e o MAC. 
 
Informação adicional: Complemento age junto com 
mais dois sistemas, o de cininas e cascata de coagulação. 
Esses três sistemas vão trabalhar juntos. Isso faz sentido 
porque todos três sistemas são chamados de proteínas 
de fase aguda. Quando listamos proteínas de fase aguda, 
colocamos proteína amiloide do soro, proteína C reativa, 
cininas, fatores de coagulação, complemento, então 
esses três sistemas agem junto. Eles querem agir juntos 
por qual motivo? Cininas é um sistema que aumenta a 
permeabilidade vascular, isso é resposta de defesa. 
Então o complemento já faz isso e as cininas vão reforçar 
esse aumento da permeabilidade vascular. Mas porque 
ativa o sistema de coagulação? Quando o sistema de 
coagulação né ativado de maneira correta, ele vai 
formar no final os trombos. Qual é a ideia do trombo? Se 
o trombo é formado no vaso ele vai impedir a 
disseminação rápida do patógeno, mas tudo isso tem 
que estar regulado em uma eficiência muito grande 
porque se ativar complemento demais vai ativar cinina 
demais e vai ativar coagulação demais, por isso que 
quando um paciente tem uma infecção grave, ele pode 
ter coagulação intravascular disseminada, isso ocorre 
porque está ativando muito fator de coagulação, 
formando trombos. Trombo demais é ruim, mas quando 
eu formo um trombo que tem como objetivo impedir a 
disseminação do patógeno, isso é uma atividade que vai 
ajudar na defesa do organismo, da mesma forma 
aumentar a permeabilidade vascular é bom, mas se ela 
for exagerada nós podemos ter os comprometimentos 
como, por exemplo, grandes edemas, até mesmo ter um 
edema muito representativo que é o edema de glote. 
Então a ideia é o equilíbrio. Com o sistema de cininas e o 
de coagulação ativos estamos melhorando uma resposta 
de defesa, esses três sistemas agem juntos. Temos as 
moléculas do complemento, os fragmentos que são o 
C3a e o C5a vão estimular essa cascata. 
 
 
 
 
 
A setinha que está em mão dupla significa que C3a e C5a 
podem ativar a proteína plasmina, assim como a 
plasmina pode ativar C3a e C5a. A cascata do 
complemento foi disparada e foram formados os 
fragmentos C3a e C5a, eles ativam a plasmina que ativa 
a calicreína. A calicreína é um ponto chave dessa 
interação, porque ela ativa o sistema de cininas, mas 
também ativa o sistema de coagulação. Então o ponto 
de conexão entre o complemento e ativação da via de 
cininas ou a via de coagulação é a calicreína. A calicreína 
ativa o cilinogênio que é o zimogênio que é precurssor 
do peptídeo funcional chamado de bradicinina, ela atua 
fazendo o aumento da permeabilidade vascular. A 
calicreína ativa o fator XII da coagulação, como a setinha 
é em mão dupla, o fator XII também ativa a calicreína. 
Esse fator XII ativa o fibrinogênio que é o inativo, a 
proteína ativa zimogênio na presença da trombina, a ser 
convertida em fibrina que é ativa. A fibrina compõe o 
coágulo. Qual a importância do complemento ativar de 
forma conjunta o sistema de cinina e o sistema de 
coagulação? As cininas para aumentar a permeabilidade, 
que é vantajoso porque mais células são direcionadas 
para o sítio de infecção e os sistema de coagulação 
formar trombo para impedir a disseminação do 
patógeno, para dar tempo de outras estratégias agirem. 
 
 
Temos várias proteínas regulatórias como o fator de 
decaimento, proteína inibidora de MAC, proteína 
ligadora de C4, fator H, fator I, Inativador de moléculas 
pró-inflamatórias, proteína S, Inibidor membrânico da 
lise reativa. Tudo isso é estratégia. 
 
 
ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO 
 
O angioedema hereditário tem correlação com o inibidor 
de C1. É uma imunodeficiência primaria que tem como o 
setor acometido o setor do complemento. Nós vamos 
ver que existem tipos de angioedemas, o tipo 1, 2 e 3. Se 
for uma diminuição da eficiência que podemos tratar 
como qualitativa ou uma diminuição da quantidade 
desse inibidor vamos tratar que o angioedema 
hereditário é uma imunodeficiência e imunodeficiências 
ligadas ao complemento não são em quantidade muito 
grande. 
 
 
 
No gráfico acima, a deficiência de complemento 
representa 2%, celulares que é de linfócito T 10%, 
fagocitárias 18%, as combinadas 20% e a maior 
quantidade é a humoral 50%. 
 
 
 
O angioedema são mutações que ocorrem no 
cromossomo 11 e que vão levar a deficiência 
quantitativa e /ou qualitativa do inibidor de C1, então 
podemos encontrar acasos em que diminuiu a 
quantidade de eficiência, o inibidor pode perder a 
atividade, mas ele está em níveis adequados, tem, mas 
ele não é funcional, não age, tem alguma coisa errada 
nele pra ele não conseguir fazer a atividade de inibição 
das cascatas do complemento. O angioedema tem um 
início abrupto e curta duração, são crises que o indivíduo 
tem, onde as principais manifestações são os edemas, 
edema em região de mucosa, edema em região do trato 
gastrointestinal e esses edemas são desencadeados por 
fatores que vão incidir, fatores como, o indivíduo já 
nasceu com defeito no inibidor, ele tem uma infecção 
prévia, teve um trauma, algum fator emocional, 
mulheres contam muito com estrógeno, variação da taxa 
hormonal, isso pode fazer com que essa crise seja 
deflagrada, não quer dizer que o indivíduo vai ficar o 
tempo todo com o edema, ele vai passar por crises e isso 
vai se repetir ao longo da vida. Podemos ver na imagem 
abaixo o mesmo rapaz no momento da crise e no 
momento sem a crise. 
 
