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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EDUARDO LOPES DA MOTTA Matrícula: 20181302007 ORIENTAÇÃO DE PRODUTO X ORIENTAÇÃO DE MARKETING AVALIAÇÃO 1 – FUNDAMENTOS DE MARKETING Rio de Janeiro Maio 2022 EDUARDO LOPES DA MOTTA ORIENTAÇÃO DE PRODUTO X ORIENTAÇÃO DE MARKETING AVALIAÇÃO 1 – FUNDAMENTOS DE MARKETING 1a Avaliação da disciplina Fundamentos de Marketing apresentada ao curso de Engenharia de Produção da Universidade Veiga de Almeida como requisito para a obtenção do título de bacharel. Rio de Janeiro Maio 2022 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO:..........................................................................................................4 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4 Enunciado............................................................................................................4 Soluções..............................................................................................................4 CONCLUSÃO............................................................................................................5 REFERÊNCIAS.........................................................................................................6 3 INTRODUÇÃO A empresa Beta desenvolve produtos tecnológicos, como smartphones e notebooks, há três anos e seu foco sempre foi o cliente. Durante esse tempo, o produto não foi modificado e continua com as mesmas características iniciais. O diretor de marketing acredita que o foco da empresa deve se modificar de acordo com as tendências do mercado, mas está em dúvida quanto a orientação que deve seguir, se a Orientação de produto ou a Orientação de marketing. O grande problema está na preocupação com os custos cada vez mais altos dos processos de fabricação e distribuição. Além disso, a promoção não está alcançando os consumidores, resultando em uma perda significativa de clientes. A empresa acredita que uma alternativa para a redução de custos seja a mudança de produtos ofertados. DESENVOLVIMENTO Enunciado Suponha que você seja um consultor(a) especializado em marketing e que foi contratado para direcionar a empresa Beta na escolha da orientação indicada para a realização das estratégias. Você deverá analisar o contexto e identificar a melhor orientação, propondo um desfecho para a situação apresentada. Justifique seu parecer, contemplando o conceito da orientação e os aspectos positivos e negativos da escolha. Soluções A Orientação para o Consumidor (OC) é direcionada para a identificação, análise, compreensão e respostas aos consumidores (YANG et al., 2012), um estudo complexo e profundo sobre opiniões, comportamentos, satisfação e engajamento dos consumidores (AUH; MENGUC, 2005), de cujo feedback a empresa se aproveita para desenvolver produtos e serviços que atendam suas necessidades e desejos (GRINSTEIN, 2008), gerando valor tanto para o negócio quanto para o próprio consumidor. Entretanto, para performar, autores afirmam que as empresas precisam transformar as informações captadas dos clientes em produtos ou serviços que os satisfaçam (HULT, KETCHEN; SLATER, 2005; VORHIES, MORGAN; AUTRY, 2009). Não faz sentido uma empresa de tecnologia afirmar que tem orientação volta ao cliente e não desenvolver inovações de produto em conformidade às demandas externas, ainda mais em um ambiente tão turbulento quanto esse de smartphones e notebooks. A perda de clientes é inevitável e grandiosa quando não se gera valor para o consumidor, seja aumentando os benefícios em relação aos custos ou reduzindo os custos em comparação aos benefícios (NARVER E SLATER,1990). Se a empresa está preocupada com os altos custos de produção e distribuição, e acha que alterando os produtos irá reduzir os custos, então ela não deverá adotar uma Orientação de Produto, uma vez que ambientes expostos a rápidas mudanças tecnológicas e produtos com ciclo de vida reduzidos, geram rápida obsolescência de conhecimento e frequentes transformações nas preferências dos consumidores 4 (AKGÜN, LYNN; BYRNE, 2006) e são caracterizados por incerteza, imprevisibilidade, constante surgimento de vantagens competitivas temporárias, incerteza em relação ao crescimento da demanda e poucas barreiras de entrada e/ou inexistência (DROGE, CALANTONE; HARMANCIOGLU, 2008). A imprevisibilidade é o grau de dificuldade para antever as transformações do ambiente e isso, na Orientação de Produto, pode ser bastante custoso para a empresa adquirir as informações necessárias para a elaboração de previsões, as quais são mais complexas e os produtos existentes se tornam obsoletos num menor período de tempo (RIJSDIJK, LANGERAK; HULTINK, 2010). Diante desse contexto, a melhor ação a ser tomada pela empresa Beta é a Orientação de Marketing que