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Prova N2 Leitura eProdução Textual

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1- Texto:
"Minha terra é a Penha.
O medo mora aqui
Todo dia chega a notícia,
que morreu mais um ali.
 
Nossas casas perfuradas
pelas balas que atingiu,
Corações cheios de medo
do polícia que surgiu.
Se cismar em sair à noite
já não posso mais
Pelo risco de morrer
e não voltar para os meus pais.
 
Minha terra tem horrores
que não encontro em outro lugar.
A falta de segurança é tão grande
que mal posso relaxar.
 
"Não permita Deus que eu morra",
antes de sair deste lugar
Me leve para um lugar tranquilo
      "Onde canta o sabiá"
 
(Alunos anônimos de Escola na Penha - RJ)
 
Muitos textos são produzidos baseados em outros. Pode-se dizer que todo texto remete, mesmo que em essência, a outro texto. Tomando como base a característica que um enunciado tem de produzir sentidos, pode-se dizer que o texto acima resgata e parodia
Resposta correta: Parabéns, você acertou a questão ao marcar a letra “c”, um trecho da canção do exílio. Há um processo de releitura do texto romântico, por meio da paródia.
a) um trecho da “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias.
b) um trecho de “Lira dos Vinte anos”, de Álvares de Azevedo.
c) um trecho de “Navio negreiro”, de Castro Alves.
d) um trecho de “Poeta de Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade.
e) um trecho de “Língua Portuguesa”, de Olavo Bilac.
2- Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”.
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71
 
A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “é construído via absorção e transformação de um outro texto”. Assim como um mosaico, os textos vão sendo absorvidos, de múltiplas formas, pelos escritores, dando origem à novos textos.
a) é construído via negação e modificação de um outro texto.
b) é construído via plágio e cópia de um outro texto.
c) é construído via emulação e reinvenção de um outro texto.
d) é construído via mera cópia e duplicação de um outro texto.
e) é construído via absorção e transformação de um outro texto.
3- Na primeira parte do livro “Discurso Político”, de Charaudeau, o autor procura definir a natureza do discurso político, que tem como fundamento a imbricação entre linguagem e ação. A palavra política funciona entre uma verdade do dizer e uma verdade do fazer: uma verdade da ação que se manifesta através de uma palavra de decisão, e uma verdade da discussão que se manifesta através de uma palavra de persuasão (razão) ou sedução (paixão). O autor diferencia sua abordagem daquelas de Weber, Arendt e Habermas, sustentando um duplo fundamento do discurso político (p. 45-46): esse resulta de uma mistura entre a palavra que deve fundar o político (como idealidade dos fins) e aquela que deve gerar a política (enquanto prática). Para Charaudeau, o discurso político funciona na conjunção de discursos de ideias e discursos de poder (verdade e possibilidade), pensamento e ação. Uma vez que os primeiros dizem respeito à verdade, e os segundos à problemática do verdadeiro, do falso e do possível, desde o início a questão central do livro se coloca em termos retóricos: dada essa duplicidade, o discurso político teria tendência a se orientar do logos em direção ao ethos e ao pathos (conteúdo e encenação)?
RIBEIRO, Jaçanã. Resenha de “Discurso político”.Revista Scielo, vol.9, n.1, jan/abril 2009.
 
As resenhas são, basicamente, textos em que se tecem comentários sobre determinada obra. Nesse caso, o que difere a resenha acima, acadêmica, de outro tipo, a crítica, é
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é “sua logicização interna, mais voltada para leitores bem específicos”. O texto aproveita toda uma lógica de texto acadêmico, com relações e referências, voltadas para um leitor mais culto, dotado de interpretação desse tipo de texto.
a) sua organização por meio de um linguajar formal.
b) sua logicização interna, mais voltada para leitores bem específicos.
c) sua divulgação em meios comuns.
d) sua formatação de acordo com regras específicas.
e) sua apresentação relacionada a outros textos.
 
4- As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.
- Por que você faltou esses dias todos?
- É que nóis mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda.
Risadinhas da turma.
- Não se diz “nóis mudemo” menino! A gente deve dizer: nós mudamos, tá?
- Tá fessora!
No recreio as chacotas dos colegas: Oi, nóis mudemo! Até amanhã, nóis mudemo!
BOGO, F. “Nóis Mudemo”. In: O quati e seus contos. 3 ed., Palmas: Kelps, 2009. pp.27- 30.
 