 
 
 
O panfleto do ministério da saúde fala que fatores 
emocionais, traumas, ciclo menstrual e infecções são 
fatores que podem influenciar nas crises de angioedema. 
O angioedema pode ser fatal e deve ser tratado 
prontamente, mostrando edema cutâneo de face, de 
laringe, edema abdominal e cutâneo de extremidade. O 
que vocês estão vendo do edema é reflexo de aumento 
da permeabilidade vascular porque o complemento está 
hiperativo, mas junto com o complemento quem 
também está hiperativo são as cininas. Tanto o 
complemento quanto cininas hiperativos fazem com que 
esse aumento da permeabilidade induza a edemas de 
forma mais exacerbada. 
 
As áreas que são mais acometidassão face e genitália, 
incluindo trato respiratório e intestinal. 
 
 
 
O artigo abaixo mostra como é o angioedema devido à 
diminuição tanto qualitativa ou quantitativa do inibidor 
de C1. Podemos também ter angioedema por outras 
causas, por exemplo, o indivíduo que faz consumo de 
um determinado alimento e ele começam a ter uma 
resposta alérgica, isso é um angioedema. Só que nesse 
caso, o mecanismo envolvido é IgE, são outras 
interleucinas, outros mecanismos. Os dois angioedemas 
que são mais observados são o angioedema hereditário 
com inibidor de C1 e o angioedema de origem alimentar. 
A calicreína está ligada com a comunicação do 
complemento com o sistema de cininas. 
 
Vou acrescentar mais uma informação lembram-se do 
fator XII? Ele vai ativar a coagulação, fibrinogênio, 
fibrina e trombo. O inibidor de C1 também pode ter um 
efeito sobre esse fator XII, um efeito mesmo de inibição. 
O inibidor de C1 pode diminuir a eficiência da atividade 
do fator XII, isso acaba influenciando também, se não 
tem inibidor de C1, a cascata de coagulação também 
pode ser influenciada. O paciente pode ter os dois 
sistemas ativos no momento da crise. 
 
 
 
 
 
O angioedema é classificado em três tipos. O tipo I, nós 
temos tanto a quantidade e a eficiência reduzidos, 
diminui qualidade e eficiência. 
 
O tipo II o defeito é funcional, o valor está dentro da 
normalidade. Você olha e o paciente está normal, mas a 
eficiência do fator está comprometida. Os níveis de C4 
encontram-se reduzidos tanto no I quanto no II. Isso é 
uma forma de nos auxiliar no rastreio. Pra rastreio de 
angioedema hereditário nós vamos ter inibidor de C1, 
quantidade, a avaliação funcional e a avaliação de C4. 
Porque nessas duas temos uma diminuição de C4? 
Gasta C4, ele fica hiperativo, vai consumindo essa 
proteina, então uma característica é que esse C4 esteja 
em menor quantidade. Uma observação importante é 
que o C4 está reduzido fora crise e durante uma crise. 
Sempre os níveis de C4 vão estar reduzidos, mas no 
momento da crise abaixa mais. 
 
O tipo III não existe alteração do inibidor de C1 o que 
observamos é uma relação entre níveis de estrógeno 
elevado, mutações no fator XII e o paciente tem essa 
clínica, esses episódios de crise, mas quando vai dosar o 
inibidor de C1, Tanto em quantidade quanto em 
qualidade ele é funcional, ele é normal. Os relatos dos 
pacientes que temos listado com angioedema do tipo III, 
as associações que se chegaram é mutações no inibidor, 
mutações no fator XII, alta taxa de estrógeno colaboram 
para essa clínica. Dentre os tipos listados os mais 
comuns são o I e o II. O III ainda temos poucas 
informações. 
 
 
 
 
Dentre as manifestações temos edemas recorrentes na 
face, extremidades, genitália, pescoço, edema 
subcutâneo, dor abdominal, principalmente se for 
edema de parede intestinal, edema de laringe e se for 
um caso grave morte por asfixia. Com esse individuo 
durante a crise ele pode receber plasma fresco porque 
contém complemento, pode usar durante a crise um 
inibidor de C1, existe um medicamento, mas que é 
extremamente caro e outras medidas como controle de 
dor. 
 
 
Aula 04.04.22 –Camila Vaz 
 
ESSA AULA É AQUELA QUE ELA LEVOU UM ROTEIRO, 
AO ESTUDAR TER ELE EM MÃOS. 
 
 
Em relação ao complemento a deficiência do inibidor de 
C1, quantitativamente ou qualitativamente cursa com 
angioedema hereditário e vimos que existem tipos de 
angioedema hereditário onde os níveis de inibidor de 
complemento, inibidor de C1 é normal, mas temos 
associação com a alta taxa de estrógeno e as mutações 
no fator XII de coagulação. 
 