alinha todas as atividades da empresa, seguindo uma relação de prioridades para garantir maior lucratividade, produtividade, satisfação da equipe e dos clientes. Para adotar essa estratégia, a empresa precisa embasar seus estudos nos recursos que condicionam o processo de inovação e a performance (TALKE; HULTINK, 2010) e assim alcançar altos níveis de desempenho, unindo a cultura organizacional com as vantagens de mercado. É fundamental que a empresa use diversas ferramentas de marketing digital, storytelling, marketing de relacionamento e de conteúdo e neuromarketing para que a criação de novos produtos ocorra de maneira assertiva, verificando as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças para reduzir o risco ao tomar uma decisão embasada em dados. Avaliar o ambiente interno e externo, definir o público-alvo, custos de produção e a média de preços que os consumidores estão dispostos a pagar são ações necessárias para realização do planejamento completo. CONCLUSÃO Não adianta focar somente no produto para conseguir engajamento e a satisfação dos clientes, sem fazer um planejamento estratégico visando a empresa como um todo. Para que a empresa adotasse a Orientação de Produto, de qualquer maneira, ela teria que se especializar e se planejar para atuar desta forma no mercado. No caso da Beta, na atual conjuntura, a Orientação de Marketing se torna a mais adequada por englobar as diversas áreas e setores da empresa, objetivando reduzir custos, se atualizar no mercado, recriar a marca (branding), lançar um produto em que o consumidor faça parte do projeto, estreitando a relação trazendo-os de volta e por fim, voltar a fazer a empresa ser lucrativa. 5 REFERÊNCIAS AKGÜN, A. G.; LYNN, G. S.; BYRNE, J. C. Antecedents and Consequences of Unlearning in New Product Development Teams. Journal of Product Innovation Management, 23, 73-88, 2006. AUH, S; MENGUC, B. The influence of top management team functional diversity on strategic orientations: The moderating role of environmental turbulence and interfunctional coordination. International Journal of Research in Marketing, 22, 333- 350, 2005 DROGE, C.; CALANTONE, R.; HARMANCIOGLU, N. New Product Success: Is It Really Controllable by Managers in Highly Turbulent Environments? Journal of Product Innovation Management, 25, 272-286, 2008. GRINSTEIN, A. The effect of market orientation and its components on innovation consequences: a meta-analysis. Journal of the Academic Marketing Science, 36, 166– 173, 2008. HULT, G. T. M.; KETCHEN, D. J.; SLATER, S. F. Market Orientation and Performance: an integration of disparate approaches. Strategic Management Journal, 26, 1173-1181, 2005. NARVER, J. C.; SLATER, S. F. The Effect of a Market Orientation on Business Performance. Journal of Marketing, 54(4), 20–35, 1990. RIJSDIJK, S. A.; LANGERAK, F.; HULTINK, E. J. Understanding a Two-Sided Coin: Antecedents and Consequences of a Decomposed Product Advantage. Journalof Product Innovation Management, 28, 33-47, 2010. TALKE, K., HULTINK, E. J. The Impact of the Corporate Mind-set on New Product Launch Strategy and Market Performance. Journal of Product Innovation Management, n.27, p. 220-237, 2010. VORHIES, D. W.; MORGAN, R. E.; AUTRY, C. W. Product-market strategy and the marketing capabilities of the firm: impact on market effectiveness and cash flow performance. Strategic Management Journal, 30, 1310-1334, 2009. YANG, Y, WANG, Q., ZHU, H. WU, G. What Are the Effective Strategic Orientations for New Product Success under Different Environments? An Empirical Study of Chinese Businesses. Journal of Product Innovation Management, 29, 166-179, 2012. 6 A Orientação para o Consumidor (OC) é direcionada para a identificação, análise, compreensão e respostas aos consumidores (YANG et al., 2012), um estudo complexo e profundo sobre opiniões, comportamentos, satisfação e engajamento dos consumidores (AUH; MENGUC, 2005), de cujo feedback a empresa se aproveita para desenvolver produtos e serviços que atendam suas necessidades e desejos (GRINSTEIN, 2008), gerando valor tanto para o negócio quanto para o próprio consumidor. Entretanto, para performar, autores afirmam que as empresas precisam transformar as informações captadas dos clientes em produtos ou serviços que os satisfaçam (HULT, KETCHEN; SLATER, 2005; VORHIES, MORGAN; AUTRY, 2009). Não faz sentido uma empresa de tecnologia afirmar que tem orientação volta ao cliente e não desenvolver inovações de produto em conformidade às demandas externas, ainda mais em um ambiente tão turbulento quanto esse de smartphones e notebooks. A perda de clientes é inevitável e grandiosa quando não se gera valor para o consumidor, seja aumentando os benefícios em relação aos custos ou reduzindo os custos em comparação aos benefícios (NARVER E SLATER,1990). Se a empresa está