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TICs 16 - Reação tipo 1 e tipo 2 - Izabelly Julia

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Centro Universitário São Lucas (Afya Educacional) - Campus Areal, PVH 
 Curso/matéria/período: Medicina / 3° período / Sistemas Orgânicos Integrados III 
 Acadêmico(a): Izabelly Julia Rocha Silva 
 Data: 23 de maio de 2022 
 REAÇÃO TIPO 1 E TIPO 2 - HANSENÍASE 
 DESENVOLVIMENTO 
 A hanseníase é uma doença inflamatória que tem suas manifestações 
 clínicas mediadas por reações do sistema imunológico com a ação do bacilo de 
 Hansen, cuja fisiopatologia é semelhante à tuberculose, já que são bactérias do 
 mesmo gênero. As reações hansênicas são episódios imunomediados de 
 hipersensibilidade aos antígenos bacterianos que podem ocorrer antes, durante ou 
 após o tratamento, não sendo motivo para sua descontinuidade caso ocorra durante, 
 nem para reinício caso ocorra depois da quimioterapia. 
 Tais reações podem ser divididas em tipo 1 e tipo 2 que ocorrem 
 respectivamente em paucibacilares e multibacilares. As do tipo 1 são reações de 
 hipersensibilidade do tipo 4 ou tardia e ocorrem em pacientes com algum grau de 
 resistência. Nesse caso, as lesões preexistentes são eritematosas e apresentam 
 edema, entretanto, podem surgir novas lesões disseminadas em manchas, pápulas 
 ou placas elevadas e bem delimitadas que podem ulcerar e descamar conforme a 
 evolução do caso. Pode ocorrer um raro acometimento neural que vem a causar dor 
 espontânea ou palpação de nervos (espessados ou não), parestesias, paralisias e 
 diminuição da força muscular. 
 Já as reações de tipo 2 são respostas de hipersensibilidade do tipo 3 
 mediadas por imunocomplexos. Nesse caso há manifestação cutânea com o 
 surgimento de nódulos subcutâneos dolorosos que também podem ulcerar. 
 Diferentemente da reação de tipo 1, na de tipo 2 o quadro pode apresentar sintomas 
 sistêmicos que incluem febre, mal estar geral, dores no corpo, aumento doloroso dos 
 linfonodos, neurites, artralgias, artrites, irites, orquites, hepatoesplenomegalia 
 dolorosa, icterícia e trombose. Nesse caso, as manifestações neurológicas não são 
 diferentes das reações de tipo 1. 
 REFERÊNCIAS 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
 Guia para o Controle da Hanseníase . Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: Guia de 
 Hanseniase (saude.gov.br). Acesso em: 23 mai. 2022. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância e 
 Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase . Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 
 Disponível em: guia_pratico_hanseniase.pdf (saude.gov.br). Acesso em: 23 mai. 2022. 
 MURHPHY, K. Imunobiologia de Janeway . 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 RIVITTI, E. A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti . São Paulo: Artes Médicas, 
 2014. 
 VIRMOND, M. Hanseníase: Episódios Reacionais. Projeto de Diretrizes, Associação Médica 
 Brasileira e Conselho Federal de Medicina , p. 4-9, 2003, Disponível em: 
 hanseniase-episodios-reacionais.pdf (amb.org.br). Acesso em: 23 mai. 2022.

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