 
 
Essa tabela vai nos mostrar algumas principais 
associações. Temos deficiência de C3, se essa deficiência 
for total é incompatível com a vida. Se for parcial temos 
as infecções que podem ocorrer como o pneumococcus 
que são agentes que podem estar correlacionados a esse 
tipo de infecção devido à deficiência de complemento. 
Já vimos que defeito de C5 em componentes terminais 
ésugestivo de infecções pela Neisseria, ou a 
NeisseriaMeningitides causando a meningite ou a 
Neisseriagonorreacausando a gonorreia. Vimos que a 
deficiência em C1, C2 e C4 levam a doenças por 
deposição de imunocomplexo que podem ser de ordem 
vascular, glomerular e podemos também encontrar 
esses depósitos em regiões articulares como na sinóvia. 
C1, C2 E c4 estão ligados com a remoção de 
imunocomplexos, se por ventura esses fatores estiverem 
deficientes isso vai cursar com doenças por depósito de 
imunocomplexos. Todas elas vão levar a um processo 
inflamatório, o agente causador da inflamação é o 
imunocomplexo. 
 
O carro chefe do sistema imune é frente ao patógeno. 
Sabemos que ele tem outras aplicações, mas o carro 
chefe é responder a um agente agressor de ordem 
biológica. Vamos dividir a resposta à infecção em cinco 
fases. A primeira compreende a detecção do agente 
agressor, como que esse agente agressor é detectado? 
Lembramos que inicialmente temos mecanismos que já 
estão prontos para servirem como barreira física e 
química. Essas barreiras tentam conter a entrada do 
patógeno, esse é o primeiro passo, por exemplo, as 
defensinas, a alfa 1 antitripsina, os ácidos graxos, o ácido 
úrico produzido pelas bactérias da microbiota, tudo isso 
são estratégias, se por ventura essas estratégias não 
forem eficazes, esse agente será reconhecido. O 
reconhecimento se dá pelo padrão que é compartilhado. 
O sistema imune inato consegue reconhecer padrões 
repetitivos que são compartilhados por diversas classes 
microbianas. Vimos alguns exemplos de PAMP’s como a 
pilina, a manose, a flagelina, o DNA metilado de algumas 
bactérias, RNA, DNA fita simples e fita dupla, o 
peptideoglicano são reconhecidos pelos receptores de 
reconhecimento de padrão. Sabemos que a localização 
desse receptor pode ser que ele esteja na membrana 
plasmática da célula sentinela, ou da célula que será 
realizado o reconhecimento, ou na membrana de um 
endossomo formado interiormente ou no citosol, mas 
contamos também com moléculas solúveis de 
reconhecimento para nos auxiliar na detecção do agente 
agressor. Caso ocorra a detecção desse agente agressor 
dispara-se a cascata bioquímica. Sabemos que a cascata 
leva a ativação das proteínas adaptadoras, ativação e 
recrutamento das quinases para que também possamos 
ter ativação e recrutamento dos fatores de transcrição 
que vão levar a ativação da expressão gênica, ativa uma 
determinada classe gênica que vai ser responsiva aquele 
momento que o organismo está passando, se é uma 
questão viral, uma questão fungica ou uma infecção 
bacteriana e de acordo com isso essas proteínas de 
defesa vão ser produzidas. 
 
