Prévia do material em texto
TICs Semana 16 – Reação Tipo 1 e Tipo 2 - Hanseníase Discente: Cecília da Silva Tourinho Turma: XXXIII – SOI III Encaminhe uma resenha (texto) definindo as reações do Tipo 1 e do Tipo 2. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada por um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) e intracelular obrigatório, o Micobacterium leprae. De forma geral, é qualificada pela apresentação de lesões de pele, bem como alterações de sensibilidade (térmica, dolorosa e/ou tátil), decorrente do comprometimento dos nervos do sistema nervoso periférico. O predomínio da imunidade celular (Th1) ou da imunidade humoral (Th2) na infecção da hanseníase é responsável por definir as manifestações da doença. Se a resposta Th1 prevalecer, a doença ocorre de forma localizada, com a formação de granulomas, classificando a hanseníase tuberculoide; enquanto na resposta Th2 ocorre a hanseníase virchowiana, que corresponde à forma disseminada da doença. Diante disso, pode-se desencadear ainda surtos reacionais, caracterizados pela inflamação aguda causada por uma exacerbação da resposta imunológica que ataca o bacilo. As reações hansênicas geralmente surgem durante o tratamento da hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou após ele. São a principal causa de sequelas neurológicas, sendo divididas em: ▪ Tipo 1 (reação reversa): reflete o aumento da imunidade celular, comum em indivíduos paucibacilares ou dimorfos (multibacilares). Há a reagudização de lesões antigas, que tornam-se eritematoedematosas; além do aparecimento abrupto de novas lesões e piora do comprometimento neural (neurites, perda de sensibilidade, fraqueza muscular). ▪ Tipo 2 (eritema nodoso hansênico): verifica-se a hipersensibilidade humoral, mediada por imunocomplexos (anticorpo, antígeno e complemento). Acomete apenas pacientes multibacilares, exibindo nódulos eritematosos e dolorosos difusamente pelo corpo, mais frequentes nos braços e pernas, que podem se ulcerar. O olho também pode estar envolvido, correndo com irite, e há presença de sintomas sistêmicos como febre, astenia, artralgia e icterícia. Figura 1- Reações hansênicas tipo 1 Figura 2 - Reações hansênicas tipo 2 Fonte: Ministério da Saúde. Guia prático sobre a hanseníase. (2017, p. 49-50) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZULAY, R. D. Dermatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília, 2017. NETO, C. F.; CUCÉ, L. C.; DOS REIS, V. M. S. Manual de Dermatologia. 5. ed. São Paulo: Manole, 2019.