No texto, o narrador apresenta um breve quadro do espaço onde a história a ser contada se passaria:
“As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários”. É feita uma breve apresentação, indicando o contexto social de uma classe escolar. Considerando que era uma classe heterogênea, ou seja, com alunos em graus diferenciados de ensino e, alguns repetentes, o que explica a chacota dos demais alunos?
Resposta certa: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “Pelo fato de que, mesmo que a classe apresentasse uma defasagem escolar, o domínio do registro linguístico do garoto foi motivo de chacota por parte da turma.”. O garoto se tornou motivo de chacota por que, mesmo diante de uma turma defasada, os alunos ainda estão na cidade grande, espaço onde há um maior número de falantes do português formal, do que nas regiões interioranas, motivo pelo qual o registro linguístico do jovem causou esse estranhamento e chacota.
a) O fato de que, mesmo com a classe apresentando uma defasagem escolar, as escolhas lexicais do garoto causaram estranheza por parte da turma.
b) O fato de que, mesmo com a classe apresentando uma defasagem escolar, o aluno ter veio da zona rural.
c) O fato de que, mesmo com a classe apresentando uma defasagem escolar, o domínio do registro linguístico do garoto era diferente do restante da turma
d) O fato de que, mesmo com a classe apresentando uma defasagem escolar, o sotaque do garoto causou estranheza no resto da turma.
e) O fato de que, mesmo com a classe apresentando uma defasagem escolar, a idade do garoto confundiu o resto da turma.
5- Carta aberta enviada ao jornalista
 
“São Paulo, 4 de Janeiro de 2010
 
De: Sindicato dos Garis de São Paulo
 
Para: TV Bandeirantes e Boris Casoy
 
Fazemos questão de registrar, formalmente, nossa indignação com a frase do apresentador Boris Casoy, da TV Bandeirantes, no dia 31 de dezembro de 2009, quando afirmou: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”.
Não aceitamos as desculpas do apresentador, que foram meramente formais ao ser pego ao manifestar o que pensa e que, infelizmente, reforça o preconceito de vários setores da sociedade contra os trabalhadores garis e varredores, responsáveis pela limpeza da nossa Capital.
O esforço que os trabalhadores e trabalhadoras fazem, apesar de enfrentarem atitudes preconceituosas como a expressa por Boris Casoy, muito nos orgulha, pois sabemos que somos parte integrante da preservação da saúde pública de nossa querida São Paulo.
 
Moacyr Pereira,
Presidente do Siemaco-SP, Sindicato dos Garis e Varredores de São Paulo.”
 
PEREIRA, Moacyr. Carta aberta enviada ao jornalista. Disponível em: <In http://psolsp.org.br>
 
Pode-se dizer que o texto é um exemplo de carta do leitor pelas seguintes características:
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é “Uso de uma linguagem mais formal no texto, indicando possibilidade de crítica frente à posturas que desagradaram o público”. ``Por ser a representaçãode um grupo, ou seja, uma carta de um leitor coletivo, o texto exige formalidade para fazer sua crítica.
a) Uso de um tom mais formal no texto, representando o posicionamento de uma linha editorial ao publicar a carta.
b) Uso de um tom jocoso e informal, indicando a falta de seriedade pela qual o assunto foi tratado, de fato
c) Uso de uma linguagem menos formal no texto, possibilitando maios aproximação entre quem critica e quem escuta.
d) Uso de um tom mais formal da linguagem, aproveitando o espaço para abordar temas polêmicas de maneira menos rígida do que o esperado.
e) Uso de uma linguagem mais formal no texto, indicando possibilidade de crítica frente a posturas que desagradaram o público.
6- Em bom  português
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira  pessoa, tanto  do singular como  do plural: tudo  é “a gente”).  A própria  linguagem  corrente vai-se renovando e a cada dia uma  parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que  falam assim:
- Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de  banho em  vez  de  biquíni, carregando guarda-sol em  vez de  barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão  um defluxo em  vez  de  um resfriado,  vão andar  no  passeio em vez de  passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua  mulher.
 SABINO, F. Folha de  S. Paulo, 13 abr. 1984
 