 
A segunda fase é chamada de resposta imediata. 
Imediata significa recursos da imunidade inata 
atuando.Se ocorreu a síntese de proteínas de defesa 
quais são as respostas mais desejadas que temos? 
Síntese de proteínas de fase aguda, pra que sintetizar 
proteínas de fase aguda? Porque sabemos que 
complemento junto com as cininase fatores de 
coagulação ajudam a conter a disseminação do 
patógeno, dentre outras atribuições do complemento 
como aprendemos que é a opsonização que favorece a 
fagocitose, atuar como mediador da resposta 
inflamatória, proteína C reativa, lectina ligadora de 
manose também servem como moléculas solúveis e 
reforçam o reconhecimento anterior. Lembramos 
também que PCR e amiloide do soro são marcadores de 
processos infecciosos e essa resposta de fase aguda 
também é chamada de resposta imediata a infecção. A 
resposta de fase aguda é o reflexo da detecção do 
agente agressor e tudo isso vai começar a desenhar 
quais são as estratégias melhores que o organismo tem 
frente a um agente agressor, não quer dizer que toda 
vão ser usadas ao mesmo tempo, elas podem se somar. 
Lembram que uma das características do sistema 
imunológico é cooperação? Um componente coopera 
com o outro para melhorar a resposta imune, para que 
possamos ter um efeito melhor. Vemos isso o tempo 
todo, a proteínaC reativa pode estimular a opsonização, 
o complemento também, isso reforça a atividade de 
fagocitose e vamos buscando melhorar a eficiência da 
resposta imune, porque o tempo todo a briga é muito 
grande. Os patógenos vão evoluindo para escapar da 
resposta imune e a resposta imune tem que se adaptar 
para conseguir eliminar o agente agressor, quanto mais 
elementos estão ativos ao mesmo tempo, eles podem 
melhorar a eficácia da resposta, por isso que a 
cooperação é importante de acontecer. O terceiro 
tópico é a sinalização de citocinas e quimiocinas. 
Citocinas são proteínas comunicadoras, a resposta 
imediata é dependente dessas citocinas, precisamos do 
interferon pra resposta viral, precisamos da interleucina 
1 para febre, pra aumentar a expressão de moléculas de 
adesão. As quimiocinas são tipos especiais de citocinas 
ligadas com migração celular. O que esperamos de 
resposta proteínas de fase aguda e citocinas? 
Esperamos uma resposta muito importante que é a 
quimiotaxia, que é o recrutamento, vamos precisar 
mobilizar células do vaso para o sítio infeccioso. A 
quimiotaxia será muito importante para otimizarmos 
essa resposta. Pra quimiotaxia acontecer precisamos 
preparar o vaso, aumentar a permeabilidade, vamos 
precisar da expressão de moléculas de adesão até que as 
células consigam se orientar para passar, não é só passar 
do vaso para o tecido, lá no próprio tecido ela vai ter que 
se orientar pra onde ela vai e essa orientação é muito 
importante a fim de levar a célula ao foco ideal. A 
fagocitose é uma estratégia da resposta imediata, essa 
estratégia vai ser responsável pela endocitose do agente 
agressor a ação de todas aquelas enzimas proteolíticas 
do metabolismo de oxigênio, de nitrogênio para que 
possam efetivar a destruição do patógeno. Alguns 
patógenos conseguem escapar da fagocitose e aí a gente 
vem com a opsonização como estratégia. Nós temos 
algumas bactérias que são produtoras de ácido siálico, 
elas inibem a ativação do complemento, os 
pneumococcus podem fazer isso, eles produzem esse 
ácido siálico e acaba inibindo a atividade do 
complemento. Esse é um exemplo de evasão da 
estratégia do complemento, ao invés de fazer a lise polo 
MAC, pode fazer outra estratégia para ele, como marcar, 
levar a opsonização, como outras estratégias auxiliares. 
O pneumococcus já faz uma resposta pra evadir o 
complemento. É possível avaliar a eficácia da 
fagocitose? Sim. Temos um teste de avaliação de 
fagocitose, é um corante que é colocado em contato 
com a célula, se esse corante produzir as espécies 
microbicidas e ele mudar de laranja pra azul significa que 
tem atividade enzimática. Quando comentei com vocês 
de fagocitose, eu disse que tem uma enzima muito 
importante chamada oxidase fagocítica. A atividade da 
fagocitose é medida pela atividade dessa enzima, se o 
corante mudar de laranja pra azul isso nos mostra que 
tem atividade da enzima de fagocitose, então mostra a 
eficiência dessa atividade. Indivíduos com deficiência da 
G6PD não conseguem ter a enzima chave para gerar o 
NADPH, o NADPH alimenta o sistema de oxidase 
fagocítica, como ele não é alimentado corretamente tem 
chances da fagocitose não ser eficiente e isso aumenta a 
possibilidade de infecções. A resposta de inflamação nós 
temos os agentes biológicos e a febre. 
 
A terceira fase de resposta à infecção é a resposta 
tardia. Nesse momento a imunidade inata agiu e agora 
está na hora de chamar a imunidade adaptativa. Então a 
resposta tardia a infecção começa com esse 
intercâmbio. O intercâmbio se dá pela apresentação de 
antígeno. Os recursos da inata atuaram, não foram 
suficientes, precisamos recrutar linfócito T, então vamos 
fazer um intercâmbio com a apresentação de antígeno. 
Temos a apresentação do antígeno ao linfócito T, isso vai 
chamar resposta celular ou mediada por células e na 
sequencia aprenderemos resposta humoral. Vamos 
aprender a celular primeiro porque ela vem do 
intercâmbio, da apresentação e lembramos que uma vez 
que o linfócito TCD4 está ativo, ele pode ativar o B. Isso 
chama resposta tardia. 
 
Já que conseguimos ativar a resposta celular e a resposta 
humoral, está na hora dos mecanismos efetores agirem. 
Temos a ação dos anticorpos de todas as estratégias 
possíveis, a ação das citocinas pelo linfócito TCD4, as 
perforinas e granzimas e nós vamos começar a fazer 
uma grande diferenciação. Lembra que eu falei para 
vocês que o CD4 vai se dividir em sub-populações? 
Como TH17, TH9, TH1, TH2, nós vamos ver qual é a 
eficiência de cada uma dessas células. 
 
A quarta fase se chama destruição e eliminação ou 
neutralização da ameaça apresentada pelos patógenos e 
o que isso significa?Queremos eliminar e atuar, mas 
atuar como? O sistema imune adaptativo celular e 
humoral são os mecanismos efetores. 
 
A quinta etapa consiste na geração da imunidade para 
que o organismo não fique doente se for novamente 
infectado pelo patógeno, com o objetivo de eliminar 
sem dano ao indivíduo e para isso vamos precisar do 
Treg, formar linfócitos de memória, remodelamento 
tecidual e homeostase, porque o sistema imune preza 
pela homeostase. 
 