preocupada com os altos custos de produção e distribuição, e acha que alterando os produtos irá reduzir os custos, então ela não deverá adotar uma Orientação de Produto, uma vez que ambientes expostos a rápidas mudanças tecnológicas e produtos com ciclo de vida reduzidos, geram rápida obsolescência de conhecimento e frequentes transformações nas preferências dos consumidores (AKGÜN, LYNN; BYRNE, 2006) e são caracterizados por incerteza, imprevisibilidade, constante surgimento de vantagens competitivas temporárias, incerteza em relação ao crescimento da demanda e poucas barreiras de entrada e/ou inexistência (DROGE, CALANTONE; HARMANCIOGLU, 2008). A imprevisibilidade é o grau de dificuldade para antever as transformações do ambiente e isso, na Orientação de Produto, pode ser bastante custoso para a empresa adquirir as informações necessárias para a elaboração de previsões, as quais são mais complexas e os produtos existentes se tornam obsoletos num menor período de tempo (RIJSDIJK, LANGERAK; HULTINK, 2010). Diante desse contexto, a melhor ação a ser tomada pela empresa Beta é a Orientação de Marketing que alinha todas as atividades da empresa, seguindo uma relação de prioridades para garantir maior lucratividade, produtividade, satisfação da equipe e dos clientes. Para adotar essa estratégia, a empresa precisa embasar seus estudos nos recursos que condicionam o processo de inovação e a performance (TALKE; HULTINK, 2010) e assim alcançar altos níveis de desempenho, unindo a cultura organizacional com as vantagens de mercado. É fundamental que a empresa use diversas ferramentas de marketing digital, storytelling, marketing de relacionamento e de conteúdo e neuromarketing para que a criação de novos produtos ocorra de maneira assertiva, verificando as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças para reduzir o risco ao tomar uma decisão embasada em dados. Avaliar o ambiente interno e externo, definir o público-alvo, custos de produção e a média de preços que os consumidores estão dispostos a pagar são ações necessárias para realização do planejamento completo. CONCLUSÃO Não adianta focar somente no produto para conseguir engajamento e a satisfação dos clientes, sem fazer um planejamento estratégico visando a empresa como um todo. Para que a empresa adotasse a Orientação de Produto, de qualquer maneira, ela teria que se especializar e se planejar para atuar desta forma no mercado. No caso da Beta, na atual conjuntura, a Orientação de Marketing se torna a mais adequada por englobar as diversas áreas e setores da empresa, objetivando reduzir custos, se atualizar no mercado, recriar a marca (branding), lançar um produto em que o consumidor faça parte do projeto, estreitando a relação trazendo-os de volta e por fim, voltar a fazer a empresa ser lucrativa. REFERÊNCIAS AKGÜN, A. G.; LYNN, G. S.; BYRNE, J. C. Antecedents and Consequences of Unlearning in New Product Development Teams. Journal of Product Innovation Management, 23, 73-88, 2006. AUH, S; MENGUC, B. The influence of top management team functional diversity on strategic orientations: The moderating role of environmental turbulence and interfunctional coordination. International Journal of Research in Marketing, 22, 333- 350, 2005 DROGE, C.; CALANTONE, R.; HARMANCIOGLU, N. New Product Success: Is It Really Controllable by Managers in Highly Turbulent Environments? Journal of Product Innovation Management, 25, 272-286, 2008. GRINSTEIN, A. The effect of market orientation and its components on innovation consequences: a meta-analysis. Journal of the Academic Marketing Science, 36, 166– 173, 2008. HULT, G. T. M.; KETCHEN, D. J.; SLATER, S. F. Market Orientation and Performance: an integration of disparate approaches. Strategic Management Journal, 26, 1173-1181, 2005. NARVER, J. C.; SLATER, S. F. The Effect of a Market Orientation on Business Performance. Journal of Marketing, 54(4), 20–35, 1990. RIJSDIJK, S. A.; LANGERAK, F.; HULTINK, E. J. Understanding a Two-Sided Coin: Antecedents and Consequences of a Decomposed Product Advantage. Journal of Product Innovation Management, 28, 33-47, 2010. TALKE, K., HULTINK, E. J. The Impact of the Corporate Mind-set on New Product Launch Strategy and Market Performance. Journal of Product Innovation Management, n.27, p. 220-237, 2010. VORHIES, D. W.; MORGAN, R. E.; AUTRY, C. W. Product-market strategy and the marketing capabilities of the firm: impact on market effectiveness and cash flow performance. Strategic Management Journal, 30, 1310-1334, 2009. YANG, Y, WANG, Q., ZHU, H. WU, G. What Are the Effective Strategic Orientations for New Product Success under Different Environments? An Empirical Study of Chinese Businesses. Journal of Product Innovation Management, 29, 166-179, 2012.
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