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que
Resposta correta: Parabéns, você acertou a questão ao marcar a letra “a”, uma vez que as mudanças no léxico são perceptíveis na relação entre as gerações.
a) as palavras antigas devem ser preservadas como marca de identidade cultural.
b) o uso diferenciado de palavras prejudica a comunicação entre gerações.
c) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
d) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações.
e) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica.
7- Quem escreve, ganha o mundo, interage com os seus semelhantes. Essa é uma das premissas mais famosas dos escritores, ao abordar como a técnica da escrita possibilita um contato maior com o mundo ao nosso redor. Para tanto, a padronização de uma variedade linguístico para fins comunicativos é fundamental, pois
Resposta certa: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “b”, “permite uma padronização na comunicação, pois textos oficiais e outros documentos seguem a norma formal, enquanto no cotidiano as pessoas utilizam os outros registros da língua”. O uso da norma culta padroniza os documentos e meios de comunicação formal, mas não anula as demais variedades utilizadas no cotidiano nas diversas situações comunicativas.
a) permite uma padronização na comunicação, visto que textos oficiais e outros documentos seguem a norma formal, enquanto no cotidiano as pessoas utilizam outros registros da língua.
b) permite um crescimento na produção intelectual, visto que uma modalidade é definida como a norma formal.
c) permite um aumento da comunicabilidade, de maneira que pessoas que falam diferentes línguas se entendam.
d) permite uma maior troca de informações e códigos, possibilitando uma revitalização da língua falada em determinado lugar.
e) permite uma expansão do número de falantes de um idioma, já que mais pessoas irão falar a mesma língua.
8- A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e saber, cifrando, de modo suficiente, elementos para que um deslocamento apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90
 
Thiphaine Samoyault traz a metáfora da “biblioteca” para referenciar toda a formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o dialogismo é a característica inerente da linguagem de
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “a característica inerente da linguagem de se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza”. A linguagem tem uma função social e, por isso, se atualiza a cada indivíduo que a reinventa e renova em prol do melhor uso de suas potencialidades.
a) se renovar de acordo com o contexto.
b) se mostrar monológica.
c) se atualizar de acordo com o meio social.
d) se reinventar de acordo com o tempo.
e) se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza.
9- O álcool de cana-de-açúcar, usado como combustível, é um velho conhecido dos motoristas brasileiros. Aliás, nos anos 70, quando o preço do petróleo subiu às alturas após um embargo dos países árabes, esse combustível chegou a alimentar 96% dos carros que rolavam no Brasil.
BATISTA, Liz. Alta do petróleo fez país viver crise nos anos 1970.  Disponível em:< https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,alta-do-petroleo-fez-pais-viver-crise-nos-anos-1970,10618,0.htm>
 
O operador argumentativo “aliás” agrega vários valores. Em um parágrafo argumentativo, um dos seus usos é introduzir um argumento mais forte. Textualmente isso tem a função de
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é “inibir argumentos contrários aos propostos no texto”. Para uma progressão argumentativa, na qual se defende um ponto de vista, ele é essencial ao introduzir um argumento mais forte do que os demais, inibindo-os.
a) acrescentar novas ideias ao desenvolvimento do texto.
b) inibir argumentos contrários aos propostos no texto.
c) diminuir a relevância de novos argumentos no texto.
d) ampliar a percepção da importância das ideias inerentes ao texto.
e) apresentar outras opções de posicionamento ao longo do texto.
10- Na história, que segue bem de perto o livro, o recém-casado John teme que Jenny queira começar uma família de imediato. Para aplacar os instintos maternos que ele suspeita estarem aflorando, pensa numa solução aparentemente mais simples: dar-lhe um filhote de labrador. John e Jenny não ouvem o alarme tocar quando, no canil, a criadora lhes diz que aquele cãozinho assanhado que logo se atirou sobre eles está saindo por um preço especial - 200 dólares, em vez dos 275 de praxe. "Que graça, um filhote de liquidação", anima-se Jenny. O desconto de 75 dólares vai virar um prejuízo incalculável com móveis arranhados, estofados eviscerados, paredes mastigadas, objetos quebrados, embaraços com a vizinhança e até uma corrente de ouro engolida no exato momento em que saía da caixa da joalheria (num ótimo lance de escalação, os "atores" que fazem Marley têm um apetite monstruoso, ao menos em cena).
BOSCOV, Isabela. “Marley & Eu, com Jennifer Aniston”. Disponível em:< http://arquivoetc.blogspot.com/2008/12/marley-eu-com-jennifer-aniston.html>
 
Todo texto possui uma série de marcas textuais, as quais lhe são características. Pode-se dizer, como base no que fora estudado ao longo da unidade 3, que o texto acima é um exemplo de resenha crítica porque
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é “apresenta resumo, condensando as ideias principais da obra”. O texto condensa os pontos principais, como relação conjugal e aumento da família nesse parágrafo.
a) apresenta linguagem em 1ª pessoa, indicando sua pessoalidade.
b) apresenta linguagem em 3ª pessoa, distanciando-se assim do leitor.
c) apresenta resumo, condensando as ideias principais da obra.
d) apresenta respeito ao leitor, atentando-se ao vocabulário.
e) apresenta apreciação crítica ao tema da vida conjugal.

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