O outro roteiro trouxe para nós imunidade inata de O 
(zero)há 4 horas. Como que é a resposta a infecção? 
Reconhecimento por efetores inespecíficos, pré- 
formados e amplamente específicos. O que seria isso? 
Temos a alfa 1 antitripsina na mucosa respiratória, 
temos o PH ácido do estômago, cada sítio trás o seu 
componente. Esse reconhecimento por efetores 
inespecíficos está falando das barreiras, o que tem nas 
barreiras que são defesa? O muco não sabe separa se é 
um vírus, ele está lá para grudar e mandar embora. De o 
a 4 horas visando a remoção do agente infeccioso. Se a 
barreira física e química não conseguir eliminar nós 
temos a resposta imune precocemente induzida, com 
reconhecimento das moléculas padrão associadas a 
microrganismos, que é isso? Reconhecimento do 
PAPM’s, como a sinalização. Após reconhecer, temos a 
inflamação, recrutamento e ativação de células efetoras, 
quimiotaxia, fagocitose, ação das proteínas de fase 
aguda para fazermos a eliminação do agente agressor. A 
resposta imune adaptativa, a tardia, vamos precisar de 
um curso maior, transporte de antígenos para os órgãos 
linfoides, porque vai fazer transporte? Porque é no 
órgão linfoide secundário que vai iniciara resposta 
imune adaptativa, é o intercâmbio que vai acontecer no 
órgão linfoide secundário. Em resposta queremos 
reconhecimento por células T e B virgens, elas vão se 
tornar efetoras e vão atuar para liberar os mecanismos 
efetores, expansão clonal e diferenciação para células 
efetoras para remover o agente infeccioso. 
 
Primeiro chega o patógeno e faz aderência ao epitélio, o 
epitélio é a barreira, se essas barreiras estiverem 
atuando corretamente está impedindo a colonização e 
entrada, mas se acontecer a infecção local e penetração 
no epitélio temos o macrófago tecidual e a célula 
dendrítica, começa a expressar e fazer cascata de 
sinalização reconhecendo o agente agressor pelo 
PAMP’s, faz a cascata e começa articular o que 
chamamos de resposta imediata a infecção. Temos 
infecção local dos tecidos, o que esse sistema tem para 
ajudar? Ele vai levar as células de defesa, vai começar a 
recrutar os mecanismos que são compatíveis com 
aquele momento até chegarmos a ativar a imunidade 
adaptativa que corresponde ao último desenho para que 
possamos produzir o anticorpo. O anticorpo é o que está 
com a pontinha marcada e o redondinho com duas 
bolinhas são os linfócitos. Com isso teremos eliminação 
da infecção por anticorpos, ativação de células T 
dependentes de macrófagos e citotoxidade das células T, 
para conseguir fazer a resposta que queremos, mais 
específica, mais elaborada que nos leve a ter a memória 
imunológica. 
 
Aula 06.04.22 – Priscila Montesano 
 
RESPOSTA À INFECÇÃO: 
 
1.Detecçãodainfecção/Agenteagressor: 
o Vimos que é preciso detectar inicialmente a infecção, 
mas se o patógeno consegue evadir as barreirasfísicas e 
químicas é preciso detectar este agente agressor. 
o Sabemos que a sinalização do S.I. Inato é feita por 
meio do reconhecimento do PAMP pelos receptores de 
reconhecimento de padrão (Tolllike/Riglike/Nodlike) e 
também por moléculas solúveis de reconhecimento. 
o Ocorre então a sinalização e temos a ativação da 
cascata bioquímica (ativação das proteínas 
adaptadoras/ativação e recrutamento das proteínas 
quinases/ativação e recrutamento dos fatores de 
transcrição – ativação gênica. 
o Esses por sua vez, se direcionam ao elemento de 
resposta para induzir a síntese de proteína de defesa. 
 
______________________________________________ 
 
2.Respostaimediataàinfecção. 
É a resposta após a sinalização, após a ativação da 
expressão gênica. 
Vamos ter várias proteínas sendo produzidas, em 
especial as citocinas, quimiocinas, proteínas de fase 
aguda, moléculas de adesão vão ser expressas, vai ser 
necessário recrutar algumas atividades do organismo 
como a quimiotaxia, fagocitose que pode ser favorecida 
pela opsonização, resposta inflamatória, resposta de 
febre e acionada resposta de fase aguda que é a 
liberação dessas proteínas como o complemento, 
cininas, fatores de coagulação e demais proteínas de 
fase aguda. Vamos começar falando das proteínas de 
fase aguda: 
 
o Proteínas de Fase Aguda: 
 
 
 
- Sintetizadas em resposta a IL-6 que é a principal 
estimuladora da síntese de fase aguda, mas temos essa 
função complementada pela IL-1 e TNF que reforçam 
essa atividade de síntese de proteínas de fase aguda. 
- As citocinas podem ter várias funções, mas podemos 
ter diferentes citocinas desempenhando a mesma 
função. A IL-1; IL-6 e o TNF estimulam a ativação do 
hipotálamo e ativação do set-point para desencadear a 
febre. 
- A IL-6 além de ser importante para síntese de proteínas 
de fase aguda, é para febre, promove quimiotaxia, uma 
mesma citocina com várias funções. 
- A IL-6 estimula o fígado através da utilização do pool 
de aminoácidos a sintetizar as proteínas de interesse. 
Na imagem acima vemos algumas: 
*Complemento: proteínas séricas ou associadas a 
membrana, cuja a função é atuar em cascata onde uma 
proteína tem ação proteolítica sobre a outra, de modo a 
formar produtos funcionais, como o produto final que é 
o MAC; C3b – opsonização; C3a, C4a e C5a – mediadores 
da inflamação; C1, C2 e C4 - remoção de 
imunocomplexos. O complemento, além de contribuir 
para resposta aos patógenos, também contribui para 
imunovigilância, porque é um estimulo para sinalização 
de apoptose. Possui 3 vias de ativação: 
1. Clássica: Ag – Ac/IgM ou IgG, que ativa proteína C1qrs, 
ativa C4 e C2 continuando a cascata. 
2. Das lectinas: Ag/manose – Lectina Ligadora de 
Manose, MASP-1/MASP-2, ativa C4 e C2 continuando a 
cascata. 
3. Alternativa: Ag – estimula hidrólise de C3, recruta 
fator B para continuar a cascata com a properdina, fator 
D a estimular o B a se transformar em Ba e Bb – Bb 
segue na cascata ao unir-se ao C3b proveniente da 
hidrólise de C3. 
O que leva a escolha de determinada via é a ativação 
antigênica e o tipo de proteína que vai ser estimulada. 
*Lectina Ligadora de Manose:vamos destacar como 
uma molécula solúvel de reconhecimento (sinalização) e 
proteína do complemento. 
*Fibrinogênio: proteínas da coagulação (formação de 
trombos), que vão ser acionadas concomitante ao 
sistema complemento e o sistema de cininas 
(aumentando a permeabilidade vascular), para 
desempenhar uma estratégia conjunta para conter a 
disseminação do patógeno. Essas 3 vias precisam estar 
funcionando de forma integrada para que a resposta 
seja positiva ao indivíduo, falha em alguma via pode 
levar a distúrbios como CIVD, ou edema generalizado. 
*Proteína Amilóide do Soro: serve como rastreio, porem 
é pouco utilizada na prática clínica. 
*PCR: serve como rastreio, é a mais utilizada na prática 
clínica. É importante para opsonização, ajuda a impedir a 
disseminação do patógeno. 
 
 
 
Na imagem acima vemos o fígado em resposta a IL-6 
produzindo as proteínas de fase aguda. E a PCR 
marcando o patógeno para que ocorra a opsonização, 
juntamente também a lectina ligadora de manose. 
 
o Citocinas e Quimiocinas: 
- 
Mensageirospeptídicosusadosparaacomunicaçãoentreas
células.Fazem sinalização. Podem atuar sinalizando para 
febre, para o aumento da expressão de moléculas de 
adesão no endotélio, estimulando a medula óssea a 
produzir células, ativando e diferenciando células. 
- Macrófagos,monócitos,NK (citocinas ligadas a resposta 
imediata). 
- IL-1,IL-6,TNF. 
- Interferon. 
- IL-12,IL-15. 
- Quimiocinas(IL-8). 
 
 
 
Na imagem acima vemos a atuação, características ou a 
forma que a citocina vai atuar. 
 
- Atuam em concentrações baixas (não é preciso 
quantidades grandes de citocinas para se ter um efeito 
biológico desejado), porque quando as citocinas são 
produzidas em quantidades maiores podem cursar com 
desfechos não favoráveis como caquexia, lipólise e 
emagrecimento, hipoglicemia; 
- Ação rápida e autolimitada; 
- Necessitam de receptores (se ligam aos receptores 
para passar o sinal ao núcleo celular para ativar a 
expressão gênica); 
- Uma citocina – várias ações biológicas; 
- Diferentes citocinas podem apresentar o mesmo efeito. 
- Pacientes com infecções prolongadas, podem cursar 
com emagrecimento, pelo fato de produzir muita 
citocina estimulando proteólise muscular, lipólise para o 
organismo produzir energia. 
 
 
 
o Como a citocina vai agir: 
- A célula pode produzir a citocina e ela mesmo utilizar – 
autócrina. 
- A célula produz e a célula adjacente utiliza – parácrina. 
- A célula produz, ganhou a corrente sanguínea e foi 
reconhecida lá no fígado para induzir a síntese de 
proteínas de fase aguda - endócrina. 
As ações gerais das citocinas: podem estar ligadas a 
maturação, diferenciação, proliferação e ativação. 
 
IL-1: 
o Ações: 
- Hematopoese; 
- Expressão de moléculas de adesão no endotélio 
vascular (garantir a aproximação ao endotélio vascular e 
a célula se aderir – expressar moléculas que vão permitir 
a rolagem das células de defesa até que elas possam 
realizar a diapedese); 
- Quimiotaxia (migração); 
- Fagocitose (aumento do metabolismo oxidativo), a 
fagocitose tem um conjunto de 3 grupos de enzimas: 
ação proteolítica (degradam proteína antigênica em 
peptídeo); enzimas do metabolismo de oxigênio (oxidase 
fagocítica, mieloperoxidase) para gerar as espécies 
reativas de oxigênio; enzimas do metabolismo de 
nitrogênio (óxido nítrico – agente microbicida). 
Lembrando que na DGC o desfecho é na oxidase 
fagocítica. A oxidase fagocítica é NADPH dependente, 
então para ativar a oxidase é necessário a via da pentose 
fosfato ativa para gerar NADPH. 
- Pirógeno endógeno (promovem a síntese de PGE2) 
mecanismo da febre; 
- Propicia a atividade de fibroblastos, promovendo a 
cicatrização. 
 
o Origem: 
- Monócitos/macrófagos. 
 
o Estímulos: 
- LPS, radiação ultravioleta excessiva e exercícios físicos 
em intensidade excessiva. 
o Causa de produção: lesão celular. 
 
 
 
TNF: 
o Ações: 
- Hematopoese; 
- Expressão de moléculas de adesão no endotélio 
vascular; 
- Ativação de neutrófilos, monócitos, macrófagos, NK; 
- Pirógeno endógeno (promovem a síntese de PGE2); 
- Propicia a atividade de fibroblastos, promovendo a 
cicatrização; 
- Apoptose de células neoplásicas e células infectadas 
por vírus. 
 
o Origem: 
- Monócitos/macrófagos. 
 
o Estímulos: 
- Células neoplásicas e vírus. 
- Bactérias Gram + e Gram - 
 
o Causa de produção: alterações intracelulares. 
 
 
 
 
 
Na imagem acima vemos: expressão de moléculas de 
adesão no endotélio, medula óssea (leucocitose), 
ativação da célula, proteínas de fase aguda, resposta de 
febre, e os efeitos do choque séptico. 
 
 
 
IL-6: 
o Ações: 
- Síntese de proteínas de fase aguda; 
- Hematopoese –especialmente da linhagem 
neutrofílica; 
- Aumenta a concentração de zinco intracelular e a 
atividade enzimática; 
- Pirógeno endógeno (promovem a síntese de PGE2). 
 
o Origem: 
-Monócitos/macrófagos. 
 
o Estímulos: 
- Antígenos, traumas, atividades físicas excessivas, 
excesso de radiação UV. 
 
 

Interferon – Tipo I: 
o Ações: 
- Citocina responsável por 
limitar a propagação viral; 
- Ação mais específica 
antiviral; 
- Inibe a síntese de proteínas; 
- Inibe a replicação viral por 
inibir a síntese de uma nova 
partícula viral e por 
degradação do RNA viral. 
 
o Origem: 
- Células dendríticas e 
macrófagos infectados por 
vírus. 
 
O que seria a Indução do estado Antiviral? 
O vírus reconhece o receptor, e este receptor faz com 
que o vírus faça um contato com a célula alvo, ele vai 
desnudar e inserir o material genético na célula do 
hospedeiro e ele vai fazendo várias partículas virais. O 
Interferon pode inibir a síntese de proteínas, degradar o 
RNA viral, impedir a montagem do vírus; ele também 
pode proteger a célula adjacente para que quando for 
lançada uma nova partícula viral, esta célula fique 
protegida, contendo a multiplicação viral. 
 
Aula 11.04.22 – Priscila Montesano 
 
RESPOSTA À INFECÇÃO: 
**Continuação: 
 
IL-12: 
- Ativação de NK. 
 
 
 
IL-15: 
- Ativação e proliferação de NK. 
Então a IL-12 e IL-15, é um tipo de citocina especial da 
imunidade inata que tem como atividade amplificar a 
ação da NK. 
 
o Quimiocinas: 
São tipos especiais de citocinas envolvidas com migração 
ou recrutamento celular (movimentação). 
- IL-8 –quimiotática para neutrófilos, é um mediador 
inicial da inflamação); aumenta a expressão de 
moléculas de adesão no endotélio; 
- CCL-2 –quimiotática para monócitos (fagócito do 
sangue, que é recrutado para o tecido para se 
transformar em macrófago). 
 
o Fagocitose: 
É uma estratégia na qual células chamadas de fagócitos 
tem a capacidade de reconhecer os agentes agressores 
através de receptores que são expressos na superfície 
desses fagócitos que irão promover a endocitose deste 
agente agressor. 
A endocitose faz com que o antígeno seja interiorizado, 
para que na sequencia as enzimas da fagocitose possam 
atuar. 
Vimos 3 grupos de enzimas: 
- Enzimas proteolíticas (para quebrar proteína antigênica 
em peptídeo); 
- Enzimas do metabolismo de oxigêniopara gerar os 
reativos de oxigênio (oxidase fagocítica e 
mieloperoxidase); 
- Enzimas do metabolismo de nitrogênio para gerar os 
reativos de nitrogênio (óxido nítrico). 
- Todas essas enzimas trabalham em conjunto para que 
o patógeno seja eliminado através de uma ação 
microbicida. Esses são os agentes microbicidas da 
fagocitose, são elas que vão danificar o patógeno de 
modo a destruí-lo. 
 
Na imagem abaixo vemos, um fagócito que expressa 
receptores em sua superfície, uma vez que este 
patógeno se liga ao receptor começa se ativar as 
proteínas do citoesqueleto permitindo a interiorização 
do patógeno que vai ser envolto por uma membrana 
formando o fagossomo; sequencialmente há ativação do 
lisossomo que contém essas enzimas, permitindo a 
fusão entre o fagossomo e o lisossomo, formando o 
fagolisossomo. 
Agora as enzimas vão atuar processando a proteína 
antigênica em peptídeo, formando os reativos de 
oxigênio e de nitrogênio. 
 
A oxidase fagocítica é uma enzima importante na 
fagocitose, que é alimentada pelo redutor NADPH da via 
da pentose fosfato (glicose – ribulose 5P – produzido 
NADPH). 
 
 
 
Doença Granulomatosa Crônica - DGC: 
- Imunodeficiênciacongênita primária; 
- CromossomoX; 
- 
AlteraçãogenéticanocomplexoenzimáticodeNADPHoxida
se; 
- Defeitos na explosão respiratória (defeitos na ação das 
enzimas do metabolismo de oxigênio e nitrogênio 
parageração de espécies microbicidas da fagocitose); 
- Nãoháproduçãodeespéciesmicrobicidas, fagocitose 
ocorre de forma incompleta; 
- ↑Infecçõesbacterianasefúngicas; 
- 
Aprincipalcaracterísticaclínicaconsistenoaparecimentode
manifestaçõesinfecciosasantesdoprimeiroanodevida,con
stituindoumasíndromedeinfecçãorecorrente,quecompro
meteapele,sistemasdigestivoerespiratório,gânglioseoutr
osórgãosprofundoscomoofígado. 
 
o Uma importante pista 
para o estabelecimento 
precoce do diagnóstico é 
o achado de 
microrganismos 
incomuns ou 
normalmente não 
patogênicos: 
- S.aureus; 
- S.epidermidis; 
- Serratiamarcescens; 
- Pseudomonas; 
- E.coli; 
- Aspergillusspp. 
 

o Avaliação eficiência da 
fagocitose através NBT 
(NitroblueTetrazolium). 
o Avaliação da etapa de 
digestão da fagocitose. 
 
 
 
 
 
o O NBT é um reagente de coloração laranja que 
quando há atividade enzimática, ocorre redução e 
formam pequenos grânulos que vão se depositar no 
nosso esfregaço evamos ver a mudança da coloração 
para azul, indicando assim a atividade de fagocitose. 
o Fagócitos dos pacientes com a doença granulomatosa 
crônica são incapazes de reduzir o corante NBT. 
 
 
 
Na imagem acima vemos macrófagos (amarelo) que se 
fundiram e formam célula gigantes, vários macrófagos se 
fundiram e todos eles têm defeito na fagocitose, e o 
estímulo antigênico persiste. O sistema imune começa a 
recrutar LT (azul) que irão proteger esses macrófagos 
(cercar) formando o granuloma. 
 
 
 
o ↑ Ig sérica; 
o Função normal de NK; 
o Função normal de LB e LT; 
o Funçãonormaldocomplemento; 
o Asprovasdefunçãohepática 
podemestaranormaiscomo 
consequênciadosabcessos 
hepáticos (marcadores da função 
hepática). 
 
 
o Quimiotaxia: (levar) 
- 
Recrutarcélulaseoutrosfatoresdacorrentesanguíneaaoste
cidos,paraajudararemoverospatógenosecélulasoutecidos
mortos. 
 
Ocontroledomovimentocelularéfeitoemdoisníveis: 
- 
Osleucócitosdeixamacorrentesanguíneaeentramemumte
cidoouórgãoparticular; 
- Controla-
separaondevãoascélulasdentrodostecidoseórgãos,assim
quedeixamacorrentesanguínea. 
 
 
o Na imagem acima vemos o vaso e o tecido, 
detectamos o agente agressor, passar pelo processo de 
sinalização, produção de mediadores e a resposta 
vascular e de quimiotaxia. 
o O macrófago é a célula sentinela do tecido, através 
de seus receptores identificou o agente agressor - 
PAMPs pelo receptor de reconhecimento de padrão – 
cascata bioquímica leva produção de proteínas (IL-1 e 
TNF). A IL-1 e o TNF vão aumentar a expressão de 
moléculas de adesão no endotélio vascular, para que a 
célula possa se aproximar e rolar para fazer a diapedese 
(migração do vaso para o tecido). 
o Concomitante a isso, quando o macrófago fez a 
sinalização ele ativa as proteínas do citoesqueleto para 
englobar o patógeno e fazer fagocitose. 
o O endotélio respondeu aumentando a expressão 
dessas moléculas de adesão, e a célula vem rolando até 
que o endotélio aumente a permeabilidade vascular e 
permita que a célula de defesa possa migrar do vaso 
para o tecido. 
o Passou célula, passou líquido, proteína, aumentou o 
fluxo sanguíneo, rubor, calor, edema. 
o O que promove (faz) a quimiotaxia: os eicosanoides, 
que são as prostaglandinas e leucotrienos, 
complemento. 
 
- 
Rolagemdosleucócitossobreoendotéliomediadaporselect
inas. 
- Produçãodecitocinas(TNFeinterleucina-
1)econtatocommicrorganismolevaaproduçãodeselectina
s; 
- Ainteraçãoselectina-ligantesãodebaixaafinidade. 
- Ativaçãodeintegrinasporquimiocinas. 
- 
Adesãoestáveldosleucócitosaoendotéliomediadoporinte
grinas. 
- Transmigraçãodeleucócitosatravésdoendotélio. 
- 
Oacúmulodeleucócitosnostecidoséumimportantecompo
nentedainflamação(reaçãocomplexadotecidovasculariza
doàinfecção,àexposiçãoatoxinasouàlesãocelularenvolve
ndooacúmulodeproteínasplasmáticaseleucócitos). 
 
o Inflamação: 
o É a detecção de um agente agressor com a liberação 
de mediadores promovendo alterações vasculares e 
celulares. 
o Componentescelulares (produção de células 
especificas em resposta ao agente agressor). 
o Mediadoresquímicos (gera ação a nível vascular e 
recrutamento de células específicas). 
 
o Respostadefaseaguda: 
o Efeitosobreocérebro (desencadeando a febre); 
o Efeitosobreofígado (produzindo proteínas de defesa); 
o Efeitosobreamedulaóssea (produzir mais células); 
o Efeitosobreoendotéliovascular. 
 
o Inflamação 
o Latim: Inflamare 
o Grego: Flogose 
o ‘ Pegar fogo’ 
o Reaçãovascularizadadedefesadoorganismocontrauma

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